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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Gestão de Operações e Projetos em Saúde Cadeia de Suprimentos Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Tatiana Camasmie Abe Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • A Cadeia de Suprimentos; • Aplicação da Cadeia de Suprimentos na Área da saúde. Objetivo • Apresentar e explicar o conceito de Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), os benefícios de- correntes da sua aplicação, bem como os desafios para sua implementação; e ainda discutir. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como suges- tões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpre- tação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Cadeia de Suprimentos Fonte: Getty Im ages UNIDADE Cadeia de Suprimentos Contextualização Dentro de uma organização, diversas funções são realizadas por diversos profis- sionais de formações diferentes. Muitas vezes esses profissionais, por melhor que sejam, acabam não conhecendo toda a atividade da organização e qual o impacto que suas ações têm em outras áreas e no próprio resultado da organização. O estudo da cadeia de suprimentos proporciona aos profissionais das organiza- ções a oportunidade de conhecerem grande parte da atividade e dos impactos de cada área dentro de uma empresa. Isso porque a cadeia de suprimentos compreende a maior parte da operação de uma empresa. O profissional que estuda essa área terá conhecimento dos conceitos envolvidos nas mais diversas áreas, como compras, estoques, logística de transportes e produção; com isso, irá se tornar um profissional mais completo para o mercado de trabalho. 6 7 A Cadeia de Suprimentos Você já se perguntou por que etapas um produto passa até chegar a você? Desde a obtenção das diversas matérias-primas que são utilizadas e transformadas em com- ponentes, passando pelo transporte e armazenamento, até ele chegar às suas mãos? Isso é a cadeia de suprimentos (em inglês, supply chain)! De acordo com a definição de Ronald Ballou (2007) : [...] a cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades funcionais que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega va- lor ao consumidor. A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o está- gio da matéria-prima (extração) até o usuário final, bem como os respecti- vos fluxos de informação. Materiais e informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. Com isso, podemos verificar que a cadeia de suprimentos e a sua gestão têm um papel fundamental no desempenho das empresas. Entre os principais objetivos da cadeia de suprimentos, podemos citar: Redução dos custos Uma cadeia de suprimentos bem planejada, considerando cuidadosamente todas as etapas do processo, tende a mitigar os riscos e os custos inerentes. Melhora na prestação de serviços ao cliente Com o planejamento da cadeia de suprimentos, é possível produzir com mais qua- lidade, resultando em um melhor atendimento às expectativas dos clientes, não só no que se refere à qualidade do produto, mas também a prazos de entrega e facilidade de aquisição. Maior competitividade Oferecendo um produto e serviço melhores, a empresa aumenta a sua competi- tividade no mercado. Aumento no resultado Com a redução dos custos e uma maior competitividade no mercado, proporcio- nada pela oferta de um produto com melhor qualidade, a cadeia de produção pode incrementar positivamente os resultados das empresas. Para entendermos melhor o conceito, imaginemos, de maneira muito sucinta, a cadeia de suprimentos de um produto que todos utilizamos: o papel sulfite. A cadeia de suprimentos é iniciada com o colhimento das árvores de eucalipto. En- tão, as árvores são transportadas da fazenda para a fábrica, onde ficam armazenadas 7 UNIDADE Cadeia de Suprimentos por um tempo. Na fábrica, elas são cortadas em pequenos pedaços (cavacos). Os cava- cos são então misturados a diversos produtos químicos e colocados em uma máquina em que são transformados em celulose. Posteriormente, a celulose é utilizada para produzir o papel sulfite, que é embalado em um pacote e armazenado. Depois, esse papel é transportado para um ponto de venda, como uma papelaria ou uma loja de artigos para escritório, onde é novamente armazenado. Quando o pacote de papel sulfite é comprado pela internet, ele é enviado por uma transportadora para a casa do cliente, encerrando a cadeia. Como dissemos, o exemplo dessa cadeia de suprimentos foi apresentado de ma- neira sucinta, sem que entrássemos nos inúmeros detalhes intrínsecos à produção de papel. Contudo, através dele, podemos enxergar algumas das atividades que são inerentes a grande parte das cadeias de suprimentos, como transporte, armazena- mento e transformação da matéria-prima. As atividades que formam a cadeia de suprimentos variarão de acordo com diver- sos fatores, como, por