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Manual de Psicologia Hospitalar- Simonetti (2004)

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Manua� d� psicologi� h�pitalar-
� map� d� doenç�
Alfredo Simonetti
● Esse livro, tem como objetivo orientar
o psicólogo frente ao contexto
hospitalar
● Foi escrito como manual a fim de
propor um método de trabalho a qual
ajuda o paciente a passar pela
experiência de adoecimento
O que é a psicologia escolar?
● É o campo de tratamento e
entendimento dos aspectos
psicológicos em torno do adoecimento
● A psicologia hospitalar não lida
apenas com doenças de causas
psíquicas (psicossomáticas), mas sim
dos aspectos psicológicos qualquer
doença
● Toda doença se beneficia do trabalho
da psicologia escolar
● A doença é um fenômeno complexo
que engloba as dimensões cultural,
psicológica e biológica
● Não cabe ao psicólogo entrar na
discussão de qual dimensão exerce
mais ou menos influência
● Apesar de trabalhar com a parte
psíquica, o psicólogo não rejeita as
outras partes envolvidas no processo
de adoecimento.
● Aspecto psicológico: É o nome que
damos para as manifestações da
subjetividade humana diante da
doença. (Desejos, sentidos, falas,
comportamentos, conflitos, sonhos e
etc..)
● Por vezes, esse aspecto pode surgir
como a causa e como o desencadeador
do processo patogênico, agravante ou
de manutenção da patologia
(psicossomática)
● Doenças psicossomáticas nos mostram
o poder da mente sobre o corpo.
Implica as emoções, conflitos
psíquicos e estresse como
responsáveis direto pela causa de
certas doenças como: Úlcera,
hipertireoidismo, asma e etc..
● A psicologia hospitalar nasceu
da psicossomática e da
psicanálise e agora, com o
decorrer do tempo está
criando e desenvolvendo sua
própria identidade
● Pode ser que a vivência
psicológica não tenha nada a
ver com o surgimento da
doença. Pode ser também que
não tenha nada a ver mas
ajuda a piorar ou interfere
negativamente no tratamento.
Ou seja, nesses casos o fator
psicológico é um fator
agravante
● A doença pode ser definida
como uma série de perdas:
perda de saúde, autonomia,
tempo e etc..
● Todas as perdas reais e
imaginárias abrem uma caixa
de consequências subjetivas
para o indivíduo.
● O conjunto de sentidos que o
indivíduo atribui a doença
constitui consequentemente o
campo de aspectos
psicológicos
● Além das perdas também há
ganhos: ganho de atenção,
cuidado e etc..
● O foco da psicologia escolar é
o aspecto em torno do
adoecimento
● Esses aspectos não são/ estão
soltos e sim presentes e
encarnados na pessoa, nas
equipes de profissionais e
família
● A psicologia hospitalar trata
não apenas da dor e angústia
vivida pelo indivíduo mas mas
também pela angústia da
família,dos médicos e da
equipe que o está atendendo.
● Tem função de facilitar os
relacionamentos entre
pacientes, familiares e
médicos
● Usemos como exemplo: Um
paciente que sente muita dor é
levado ao hospital. O paciente
vai ao hospital a fim de se
livrar da dor. O interesse da
família é saber se é algo grave
e se vai ficar tudo bem, já o
interesse do médico é entender
o motivo da dor. Ou seja, cada
um apresenta objetivos
distintos: O paciente tem seu
interesse no sintoma, a família
no prognóstico e o médico no
diagnóstico
● A psicologia hospitalar tem
papel de manejar esse
encontro de objetivo
Qual o objetivo da psicologia hospitalar?
