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Diabetes Mellitus Hellen Rodrigues É uma síndrome de etiologia múltipla, caracterizada pela hiperglicemia crônica decorrente da falta e/ou incapacidade da insulina exercer seu papel adequadamente. O diabetes é um conjunto de sinais e sintomas, conjunto de situações clínicas adversas que estão relacionadas a perda da homeostase da glicemia. Essa hiperglicemia pode ser por duas razões: resistência à insulina que se agravou ou uma situação em que há a redução ou ausência na produção de insulina. A hiperglicemia crônica vai alterar o metabolismo de todos os nutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos). O diabetes mellitus é dividido em: DM tipo 1: Ausência de produção de insulina, isso se dá pela destruição das células Beta pancreáticas. Geralmente está associado a um mecanismo de autoimunidade, que destrói as células produtoras de insulina. 5-10% dos casos de DM. Mais comum o surgimento na infância e adolescência. As consequências da diabetes nesses pacientes são mais graves (hiperglicemia mais crítica, sintomatologia mais forte). DM tipo 2: Defeitos na ação e secreção da insulina (o indivíduo produz a insulina, mas ela não funciona adequadamente). Responde a 90% dos casos. Está associado as DCNT (obesidade, síndrome metabólica, excesso de gordura corporal/abdominal). Inicia-se a partir do processo de inflamação que leva a resistência à insulina. Pré-diabetes: Estado intermediário entre a homeostase normal da glicose e o DM. Resistência à insulina. DM gestacional: Intolerância à glicose com início ou diagnosticada durante a gestação. A partir da 20ªSG é muito comum fazer o rastreamento da DM gestacional. A mulher que tem DMG a criança tem maior risco de apresentar macrossomia (bebê com + de 4kg) e outras complicações. A mulher que teve DMG tem maior risco de desenvolver ao longo da vida DM. SINTOMATOLOGIA Os sintomas são mais proeminentes no DM1, mas também ocorrem no DM2. Fadiga (cansaço fácil). Polidipsia (muita sede). Polifagia (aumento do apetite). Poliúria (muita diurese/urina). Emagrecimento (perda acentuada). O paciente apresenta poliúria pois a eliminação de glicose pela urina é um mecanismo de defesa para diminuir a hiperglicemia. Porém a glicose é uma solução muito osmolar ela acaba levando muita água, aumentado assim o volume urinário. A Polidipsia está relacionada a poliúria, pois em decorrência do aumento do volume urinário, o paciente desidrata, por isso ele sente muita sede. Já a polifagia é apresentada pois a glicose não está entrando na célula devido à resistência à insulina. Como a célula não está sendo nutrida, pois não está entrando glicose nela, ela começa a pegar Hellen Rodrigues outra fonte de energia, a gordura. Essa gordura vem dos adipócitos, que começam a liberar ácidos graxos para alimentar as células, gerando a lipólise, por isso há o emagrecimento. COMPLICAÇÕES VASCULARES O diabetes mellitus traz inúmeras complicações. O paciente diabético é um paciente que tem maior risco de morrer. Além disso tem risco de apresentar complicações macro e microvasculares: Complicações Macrovasculares: Eventos cardiovasculares (infarto); Acidente vascular cerebral (AVC); Essas são extremamente graves, e geralmente debilitam o paciente. Complicações Microvasculares: Retinopatia: perda da acuidade visual e risco de cegueira. A célula da retina não depende da insulina, com a hiperglicemia começa a entrar muita glicose nessa célula e ela começa a glicosilar as proteínas dessa célula, com isso ela perde a forma e a função. Então a célula perde a função de garantir a acuidade visual. Paciente com DM descompensado tende de forma crônica a desenvolver a retinopatia diabética. Nefropatia: pois a eliminação de glicose pela urina é um mecanismo de defesa. Neuropatia: perda da sensibilidade. Os neurônios e os nervos periféricos (dão sensibilidade) não dependem