exemplo, o tipo do negócio da empresa, a localização geográ- fica, a distância para os fornecedores, o tamanho da organização etc. Entretanto, existem algumas atividades que podemos considerar como atividades- -chave dentro da cadeia de suprimentos. São elas: Definição do produto; Processa- mento de pedidos; Transporte; Estoques; Compras; e Localização. A seguir, abordaremos de maneira individual cada uma dessas atividades, bem como alguns pontos que devem ser observados pelos gestores da cadeia de suprimentos. Definição do Produto A definição de qual o produto a ser oferecido ao cliente é fundamental. É através dessa definição que será construída a cadeia de suprimentos. Dessa forma, podemos concluir que o produto é o objeto de uma cadeia de suprimentos. Figura 1 Fonte: Getty Images 8 9 Para exemplificarmos o efeito que a definição de um produto tem na cadeia de supri- mentos, é importante termos alguns conceitos em mente. De maneira geral, os produ- tos podem ser classificados em dois tipos: produtos industriais e produtos de consumo. Os produtos industriais são os bens e serviços que são destinados a indivíduos ou empresas que os utilizarão no processo de elaboração de outros bens e serviços. Nessa categoria de produtos, podemos incluir as matérias-primas e componentes utilizados para fabricar determinado produto. Podemos também incluir as máquinas e os equi- pamentos que são necessários para transformar a matéria-prima durante o processo de fabricação. Entram também serviços que talvez não estejam diretamente ligados à produção, mas são essenciais para o negócio, como uma consultoria financeira. Produtos de consumo são aqueles destinados aos consumidores finais. Os produ- tos de consumo são usualmente divididos em três categorias. São elas: • Produtos de conveniência: são os bens e serviços que são consumidos com grande frequência, de maneira casual, sem fazer comparações entre marcas e sem que haja um esforço para a aquisição. Se enquadram nesse tipo de produ- tos, por exemplo, salgadinhos. Imagine que você está num laboratório acom- panhando uma pessoaque está fazendo um exame no final da tarde e vê uma máquina com salgadinhos e resolve comprar um pacote para comer enquanto espera. Ao fazer essa compra, não se importa muito com a marca e o tipo do salgadinho, e faz a compra porque é conveniente para você (está com fome e o salgadinho está acessível) ; • Produtos de concorrência: são aqueles produtos e serviços para os quais o consumidor efetua uma pesquisa, compara marcas, qualidade, desempenho e preço, verifica onde pode comprar antes de decidir ou não pela aquisição. Nessa categoria estão, por exemplo, carros, eletrodomésticos e planos de saúde ; • Produtos de especialidade: são os produtos e serviços os quais o consumidor está disposto a adquirir mesmo que para isso necessite desembolsar valores mais altos e tenha maior tempo de espera. Nessa categoria, podemos encontrar, por exemplo, artigos feitos sob demanda (veículos de luxo, instrumentos musi- cais etc.) e móveis de alto padrão. Como já foi dito, a definição do produto é muito importante para a construção da cadeia de suprimentos. Um produto de consumo de conveniência, por exemplo, precisa ter uma rede de distribuição ampla com diversos pontos de venda. Usando o exemplo da máquina de salgadinhos, ela precisa ser abastecida constantemente. A manutenção tem que ser feita preventivamente. Tudo isso precisa estar previsto na cadeia de suprimentos, inclusive considerando os custos envolvidos. Comparativamente falando, os custos de distribuição para produtos de consumo de concorrência tendem a ser menores do que os dos produtos de conveniência. Isso ocorre porque os pontos de venda são em número muito menor e a distribuição não precisa ser tão ampla. É preciso considerar também que as características físicas de um produto influen- ciam a cadeia de suprimentos. Peso e volume, por exemplo, terão reflexo na forma 9 UNIDADE Cadeia de Suprimentos de armazenar, estocar, transportar e manusear os produtos. Produtos com maior volume precisarão de uma área maior para estocagem, bem como produtos mais pesados precisarão de meios adequados para que sejam manuseados. Outro fator a ser considerado são os riscos associados aos produtos e ao seu im- pacto na cadeia de suprimentos. Entre os aspectos de risco de um produto, temos: o valor, a inflamabilidade e a perecibilidade. Produtos valiosos podem atrair a atenção de ladrões, o que acaba resultando na necessidade de se adotarem medidas extras de segurança. Produtos perecíveis podem precisar de instalações com propriedades es- pecíficas para serem armazenados; produtos inflamáveis precisam ser transportados por veículos preparados para eles. Por isso, além da definição do produto, é preciso ter muito bem especificadas as suas características, para que se monte a cadeia de suprimentos da maneira mais adequada