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2 - Coluna Torácica

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Colégio Brasileiro de Osteopatia


Coluna torácia Page 1
Ciência aliada a 
princípios
Colégio Brasileiro de Osteopatia
1 - Introdução	 5
2 - Anatomia da coluna torácica	 6
2.1 - Generalidades	 6
2.2 - Vértebras torácicas típicas	 6
2.2.1 - Corpo vertebral	 6
2.2.2 - Arco posterior	 7
2.3 – Características particulares de algumas vértebras torácicas	 9
2.3.1 – T1	 9
2.3.2 – T10	 9
2.3.3 – T11 e T12	 9
2.4 – Ligamentos da coluna torácica	 10
2.4.1 – Ligamento longitudinal anterior	 10
2.4.2 – Ligamento longitudinal posterior	 10
2.4.3 – Cápsulas articulares	 11
2.4.4 – Ligamentos amarelos	 11
2.4.5 – Ligamentos interespinhosos e supraespinhosos	 11
2.4.6 – Ligamentos intertransversários	 11
2.5 – Músculos da coluna torácica	 12
2.5.1 – Músculos abdominais	 12
2.5.2 - Peitoral maior	 15
2.5.3 - Peitoral menor	 16
2.5.4 - Escalenos	 17
2.5.5 - Eretores da espinha	 18
2.5.5.1 - Espinhal torácico	 18
2.5.5.2 - Longíssimo do tórax	 18
2.5.5.3 - Iliocostal torácico	 19
2.5.6 - Semiespinhal torácico	 20
2.5.7 - Multífidos	 21
2.5.8 - Rotadores	 22
2.5.9 – Intertransversos	 23
2.5.10 - Interespinhais	 23
2.5.11 - Serrátil posterosuperior	 24
Coluna torácia Page 2
Colégio Brasileiro de Osteopatia
2.5.12 - Serrátil posteroinferior	 25
2.5.13 - Trapézio	 26
2.6 – Músculos envolvidos na respiração	 28
2.6.1 – Inspiração	 28
2.6.2 – Expiração	 29
2.7 – Neuroanatomia	 29
2.7.1 - Nervos espinhais	 29
2.7.2 – Sistema nervoso autônomo	 31
2.7.2.1 – Sistema nervoso simpático	 32
3 – Fisiologia articular	 34
3.1 – Plano sagital (flexão/extensão)	 34
3.2 – Plano coronal (inclinação lateral)	 35
3.3 – Plano transversal (rotações)	 36
4 – Princípios de Fryette aplicados à coluna torácica	 37
4.1 – Princípio I de Fryette: NSR	 37
4.2 – Princípio II de Fryette: ERS, FRS	 38
5 - Disfunções somáticas da coluna torácica	 40
5.1 – Disfunção em ERS	 40
5.2 – Disfunção em FRS	 41
5.3 – Disfunção em NSR	 42
5.4 – Disfunção em extensão bilateral (anterioridade)	 43
5.5 – Disfunção em flexão bilateral (posterioridade)	 43
6 – Possíveis causas de dor e/ou limitação de movimentos na colina torácica	
44
7 – Avaliação da coluna torácica	 45
7.1 – Inspeção estática	 45
7.2 – Inspeção dinâmica	 46
7.3 - Palpação	 47
7.4 - Testes articulares	 48
7.4.1 – Quick scan para coluna lombar e dorsal	 48
7.4.2 – Spring test para coluna lombar e dorsal	 50
7.4.3 - Teste de mobilidade global para vértebras lombares e dorsais	51
7.4.4 – Testes de mobilidade analítica	 53
Coluna torácia Page 3
Colégio Brasileiro de Osteopatia
7.4.5 – Teste de Mitchell para coluna torácica (média e baixa)	 55
7.4.6 – Teste de Mitchell para coluna torácica alta (T1 a T5)	 58
8 - Técnicas de tratamento para a coluna torácica	 59
8.1 – Técnicas de tecidos moles	 59
8.1.1 – Técnica de inibição dos músculos paravertebrais	 59
8.2 - Técnicas para as disfunções articulares	 60
8.2.1 - Técnicas de mobilização articular	 60
8.2.1.1 – Técnica articulatória em extensão	 60
8.2.2 - Técnicas de energia muscular (T.E.M.)	 61
8.2.2.1 – Técnica de Energia Muscular para ERS à esquerda (torácicas baixas e médias)	
61
8.2.2.2 – Técnica de Energia Muscular para ERS à direita (torácicas altas)	 62
8.2.2.3 – Técnica de Energia Muscular para FRS à direita (torácicas médias e baixas)	 63
8.2.2.4 – Técnica de Energia Muscular para FRS à direita (torácicas altas)	 64
8.2.2.5 – Técnica de Energia Muscular para NSR à direita (torácicas médias e baixas)	 65
8.2.2.6 – Técnica de Energia Muscular para NSR à esquerda (torácicas altas)	 65
8.2.2.7 – Técnica de Energia Muscular para anterioridade (extensão) bilateral (torácicas 
médias e baixas)	 66
8.2.2.8 – Técnica de Energia Muscular para anterioridade (extensão) bilateral (torácicas 
altas)	 67
8.2.2.9 – Técnica de Energia Muscular para posterioridade (flexão) bilateral (torácicas 
médias e baixas)	 67
8.2.2.10 – Técnica de Energia Muscular para posterioridade (flexão) bilateral (torácicas 
altas)	 68
8.2.3 - Técnicas de thrust	 68
8.2.3.1 – Técnica de Dog para disfunção em posterioridade (flexão) bilateral	 68
8.2.3.2 – Técnica de Dog para disfunção em anterioridade (extensão) bilateral	 69
8.2.3.3 – Técnica de Dog para ERS à esquerda	 70
8.2.3.4 – Técnica de Dog para FRS à direita	 71
8.2.3.5 – Técnica de Dog para NSR à esquerda	 72
8.2.3.6 – Técnica de Lift Off para torácicas médias e altas	 73
8.2.3.7 – Técnica de Lift Off para torácicas baixas	 73
8.2.3.8 – Técnica balística em rotação para ERS à direita (torácicas médias e baixas)	 74
8.2.3.9 – Técnica pisiformes cruzados para ERS à direita	 75
8.2.3.10 – Técnica pisiformes cruzados para FRS à esquerda	 75
8.2.3.11 – Técnica pisiformes cruzados para NSR à direita	 76
9 - Referências bibliográficas	 78
Coluna torácia Page 4
Colégio Brasileiro de Osteopatia
1 - Introdução 
 A coluna torácica é composta por 12 vértebras e é situada entre os segmentos mais 
móveis da coluna vertebral (lombar e cervical). É caracterizada por uma cifose, uma curvatura 
primária da coluna vertebral, enquanto as lordoses cervical e lombar são consideradas curvaturas 
secundárias pois aparecem após os primeiros meses/anos de vida. 
 Sendo uma cifose, a coluna torácica fisiologicamente apresenta pouca mobilidade, entretanto, 
tem uma característica expressiva de proteção e suporte para órgãos vitais. As vértebras torácicas 
junto com as costelas, osso esterno e os tecidos moles adjacentes, compõe a caixa torácica que 
armazena estruturas anatômicas nobres como as veias cavas, a artéria aorta, alguns nervos (frênico, 
vago, etc), o coração e os pulmões… Apresenta capacidade de movimentos nos três planos de 
espaço e apesar da presença das costelas, seu maior parâmetro de movimento é a rotação. 
 Quando se analisa a anatomia e fisiologia dos componentes da coluna torácica, fica claro 
entender que este segmento relaciona-se com praticamente todo o restante do corpo humano. 
Existem diversas relações mecânicas, neurológicas (somáticas e autonômicas) e vasculares, edesse 
segmento corporal com os outros sistemas. Por isso, sintomas localizados na coluna torácica podem 
ter diversas origens, necessitando o diagnóstico diferencial preciso por parte do examinador. 
 O objetivo desta apostila é descrever os aspectos anatômicos e fisiológicos da coluna torácica 
para auxiliar os leitores na compreensão das funções locais, e também as importantes relações desse 
segmento com o resto do organismo. Além disso, a apostila é composta por um material de suporte 
do módulo, compreendendo as técnicas de avaliação e de tratamento utilizadas para a coluna 
torácica durante o curso de Osteopatia do CBO. Além da leitura desse material, é recomendado que 
o aluno também aprofunde seus estudos em outras obras, especialmente as que foram utilizadas na 
composição deste material. 
Coluna torácia Page 5
Colégio Brasileiro de Osteopatia
2 - Anatomia da coluna torácica 
2.1 - Generalidades 
A coluna torácica é composta de 12 vértebras que formam o eixo posterior do tórax. Dessas 
vértebras partem as costelas que se dirigem para frente em busca das cartilagens costais. Esta região 
tem importância na aparição dos problemas estáticos, e também sofre grande influência visceral por 
sua relação com os núcleos neuronais medulares e a cadeia simpática paravertebral. 
A região torácica é a menos móvel da coluna. Uma importante função da coluna torácica e 
do gradil costal é prevenir a compressão do coração, pulmões e grandes vasos. A proteção destas 
estruturas se faz à custa da mobilidade desta região. 
É uma curvatura primária, cujo vértice está normalmente em T7-T8. Esta curva cifótica 
resulta da altura mais curta da parte anterior dos corpos vertebrais torácicos, diferindo da coluna 
cervical e lombar, onde os discos intervertebrais possuem uma maior influência na forma da curva. 
Os discos intervertebrais representam 1\7 de todo o comprimento da coluna torácica. O núcleo 
pulposo estásituado mais centralmente neste nível que nas regiões cervical e lombar, porém é 
menor e apresenta menor tendência à inflamação. 
2.2 - Vértebras torácicas típicas 
2.2.1 - Corpo vertebral 
É quase cilíndrico e tem forma de coração, com suas dimensões anteroposteriores e 
transversas iguais. Os corpos vertebrais diminuem em tamanho de T1 a T3 e então, 
progressivamente, aumentam até T12. Sobre as bordas superior, inferior e lateral dos corpos 
vertebrais encontram-se as facetas costais para a articulação com as costelas. 
Coluna torácia Page 6
Colégio Brasileiro de Osteopatia
Vista em perfil de vértebra torácica - Netter F. Atlas de Anatomia Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000.
2.2.2 - Arco posterior 
O canal vertebral é circular e relativamente pequeno, sendo mais estreito em T6, embora 
uma zona estreita se estenda de T4 a T9. Nesta região, a medula espinhal é particularmente 
vulnerável a qualquer alteração degenerativa ou lesões que ocupem espaço e diminuam o tamanho 
do forâmen vertebral. Os pedículos são processos curtos e robustos que se projetam para trás, 
diretamente da parte posterolateral do corpo. 
O processo espinhoso é longo. Originando-se da junção das lâminas, é dirigido para baixo e 
para trás. 
Os dois processos transversos projetam-se para o lado e ligeiramente para trás, partindo da 
junção dos pedículos e lâminas. 
Coluna torácia Page 7
Colégio Brasileiro de Osteopatia
Vista superior de vértebra torácica - Netter F. Atlas de Anatomia Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000.
Os dois processos articulares superiores originam-se das bordas superiores das lâminas, 
próximos aos seus respectivos pedículos. Eles são delgadas placas de osso que se projetam para 
cima e apresentam facetas articulares quase planas e ovaladas voltadas para trás e ligeiramente para 
o lado e para cima. Os processos articulares inferiores são fusionados às extremidades laterais das 
lâminas. São voltados para frente e ligeiramente para baixo e medialmente. Essas facetas nos 
processos articulares formam as articulações apofisárias. 
Como mostra a imagem ao lado, a 
orientação das facetas articulares das vértebras 
torácicas fica próxima ao plano coronal. Essa 
condição é determinante para a mobilidade da 
coluna torácica, favorecendo especialmente os 
movimentos rotacionais nesse segmento. 
Facetas articulares torácicas - Kapandji AI. Fisiologia Articular. Vol 3. 2000 .Panamericana 
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Colégio Brasileiro de Osteopatia
2.3 – Características particulares de algumas vértebras torácicas 
2.3.1 – T1 
Vértebra de transição. Tem característica cervical por suas facetas articulares, pedículo e 
sobre tudo seu corpo, cuja face superior apresenta apófises unciformes. 
2.3.2 – T10 
Tem somente uma faceta articular na parte superior do corpo, destinada a décima costela. 
A faceta inferior não existe já que a 11ª costela se articula só com T11. 
2.3.3 – T11 e T12 
São vértebras de transição e tem aspecto lombar. 
Caracterizam-se por: 
- ausência de facetas nas transversas. 
- presença de uma faceta de cada lado 
do corpo vertebral para se articular 
com as costelas 11 e 12. 
- a 12ª vértebra se distingue da 11ª por 
suas apófises articulares inferiores que 
se modificam tanto em suas dimensões 
como em sua constituição anatômica. 
Encontram-se atrofiadas, reduzidas a 
uma espécie de tubérculo que em sua 
parte posteroexterna apresenta duas 
eminências, os tubérculos mamilares 
das vértebras lombares. 
Vista em perfil da coluna torácica - Standring S. Gray´s Anatomia - A Base Anatômica da Prática Clínica. 
40ªed. Churchill Livingstone. 2011.
Coluna torácia Page 9
Colégio Brasileiro de Osteopatia
2.4 – Ligamentos da coluna torácica 
2.4.1 – Ligamento longitudinal anterior 
 Na torácica é mais espesso e estreito que nas 
porções cervical e lombar. Consiste em várias camadas de 
fibras orientadas longitudinalmente. Esse ligamento é 
tensionado em extensão em relaxado em flexão. 
Ligamento longitudinal anterior - Paulsen F, Waschke J. Sobotta Atlas of Anatomy: Head, Neck and 
Neuroanatomy, Vol. 3, 16th ed. 2019.
2.4.2 – Ligamento longitudinal posterior 
 É largo e quase uniforme na largura ao nível da coluna 
torácica superior, mas ao nível da região torácica inferior e lombar 
apresenta um aspecto denteado, sendo mais estreito sobre os corpos 
vertebrais e mais amplo sobre os discos. 
Ligamento longitudinal posterior - Paulsen F, Waschke J. Sobotta Atlas of Anatomy: Head, Neck and 
Neuroanatomy, Vol. 3, 16th ed. 2019.
Coluna torácia Page 10
Colégio Brasileiro de Osteopatia
2.4.3 – Cápsulas articulares 
 Nas articulações apofisárias torácicas se inserem nas margens dos processos articulares 
de vértebras adjacentes. São reforçadas anteriormente pelos ligamentos amarelos e 
posteriormente por um ligamento posterior. 
2.4.4 – Ligamentos amarelos 
 Conectam as lâminas adjacentes e são mais espessos na coluna torácica que em qualquer 
outra região. Com o avançar da idade ou em processos degenerativos, ocorre fibrose desses 
ligamentos e diminuição do espaço (estenose) do forâmen vertebral. 
Corte no plano coronal do canal vertebral destacando o ligamento amarelo - Paulsen F, Waschke J. 
Sobotta Atlas of Anatomy: Head, Neck and Neuroanatomy, Vol. 3, 16th ed. 2019.
2.4.5 – Ligamentos interespinhosos e supraespinhosos 
 Conectam processos espinhosos adjacentes. 
2.4.6 – Ligamentos intertransversários 
 Conectam os processos transversos adjacentes. 
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Colégio Brasileiro de Osteopatia
Vista posterior da coluna torácica - Paulsen F, Waschke J. Sobotta Atlas of Anatomy: Head, Neck and 
Neuroanatomy, Vol. 3, 16th ed. 2019.
2.5 – Músculos da coluna torácica 
*Região ventral 
2.5.1 – Músculos abdominais 
Promovem suporte às vísceras, atuam como movimentadores primários da coluna e atuam 
como músculos posturais. A cavidade abdominal pode ser vista como uma câmara hidráulica. A 
coluna e pelve são os únicos suportes rígidos dessa câmara. Com o diafragma sendo a extremidade 
superior e o assoalho pélvico a extremidade inferior, os músculos abdominais promovem todo o 
suporte restante. 
Quando os músculos abdominais são bem tonificados, a cavidade abdominal tende a ser 
mais cilíndrica, ajudando a promover suporte à coluna lombar. Quando estão debilitados ou 
fibrosados, a cavidade é mais esférica, promovendo menos suporte à coluna. Como músculos 
acessórios da expiração, os abdominais têm uma ação direta na caixa torácica levando a mesma 
inferiormente. 
Coluna torácia Page 12
Colégio Brasileiro de Osteopatia
Esse grupo de músculos abdominais é composto por quatro músculos pares: reto abdominal, 
oblíquo externo, oblíquo interno, e transverso abdominal. 
Os retos abdominais fixam-se inferiormente no púbis e superiormente na quinta, sexta e 
sétima cartilagens costais. São separados pela linha alba. Sua ação é de aproximar as costelas da 
pelve. É inervado pelos ramos anteriores dos últimos seis ou sete nervos espinhais torácicos. 
 
