Buscar

LEIS EXTRAVAGANTES 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
LEI DE DROGAS (11.343/2006) .......................................................................................................................... 2 
DOS CRIMES E DAS PENAS ............................................................................................................................. 2 
TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E SUAS FIGURAS EQUIPARADAS (ART. 33 E SEUS PARÁGRAFOS) .............. 2 
ART. 33, §1º, I - TRÁFICO POR EQUIPARAÇÃO – TRÁFICO DE MATÉRIA-PRIMA, INSUMO OU PRODUTO 
QUÍMICO DESTINADO À PREPARAÇÃO DA DROGA ................................................................................... 5 
ART. 33, §1º, II – PLANTAS PARA O TRÁFICO............................................................................................. 5 
ART. 33, §º1, III – USO DE LOCAL PARA O TRÁFICO................................................................................... 6 
RT. 33, §º1, IV – NOVA MODALIDADE DE TRÁFICO EQUIPARADO, INCLUÍDA PELO PROJETO ANTICRIME
 ................................................................................................................................................................... 6 
RT. 33, §2º: INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO USO INDEVIDO DE DROGA ............................ 7 
AR. 33, §3º: OFERECIMENTO DE DROGAS PARA CONSUMO EVENTUAL .................................................. 7 
ART. 33, §4º - TRÁFICO PRIVILEGIADO ...................................................................................................... 8 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 9 
GABARITO .................................................................................................................................................... 14 
 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
2 
 
LEI DE DROGAS (11.343/2006) 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
A Lei de Drogas buscou evitar qualquer contato irregular de qualquer pessoa que seja 
com a substância denominada droga. 
Sempre que existir interesse ou necessidade de manipular uma substância ou matéria 
prima que seja proibida pela regulamentação expedida pela Portaria n. 344 da SVS/MS, é 
imprescindível a autorização do órgão especial para que esta manipulação seja autorizada. 
Eventuais plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia 
(conforme previsão do art. 50-A da Lei de Tóxicos), independentemente de ordem judicial, 
devendo, contudo, recolher quantidade suficiente para ser encaminhada ao exame pericial. 
Os cuidados ambientais devem ser observados quando a destruição for por meio de 
queimada. 
Além da destruição da lavoura, haverá a expropriação da propriedade, conforme art. 243 
da CF. 
 Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do 
País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas 
psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei 
serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas 
de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e 
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que 
couber, o disposto no art. 5º. 
TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E SUAS FIGURAS EQUIPARADAS (ART. 33 
E SEUS PARÁGRAFOS) 
Ao elencar como conduta criminosa o tráfico, a legislação buscou evitar toda e qualquer 
conduta envolvendo a posse ou o comércio de drogas. 
Em razão disso, o artigo 33, caput, consta com 18 verbos (núcleos do tipo), 
apresentando-nos as seguintes condutas: 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, 
adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, 
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
Estamos diante de um tipo misto alternativo ou crime de ação múltipla ou de 
conteúdo variado, tendo em vista que, se o agente pratica mais de uma conduta em um 
mesmo contexto fático, estará caracterizado crime único. 
 Nada impede a ocorrência de concurso material de delito (art. 69 do CP) se a 
prática dos verbos ocorrerem em momentos distintos. Ex.: importa cocaína, mas 
vende crack. 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Características do delito: 
O crime em estudo é um crime comum, pois pode ser praticado por qualquer 
pessoa. 
 Ressalva-se o núcleo PRESCREVER, oportunidade que o delito se torna 
próprio, pois somente um médico ou um dentista detém autorização legal para 
prescrever determinadas substâncias. 
Trata-se também de crime de perigo abstrato, eis que não se exige perigo de 
dano para sua ocorrência. 
Não raro as questões envolvendo tráfico ilícito de entorpecentes exigem um 
conhecimento mínimo acerca do posicionamento jurisprudencial sobre a Lei, eis que as 
decisões reiteradas e sucessivas proferidas pelos órgãos máximos do poder judiciário têm por 
tendência permitirem um efeito cascata sobre os órgãos judiciários de instâncias inferiores. 
Recentemente, ao analisar o HC 143.890/SP, o STF entendeu que não 
configura tráfico ilícito de entorpecentes (não incidindo o caput e seus 
parágrafos) a importação de pequena quantidade de semente de maconha, pois 
nesta não se encontra o princípio ativo tetrahidrocanabinol, ou seja, não possuem 
substâncias psicoativas e, assim, são desprovidas das qualidades necessárias à 
preparação de drogas. Logo, sem o princípio ativo, não há que se falar em crime. 
Ainda, foi usado o argumento de que a semente da planta “cannabis sativa 
lineu” não é matéria-prima para a droga; matéria-prima para a droga é a própria 
planta, não a sua semente, pois seria necessário o cultivo desta última 
para se obter a droga, com o imprescindível princípio ativo que a caracteriza. 
 