possível, com especial atenção para o custo e a sua eficiência. Processamento de Pedidos Processamento de pedidos engloba todas as atividades desde a solicitação do pedido pelo cliente até a entrega do produto. Dessa forma, é de fundamental impor- tância para o atendimento das expectativas dos clientes de uma empresa. As principais atividades do processamento de pedidos estão apresentadas na Figura 2. Preparação do Pedido Transmissão do Pedido Entrada do Pedido Atendimento do Pedido Acompanhamento do Pedido Figura 2 – Principais atividades do processamento de pedidos Fonte: Getty Images Apresentamos a seguir um detalhamento maior dessas atividades. • Preparação do pedido: Na preparação do pedido, após o recebimento do pedido de compra do cliente, são determinados quais produtos e serviços foram adquiridos para que sejam requisitados internamente de maneira formal. Isso pode envolver o apontamento do vendedor, preenchimento de formulários de compra/requisição, verificação da disponibilidade e localização do estoque e avaliação do prazo de entrega; • Transmissão do pedido: Na transmissão do pedido, os dados dele são envia- dos para o local em que o produto será manuseado. Esse local pode ser, por exemplo, um centro de distribuição (no caso de produtos já em estoque) ou uma fábrica (no caso de produtos que precisam ser produzidos); • Entrada do pedido: Ao receber o pedido, a empresa precisa desempenhar uma série de atividades para garantir o correto atendimento. As principais são: verificar a exatidão das informações contidas (descrição, quantidade e o preço), 10 11 verificar a disponibilidade e a localização dos produtos requisitados, verificar a forma de pagamento (se for a prazo, é feita uma análise da situação de crédito do cliente) e fazer o faturamento; • Atendimento do pedido: A atividade de atendimento do pedido inclui a aqui- sição dos itens do pedido. Essa aquisição pode ocorrer de diversas maneiras, como: compra, fabricação ou retirada do estoque. Após a obtenção do produto do pedido, ocorre a etapa de embalagem para envio, seguida da programação do embarque e a emissão da documentação necessária para o envio (notas fiscais, etiquetas com as informações do destinatário etc.); • Acompanhamento do pedido: O objetivo da atividade de acompanhamento do pedido é manter o cliente bem informado sobre a situação desse. Para isso, a empresa precisa saber em qual parte do processo o produto está e qual o prazo até a entrega. Dessa forma, é possível informar ao cliente, por exemplo, se o pedido está em produção ou se já saiu para entrega. A boa administração das atividades que formam o ciclo de processamento de pedidos é fundamental para que se atinja o nível determinado pela empresa de aten- dimento ao cliente. O não atingimento desse nível pode impactar negativamente a relação da empresa com seus clientes. Transporte O transporte tem importância fundamental, pois ele movimenta as matérias-pri- mas e os produtos acabados de uma empresa. Além disso, de maneira geral, é um dos itens mais caros na formação do preço de um produto. Falhas no transporte podem acarretar perdas financeiras enormes, uma vez que produtos que ficam retidos em seus centros de distribuição ou fábricas podem se deteriorar ou ficarem obsoletos. Além de afetar empresas, problemas no transporte de cargas podem afetar até mesmo um país. De acordo com Verci Goulart (2018), “seja no início ou no final da cadeia, a operação de transporte pode parar um país, tanto por desabastecimento do fluxo produtivo como pela falta de reposição de alimentos nos centros urbanos”. Um exemplo extremo dos impactos financeiros decorrentes de problemas com transporte foi o resultado da greve dos caminhoneiros que paralisou o Brasil em maio de 2018. De acordo com dados oficiais, a paralisação de onze dias trouxe pre- juízos de cerca de R$15,9 bilhões para a economia do País (SOUSA, 2018). Ministério da Fazenda diz que greve dos caminhoneiros causou prejuízo de R$ 15,9 bilhões à economia , disponível em: https://glo.bo/2TcrhkH Os principais modais de transporte são: • Rodoviário; • Ferroviário; • Aeroviário; 11 UNIDADE Cadeia de Suprimentos • Aquaviário; e • Dutoviário. Esses modais são comumente combinados para transporte de matérias-primas e produtos. Por exemplo: uma empresa siderúrgica chinesa pode comprar minério de ferro do Brasil e utilizar o transporte hidroviário para levar o pedido até um porto na China. Ao chegar no porto, o minério de ferro é embarcado em um trem e enviado para a cidade onde se encontra a siderúrgica. Ao chegar na estação, o minério é descarregado, embarcado em caminhões e enviado para a siderúrgica. Quadro 1 – Ferroviário Descrição • Transporte de velocidade reduzida e de longa distância. Vantagens • Valor reduzido do frete; • Grande quantidade de carga que pode ser transportada por trajeto e em segurança, uma vez que há baixa incidência de