Músculo reto abdominal e seu território de dor referida - Travell DG, Simons LS. Myofascial Pain and 
Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
O oblíquo externo fixa-se superiormente nas últimas oito costelas e inferiormente na 
crista ilíaca, linha alba e púbis. Também apresenta fixações na lâmina superficial da camada 
posterior da fáscia toracolombar. A ação do oblíquo externo é de aproximar o hemitórax à 
hemipelve contralateral. É inervado pelos ramos anteriores dos últimos seis nervos torácicos. 
Coluna torácia Page 13
Colégio Brasileiro de Osteopatia
 
Músculo oblíquo externo e seu território de dor referida - Travell DG, Simons LS. Myofascial Pain and 
Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
O oblíquo interno é medial ao oblíquo externo. Fixa-se inferiormente nos dois terços 
laterais do ligamento inguinal, crista ilíaca e na fascia toracolombar (lâmina profundada camada 
posterior). Superiormente fixa-se nas últimas três ou quatro costelas. Trabalha em sinergia com o 
oblíquo externo contralateral para proporcionar o movimento combinado de flexão e rotação. É 
inervado pelos ramos anteriores dos últimos seis nervos torácicos e primeiro nervo lombar. 
Músculo oblíquo interno - Travell DG, Simons LS. Myofascial Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams 
& Wikins, 1998.
Coluna torácia Page 14
Colégio Brasileiro de Osteopatia
O transverso abdominal é o mais profundo dos músculos abdominais e é nomeado desta 
forma pois suas fibras apresentam direção no plano transversal. Fixa-se no ligamento inguinal, 
crista ilíaca, fascia toracolombar, e as últimas seis cartilagens costais. Por fim, fixa-se na linha alba. 
Sua ação é de comprimir o conteúdo intra-abdominal. É inervado pelos ramos anteriores dos 
últimos seis nervos torácicos e primeiro lombar. 
Músculo transverso abdominal e seu território de dor referida - Travell DG, Simons LS. Myofascial Pain 
and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
2.5.2 - Peitoral maior 
Apresenta duas porções: clavicular e esternocostal. A porção clavicular fixa-se na metade 
medial da clavícula, enquanto que a porção esternocostal fixa-se no manúbrio, esterno, 
cartilagens costais de todas as costelas verdadeiras (exceto a primeira e sétima) extremidade 
ventral da sexta costela e aponeurose do músculo abdominal oblíquo externo. 
A fixação distal localiza-se na borda lateral do sulco bicipital. 
Cada porção do músculo pode atuar independentemente. A ação geral do músculo é 
flexionar e rodar internamente o úmero. A porção clavicular flexiona o úmero e realiza adução 
horizontal. A porção esternocostal flexiona o úmero que encontra-se neutro ou estendido, 
deprime o ombro e movimenta o úmero abduzido numa diagonal em direção ao quadril oposto. É 
inervado pelos nervos peitoral medial e lateral (C5-T1). 
Coluna torácia Page 15
Colégio Brasileiro de Osteopatia
Músculo peitoral maior - Netter F. Atlas de Anatomia 
Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
 Território de dor referida do peitoral maior - Travell DG, Simons LS. Myofascial 
Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
2.5.3 - Peitoral menor 
É um músculo fino e triangular que se fixa 
lateralmente nas costelas 3ª à 5ª, e medialmente no 
processo coracóide da escápula. A ação primária é a 
protração da escápula. Também participa junto com o 
levantador da escápula e rombóides para realizar báscula 
lateral da escápula. Eleva as costelas na inspiração 
profunda quando a fixação lateral está fixa. É inervado 
pelos nervos peitoral lateral e medial (C6 – C8). 
 