● É a subjetividade
● Toda a subjetividade do indivíduo
sofre mudança quando esse passa pelo
processo de adoecimento
● O psicólogo hospitalar surge na
tentativa de dar voz a subjetividade do
sujeito
● O psicólogo não estabelece uma meta
ideal a ser alcançada pelo paciente,
mas acima um processo de elaboração
simbólica do adoecimento. O
psicólogo ajuda o indivíduo a realizar
a travessia experiência do
adoecimento sem dizer onde ela vai
dá, até porque nem o psicólogo é
capaz de saber. O destino da doença
depende de muitas variáveis, por isso,
o psicólogo atua não como um guia
mas sim como um ouvinte
● A psicologia não é medicina
● Enquanto na medicina o propósito é a
cura e tratamento, na psicologia o
propósito é reposicionar o sujeito em
relação a sua doença
● O psicólogo pode fazer muito pouco
em relação à doença. O que ele pode
fazer é em relação ao paciente e a sua
perceção do sintoma
● Mesmo após a cura da doença, ainda
sobram marcas (medos, angústias,
ansiedade..), portanto, o foco da
psicologia hospitalar não é a doença e
sim as suas marcas
● A medicina exclui a subjetividade e
trata tudo com objetividade, porém a
subjetividade do indivíduo (e até do
médico) tende a retornar depois numa
enxurrada de emoções
● A medicina tem o intuito de erradicar
os sintomas, já a psicologia escuta as
mensagens que os pacientes falam por
meio dos seus sintomas
Como funciona a psicologia hospitalar?
● O campo de trabalho do psicólogo são
as palavras. Tratar o adoecimento no
registro simbólico
● O que importa para a psicologia é a
relação do paciente com o seu
sintoma. É o destino do sintoma, o que
o paciente faz com isso e em relação a
isso.
● O psicólogo trabalha com o mais
específico do ser humano: a
linguagem
● O psicólogo não oferece uma simples
conversa comum, é uma conversa
onde uma parte fala mais (paciente)
que a outra (psicólogo)
● Dentro do hospital já tem muita gente
aconselhando e dando dicas e poucas
dispostas a de fato ouvir
● Ouvir demanda muito esforço, ainda
mais a escuta de pessoas doentes. É
muito angustiante. Por vezes, nem a
própria família consegue fazer essa
escuta. É aí que entra o papel do
psicólogo que é treinado para isso.
● É importante que o paciente fale pois
através disso ele consegue dissolvê-la
● Para trabalhar com o adoecimento, o
psicólogo pode fazer o uso de duas
técnicas: A escuta analítica e o manejo
situacional
● Escuta Análitica- Reúne as
intervenções básicas da psicologia
clínica (associação livre, escuta,
análise de transferência e etc..). São
ferramentas a quais o psicólogo já está
familiarizado, o que muda é o cenário:
O hospital
● Manejo situacional- Diz respeito a
intervenções voltadas a essa situação
do adoecimento. (Controle situacional,
mediação de conflitos, análise
institucional e etc..) (São práticas
específicas da psicologia hospitalar)
● Um grande desafio é a aplicação de
intervenções clínicas no contexto
hospitalar
O Paradigma
● Um novo paradigma está se
desenvolvendo dentro da psicologia
escolar. O resultado desse paradigma
está sendo a mudança de olhar da
doença pelo doente. “ Em vez de
doenças existem doentes”
● A ação deve ser local e a visão é
global
● Necessário olhar a doença com toda a
sua amplitude
● É necessário ter conhecimento da
dimensão cultural e espiritual, a fim de
fortalecer o arsenal terapêutico e o
vínculo terapêutico com o paciente
As Fontes
● O manual compreende os
conhecimentos de três fontes:
Psiquiatria, psicanálise e psicologia
hospitalar
● Da psicanálise o maior conhecimento
adotado diz respeito à transferência do
olhar da doença para o sujeito. Além
disso é a responsável também pelo “
fazer falar e escutar”
● Da psicologia Hospitalar surgem os
casos clínicos utilizados como
exemplo
● Definição: É um campo de
entendimento e tratamento dos
aspectos psicológicos em torno do
adoecimento
● Objetivo: É a subjetividade. É ajudar o
sujeito a fazer a travessia da
experiência do adoecimento
● Filosofia: Curar sempre que possível,
aliviar quase sempre e escutar sempre.
É o além da cura
● Estratégia:É tratar do adoecimento no
registro simbólico. É por meio da
palavra
● Técnica:Escuta analítica e manejo
situacional
● Paradigma: O ser humano como um
todo ou no plural. Não existe doenças
existem doentes
Simonetti, A.(2004). Manual de
psicologia hospitalar – o mapa da
doença. São Paulo: Casa do
Psicólogo

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