acidentes e de roubos. Desvantagens • Falta de flexibilidade de rotas; • A combinação com outros modais é necessária para complementar o transporte; • Falta de padronização da bitola, o que impede que o mesmo tremfaça uma rota completa, sendo necessário que a carga seja remane- jada para outro trem para concluir o trajeto, aumentando o custo e o tempo de transporte. Figura 3 Fonte: Getty Images Quadro 2 – Rodoviário Descrição • Feito por carretas e caminhões em estradas, rodovias e ruas. Vantagens • Menor capacidade de carga em relação ao transporte ferroviário; • Mais versátil; • Maior flexibilidade em estabelecer rotas. Como conta com uma oferta maior de prestadores de serviço e menos exigências legais (documentação legal e fiscal), o processo de contratação tende a ser mais ágil e fácil. Desvantagens • Maior ocorrência de perdas por roubo e danos causados por acidentes; • Valor do frete, que é maior em relação aos outros modais, especial- mente o aquaviário e o ferroviário. 12 13 Figura 4 Fonte: Getty Images Quadro 3 – Aeroviário Descrição • Feito por aeronaves. Vantagens • Rapidez na entrega, muito superior aos demais modais; • Confiabilidade, tendo baixíssima incidência de acidentes e roubos. Desvantagens • Alto custo de frete, decorrentes dos custos operacionais das companhias; • Esses custos incluem o alto valor de compra das aeronaves, a ma- nutenção que precisa ser feita de maneira recorrente, os salários dos pilotos e pessoal de terra e os gastos com combustível; • Há a necessidade de combinação com outros modais para levar a carga até o cliente, uma vez que o número de aeroportos é reduzido; • Capacidade de carga é inferior aos modais ferroviário e aquaviário. Figura 5 Fonte: Getty Images Quadro 4 – Aquaviário Descrição Realizado por navios e balsas através de rios, mares e oceanos. Dividido em duas categorias básicas: cabotagem, quando o transporte acontece pela costa de um país ou internacional, quando o transporte é feito de um país para outro. Vantagens Grande quantidade de carga que pode ser transportada por um navio, a um preço baixo quando comparado com o transporte aéreo. Desvantagens Tempo de viagem é muito maior e sujeito a atrasos decorrentes de vari- ações climáticas. Além disso, a burocracia envolvida é muito maior. A doc- umentação necessária para suportar a mercadoria é extensa e complexa. 13 UNIDADE Cadeia de Suprimentos Figura 6 Fonte: Getty Images Quadro 5 – Dutoviário Descrição Feito através de dutos, utilizando a força da gravidade ou pressão exercida mecanicamente. No Brasil, é utilizado principalmente para o transporte de gás natural (gasoduto), minérios (mineroduto) e petróleo (oleoduto). Vantagens Permite que grandes quantidades de carga sejam transportadas de ma-neira segura e com baixos custos operacionais. Desvantagens • Apenas itens específicos podem ser transportados dessa forma; • Custo inicial elevado, a burocracia para obtenção de licenças e a aus- ência de flexibilidade no percurso limitam a sua utilização. Figura 7 Fonte: Getty Images No Brasil, a maior parte do transporte de cargas é realizada utilizando-se do mo- dal rodoviário. Apesar de mais caro e menos seguro do que os modais ferroviário e aquaviário, o baixo investimento nesses faz com que em muitos casos o transporte rodoviário seja a única opção viável. Para saber um pouco mais sobre os modais de transporte, acesse o link: https://bit.ly/3jnncEV 14 15 A escolha de uma empresa transportadora, independente do modal, deve levar em consideração os índices de danos ou perdas e de atendimento dos prazos. A van- tagem de pagar um frete menor pode ser anulada caso o transportador danifique a carga durante o transporte. O raciocínio é o mesmo em caso de perdas. Da mesma forma, uma empresa pode ter prejuízos caso a transportadora não cumpra o prazo de entrega. Por exemplo, o cimento tem um tempo de secagem rápido; se houver atraso na entrega do cimento, ele pode não ser utilizável ao ser entregue em uma obra – com isso, todo o carregamento é perdido. Estoques Segundo a definição de Ronald Ballou (2007) : [...] estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos, compo- nentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em nume- rosos pontos da cadeia de suprimentos das empresas. Estoques figuram normalmente em lugares como armazéns, pátios, chão de fábrica, equi- pamentos de transporte e em armazéns das redes de varejo. Figura 8 Fonte: Getty Images De acordo com Bráulio Wilker Silva (2019) : [...] a função basilar dos estoques é atender a demanda de um processo por meio de um processo de suprimento, que pode ocorrer através da aquisição de materiais, transferência de materiais vindos da produção ou de outro estoque. Os estoques em si e sua respectiva gestão são de extrema importância na cadeia de suprimentos. Isso porque, na maioria dos casos, é inviável que uma empresa pro- duza um produto imediatamente após o pedido do cliente. 