da insulina, com a hiperglicemia começa a entrar muita glicose nessas células e elas começam a glicosilar as suas proteínas, gerando assim na perda da forma e da função dela. Quando os nervos periféricos são glicosilados há a perda da sensibilidade, isso ocorre muito nos membros inferiores (risco para pé diabético, necrose, amputação). A neuropatia também leva a perda da força muscular. Má cicatrização: má funcionalidade do colágeno. O colágeno (tecido responsável pela cicatrização) também é glicosilado com a hiperglicemia, perdendo sua função, não conseguindo fazer um bom tecido de cicatrização. Essas complicações têm grande impacto na qualidade e no estilo de vida do paciente. DIAGNÓSTICO Diversos exames podem ser feitos para diagnosticar e monitorizar o DM, sendo: Glicemia de jejum: o Normal: entre 70 e 99 o Pré-diabético: entre 100 e 126 o Diabetes: igual ou superior a 126 Glicemia entre 90 e 100 é sinal de tolerância à glicose diminuída (resistência à insulina). Teste oral de tolerância a glicose: Faz a coleta da glicemia de jejum, depois o paciente toma um xarope com 75g de glicose e então 2h depois faz outra medida da glicemia o Normal: menor 140 o Intolerância à glicose: 140-200 o Diabetes: igual ou maior que 200 Glicemia ao acaso (em qualquer hora do dia): o Diabetes: maior que 200 Hemoglobina glicada: Assim como a célula da retina a glicose tem passe livre para entrar na hemácia, ela entra no glóbulo vermelho livremente, lá dentro a glicose Hellen Rodrigues encontra uma proteína chamada hemoglobina e esta pode ser glicosilada. o Normal: menor que 5,6% o Pré-diabetes: 5,7 a 6,4% o Diabetes: maior que 6,5% É o principal e melhor marcador para monitorar o controle glicêmico do paciente. Pois a vida média da hemácia é de 90-120 dias (prazo para renovação dos glóbulos vermelhos) – esse é o tempo que ela permanece na corrente sanguínea. Ou seja, o exame reflete se o paciente descompensou ou não nos últimos 3-4 meses. Paciente diabético, para verificar se a diabetes está compensada: o Hb glicada em adultos: menor que 7% o Hb glicada em idosos: menor que 8% Frutosamina: Mais usado por médicos, para verificar o efeito a curto prazo da medicação. Nesse caso quem está glicada é a albumina (ela dura 18-20 dias na corrente sanguínea). Reflete muito os 15 dias. É importante se atentar se o paciente fez o preparo adequado para o exame. DIETOTERAPIA A maioria dos pacientes diabéticos não usam insulina, o tratamento é medicação oral e alimentação adequada. Por isso a terapia nutricional deve focar na individualização. Considerando: terapia medicamentosa, uso de insulina (tipo, horário, quantidade), hábitos de vida (tabagismo, etilismo, prática de atividade física), fase da vida, diagnóstico nutricional (como está o estado nutricional do indivíduo). Muitas vezes o controle do peso está como uma meta importante, tendo em vista que o excesso de peso/gordura corporal está relacionado a piora do diabetes. Em pacientes com excesso de peso deve-se fazer a perda de peso de 5-7% a longo prazo (6 meses). Objetivos da terapia nutricional: Controlar a glicemia (pelos marcadores bioquímicos); Controlar o perfil lipídico (paciente diabético tem alto risco cardiovascular); Manter os níveis pressóricos adequados (pois ele tem risco de ser hipertenso); Minimizar as complicações da doença (as complicações macro e microvasculares). Manejo nutricional: VET: considerar as necessidades individuais CHO: 45-60% (normo) Sacarose: até 5% (7-10% no máx.) Fibra alimentar: mínimo de 20g/dia ou 14g/1000kcal Gordura total: 25 a 30% AG saturados: menos de 7% AG poli-insaturados: até 10% AG monoinsaturados: até completar (<20%) Colesterol: menos de 200mg PTN: individualizada, conforme o estado nutricional do paciente, 15 a 20% O uso da sacarose é questão de educação/orientaçãonutricional (trabalho de conscientização). A frutose de adição em excesso pode ser