 Músculo peitoral maior - Netter F. Atlas de Anatomia Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
Coluna torácia Page 16
Colégio Brasileiro de Osteopatia
Território de dor referida do peitoral menor - Travell DG, Simons LS. Myofascial Pain and Dysfunction. 
Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
2.5.4 - Escalenos 
•Anterior: fixa-se cefalicamente nos tubérculos dos processos transversos de C3 à C6, e 
fixam-se caudalmente no tubérculo do escaleno na primeira costela. A veia subclávia passa 
anteriormente à esta fixação, enquanto que a artéria subclávia passa posteriormente à esta 
fixação. Quando a primeira costela está fixa, o escaleno anterior produz uma inclinação 
homolateral e rotação contralateral das vértebras cervicais. Quando as cervicais estão fixas, o 
escaleno anterior eleva a primeira costela, atuando como auxiliar na inspiração. É inervado 
pelos ramos anteriores de C4 à C6. 
•Médio: sua fixação proximal (caudal) é nos processos transversos de C2 (C1 
frequentemente) até C7. Distalmente (caudalmente) se fixa na primeira costela. Quando a 
costela está fixa, o escaleno médio realiza uma inclinação homolateral das vértebras 
cervicais. E quando as cervicais estão fixas, eleva a primeira costela. É inervado pelos ramos 
ventrais de C3 à C8. 
•Posterior: o menor dos escalenos, apresenta fixação proximal (cefálica) nos tubérculos 
posteriores dos processos transversos de C4 à C6. Fixa-se caudalmente (distalmente) na 
segunda costela. Realiza inclinação homolateral das vértebras cervicais. É inervado pelos 
ramos ventrais de C6 à C8. 
Coluna torácia Page 17
Colégio Brasileiro de Osteopatia
 
Músculos escalenos e se território de dor referida do peitoral maior - Travell DG, Simons LS. 
Myofascial Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & Wikins, 1998.
* Região dorsal (Profundos) 
2.5.5 - Eretores da espinha 
A camada profunda é formada pelos músculos eretores da espinha, que são: 
iliocostal, longuíssimo do dorso e espinhal. 
2.5.5.1 - Espinhal torácico 
As inserções caudais desse músculo são compostas por 3 ou 4 tendões nos processos 
espinhosos de T11, T12, L1 e L2. Cafalicamente se fixam nos processos espinhosos das 
vértebras torácicas superiores. Essas inserções superiores podem variar de 4 à 8. É inervado pelo 
ramo dorsal dos nervos torácicos. Sua ação bilateral é estender a coluna. 
2.5.5.2 - Longíssimo do tórax 
Este músculo inicia-se na região lombar com as fibras que se inserem nas superfícies 
posteriores dos processos transversos das vértebras lombares e na camada medial da fascia 
Coluna torácia Page 18
Colégio Brasileiro de Osteopatia
toracolombar. Insere-se cefalicamente nos processos transversos de todas as vértebras torácicas e 
nas 9 ou 10 costelas inferiores medialmente aos ângulos das mesmas. É inervado pelo ramo 
dorsal dos nervos torácicos. Quando se contraem de forma bilateral realizam a extensão da 
coluna, e quando se contraem de forma unilateral provocam inclinação homolateral à contração. 
2.5.5.3 - Iliocostal torácico 
Consistindo a porção torácica do grupo dos músculos iliocostais, os iliocostais torácicos 
iniciam nas bordas superiores dos ângulos das costelas 7-12, medialmente a inserção dos 
iliocostais lombares. Eles direcionam-se cefalicamente para as bordas superiores dos ângulos das 
costelas 1-6 e para o processo transverso de C7. É inervado pelos ramos dorsais dos nervos 
torácicos. Sua ação é estender a coluna quando contraídos bilateralmente, e de inclinação 
homolateral quando se contraem de forma unilateral. Alterações de textura e densidade na 
palpação desses músculos na caixa torácica são geralmente indícios de disfunções vertebrais ou 
costais. 
Grupo dos músculos eretores da espinha. Standring S. Gray´s Anatomia - A Base Anatômica da 
Prática Clínica. 40ªed. Churchill Livingstone. 2011. 
Coluna torácia Page 19
Colégio Brasileiro de Osteopatia
 
Território de dor referida dos músculos eretores. Simons D, Simons L, Travell J. Travell & Simons' Myofascial Pain 
and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 1998. 
Também fazem parte da camada profunda os músculos semi-espinhais, multífidos, 
rotadores, interespinhais e intertransversos. Estes músculos são inervados pelos níveis em que 
atuam. 
2.5.6 - Semiespinhal torácico 
Caudalmente se fixa nos processos transversos de T6 a T10 e cefalicamente se inserem nos 
processos transversos de C6 à T4. É inervado pelo ramo dorsal dos nervos torácicos. Quando se 
contraem bilateralmente, estendem a coluna. E quando se contrai de forma unilateral provoca uma 
rotação contralateral à rotação. 
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Semi espinhais na região cervical e torácica. Standring S. Gray´s Anatomia - A Base Anatômica da 
Prática Clínica. 40ªed. Churchill Livingstone. 2011. 
2.5.7 - Multífidos 
São músculos extensos que preenchem o sulco ao lado dos processos espinhosos desde o 
sacro até C2. Na coluna torácica, os multífidos se fixam em todos os processos transversos. Os 
fascículos ascendem num número variável de vértebras para se fixar nos processos espinhosos. 
Os fascículossuperficiais ascendem 3 ou 4 vértebras, enquanto que os fascículos mais profundos 
ascendem para níveis superiores adjacentes. A inervação na região torácica é feita pelos ramos 
dorsais dos nervos torácicos. Quando se contraem bilateralmente, estendem a coluna. E quando 
se contrai de forma unilateral provoca uma rotação contralateral à rotação. 
Coluna torácia Page 21
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Representação dos músculos multífidos na região lombar. Standring S. Gray´s Anatomia - A Base 
Anatômica da Prática Clínica. 40ªed. Churchill Livingstone. 2011. 
2.5.8 - Rotadores 
Os músculos rotadores são bem desenvolvidos na zona torácica. São localizados 
profundamente aos músculos transverso-espinhais. Fixam-se nos processos transversos 
caudalmente e ascendem até nas lâminas de vértebras de um ou dois níveis acima. São inervados 
pelos ramos dorsais dos nervos torácicos. A ação desses músculos é a rotação dos segmentos 
relacionados às suas fixações. 
Representação dos músculos rogadores na região torácica. Standring S. Gray´s Anatomia - A 
Base Anatômica da Prática Clínica. 40ªed. Churchill Livingstone. 2011 
 
Coluna torácia Page 22
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Território de dor referida dos músculos eretores. Simons D, Simons L, Travell J. Travell & Simons' 
Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 1998.
2.5.9 – Intertransversos 
Pequenos músculos fixados entre processos transversos de todos os níveis. São inervados 
pelos ramos dorsais dos nervos torácicos. Quando se contraem de forma unilateral provocam 
inclinação homolateral à contração. 
2.5.10 - Interespinhais 
 Pequenos músculos que conectam os processos transversos. Quando se contraem unem tais 
estruturas auxiliando no movimento de extensão da coluna. São inervados pelos ramos dorsais dos 
nervos torácicos. 
 