PONTOS RELEVANTES! 
 Acerca do delito em questão, deve ser destacado que, quando se fala em sucessão 
de leis penais no tempo (art. 5º, XL, CF), o entendimento consolidado dos Tribunais 
é o de que não se admite a combinação da antiga Lei 6368/76 (art. 12) com o 
privilégio contido no §4º do novo art. 33 da Lei 11.343/2006 (Súmula 501, STF). 
Em resumo, o magistrado deve fazer a análise do caso concreto para definir qual 
das leis mostra-se mais vantajosa ao acusado. 
 O crime de tráfico só se pune mediante DOLO. Porém, há entendimento em que se 
menciona a punição da tentativa, mas esta é de difícil configuração. 
 Além disso, os núcleos PRESCREVER e MINISTRAR possuem a previsão de delito 
culposo, porém não para o tráfico. Ensejam, pois, o art. 38, de Prescrição Culposa 
de Medicamento. 
 Acerca da aplicação do princípio da insignificância, é pacífica a orientação de que 
referido princípio não tem aplicação, pois é um crime de potencialidade máxima. 
Para a aplicação deste princípio, é imperioso lembrar da MARI (requisitos 
definidos pelo STF para aplicação: 
 M ínima ofensividade da conduta; 
 A usência de periculosidade social da ação; 
 R eduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
 I nexpressividade da lesão. 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
4 
 
 O regime inicial de cumprimento de pena para o crime previsto no art. 33 não vai 
ser necessariamente o fechado. Isto porque foi declarada a inconstitucionalidade 
deste dispositivo (que está previsto na lei de crimes hediondos), assim como todos 
os dispositivos que vedavam a concessão de liberdade provisória ou concessão de 
qualquer outro benefício para o Tráfico (o mesmo entendimento se aplica ao 
Terrorismo e Tortura e demais crimes hediondos). A definição do regime inicial de 
cumprimento da pena deve observar o quantum de pena aplicada e seguir os 
ditames do art. 33 do Código Penal. 
 
 Situação que vem ganhando os holofotesdiz respeito à figura do índio como sujeito 
ativo da conduta. Inclusive, o STF já se manifestou no sentido de que pode ser 
sujeito ativo do tráfico de entorpecentes sem a necessidade de ser submetido a 
exame criminológico para avaliar seu grau de integração social. 
 
 Comprovação da natureza da droga se dá em dois momentos: o primeiro com o 
laudo de constatação, que é feito logo após a apreensão da substância. Para 
constatação, basta o laudo preliminar de constatação de substância que é feito por 
um perito oficial ou por pessoa idônea (Art. 50, §2º). O segundo momento diz 
respeito ao laudo definitivo, feito por um perito oficial ou duas pessoas idôneas. 
Vale o destaque de que o STJ tem entendimento que a ausência de laudo 
toxicológico definitivo não constitui nulidade e, excepcionalmente, é possível que o 
magistrado paute uma decisão condenatória com base no laudo preliminar desde 
que corroborado por outras provas, como a testemunhal, por exemplo (EREsp 
1.544.057/RJ, rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca). 
 
 Outro realce é com relação à juntada tardia do laudo definitivo no processo. O 
entendimento predominante é o de que não há que se falar em nulidade, pois, 
mesmo que extemporâneo, será dada oportunidade às partes para se 
manifestarem. 
 
 Questiona-se também acerca da competência para processamento das demandas 
envolvendo a traficância: 
 a) Súmula 528, STJ – Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga 
remetida do exterior pela via postal processa e julgar o crime de tráfico 
internacional. 
 b) Súmula 607, STJ – A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, 
da Lei 11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das 
drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. 
 
 c) Súmula 587, STJ – Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da 
Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados 
da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o 
tráfico interestadual. 
 d) Súmula 630 STJ – A incidência da atenuante da confissão espontânea no 
crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo 
acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso. 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
5 
 