convertida em glicose e em seguida ser transformada em gordura. Energia: o Pacientes com excesso de peso uma perda de 5-10% do peso produz efeitos positivos sobre a glicemia, lipemia e níveis de PA. o Prática de atividade física regular (150min/sem) para auxiliar na perda/manutenção do peso. o Cálculo pelo método prático: 20-25kcal/kg – perda ponderal 25-30kcal/kg – manutenção do peso Carboidrato: o Incluir grãos, frutas, vegetais e laticínios desnatados na alimentação. o Alimentos ricos em sacarose devem ser substituídos por outros tipos de CHO (cuidado com os industrializados, em que a sacarose se encontra em outra forma). o Consumo adequado de fibras. o Cuidado na oferta de frutose (de adição, em alimentos industrializados) – na via metabólica dela é muito estimulado a Hellen Rodrigues lipogênese (o excesso de frutose, entram na via da lipogênese). Fibras: o Preferir grãos integrais, frutas, verduras e legumes. o Dietas ricas em fibras (>50g) são ótimas para redução da glicemia, lipemia e isulinemia, mas o paciente pode apresentar efeitos colaterais gastrointestinais. o Fibra solúvel é muito interessante para esse paciente (amido resistente – biomassa de banana verde, frutooligossacarídeos – alho, cebola). o 14g/1000kcal. Proteína: o 0,8-1,0g/Kg (normo). o Não são recomendadas as dietas com alto teor proteico (>20%), pois pacientes diabéticos têm maior risco de desenvolver leões renais, a nefropatia diabética. o Pacientes que já apresentam a lesão renal a oferta proteica deve ser menor (conforme recomendação para renais). o Caso o paciente haja a necessidade de uma maior oferta de proteína (inflamação) deve- se fazer o monitoramento (exames bioquímicos). Lipídeos: o Atenção para não oferecer excesso de gordura saturada. o Apenas 30% do VET. o Tratar o paciente diabético como potencial cardiopata, pois o paciente pode infartar a qualquer momento (infarto silencioso – pelo fato do paciente apresentar neuropatia, muitas vezes ele não sente a dor do infarto). Vitaminas e Minerais: o Deve-se garantir a oferta de micronutrientes pela dieta. o 3-4 porções de frutas por dia. o No mínimo 1 fruta fonte de vitamina C. o 3-5 porções de hortaliças por dia. o Zinco, Cromo, Magnésio e Potássio estão relacionados a ação da insulina. o Sódio até 2g/dia. Cromo: O receptor da insulina ele tem uma proteína associada a ele, a cromodulina, ou seja, ele é cromo dependente. Se a cromodulina não funciona bem a cascata de reações para sinalização do Glut4 não ocorre de forma eficiente. Por isso o cromo é um nutriente extremamente importante para o bom funcionamento da insulina. Zinco: A insulina é um hormônio proteico, e toda vez em que há a síntese dele é necessária a utilização do zinco. Além disso, o zinco é cofator das reações promovidas pela insulina. Magnésio: Baixo teor de magnésio no organismo está muito relacionado a hiperglicemia. Álcool: o Sugerir abstinência. Caso consumir, consumo com moderação. o Orientação para consumir com alimentos, por conta de o álcool apresentar efeito hipoglicemiante. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Os pacientes diabéticos muitas vezes usam mais de uma medicação, ou até medicação associada a insulina. Principais classes de medicamentos usados pelos pacientes diabéticos: Sulfoniluréias: Aumenta a secreção de insulina. Glimepirida, Glibenelamida, Cloropropamida. Biguanidas: Reduz a produção hepática de glicose e aumenta a sensibilidade a insulina. Metformina. Inibidores de alfaglicosidase: Retarda a digestão e absorção intestinal de carboidrato. Acarbose. Glitazonas: Sensibilizador de insulina no músculo, adipócito e hepatócito. Pioglitazona, Rosiglitazona. Medicações caras. Paciente Insulinizado De uma forma geral o tratamento com a insulina visa evitar a cetoacidose (paciente DM tem alta produção de corpos cetônicos, pois o organismo ao invés de metabolizar a glicose metaboliza as gorduras, como fonte de energia, levando a uma produção excessiva de corpos cetônicos, que Hellen Rodrigues pode levar a cetoacidose. Esta é uma situação grave, o paciente muitas vezes pode entrar em coma). Além disso o uso da insulina é para evitar/minimizar complicações macro e microvasculares a longo prazo. Tratamento do paciente insulinodependente: 1. Conhecer a respeito da insulinização. 