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Vista em posterior da coluna lombar evidenciando alguns músculos profundos do dorso - Netter F. Atlas de 
Anatomia Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
* Região dorsal (Intermediários) 
2.5.11 - Serrátil posterosuperior 
Músculo fino e quadrilátero. Originado nas porções inferiores do ligamento nucal, dos 
processos espinhosos de C7 à T2 (ou T3) e dos respectivos ligamentos supraespinhosos. Fixam-
se lateralmente nas costelas 2 a 5. Quando se contraem elevam as costelas. São inervados pelos 
nervos intercostais 2 à 5. 
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Músculo serrátil postero-superior e seu território de dor referida. Simons D, Simons L, Travell J. Travell 
& Simons' Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 
1998.
2.5.12 - Serrátil posteroinferior 
Também é fino e quadrilátero. Fixa-se medialmente nos processos espinhosos de T11 à 
L2 (ou L3) e nos ligamentos supraespinhosos. Lateralmente fixa-se nas últimas 4 costelas. É 
inervado pelos ramos ventrais dos nervos espinhais 9-12. Sua ação é de levar as costelas na 
direção posteroinferior. 
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Músculo serrátil posterior inferior e seu território de dor referida. Simons D, Simons L, Travell J. Travell & 
Simons' Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 1998. 
* Região dorsal (Superficiais) 
2.5.13 - Trapézio 
É um músculo fino e triangular, que se estende da região dorsal do pescoço e tórax 
superior. É dividido em porções superior, média e inferior. Suas inserções proximais (mediais) 
encontram-se na linha nucal superior do osso occipital, ligamento nucal, processo espinhoso de 
C7, e todos os processos espinhosos torácicos. O trapézio superior se fixa distalmente 
(lateralmente) no terço lateral da clavícula. A fixação distal da porção média se fixa no acrômio e 
espinha da escápula. As fibras inferiores se fixam numa aponeurose localizada na raiz da espinha 
da escápula. 
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Músculo trapézio. Simons D, Simons L, Travell J. Travell & Simons' Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger 
Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 1998. 
 A ação das fibras superiores quando se contraem de forma unilateral e a escápula está 
fixa, é inclinação homolateral, extensão e rotação contralateral da coluna cervical. Quando se 
contraem de forma bilateral realizam a extensão cervical. Quando as inserções da escápula estão 
livres, eleva a escápula junto com o músculo levantador da escápula. 
A ação do trapézio médio junto com os rombóides é de aduzir a escápula. O trapézio 
inferior é basicamente um depressor da escápula. Os trapézios inferior e superior também atuam 
em conjunto para realizar os movimentos de báscula (externa e interna) da escápula. Este 
músculo é inervado pelo nervo craniano XI (acessório) e pelos ramos ventrais de C3 e C4. 
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Território de dor referida do músculo trapézio. Simons D, Simons L, Travell J. Travell & Simons' Myofascial Pain 
and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 1: Upper Half of Body. Lww. 1998. 
2.6 – Músculos envolvidos na respiração 
2.6.1 – Inspiração 
Durante a inspiração, ocorre um aumento no tônus dos músculos escalenos, que elevam 
primeira e segunda costelas. O diafragma também é ativado, tendo sua maior atividade pouco antes 
do final da inspiração, causando uma expansão tridimensional do tórax. Os músculos eretores da 
espinha e intercostais tem papel importante na inspiração sempre mantendo níveis básicos e 
constantes de atividade. Durante uma inspiração vigorosa, os intercostais mantém a separação das 
costelas. 
O músculo quadrado lombar torna-se ativo no mesmo momento que o diafragma, uma de 
suas funções é de estabilizar as costelas inferiores. 
Músculos auxiliares da inspiração, especialmente quando esta é vigorosa: 
•Esternocleidosmastóide; 
•Peitorais. 
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2.6.2 – Expiração 
 Durante a expiração, o tônus básico dos músculos intercostais permanece constante. A 
expiração ocorre normalmente pelas forças da gravidade, a elasticidade da caixa torácica, o músculo 
quadrado lombar assim como os abdominais. 
 Músculos que auxiliam a expiração, especialmente quando ela é vigorosa: 
•Reto abdominal; 
•Oblíquo interno. 
2.7 – Neuroanatomia 
2.7.1 - Nervos espinhais 
 Os 12 pares de nervos torácicos se ramificam em: 
•Ramo anterior/ventral 
•Ramo posterior/dorsal 
•Ramo meníngeo recorrente 
Os ramos anteriores são longos e formam os nervos intercostais que são nervos 
unisegmentares, diferente dos plexos (lombar, sacral, cervical e braquial) que são formados por 
nervos multisegmentares. Estes ramos anteriores inervam os músculos intercostais. Alguns 
músculos localizados na região torácica são inervados pelo plexo braquial. 
Os ramos posteriores proporcionam o controle motor dos músculos mais profundos 
uniarticulares, assim como recebem informações sensoriais da pele adjacente à vértebra, faceta 
articular, processos transverso e espinhoso. 
O nervo meníngeo recorrente inerva alguns tecidos (ligamento longitudinal anterior e 
posterior, face ventral da dura-máter) e também as articulações intervertebrais. 
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Corte transversal na coluna torácica evidenciando os nervos espinhais e sua comunicação com a cadeia simpática 
latervertebral. Netter F. Atlas de Anatomia Humana. 2a ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
A imagem abaixo mostra a extensão dos ramos posteriores dos nervos espinhais 
torácicos. Tal conhecimento é de importante interesse clínico. 
Projeções de remoas posteriores de nervos espinhais torácicos. Grieve GP. Common Vertebral Joint 
Problems. Churchill Livingstone. 1988. 
Coluna torácia Page 30
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2.7.2 – Sistema nervoso autônomoO sistema nervoso autônomo é a porção involuntária do sistema nervoso e tem funções 
primordiais na manutenção de funções basais e também na promoção de reflexos e respostas 
essenciais na sustentação da homeostase corporal. É subdividido em porção simpática e 
parassimpática. Basicamente a porção simpática está condicionada a situações de estresse, luta ou 
fuga, sendo a noradrenalina seu principal mediador químico. Já a porção parassimpática está mais 
relacionada a condições metabólicas. Detalhes mais relevantes sobre suas funções serão mais 
explorados em situações futuras durante o curso. Nesse momento é interessante reconhecer algumas 
características do sistema nervoso simpático, visto que sua origem se localiza na região 
toracolombar (T1 – L2), enquanto o sistema parassimpático encontra-se em regiões crânio-sacrais. 
Representação do sistema nervoso autônomo - Standring S. Gray´s Anatomia - A Base Anatômica da Prática Clínica. 
40ªed. Churchill Livingstone. 2011. 
Coluna torácia Page 31
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2.7.2.1 – Sistema nervoso simpático 
 Uma das principais distinções anatômicas entre o sistema nervoso somático (voluntário) e o 
autônomo (involuntário) é que o sistema nervoso autônomo é composto por 2 neurônios, entre o 
sistema nervoso central (SNC) e o órgão-alvo. Já o sistema nervoso somático apresenta apenas um 
neurônio entre a sua origem no SNC e o órgão-alvo. 
 A origem dos primeiros neurônios (ou neurônios pré-ganglionares) do sistema nervoso 
simpático encontra-se na coluna ou corno lateral da substância cinzenta da medula, desde T1 até L2. 
A partir de sua origem, esses neurônios podem apresentar diferentes trajetos até que alcance o 
órgão-alvo ao qual executa suas funções fisiológicas. Basicamente: 
- pode fazer sinapse com o 2º neurônio (ou neurônio pós-gaglionar) num gânglio latero ou para-
vertebral do mesmo nível 
- subir ou descer a cadeia ganglionar para-vertebral e fazer sinapse com o 2º neurônio num gânglio 
de segmentos superiores ou inferiores 
- seguir junto aos nervos espinhasi através de nervos esplâncnicos até fazer sinapse com o 2º 
neurônio num gânglio pré-vertebral ou pré-aórtico 
Representação do trajeto dos neurônios pré e pós-ganglionares simpáticos - Standring S. Gray´s 
Anatomia - A Base Anatômica da Prática Clínica. 40ªed. Churchill Livingstone. 2011. 
Coluna torácia Page 32
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 Sendo assim, pode-se considerar que os primeiros neurônios do sistema nervoso simpático 
fazem parte de segmentos medulares/metâmeros torácicos e lombares altos, e que suas funções 
podem ser alteradas em condições de sensibilização ou facilitação segmentar. Isso faz com que seja 
necessário o reconhecimento do nível de controle de cada segmento medular em relação a essas 
funções. Como citado acima, esses detalhes serão mais bem explorados futuramente, porém 
basicamente podemos lembrar que existe essa relação entre os níveis e suas funções: 
- T1 a T4: origem do controle da atividade simpática da cabeça e pescoço, sendo de T1 a T6 para o 
coração e pulmões; 
- T5 a T9: origem do controle de grande parte da atividade visceral abdominal – estômago, fígado 
vesícula, pâncreas, baço, duodeno; 
- T10 a T11: origem do controle da atividade simpática do restante do intestino delgado (jejuno e 
íleo), rins, ureteres, gônadas, colo ascendente e metade proximal do colo transverso; 
- T12 a L2: origem da atividade simpática do restante do intestino grosso (metade distal do colo 
transverso, descendente, sigmoide e reto), órgãos pélvicos. 
 A imagem abaixo ilustra a relação do sistema nervoso simpático com o resto do corpo: 
Esquema de representação das estruturas enervadas pelo sistema nervoso simpático - 
Seffinger MA(ed). Foundations of Osteopathic Medicine, 4th edition . Wolters Kluwer, New York; 
2019. 
Coluna torácia Page 33
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3 – Fisiologia articular 
A coluna torácica apresenta possibilidade de movimentos nos três planos de espaço, 
como mostra a figura abaixo 
Através de um eixo axial (y), que atravessa o plano transversal, ocorrem os 
movimentos de rotação. O eixo anteroposterior (z), que atravessa o plano coronel ou 
frontal, permite que ocorram os movimentos de inclinação lateral. O eixo transversal (x), 
que travessa o plano sagital, possibilita que ocorram os movimentos de flexão e extensão. 
Representação de eixos de moviemnto em segmento vertebral torácico. Flynn TW. The Thoracic Spine and Rb 
Cage: Musculoeskeletal Evaluation and Treatment. Butterworth Heinemann, 1996.
3.1 – Plano sagital (flexão/extensão) 
Este plano atravessado pelo eixo horizontal permite os movimentos com menor amplitude 
na coluna torácica. Na coluna torácica alta esses movimentos são pequenos e aumentam nos 
níveis mais inferiores. 
O movimento de extensão entre duas vértebras torácicas se acompanha de uma translação 
posterior do corpo vertebral da vértebra superior. Simultaneamente, o disco intervertebral se 
estreita por trás e se alarga pela frente. A limitação do movimento de extensão está determinada 
pelo contato das apófises articulares e das espinhosas. Por outro lado, o ligamento vertebral 
comum anterior entra em tensão enquanto o ligamento vertebral comum posterior, os ligamentos 
amarelos e os ligamentos interespinhosos se distendem. 
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O movimento de flexão entre duas vértebras torácicas se acompanha de uma abertura 
posterior do espaço intervertebral, com aumento das forças compressivas na parte anterior do 
disco e na tensão excêntrica na parte posterior do disco. As superfícies articulares das apófises 
articulares se deslizam para cima, e as apófises inferiores da vértebra superior têm a tendência de 
ultrapassar as apófises superiores da vértebra inferior por cima. O movimento de flexão fica 
limitado pela tensão do ligamento interespinhoso, dos ligamentos amarelos e das cápsulas das 
articulações interapofisárias e o ligamento vertebral posterior. 
Representação de movimentos de extensão e flexão de vértebras torácicas - Kapandji AI. Fisiologia 
Articular. Vol 3. Panamericana. 2000. 
3.2 – Plano coronal (inclinação lateral) 
 Neste plano, o eixo anteroposterior, que permite o segundo maior movimento da 
coluna torácica. O movimento de inclinação de duas vértebras torácicas se acompanha por 
um deslizamento diferente nas articulações interapofisárias: do lado da convexidade, as 
faces se deslizam como na flexão, ou seja, para cima; do lado da concavidade, as faces se 
deslizam como na extensão, ou seja, para baixo. A limitação do movimento está 
determinada, por um lado, pelo contato ósseo das apófises articulares do lado da 
concavidade e, por outro, pela tensão dos ligamentos amarelo e intertransverso do lado da 
convexidade. 
Coluna torácia Page 35
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Representação de movimentos de inclinação lateral à direita de segmento torácico - Kapandji AI. 
Fisiologia Articular. Vol 3. Panamericana. 2000. 
3.3 – Plano transversal (rotações) 
 O eixo axial atravessa esse plano e permite o movimento mais amplo da coluna 
torácica. As orientações das superfícies articulares apofisárias permitem que as vértebras 
torácicas realizem a rotação através de um eixo localizado no centro dos corpos vertebrais. 
Durante a rotação de uma vértebra sobre a outra, o deslizamento das superfícies nas 
apófises articulares se acompanha de uma rotação de um corpo vertebral sobre o outro, 
sobre o seu eixo comum; portanto, de uma rotação-torção do disco intervertebral e não de 
um cisalhamento como é o caso da coluna 
lombar. A rotação-torção do disco pode ter 
uma amplitude maior do que o seu 
cisalhamento: a rotação elementar entre duas 
vértebras torácicas é, ao menos 3 vezes maior 
que entre duas vértebras lombares. 
Representação de vista superior de segmento torácico demonstrando movimento de rotação à direita. White 
AA, PanjabiMM. Clinical Biomechanics of the Spine. LWW. 1990. 
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4 – Princípios de Fryette aplicados à coluna torácica 
 A coluna torácica apresenta seus movimentos fisiológicos seguindo os 2 princípios 
de Fryette, dependendo de seu posicionamento em relação ao plano sagital (neutra, flexão e 
extensão). 
4.1 – Princípio I de Fryette: NSR 
Este princípio descreve que: quando uma vértebra ou um grupo delas encontra-se 
em posição neutra (easy-flexion), realizam o movimento de inclinação lateral acompanhado 
de rotação para o lado oposto. 
Os dois movimentos nunca acontecem de forma isolada, sempre são acompanhados, 
sendo que o posicionamento das vértebras no plano sagital (neutra, flexão ou extensão) 
determina o tipo de movimento. 
•N = posição neutra 
•S = side-bend (inclinação lateral) 
•R = rotação 
A nomenclatura do movimento sempre respeita a posição da rotação das vértebras. 
Ex: NSR esquerda: 
• Vértebras em posição neutra no plano sagital, inclinadas para a direita e rodadas à 
esquerda. 
• Deslizamento lateral das vértebras para o lado da convexidade (esquerda). 
• O corpo vertebral roda para a esquerda e a apófise espinhosa fica desviada para a 
direita. 
• A apófise transversa esquerda está posterior e alta, enquanto a apófise direita 
encontra-se anterior e baixa. 
• Os discos intervertebrais estão comprimidos do lado direito e estirados ao lado 
esquerdo. 
• As facetas articulares do lado direito encontram-se aproximadas, enquanto as do 
lado oposto encontram-se afastadas. 
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Este princípio é aplicável nos segmentos lombar e torácico, quando estes se 
encontram em posição neutra no plano sagital. Na coluna cervical inferior (C3 à C7) esta lei 
nunca é aplicada mesmo que as vértebras estejam em posição neutra, devido a uma questão 
anatômica que será analisada em momento oportuno. Já a coluna cervical superior merece 
atenção especial no devido momento, pois as articulações comportam-se de forma 
diferente. 
* Copie e cole o link abaixo no seu navegador e veja essa animação sobre o princípio I de 
Fryette: 
https://www.youtube.com/watch?v=PHxLs2MIY0A 
4.2 – Princípio II de Fryette: ERS, FRS 
Este princípio descreve que: quando uma vértebra ou um grupo delas encontra-se 
em estado não neutro no plano sagital (flexão ou extensão), realizam o movimento de 
inclinação lateral acompanhado de rotação para o mesmo lado. 
•E = extensão 
•F = flexão 
•R = rotação 
•S = side-bend (inclinação lateral) 
Da mesma forma que NSR, a nomenclatura do movimento sempre respeita a posição da 
rotação das vértebras. 
Ex: ERS direita: 
• Vértebras em extensão, inclinadas e rodadas para a direita. 
• Deslizamento lateral das vértebras para o lado da convexidade (esquerda). 
• O corpo vertebral roda para a direita e a apófise espinhosa fica desviada para a 
esquerda. 
• A apófise transversa direita está posterior e baixa, enquanto a apófise esquerda 
encontra-se anterior e alta. 
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• Os discos intervertebrais estão comprimidos ao lado direito e estirados ao lado 
esquerdo. 
• As facetas articulares ao lado direito encontram-se aproximadas (imbricadas), 
enquanto as do lado oposto encontram-se livres. 
Representação dos princípios de Fryette: Flexão ou extensão + inclinação à direita + rotação à direita. American 
Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic terminology. Nov 2011. 
Este princípio é aplicável nos segmentos lombar e torácico, quando estes se 
encontram em posição não-neutra (flexão ou extensão). Na coluna cervical inferior (C3 à 
C7) este princípio é aplicada em posição neutra e não-neutra, devido à orientação das 
facetas articulares. 
* Copie e cole o link abaixo no seu navegador e veja essa animação sobre o princípio II de 
Fryette: 
https://www.youtube.com/watch?v=wNNAP60zCBA 
Coluna torácia Page 39
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5 - Disfunções somáticas da coluna torácica 
Na coluna torácica é possível encontrar as mesmas disfunções somáticas que podem 
estar presentes nas regiões lombar e cervical, respeitando os princípios de Fryette I (NSR) e 
II (ERS e FRS). Além disso, na coluna torácica também é possível encontrar as disfunções 
somáticas em grupos, denominadas como disfunções bilaterais (anterioridade e 
posterioridade). 
No caso de disfunções unilaterais existe um componente rotacional, por isso é 
possível que o examinador encontre uma assimetria (posterioridade) durante a palpação 
estática dos processos transversos ou lâminas da vértebra. Nas disfunções bilaterais uma 
das grandes diferenças quando comparadas às unilaterais, é que não existe assimetria 
palpatória ou posterioridades, pois as disfunções não apresentam componentes rotacionais. 
É importante buscar a relação das disfunções somáticas da coluna torácica com o 
sistema nervoso autônomo (simpático), pois as mesmas podem estar envolvidas com 
distúrbios funcionais desse sistema. Deve-se lembrar que a inervação simpática visceral é 
multisegmentar, ou seja, vários níveis segmentares medulares inervam um órgão. Sendo 
assim, as disfunções em grupo podem expressar condições víscera-somáticas que devem ser 
devidamente levadas em consideração e analisadas com cautela. 
5.1 – Disfunção em ERS 
Disfunção de uma vértebra isolada que respeita o segundo princípio de Fryette. A 
vértebra encontra-se fixada em extensão, inclinação e rotação homolateral. 
•Disfunção mecânica: imbricação do lado da concavidade. 
•Posterioridade do lado em disfunção que aumenta na flexão e diminui na extensão. 
•Processo espinhoso desviado do lado da convexidade. 
•Espaço inter-espinhoso diminuído. 
•Fixada por disfunção neuro-fascial do transverso-espinhoso (rotador) homolateral. 
•Movimentos limitados: flexão, rotação e inclinação contralateral. 
•O objetivo do tratamento é abrir a faceta imbricada. 
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Representação de uma ERS à direita: vértebra fixada em extensão, inclinação e rotação à direita 
5.2 – Disfunção em FRS 
Disfunção de uma vértebra isolada que respeita o segundo princípio de Fryette. A vértebra 
encontra-se fixada em flexão, inclinação e rotação homolateral. 
•Disfunção mecânica: desimbricação do lado da convexidade. 
•Posterioridade do lado contrário à disfunção que aumenta com a extensão e diminui com a 
flexão. 
•Processo espinhoso desviado para a convexidade. 
•Espaço interespinhoso aumentado. 
•Fixada por disfunção neuro-fascial do intertransverso do lado da concavidade. 
•Os movimentos limitados são: extensão, rotação e inclinação contralateral. 
•O objetivo do tratamento é fechar a faceta desimbricada. 
 