15 UNIDADE Cadeia de Suprimentos Apesar disso, a própria existência de estoques, embora seja importante, é muito questionada. A principal crítica que se faz aos estoques é de que eles representam capital da empresa que poderia ser utilizado de maneira mais rentável, seja através da receita de uma aplicação financeira ou de investimentos para melhoria da linha de produção, por exemplo. Porém, muitas empresas trabalham com estoques e existem diversas razões para isso. Como exemplo, melhorar o serviço prestado ao cliente e conseguir manter um ritmo na linha de produção desconectado de oscilações na demanda dos produtos. Imagine que você perdeu o carregador do seu celular, seu telefone está ficando sem bateria e você está esperando uma ligação muito importante. O que você faz? Você vai até uma loja da marca do seu telefone para comprar um novo carregador. O atendente da loja pergunta qual o modelo do seu celular e acessa o sistema para verificar se há carregador disponível. Após a verificação, ele constata que não há estoque desse modelo, mas que pode fazer um pedido no centro de distribuição e, em até três dias úteis, o produto chegará. Reflita sobre qual seria a sua experiência como consumidor diante dessa situação e compare com a situação em que o produto está disponível na loja. Trabalhando com estoques, a empresa consegue programar melhor suas com- pras. Com isso, pode fazer compras com maior antecedência, negociando preços e prazos melhores junto aos seus fornecedores. Além disso, na maioria dos casos, fazer compras antecipadamente faz com que a empresa evite as variações de preços que tendem a acontecer com o tempo e que, normalmente, são para cima. Talvez o maior desafio de se trabalhar com estoques seja definir qual o tamanho adequado para o negócio da empresa. Isso pode ser estimado considerando-se a demanda por tipo de produto. O problema é que a demanda é diferente por tipo de produtos, por exemplo: ovos de Páscoa são consumidos durante um período curto. Isso é a chamada demanda sazonal. Mas não faria sentido algum manter um esto- que ao longo de todo o ano, já que é um produto perecível. O mesmo vale para um grande estoque de medicamentos antigripais, quando a maior demanda é durante o período de outono e inverno. No caso de produtos em que a demanda se mostra mais constante ao longo do tempo, é importante manter um estoque estratégico anual. Como exemplo, pode- mos citar, desde o pacote de macarrão ou medicamentos relacionados a diabetes ou hipertensão. Seu consumo tende a se manter estável ao longo do tempo, sofrendo variações pequenas. Com isso, fica mais fácil definir um volume de estoque que es- teja no ponto em que não serão perdidas vendas pela falta do produto, e não serão reconhecidas perdas em virtude da perecibilidade do produto. Os custos para o armazenamento de estoques também devem ser considerados na administração dos estoques. Os principais custos estão relacionados à manutenção dos estoques, tais como: custos de aluguel (caso o espaço seja alugado), energia elé- trica, seguros, manutenção predial e segurança, que devem ser considerados com cuidado, já que podem ser relevantes. 16 17 A boa gestão do estoque significater sempre estoques na menor quantidade pos- sível, buscando manter um equilíbrio entre os custos necessários para sua constitui- ção e manutenção e a necessidade de ter os produtos em uma quantidade adequada para atender à demanda. Compras Na cadeia de suprimentos de uma empresa, de acordo com a definição de Clélio Monte Alto (2009), compras é [...] a função do sistema de suprimentos responsável pela aquisição de bens e serviços necessários para a empresa cumprir seus objetivos relacionados com produção, venda, operação, distribuição, manutenção, transporte, administração e prestação de serviços. Conforme diz Ronald Ballou (2007): “as quantidades de cada compra e seu momento afetam os preços a serem pagos, os custos de transporte e de manu- tenção de estoques”. Por causa disso, o planejamento de compras é muito impor- tante dentro da cadeia de suprimentos. Umas das alternativas é a compra de acordo com a necessidade. Utilizando essa metodologia, as compras só serão feitas quando houver uma clara necessidade. Nesse cenário, a empresa fica mais exposta a varia- ções de preços, já que não teria muito espaço para negociação com os fornecedores. Também poderia incorrer em maiores custos de transporte, já que a urgência pode resultar em um valor maior de frete a ser pago. Por outro lado, nesse cenário, os custos com manutenção de estoques são reduzidos, uma vez que a empresa trabalha com o menor volume possível dos mesmos. Outra forma de condução de compras é a compra antecipada, onde a empresa pode se beneficiar de melhores condições de compra, além de se proteger de eventuais aumen- tos de preço. Entretanto, esse cenário tem maiores custos com o estoque dos itens. Nada impede, também, que as duas metodologias sejam combinadas, em ra- zão do tipo de produto da empresa ou de condições específicas de mercado. Na Figura 9, a seguir, estão algumas das principais funções relacionadas à atividade de compras. 