2. Planejamento e orientação alimentar individualizados. 3. Orientação a atividade física regular. 4. Automonitorização diária (controle da glicemia capilar – pelo glicosímetro). 5. Continuidade na educação nutricional. 6. Acompanhamento psicológico quando necessário. 7. Estilo de vida: comer de forma saudável, dormir adequadamente (uma noite de sono perdida/mal tende a aumentar a glicemia), exercitar-se, controlar o estresse. 8. Controlar o estado emocional (quando se está estressado libera-se cortisol, este hormônio promove a quebra do glicogênio, além disso o cortisol reduz a sensibilidade a insulina). TIPOS DE INSULINA A liberação de insulina é constante no corpo (o tempo inteiro). Naturalmente há dois esquemas de liberação no corpo, insulina basal (liberada p tempo inteiro, em pequena quantidade, mas constante de liberação de insulina), e após a ingestão alimentar há uma liberação maciça de insulina, a insulina em bolus (picos). Insulina Basal Liberação constante. Insulina em Bolus Liberação pós alimentação. 0 O esquema de liberação de insulina muitas vezes ele vem para mimetizar uma das insulinas. Quando o paciente aplica a insulina, ele está mimetizando algo que deveria acontecer fisiologicamente. E os tipos de insulina que existem estão relacionados a exatamente esta questão, há insulinas para mimetizar a basal ou a em bolus. Por isso é importante fazer uma anamnese precisa, para saber qual o tipo de insulina, nome comercial, quantidade etc; pois o tipo de insulina determina a conduta dietética. Classes das Insulinas: Classe Duração no organismo Inicio de ação pós aplicação Cobre a insulina Longa duração 20 a 42h Depende do tipo Basal Ação intermediária (NPH*) 10 a 18h 2 a 4h Basal Ação rápida (Regular) 5 a 8h 1h Bolus Ação ultrarrápida 3 a 5h 15min Bolus A insulina basal sofre uma influência menor da alimentação, pois sua liberação é constante, ela sofre maior impacto dos demais fatores (atividade física, sono, estresse). Já as insulinas rápidas e ultrarrápidas estão totalmente relacionadas a alimentação, logo a conduta deve ser mais especifica quando o paciente as usa. Picos de insulina: podem provocar uma hipoglicemia de rebote. O uso da insulina é exatamente para minimizar essa hipoglicemia. Por isso no que se refere a insulina em Bolus (pico logo após que se aplica) é preciso combinar o momento do pico com o momento em que Hellen Rodrigues haverá uma maior quantidade de glicose circulante (sincronia entre os picos). Pois se houver um pico glicêmico sem insulina o paciente vai ficar hiperglicêmico, e se tiver pico de insulina sem glicose proporcional, o paciente pode ter hipoglicemia (e isso pode levar a óbito). A insulina NPH devido ao seu pico, faz com que haja maiores variações glicêmicas ao longo do dia (não é adequado). O pico glicêmico varia conforme diversos fatores, ele não fica igual todos os dias, como exemplo: temperatura, infecção, inflamação, estresse. O pico e a duração variam também de acordo ao tipo da insulina, e isso vai ter efeitos metabólicos diferentes. Momentos de uso da insulina Insulina Quando usar Ação lenta 1x no dia NPH 2-3x no dia Regular 30min antes das 3 principais refeições Ultrarrápidos Logo antes das refeições LOCAIS DE APLICAÇÃO DA INSULINA Geralmente não se deve aplicar no mesmo lugar o tempo todo, poispode gerar uma lipodistrofia no local. O abdome e no braço são os locais que melhor absorve e a ação é mais rápida. A insulina deve ser aplicada em ângulo reto. Contagem de Carboidratos A