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Representação de uma FRS à direita: vértebra fixada em flexão, inclinação e rotação à direita 
5.3 – Disfunção em NSR 
Disfunção adaptativa de um grupo de vértebras que respeita o primeiro princípio de 
Fryette. Estas vértebras encontram-se fixadas em posição neutra, inclinação para um lado e 
rotação contralateral. 
•Disfunção que gera convexidade. 
•As posterioridades ficam do lado da convexidade. 
•O movimento limitado do grupo de vértebras é principalmente 
a inclinação homolateral à disfunção. 
•O objetivo do tratamento é diminuir a convexidade. Trata-se a 
vértebra ápice da curvatura. 
Representação de uma NSR à esquerda: grupo de vértebras fixadas em inclinação à direita e rotação à 
esquerda. American Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic 
terminology. Nov 2011. 
* Não se deve confundir as disfunções em NSR com as escolioses vertebrais. 
- NSR: alteração mecânica funcional. 
- Escoliose: deformidade óssea estrutural. 
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5.4 – Disfunção em extensão bilateral (anterioridade) 
Sãodisfunções de um grupo vertebral associadas a um deslizamento anterosuperior que gera 
uma zona plana. Somente ocorrem na coluna torácica. 
•É geralmente assintomática espontaneamente 
•Muita sensibilidade palpatória no esclerótomo, 
dermátomo e miótomo de um grupo de vértebras 
•Gera tensão na dura-máter, supostamente prejudicando 
o ritmo craniosacral 
•Supostamente causam alterações vasomotoras com 
repercussão somado-viscerais 
•Movimentos limitados de flexão e inclinação bilateral 
•Podem gerar hipermobilidades supra e subjacentes que 
podem provocar sintomas. 
 Representação de disfunção em grupo de extensão bilateral 
5.5 – Disfunção em flexão bilateral (posterioridade) 
Disfunção de um grupo vertebral associada a um deslizamento posteroinferior. 
Apresenta: 
•Desimbricação bilateral das facetas apofisárias 
•Aumento dos espaços interespinhosos 
•Tensão de tecidos miofasciais posteriores 
•Costelas adaptadas em posterioridades 
•É geralmente assintomática espontaneamente 
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•Muita sensibilidade palpatória no esclerótomo, 
dermátomo e miótomo de um grupo de vértebras 
•Limitação dos movimentos de extensão e rotação 
bilateral 
•Podem provocar adaptações sintomáticas nas 
regiões cervical e lombar 
 