1. Seleção dos fornecedores 2. Contatos com fornecedores 3. Negociação de contratos 4. Efetuar a compra Figura 9 – Funções relacionadas à atividade de compras Apresentamos a seguir um detalhamento maior dessas funções. Seleção dos fornecedores A empresa precisa selecionar fornecedores que atendam às suas expectativas. Isso significa um fornecedor que apresente a melhor média das condições de quali- dade, preço e prazo de entrega. 17 UNIDADE Cadeia de Suprimentos De maneira geral, isso é feito através de um processo de cotação. As empre- sas entram em contato com diversos fornecedores, informam suas necessidades e condições e solicitam cotações. Com o envio das cotações, a área de compras, em conjunto com a alta administração, decide qual a melhor opção. É importante que as empresas tenham mais de um fornecedor para o mesmo item. Em casos de aumento de demanda ou de problemas com um fornecedor, é fundamental que a empresa possa contar com outro, para que não tenha problemas em sua produção e, consequentemente, com seus clientes. Em algumas situações, é possível que a empresa não tenha como realizar a se- leção de fornecedores, por se tratar de um item muito específico que apenas um fornecedor é capaz de produzir. Nesses casos, a transparência do processo de con- tratação deve ser maior ainda, ficando explícito o motivo de não ser possível ter um processo de cotação com outro fornecedor. Contato com fornecedores O contato com os fornecedores engloba toda a comunicação entre a empresa e os fornecedores. Para isso, é necessário que fique definido um comprador encarregado de contatar um ou mais fornecedores. Além da negociação com os fornecedores, o comprador pode entrar em contato também para obter outras informações, como, por exemplo, o andamento do pedido, tirar dúvidas sobre o item etc. Um dos principais assuntos a serem comunicados é a avaliação do fornecedor. Muitas vezes, o comprador não tem conhecimento técnico para avaliar a qualidade de um item. Porém, é ele que receberá o feedback do pessoal da área que solicitou esse item e entrará em contato com o fornecedor para resolver eventuais problemas de qualidade ou prazo. Negociação de contratos O comprador também será responsável por negociar as condições do contrato com o fornecedor. Nessa negociação, é importante que o comprador seja assessora- do por pessoas dentro da empresa que conheçam as especificações técnicas do item que está sendo comprado. Caso necessário, o comprador pode solicitar também o apoio de assessoria jurídica durante essa atividade. Efetuar a compra O comprador é responsável por efetuar a compra. Isso envolve o envio do pedido para o fornecedor, de acordo com especificações que foram relacionadas no contrato ou de acordo com solicitações de outras áreas da empresa. Essa é uma atividade relevante, pois envolve significativo volume de recursos financeiros. Dessa forma, é recomendável que a empresa tenha uma política de compras clara em vigor e que existam controles que mitiguem o risco de perdas para a empresa. 18 19 Localização A localização das instalações (matriz, fábrica, armazéns etc.) talvez seja o item mais importante na cadeia de suprimentos de uma empresa. É através da definição da localização que serão determinadas quais as condições necessárias para o estabe- lecimento das atividades de transporte e estoques. Figura 10 Fonte: Getty Images A localização é um critério chave e complexo, pois, somente com essa definição, será possível estruturar toda a cadeia de suprimentos que terá por objetivo final levar o produto ao cliente. Juntamente com a localização, uma série de outras decisões precisam ser toma- das. Por exemplo: quais instalações serão criadas (prédio administrativo, armazéns, fábricas etc.), quais produtos e clientes serão destinados para cada localidade (se for mais de uma), quais os serviços e tipos de transporte serão utilizados e quais os níveis de estoque ideais. Na determinação da localização, dois aspectos essenciais devem ser considerados: • O primeiro é o aspecto espacial. Refere-se ao tamanho das instalações, pois influenciará nos custos de produção, estocagem e transporte, além dos custos fixos das próprias instalações (energia elétrica, água, segurança etc.). Uma estimativa cuidadosa desses custos é fundamental para o sucesso da empresa; • O segundo aspecto é o aspecto temporal. Trata-se do tempo necessário, em virtude da localização das instalações, para viabilizar a entrega dos pro- dutos ao cliente de acordo com o nível de qualidade que foi estabelecido. 