contagem de carboidratos é considerada um dos métodos mais efetivos para o controle glicêmico, melhorando a qualidade e a expectativa de vida do paciente diabético. O seu objetivo é otimizar o controle glicêmico em função das menores variações das glicemias pós- prandial, através do somatório em gramas de carboidrato de cada refeição. O seu princípio é que deve-se variar o mínimo possível a quantidade de carboidrato ofertada por refeição, pois isso de um dia para o outro terá menores variações da glicemia (melhor controle da glicemia). Ela é feita para todos os diabéticos, independente do uso de insulina ou não, porém a forma de fazer depende do tipo de terapia (em terapia convencional – hipoglicemiante oral e/ou NPH; em terapia de múltiplas doses – insulina rápida e ultrarrápida). Efeitos dos alimentos na glicemia: Carboidrato Proteína Lipídio 100% 35 a 60% 10% 15min a 2h 3-4h 5h O carboidrato é o único que vira 100% glicose, assim ele é que mais influencia na glicemia do paciente. A proteína só tem impacto na glicemia quando é consumida em maior quantidade; já a gordura não apresenta quase impacto nenhum. MÉTODO DE CONTAGEM Soma-se os gramas de carboidratos de cada alimento por refeição, obtendo-se informações em tabelas e rótulos dos alimentos. Da seguinte forma: 1. Soma a quantidade de CHO de cada alimento por refeição, verificando o quanto de CHO será ofertado por refeição. 2. Prescrição da dieta. 3. Por 1 semana o paciente deve fazer a aferição da glicemia pré e pós-prandial. Hellen Rodrigues 4. Verificar o resultado: Glicemia pré-prandial Glicemia pós-prandial Resultado Adequado Adequado A quantidade de CHO é a ideal para a refeição Adequado Alta Houve consumo excessivo de CHO na refeição Alta Alta O esquema terapêutico geralmente está inadequado Quantidade de CHO que deve ser oferecido por refeição: Desjejum: 20% da quantidade diária Colação: 10% da quantidade diária Almoço: 30% da quantidade diária Lanche da tarde: 10% da quantidade diária Jantar: 20% da quantidade diária Ceia: 10% da quantidade diária Isso é implementado, e depois verifica-se se o paciente conseguiu se adequar a essas quantidades de carboidrato. Deve-se fazer a lista de substituições por equivalência em carboidratos. Esse método é utilizado para pacientes em uso de medicação oral e insulina NPH apenas. PACIENTE EM USO DE INSULINA EM BOLUS A quantidade de insulina será compatível com a oferta de carboidrato, para que não haja nem hiper e nem hipoglicemia. Bolus de insulina: quantidade de insulina necessária para cobrir determinado gramas de CHO. Anteriormente usava-se 1 Unidade de Insulina para cada 15g de CHO, porém sabe-se que a quantidade de insulina depende do peso do paciente. Pois, quanto mais pesado o paciente, menor a sensibilidade a insulina. Exemplo: 3UI (recomendação médica) x 13g (paciente com 65kg) = 39gCHO para refeição Essa não é a melhor forma de se trabalhar, pois o paciente já vem do médico com uma dose fixa de insulina. Mas o ideal é que essa dose fosse variável, conforme alimentação (aplicar a insulina correspondente a quantidade de carboidrato da refeição). Porém isso exige uma determinada disciplina do paciente, bem como um maior nível de escolaridade. A insulina rápida e ultrarrápida também pode ser usada para correção da glicemia alta, para trazer ele para a glicemia normal, chamado de bolo de correção. FATOR SENSIBILIDADE Quanto uma UI de insulina rápida ou ultrarrápida reduz a glicemia? IR 1500 / Dose total de insulina do dia (basal + rápida) IUR 1800 / Dose total de insulina do dia (basal + ultrarrápida) BOLO DE CORREÇÃO Quantidade de insulina necessária para atingir a meta terapêutica. FC= glicemia – meta glicêmica / Fator Sensibilidade META GLICÊMICA TERAPÊUTICA Nível de controle da glicemia BOM ACEITÁVEL RUIM JEJUM 70-110 111-140 >140 PÓS- PRANDIAL 70-140 141-160 >180
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