Representação de disfunção em grupo de flexão bilateral 
6 – Possíveis causas de dor e/ou limitação de movimentos na 
colina torácica 
•TRAUMA 
oFratura: processo espinhoso, processo transverso, arco vertebral, corpo 
vertebral; 
oEstiramento/ruptura ligamentar; 
oEstiramento/ruptura muscular 
oCONDIÇÕES DEGENERATIVAS 
oEspondilólise: degeneração do disco intervertebral; 
oArtrose: degeneração das articulações zigoapofisária; 
oDoença de Sheuermann 
oINFLAMATÓRIA – Espondilite anquilosante 
oMETABÓLICA 
oOsteoporose; 
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oDoença de Paget; 
oOsteomalácia 
oINFECÇÕES 
oTuberculose 
oTUMORES – benignos e malignos 
oSÍNDROMES 
oSíndrome de T4; 
oSíndrome do desfiladeiro torácico 
oDOR TORÁCICA POSTURAL 
oDISFUNÇÕES MECÂNICAS LOCAIS 
oDisfunções somáticas vertebrais; 
oDisfunções somáticas costais. 
oDOR REFERIDA CERVICAL, LOMBAR OU VISCERAL (vesícula biliar, estômago, 
fígado, coração, baço, pulmões...) 
7 – Avaliação da coluna torácica 
7.1 – Inspeção estática 
 Observar atentamente a postura do paciente no plano coronal (anterior e posterior) e sagital 
(lado direito e esquerdo) e transversal (rotacional/torções). Analisar as curvaturas fisiológicas na 
situação estática, relacionando com outros segmentos corporais e com captores posturais (oclusão, 
pés). 
Verificar presença de escolioses, deformidades e cicatrizes. Quando uma escoliose é 
apresentada, solicitar ao paciente para se sentar na maca. Caso as curvaturas escolióticas 
desapareçam ou diminuam consideradamente, pensar em perna curta anatômica com curvaturas 
móveis. Se as curvaturas se mantêm, isso sugere uma escoliose fixada/estruturada. 
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No caso de existir sintomas, solicitar ao paciente que mostre o local e descreva o tipo de dor. 
Relacionar a localização e tipo de sintomas com a postura na busca de atitudes antálgicas. 
7.2 – Inspeção dinâmica 
 Solicitar ao paciente que realize os movimentos de forma ativa nos três planos de espaço: 
frontal/coronal (inclinação laterais), sagital (flexão e extensão) e transversal (rotações). 
O examinador deve observar a amplitude e qualidade de cada movimento e também analisar 
atentamente cada segmento vertebral buscando zonas planas e de quebra de movimento. O paciente 
deve ser instruído para informar ao examinador quando algum sintoma é despertado assim como o 
comportamento da dor durante os movimentos. Relacionar esses dados com a mecânica regional e 
periférica. 
A partir da observação dos movimentos nos três planos e das informações de dor obtidas, é 
interessante que o examinador faça a estrela de dor (Maigne) do local quando os sintomas estão 
presentes. É importante ressaltar que sintomas na região torácica podem ser sucedidos por 
problemas em outros segmentos (cervical, pelve, vísceras...), e também por alterações mecânicas 
locais (vértebras, costelas). 
Representação da estrela de dor 
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Todos os movimentos também podem ser testados de forma passiva para que o examinador 
possa ter mais claramente as sensações de barreiras e resistência, e também para que possa perceber 
o comportamento dos sintomas quando os movimentos são passivos. 
7.3 - Palpação 
 Deve-se analisar: 
•Temperatura da área; 
•Umidade excessiva localizada; 
•Presença de edema; 
•Densidade tecidual; 
•Assimetrias de referências ósseas; 
•Mobilidade dos tecidos superficiais; 
•Sensibilidade dos tendões, ossos, ligamentos, nervos e músculos (pontos gatilho); 
REFERÊNCIAS PALPATÓRIAS 
Processo espinhoso de T2 – geralmente no nível do ângulo superointerno da escápula. 
Processo espinhoso de T3 – geralmente no nível do espinha da escápula. 
Processo espinhoso de T7-T8 – geralmente no nível do ângulo inferior da escápula. 
 Dada a obliquidade que apresentam os processos espinhosos das vértebras torácicas, deve-se 
ter em conta que sua localização não corresponde com o nível do processo transverso da mesma 
vértebra numa projeção lateral. A diferença vai depender do nível vertebral. 
 Utilizaremos, como referência, a sugestão da regra dos 3 proposta pelo glossário de 
terminologias Osteopáticas (ECOP, 2011) para realizar a localização aproximada durante a palpação 
das vértebras torácicas: 
• T1 a T3: processo transverso no mesmo nível do processo espinhoso 
• T4 a T6: processo transverso está meio nível vertebral cefalicamente ao processo espinhoso 
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• T7 a T9: processo transverso está um nível vertebral cefalicamente ao processo espinhoso 
• T10: processo transverso está um nível vertebral cefalicamente ao processo espinhoso 
• T11: processo transverso está meio nível vertebral cefalicamente ao processo espinhoso 
• T12: processo transverso no mesmo nível do processo espinhoso 
Na presença de disfunção somática, os critérios clínicos devem estar presentes (TART): 
➡Tensão/aumento da densidade 
➡Assimetria posicional 
➡Restrição de mobilidade 
➡Aumento da sensibilidade palpatória: alodinias e/ou hiperalgesias 
Para evidenciar a condição de sensibilização/facilitação segmentar, deve-se avaliar: 
- Esclerótomo: o periósteo e facetas da vértebra encontram-se sensíveis à palpação. Deve-se 
recordar que o periósteo nessas áreas é inervado pelo ramo posterior do nervo espinhal. 
- Dermátomo: a pele encontra-se mais sensível que em outros segmentos. Realizar o palpado 
rodado na pele lateralmente à vértebra (inervada pelo ramo posterior do nervo espinhal) 
- Miótomo: o avaliador pode palpar os músculos paravertebrais (ao lado da vértebra) na busca de 
aumento de densidade e sensibilidade. 
7.4 - Testes articulares 
7.4.1 – Quick scan para coluna lombar e dorsal 
Esse é um teste global, que busca identificar uma zona restrita apenas, para que depois 
essa região possa ser avaliada especificamente em relação a outros parâmetros - (sensibilidade, 
densidade, simetria). 
Paciente sentado na maca com os membros superiores cruzados formando um duplo V. 
Avaliador em pé ao lado do paciente. O antebraço do avaliador que está anterior em relação ao 
paciente (esquerdo na imagem) deve estar posicionado no ombro que está no mesmo lado do 
avaliador. Sua mão que está posterior em relação ao paciente deve tomar contato com as polpas dos 
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dedos (2º, 3º e 4º) lateralmente aos processos transversos das vértebras de interesse, como mostra a 
1ª imagem abaixo. Também é possível usar o contato da polpa do polegar em algumas vértebras,como mostra a 2ª imagem abaixo. 
Quick scan da região dorsal - contato com polpa dos dedos 1º a 3º 
Quick scan da região dorsal - contato com polpa do polegar 
A ideia do teste é gerar um movimento de inclinação lateral da coluna para o mesmo lado do 
avaliador, empurrando o ombro no sentido do solo. Ao mesmo tempo deve-se empurrar a vértebra 
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em translação no sentido contrário. Encontrada a barreira de tensão no local desejadom o avaliador 
deve buscar perceber se a barreira ocorre de forma: 
- elástica ou fisiológica: baixa resistência e grande amplitude de movimento; 
- rígida e disfuncional: alta resistência e sem amplitude de movimento. 
O avaliador deve fazer o teste de forma bilateral. 
7.4.2 – Spring test para coluna lombar e dorsal 
Assim como o teste anterior, esse também tem como função identificar áreas de restrição, 
para que as mesmas sejam analisadas com mais precisão posteriormente, para indicar o tipo de 
disfunção. 
O paciente fica em decúbito ventral, e o avaliador em pé ao seu lado, na altura da pelve. 
O avaliador posiciona sua mão (entre região tenar e hipotênar) sobre alguns processos 
espinhosos. Também é possível optar pelo contato do pisiforme ou da polpa do polegar da mão 
medial no processo espinhoso das vértebras lombares ou dorsais e mantém seus cotovelos 
estendidos. 
O avaliador deve deslocar as vértebras no sentido anterior até a sua barreira 
mecânica e buscar se essa barreira é elástica (fisiológica) ou se é restritiva que indique 
disfunção local. 
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7.4.3 - Teste de mobilidade global para vértebras lombares e dorsais 
 Outra possibilidade para realizar esse teste global, assim como os dois anteriores, é 
utilizar uma das mãos espalmada sobre o sacro gerando um ritmo de movimento lateral que 
se propague por toda a coluna vertebral, enquanto a outra mão toma contato nos processos 
transversos das vértebras desejadas. A mão que está no sacro mantém o ritmo constante de 
movimento e a mão que palpa os processos espinhosos se desloca nível a nível sentindo a 
mobilidade vertebral. Caso a região esteja móvel, o avaliador perceberá o deslocamento 
lateral do processo espinhoso. Caso a região esteja restrita, o avaliador notará a ausência 
desse movimento. 
 Outra forma de realizar esse teste é envolvendo um ou mais processos espinhosos 
com as polpas dos dedos das duas mãos, e em seguida realizar movimentos laterais para 
perceber as respostas dos segmentos vertebrais. 
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Após identificar um segmento restrito no quick scan e/ou no springing test, o avaliador pode 
buscar os três componentes da tríade metamérica naquele segmento vertebral: dermátomo, 
esclerótomo, miótomo. Isto é feito para evidenciar uma disfunção somática com sensibilização/
facilitação segmentar. 
1.O esclerótomo pode ser avaliado palpando o processo espinhoso ou lâmina de uma vértebra e 
comparar com a sensibilidade de outros níveis (acima ou abaixo). Quando o esclerótomo é 
positivo, existe aumento considerável da sensibilidade no periósteo. 
2.Os miótomos da coluna torácica podem ser avaliados simplesmente palpado a musculatura 
paravertebral na busca de maiores zonas de densidade e sensibilidade. 
3.Os dermátomos dos metâmeros torácicos devem ser testados utilizado o teste palpado rodado 
(pinça rolle) na própria pele ao redor da vértebra (ramo posterior do nervo espinhal). 
Uma dermalgia reflexa é encontrada quando o paciente refere dor ou desconforto quando o 
avaliador realiza o rolamento da pele e também quando o avaliador tem a sensação de quebra de 
aderências (casca de laranja) quando realiza o rolamento. 
 