19 UNIDADE Cadeia de Suprimentos Para auxiliar na tomada da decisão da localização das instalações, são necessários diversos dados para suportar a melhor escolha. Alguns desses dados estão apresen- tados na Figura 11. • Localização dos potenciais clientes e as metas de prestação de serviços • Localização e custo dos estoques Localização Produto Custos Tempo • Custos de transporte • Custo das instalações • Custos de produção • Custos �xos • Tempo gasto entre os fornecedores e as instalações da empresa • Tempo gasto entre as instalações da empresa e o cliente • Relação de produtos da empresa Figura 11 – Exemplos de dados necessários para a tomada de decisão Com base na análise desses dados, deve ser tomada a decisão da localização das instalações. Deve-se sempre buscar um equilíbrio entre custo e qualidade no atendi- mento às expectativas do cliente. O resultado de uma cadeia de suprimentos não será melhor do que o planejado na sua estruturação. Uma localização mal feita, níveis de estoque incorretos e servi- ços de transporte inadequados serão o resultado de uma cadeia de suprimentos mal feita. Isso resulta em uma queda da qualidade da prestação do serviço ao cliente e, consequentemente, em uma contribuição ao lucro da empresa muito menor do que o esperado. Porém, mesmo as cadeias de suprimentos que atingem bons resultados devem ser constantemente reavaliadas, para que as empresas verifiquem se não há oportuni- dadesde melhoria, em virtude, por exemplo, de novas condições de mercado ou de novas tecnologias. Aplicação da Cadeia de Suprimentos na Área da saúde O objetivo da aplicação do conceito de cadeia de suprimentos na área da saúde, assim como em diversos outros setores que o utilizam, é prestar um serviço de qua- lidade com custos reduzidos. Conforme Haino Burmester (2012): [...] é pouco provável que, mesmo nos primórdios do que seriam serviços de saúde, se atuasse sobre um ser humano sem ter maior preocupação com a qualidade do resultado desse trabalho. 20 21 Como o principal objetivo dos profissionais da saúde é o bem-estar e a recu- peração de seus pacientes, as instituições de saúde tendem a concentrar o investi- mento dos recursos em tecnologias ou técnicas relacionadas à essa finalidade. Com isso, os investimentos e recursos para melhorias de processos relacionados à cadeia produtiva tendem a ser menos prioritários e significativos. Figura 12 Fonte: Getty Images Mas essa situação vem apresentando mudanças ao longo dos anos. Por se tratar de um setor que opera com custos elevados e pressão por desempenho (GONÇALVES, 2016), os gestores da área têm se preocupado cada vez mais em melhorar os pro- cessos e atividades da cadeia de suprimentos, em busca de maior competividade e aumento da qualidade de serviço prestada ao cliente (HABIDIN et al., 2014). Os conceitos básicos da cadeia de suprimentos que vimos anteriormente perma- necem os mesmos para a área da saúde. Por exemplo, de acordo com Renaud Silva (2010), “ao observarmos um sistema de saúde a partir do complexo hospitalar, po- demos associar a maioria de suas atividades de natureza logística a uma cadeia típica da maioria das organizações”. No caso de um hospital, seu bom funcionamento de- pende de que estejam disponíveis os materiais necessários para que os funcionários possam desempenhar suas funções de maneira eficaz e produtiva, mantendo assim o bem estar e a satisfação dos seus pacientes. Com isso, é importante manter um nível adequado de estoque desses materiais. Esses materiais precisam ser adquiridos através de um processo de compras. Após a compra, eles precisam ser transporta- dos para os locais de uso. No entanto, existem também algumas características específicas desse setor que o tornam complexo em comparação aos demais, relacionadas à diversidade, segmenta- ção e fragmentação de sua cadeia de suprimentos (LENIN, 2014). Tais características demandam das múltiplas organizações envolvidas mais competências e capacitação. Entre os desafios a serem superados para a construção de uma cadeia de supri- mentos eficiente na área da saúde, podemos destacar: 21 UNIDADE Cadeia de Suprimentos • Estoques superdimensionados: Como a área da saúde lida diretamente com a vida de seus clientes, é um risco muito grande que haja falta de algum item que possa ser essencial no atendimento de uma emergência. Associando-se a isso, há também os altos custos inerentes à parte desses insumos, fazendo com que as instituições da área da saúde tendam a fazer compras em volume mais elevados, com o objetivo de maximizar a disponibilidade. O desafio é encontrar o equilíbrio entre ter o item disponível e manter os custos para isso o mais re- duzidos possível; • Especialização: Como as instituições da área da saúde são divididas em espe- cialidades (cardiologia, oncologia etc.), há uma dificuldade natural em desenvolver uma cadeia de suprimentos que atenda a cada uma delas de maneira eficiente. • Capacitação dos administradores: Muitos administradores de