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Após detectar alterações de sensibilidade palmatória e de densidade testando os 
componentes da tríade metamérica (dermátomo, esclerótomo e miótomo), o próximo passo é 
descobrir qual o tipo de disfunção utilizando a palpação e aplicando os testes de mobilidade. 
7.4.4 – Testes de mobilidade analítica 
Esses testes tem como objetivo estudar diferentes parâmetros de movimentos acessórios 
de forma localizada nos segmentos vertebrais. Deve-se sentir a qualidade do movimento em todo 
seu curso e também as sensações de barreira. Com esses testes é possível determinar os 
parâmetros mais significativos das disfunções e desta maneira eleger a técnica de correção mais 
adequada. 
 Flexão-extensão 
O paciente fica sentado a cavalo na maca com seus braços cruzados sobre o tórax e as 
palmas das mãos nos ombros opostos. O Osteopata fica ao lado do paciente, sua mão anterior 
passa pela frente do tronco do paciente tomando contato nos cotovelos. A mão posterior toma 
contato com a polpa dos dedos nos processos espinhosos que deseja avaliar. Com a mão anterior 
induz o tronco aos movimentos de flexão e extensão, avaliando a qualidade do movimento e a 
sensação de barreira. 
 
Para as torácicas altas (T1 a T5), deve-se utilizar a cabeça como alavanca para impor os 
movimentos de flexão e extensão nas vértebras. 
 
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Rotação 
O paciente fica sentado a cavalo na maca com seus braços cruzados sobre o peito e as 
mãos nos ombros. O Osteopata fica em pé, sua mão anterior passa pela frente do tronco do 
paciente tomando contato com os cotovelos. O polegar da mão posterior toma contato no 
processo transverso ou lâmina de uma vértebra do lado oposto. O Osteopata induz uma rotação 
contralateral com sua mão anterior e exerce uma pressão com seu polegar no processo transverso 
para perceber se a vértebra aceita ou não esse movimento. Perceber a possibilidade de barreira 
restritiva de movimento. 
Para as torácicas altas (T1 a T5), deve-se utilizar a cabeça como alavanca para impor os 
movimentos de rotação nas vértebras. 
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Inclinação lateral 
Paciente na mesma posição. Osteopata em pé ao seu lado, sua mão anterior controla o 
tronco do paciente e a posterior toma contato com os processos espinhosos dos níveis vertebrais 
que quer avaliar. Com a mão anterior, o avaliador induz os movimentos de inclinação e percebe o 
deslocamento das espinhosas decorrente desse movimento. 
Para as torácicas altas (T1 a T5), deve-se utilizar a cabeça como alavanca para impor os 
movimentos de inclinação nas vértebras. 
7.4.5 – Teste de Mitchell para coluna torácica (média e baixa) 
Esse é um teste específico para diagnosticar o tipo de disfunção vertebral. Só deve ser 
realizado quando existe assimetria palpatória nos processos transversos/lâminas de uma vértebra, 
que indicaria um parâmetro rotacional da disfunção. 
Paciente em decúbito ventral, avaliador em pé ao seu lado. O teste deve ser feito em 3 
posições. 
Decúbito ventral 
O avaliador palpa os processos transversos de forma bilateral na busca de posterioridades. 
Se forem encontradas em vários vértebras consecutivas, traduzem a possível presença de 
disfunção em grupo (NSR), ou de uma deformidade vertebral (escoliose). Se existe só uma 
posterioridade, indica uma disfunção segmentar, mas não indica se esta se encontra em flexão ou 
extensão. 
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Flexão 
Mantendo o contato nos processos transversos bilateralmente, pedir ao paciente que 
sente nos calcanhares e faça uma flexão global da coluna. 
O avaliador deve perceber se a posterioridade se mantêm ou não na posição de 
flexão. Caso ela se mantenha, existe uma disfunção vertebral em extensão (ERS 
homolateral à posterioridade), que nesse caso se recusa a fazer a flexão. Caso a 
posterioridade tenha desaparecido, existe uma disfunção em flexão, pois a vértebra não 
recusou fazer o movimento de flexão. 
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Extensão 
Deve-se pedir ao paciente que fique em posição de esfinge (extensão da coluna apoiando 
os cotovelos). O Osteopata mantem o contato nos processos transversos e percebe o que ocorre 
com a posterioridade nessa posição. Caso ainda permaneça a posterioridade, significa a presença 
de uma disfunção em flexão (FRS homolateral à posterioridade) que se recusou a fazer o 
movimento de extensão. Se a posterioridade desaparece na extensão, significa uma disfunção em 
extensão, pois aceitou fazer o movimento de extensão. 
As posterioridades encontradas em extensão (disfunção em flexão) devem desaparecer 
em flexão e vice-versa. As posterioridades que não se modificam em nenhuma das 3 posições 
(neutra, flexão e extensão) são disfunções em grupo NSR. O lado da posterioridade indica o lado 
da rotação vertebral. 
•Uma posterioridade direita na posição neutra e de extensão da coluna, que 
desaparece somente na flexão: FRS direita. 
•Uma posterioridade direita na posição neutra e de flexão da coluna, que desaparece 
somente na extensão: ERS direita. 
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7.4.6 – Teste de Mitchell para coluna torácica alta (T1 a T5) 
Para as torácicas altas, os princípios do teste são os mesmos que para as baixas. 
Porém as diferenças são: 
• O paciente deve estar sentado, 
• Osteopata deve estar atrás tomando contato nos processos transversos 
• Para impor as alavancas de flexão e extensão, deve-se solicitar movimentos 
da coluna cervical 
 
Posição neutra 
Flexão 
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Extensão 
8 - Técnicas de tratamento para a coluna torácica 
8.1 – Técnicas de tecidos moles 
8.1.1 – Técnica de inibição dos músculos paravertebrais 
Paciente em decúbito ventral. Osteopata em finta anterior perpendicular ao paciente, 
contralateral ao lado a ser trabalhado. Uma das mãos (esquerda na foto) toma contato com a 
região tênar perpendicularmente na margem interna dos músculos paravertebrais do lado oposto. 
A outra mão reforça esse contato com o “calcanhar da mão”. 
Pedir respirações profundas e na expiração o Osteopata exerce tensão perpendicular às 
fibras musculares, no sentido anterior e lateral ao paciente. A técnica é feita até o momento que 
diminua a densidade miofascial local. 
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8.2 - Técnicas para as disfunções articulares 
8.2.1 - Técnicas de mobilização articular 
8.2.1.1 – Técnica articulatória em extensão 
Paciente sentado na maca com os pés apoiados no solo, e com os membros superiores 
cruzados de tal forma que cada mão toca no cotovelo oposto (formando um quadrado). 
O osteopata encontra-se em pé permitindo que os braços do paciente fiquem apoiados num 
de seus ombros. Os membros superiores do osteopata 
envolvem o tronco do paciente para tomar contato 
bilateral nas apófises transversas do nível a tratar, com 
os indicadores (reforçados pelo dedo médio). Para 
realizar a técnica o osteopata inclina seu centro de 
gravidade na direção posterior e leva os processos 
transversos no sentido posteroanterior até a barreira 
de extensão. 
Quando encontrar a barreira, o osteopata deve 
aumentá-la de forma rítmica e suave com o intuito de 
melhorar a capacidade de extensão dos níveis 
selecionados. Esta técnica pode ser aplicada para 
vértebras da coluna torácica média e baixa. 
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* Variável para torácicas altas 
Paciente sentado na maca com os pés apoiados no solo, mãos cruzadas atrás da nuca com os 
cotovelos juntos na frente de sua cabeça. Osteopata em pé ao lado que desejar. A mão anterior toma 
contato nos cotovelos do paciente. A mão posterior toma contato com a polpa do primeiro e 
segundo dedos nos processos transversos da vértebra selecionada para ser mobilizada. 
Para realizar a técnica o Osteopata leva os cotovelos do paciente na direção do teto com sua 
mão anterior no intuito de estender as torácicas superiores. Ao mesmo tempo levar as transversas na 
direção anterior até encontrar a barreira de extensão. Quando encontrar esta barreira, o Osteopata 
deve aumentá-la de forma rítmica e suave com o intuito de melhorar a capacidade de extensão dos 
níveis selecionados. 
8.2.2 - Técnicas de energia muscular (T.E.M.) 
8.2.2.1 – Técnica de Energia Muscular para ERS à esquerda (torácicas 
baixas e médias) 
Paciente sentado com cotovelos em “v”. Osteopata em pé, finta anterior do lado direito 
(contrário à posterioridade). A mão direita (anterior) passa por entre os cotovelos do paciente e toma 
contato no ombro esquerdo do paciente. A mão esquerda (posterior) toma contato com o dedo 
indicador no processo espinhoso e o dedo médio na faceta imbricada (esquerda) da vértebra em 
disfunção. 
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O esterno do Osteopata fica sobre o ombro direito do paciente para controlar as alavancas do 
tronco. 
O Osteopata deve inverter os 3 parâmetros da disfunção, no nível vertebral que está sendo 
tratado: flexão, inclinação direita e rotação direita (contralaterais à disfunção). 
Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos em cada um dos 3 parâmetros 
da disfunção: extensão, inclinação esquerda e rotação esquerda (homolaterais à disfunção). No 
final de cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva nos 3 parâmetros de correção. 
No final da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
8.2.2.2 – Técnica de Energia Muscular para ERS à direita (torácicas 
altas) 
Paciente sentado. Osteopata em pé em finta anterior, no lado esquerdo do paciente 
(contralateral à posterioridade). A mão esquerda (anterior) controla a cabeça do paciente e a mão 
direita (posterior) fica com o segundo dedo no processo espinhoso e o terceiro na faceta imbricada 
(direita). 
 
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O Osteopata deve inverter os 3 parâmetros da disfunção, no nível vertebral que está sendo 
tratado: flexão, inclinação esquerda e rotação esquerda (contralaterais à disfunção). 
Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos em cada um dos 3 parâmetros 
da disfunção: extensão, inclinação direita e rotação direita (homolaterais à disfunção). No final de 
cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva nos 3 parâmetros de correção. No final 
da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
8.2.2.3 – Técnica de Energia Muscular para FRS à direita (torácicas 
médias e baixas) 
Paciente sentado com cotovelos em “v”. Osteopata em pé ao lado esquerdo (lado da 
desimbricação). A mão esquerda (anterior) passa por entre os cotovelos do paciente e toma 
contato no ombro direito. A mão direita (posterior) toma contato com o indicador na faceta no 
lado da desimbricação (esquerdo), enquanto o dedo médio fica no processo espinhoso. 
O esterno do Osteopata fica sobre o ombro esquerdo do paciente para controlar as 
alavancas do tronco. 
O Osteopata deve inverter os 3 parâmetros da disfunção, no nível vertebral que está sendo 
tratado: extensão, inclinação esquerda e rotação esquerda (contralaterais à disfunção). 
Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos em cada um dos 3 
parâmetros da disfunção: flexão, inclinação direita e rotação direita (homolaterais à disfunção). 
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No final de cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva nos 3 parâmetros de 
correção. No final da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
8.2.2.4 – Técnica de Energia Muscular para FRS à direita (torácicas 
altas) 
Paciente sentado. Osteopata em pé do lado esquerdo (lado da desimbricação). A mão 
esquerda (anterior) controla a cabeça do paciente. A mão direita (posterior) toma contato com o 
indicador na faceta desimbricadae o dedo médio no processo espinhoso. 
O Osteopata deve inverter os 3 parâmetros da disfunção, no nível vertebral que está sendo 
tratado: extensão, inclinação esquerda e rotação esquerda (contralaterais à disfunção). 
Em seguida, solicitar contrações 
isométricas de 3-5 segundos em cada um 
dos 3 parâmetros da disfunção: flexão, 
inclinação direita e rotação direita 
(homolaterais à disfunção). No final de 
cada contração, aumentar a barreira 
motr iz de forma passiva nos 3 
parâmetros de correção. No final da 
técnica, voltar para a posição neutra de 
forma lenta e passiva. 
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8.2.2.5 – Técnica de Energia Muscular para NSR à direita (torácicas 
médias e baixas) 
Paciente sentado com cotovelos em “v”. Osteopata em pé no lado direito (lado da rotação). 
A mão direita (anterior) passa por entre os cotovelos do paciente e toma contato no ombro esquerdo 
do paciente. A mão esquerda (posterior) toma contato com o dedo indicador no processo espinhoso 
da vértebra “ápice” da curva. Inverter a posição da disfunção vertebral, inclinando para a direita o 
tronco do paciente até o nível vertebral desejado. 
Em segu ida , so l i c i t a r con t r ações 
isométricas de 3-5 segundos em inclinação 
esquerda. No final de cada contração, aumentar a 
barreira motriz de forma passiva no parâmetro de 
inclinação a direita. No final da técnica, voltar para 
a posição neutra de forma lenta e passiva. 
8.2.2.6 – Técnica de Energia Muscular para NSR à esquerda (torácicas 
altas) 
Paciente sentado. Osteopata em pé ao lado esquerdo (homolateral à rotação). Mão esquerda 
(anterior) controla a cabeça do paciente. A mão direita (posterior) toma contato no processo 
espinhoso da vértebra “ápice” da curva. 
Inverter a posição da disfunção vertebral, inclinando para a esquerda a cabeça do paciente 
até o nível vertebral desejado. 
Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos em inclinação direita. No final 
de cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva no parâmetro de inclinação a 
esquerda. No final da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
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8.2.2.7 – Técnica de Energia Muscular para anterioridade (extensão) 
bilateral (torácicas médias e baixas) 
Paciente sentado. Osteopata e pé do lado que desejar. A mão anterior controla os membros 
superiores do paciente. A mão posterior toma contato nos processos espinhosos das vértebras em 
disfunção. Buscar a barreira motriz em flexão até o nível. 
Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos em extensão. No final de cada 
contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva no parâmetro de flexão. No final da técnica, 
voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
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8.2.2.8 – Técnica de Energia Muscular para anterioridade (extensão) 
bilateral (torácicas altas) 
Paciente sentado. Osteopata e pé do lado que desejar. A mão anterior controla a cabeça do 
paciente. A mão posterior toma contato nos processos espinhosos das vértebras em disfunção. 
Buscar a barreira motriz em flexão. Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 
segundos em extensão. No final de cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva no 
parâmetro de flexão. No final da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
 
8.2.2.9 – Técnica de Energia Muscular para posterioridade (flexão) 
bilateral (torácicas médias e baixas) 
Paciente sentado. Osteopata e pé do lado que desejar. A mão anterior controla os membros 
superiores do paciente. A mão posterior toma contato nos 
processos espinhosos das vértebras em disfunção. 
Buscar a barreira motriz em extensão. Em 
seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 segundos 
em flexão. No final de cada contração, aumentar a 
barreira motriz de forma passiva no parâmetro de 
extensão. No final da técnica, voltar para a posição 
neutra de forma lenta e passiva. 
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8.2.2.10 – Técnica de Energia Muscular para posterioridade (flexão) 
bilateral (torácicas altas) 
Paciente sentado. Osteopata e pé do lado que desejar. A mão anterior controla a cabeça do 
paciente. A mão posterior toma contato nos processos espinhosos das vértebras em disfunção. 
Buscar a barreira motriz em extensão. Em seguida, solicitar contrações isométricas de 3-5 
segundos em flexão. No final de cada contração, aumentar a barreira motriz de forma passiva no 
parâmetro de extensão. No final da técnica, voltar para a posição neutra de forma lenta e passiva. 
8.2.3 - Técnicas de thrust 
8.2.3.1 – Técnica de Dog para disfunção em posterioridade (flexão) 
bilateral 
Paciente em supino com uma mão em cada ombro, cotovelos em “v”. Osteopata em pé ao 
lado que desejar no nível da coluna lombar do paciente. Posiciona-se em finta anterior com a perna 
anterior na altura da coluna torácica do paciente. A mão interna toma contato sobre a vértebra no 
ápice do grupo em disfunção. A mão externa fica sobre os cotovelos do paciente e o esterno sobre 
esta mão. Nas técnicas de Dog os cotovelos sempre são posicionados no nível vertebral a ser 
tratado. 
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Reduzir o slack em extensão empurrando os cotovelos do paciente na direção da maca e da 
cabeça do paciente. Pedir respiração profunda e no final da expiração realizar o thrust com body 
drop em extensão, na direção a cabeça do paciente e da maca. 
8.2.3.2 – Técnica de Dog para disfunção em anterioridade (extensão) 
bilateral 
Paciente em decúbito dorsal com os cotovelos em “V”. Osteopata em pé ao lado que desejar 
no nível da coluna lombar do paciente. Posiciona-se em finta anterior com a perna anterior na altura 
da coluna torácica do paciente. A região abdominal alta (epigástrica) do Osteopata toma contato nos 
cotovelos do paciente. Nas técnicas de Dog os cotovelos sempre são posicionados no nível vertebral 
a ser tratado. 
A mão externa toma contato na coluna torácica alta do paciente e o antebraço apoia sua 
paciente. A mão interna toma contato numa vértebra que esteja imediatamente inferior ao grupo em 
disfunção, para criar uma alavanca em flexão no grupo disfuncional. 
O Osteopata deve impor uma alavanca de flexão no tronco do paciente até que este 
parâmetro alcance o nível tratado. Reduzir o slack em forma de vírgula na direção da maca e da 
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cabeça do paciente. No final da expiração o thrust é realizado em body drop na direção da cabeça 
do paciente. 
8.2.3.3 – Técnica de Dog para ERS à esquerda 
Paciente em supino com cotovelos em “V”. Osteopata em finta anterior no lado direito do 
paciente (contralateral à posterioridade). Tomar contato com região epigástrica nos cotovelos do 
paciente. Nas técnicas de Dog os cotovelos sempre são posicionados no nível vertebral a ser tratado. 
A mão externa toma contato na coluna torácica alta do paciente e o antebraço apoia sua 
paciente. Induzir flexão da coluna do paciente deixando o peso cair na perna posterior do osteopata, 
isso apresenta a coluna do paciente. 
Com a mão interna (direita na foto) tomar contato na vértebra que se localiza imediatamente 
inferior à vértebra que esta em disfunção. Voltar o paciente para maca até o Osteopata apoiar bem o 
sue cotovelo e ficar estabilizado. Acrescentar parâmetro de inclinação direita (contralateral à 
posterioridade) da coluna do paciente. 
Reduzir slack em forma de vírgula, levando o centro de gravidade na direção do ombro 
esquerdo do paciente. No final da expiração, o thrust é realizado em body drop na direção do ombro 
esquerdo do paciente. 
Coluna torácia Page 70
Colégio Brasileiro de Osteopatia
 
8.2.3.4 – Técnica de Dog para FRS à direita 
Paciente em supino com cotovelos em “V”.

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