instituições de saúde são formados em medicina, enfermagem, fisioterapia, entre outras for- mações voltadas à saúde, que comumente não possuem disciplinas de gestão na sua estrutura curricular (GORDILHO, 2018), dificultando assim a aplicação dos conceitos de gestão da cadeia de suprimentos para benefício da instituição e dos próprios pacientes, sendo vista apenas como uma ferramenta financeira. • Suporte da alta gerência: Obter o suporte da alta gerência na construção e gestão da cadeia de suprimentos é importante, pois são as pessoas quem tem o poder de decisão para que ocorram investimentos financeiros e não financeiros. Esse suporte também facilita a comunicação com diversas áreas, estimulando o trabalho em conjunto e a identificação de oportunidades de melhoria (MELO et al., 2016). Esses desafios podem e devem ser superados! Com um estudo adequado, as instituições da área da saúde podem identificar quais os níveis mais adequados de estoques para seus materiais. Hospitais podem ter diferentes cadeias de suprimentos para atender às diversas especialidades; ou podem ter diferentes etapas dentro de uma mesma cadeia. Os administradores das instituições de saúde podem entender que a redução de custos pode estar associada à melhora da qualidade do serviço prestado aos clientes. Por fim, os profissionais da saúde podem ser treinados para desempenhar a gestão da cadeia de suprimentos. Aliar o conhecimento que eles já têm na área da saúde com os conceitos da cadeia de suprimentos só os ajudará a trazer maior bem estar e satisfação de seus pacientes. Por isso, é muito importante ter em mente que quando uma organização se tor- na mais eficiente, o cliente é mais bem atendido. No caso da área da saúde, o bom atendimento ao cliente é ainda mais importante, pois influi diretamente na qualidade de vida dele. 22 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento BERTAGLIA, P. R. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. Cadeia de Suprimentos Projeto e Gestão: conceitos, estratégias e estudos de caso SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de Suprimentos Projeto e Gestão: conceitos, estratégias e estudos de caso. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. (e-book) Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management): conceitos, estratégias, práticas e casos PIRES, S. R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management): conceitos, estratégias, práticas e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016. (e-book) Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B.; BOWERSOX, J. C. Gestão Logística da Cadeia de Suprimentos. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. (e-book) Logística Empresarial BALLOU, R. H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, 1992. 23 UNIDADE Cadeia de Suprimentos Referências ALTO, C. F. M.; PINHEIRO, A. M.; ALVES, P. C. Técnicas de Compras. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. (e-book) BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Logística Empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. (e-book) BURMESTER, H. Manual de Gestão Hospitalar. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012. (e-book) GONÇALVES, A. et al. Fatores críticos de sucesso na gestão da cadeia de suprimentos em saúde pública. Uma visão dos gestores dos Institutos Federais do Rio de Janeiro. RAHIS, n.13. 2016. Doi: 10.21450/rahis.v13i2.3560. GORDILHO, R. Gestão de Processos em Hospitais. São Paulo: Ledriprint Editora, 2018. (e-book) GOULART, V. D. G.; CAMPOS, A. Logística de Transporte – Gestão Estratégica no Transporte de Cargas. São Paulo: Érica, 2018. (e-book) HABIDIN, N.F. et al. Exploring lean healthcare practice and supply chain innovation for Malaysian healthcare industry, Int. J. Business Excellence, v. 7, n. 3, p. 394-410, 2014. LENIN, K. Measuring Supply Chain Performance in the Healthcare Industry. Science Journal of Business and Management, v. 2, n. 5, p. 136-142, 2014. Doi: 10.11648/j. sjbm.20140205.14 MELO, D. C. et al. O que torna a gestão da demanda na cadeia de suprimentos possível? Um estudo multicaso dos fatores críticos de sucesso. Gest. Prod., São Carlos, v. 23, n. 3, p. 570-587, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/0104-530X2023-15>. Acesso em: 19/10/2020. SILVA, R. B. Logística em Organizações de Saúde. Rio deJaneiro: Editora FGV, 2010. (e-book) SILVA, B. W. Gestão de Estoques: Planejamento, Execução e Controle. 2. ed. João Monlevade: BWS Consultoria, 2019. (e-book) SOUSA, Y. Ministério da Fazenda diz que greve dos caminhoneiros causou prejuízo de R$ 15,9 bilhões à economia. G1/O Globo, Brasília, 12 de junho de 2018. Disponível em: <https://g1.glo bo.com/economia/noticia/ministerio-da-fazenda-diz-que-greve-dos-cami- nhoneiros-causou-prejuizo-de-r-15-bilhoes-a-economia.ghtml>. Acesso em: 19/10/2020. 24
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