ART. 33, §1º, I - TRÁFICO POR EQUIPARAÇÃO – TRÁFICO DE MATÉRIA-
PRIMA, INSUMO OU PRODUTO QUÍMICO DESTINADO À PREPARAÇÃO 
DA DROGA 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à 
venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo 
ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de 
drogas; 
 Por ser um desdobramento lógico das condutas previstas no caput, as condutas 
descritas nos incisos deste parágrafo também são equiparadas a hediondas. 
 Por matéria-prima, entende-se tudo aquilo que pode funcionar como meio de 
obtenção direta do princípio ativo causador de dependência (folha de coca; flor 
produzida pela planta de maconha...). 
Obs.: Sobre a pequena quantidade de semente de maconha, ver o que foi 
disposto acima, no sentido de que não se considera tráfico a importação de 
pequena quantidade de semente de maconha por ausência do princípio ativo. 
 Insumo é todo elemento necessário para produzir determinado produto ao ser 
agregado à matéria-prima. É aquilo que é usado para o refinamento da droga. Ex.: 
amônia ou bicarbonato de sódio que, após utilizados para dissolver a cocaína, 
originam o crack. 
 Produto químico é a substância que se agrega com a matéria prima. Ex.: Acetona, 
éter. 
Para o delito em questão, é exigido um especial fim de agir, pois deve ser demonstrado 
(e não meramente suposto), que o produto destinava-se à produção de drogas. 
ART. 33, §1º, II – PLANTAS PARA O TRÁFICO 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que 
se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
 
As plantas a que se proíbe a semeadura, cultivo e colheita encontram sua proibição 
também na Portaria 344/94 da SVS/MS, e são elas: 
 
1. CANNABIS SATIVUM 
2. CLAVICEPS PASPALI 
3. DATURA SUAVEOLANS 
4. ERYTROXYLUM COCA 
5. LOPHOPHORA WILLIAMSII (CACTO PEYOTE) 
6. PRESTONIA AMAZONICA (HAEMADICTYON AMAZONICUM) 
 Caso o cultivo seja destinado a uso pessoal, incide a figura do §1º do art. 28, mas 
lembre que não há regra específica, deve ser analisado caso a caso. 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
ART. 33, §º1, III – USO DE LOCAL PARA O TRÁFICO 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a 
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou 
consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
 Não se enquadra nesta hipótese o local público de uso comum (praças, ruas etc.); 
 Ademais, para o cometimento do delito, é necessário que nas condutas utilizar ou 
consentir com a utilização seja efetivamente para a prática de TRÁFICO (fim 
específico). Sendo a ciência do proprietário ou vigilante apenas para permitir o 
uso, não haverá a incidência deste crime, mas sim da figura no §2º, do art. 33, na 
modalidade de auxiliar outrem no consumo indevido de drogas. 
 Trata-se de um crime próprio, pois apenas o proprietário, possuidor, 
administrador, guarda ou vigilante de determinada localidade é quem pode 
praticar. 
RT. 33, §º1, IV – NOVA MODALIDADE DE TRÁFICO EQUIPARADO, 
INCLUÍDA PELO PROJETO ANTICRIME 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente 
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios 
razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019). 
Novidade inserida pelo pacote anticrime, que tem por objetivo validar a atuação policial 
disfarçada quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta preexistente. 
Não se trata de uma legitimação para arbítrio policial, mas sim de uma possibilidade de 
flexibilizar a aplicação da súmula 145 do STF (“não há crime quando a preparação do flagrante 
pela polícia torna impossível a sua consumação”). 
Inclusive, foi deliberado na I Jornada de Direito Penal e Processo Penal do CJF/STJ que: 
"Enunciado 7 — Não fica caracterizado o crime do inciso IV do § 1º 
do artigo 33 da Lei 11.343/2006, incluído pela Lei Anticrime, 
quando o policial disfarçado provoca, induz, estimula ou incita 
alguém a vender ou a entregar drogas ou matéria-prima, insumo ou 
produto químico destinado à sua preparação (flagrante preparado), 
sob pena de violação do artigo 17 do Código Penal e da Súmula 145 
do Supremo Tribunal Federal". 
Assim, a conduta do policial deve ser avaliada com parcimônia e precedida de 
elementos prévios de investigação. 
Imagine o seguinte exemplo: 
Um policial suspeita de um indivíduo (sem elementos probatórios 
anteriores), ato contínuo solicita drogas ao mesmo, este vai até sua 
residência, copta a droga e entrega na, sequência, ao policial, que o 
prende em flagrante. 
No exemplo mencionado, o agente policial somente obteve a droga a partir de sua 
própria conduta (induziu o agente a praticar o crime). Logo, não haverá crime pelo fato de o 
flagrante ter sido provocado, fazendo incidir, aí, a súmula 145 do STF. 
Passemos a outra situação: 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
7 
 
Um policial disfarçado realiza intensa campana para identificar a 
conduta de um indivíduo suspeito. Numa determinada ocasião, ao se 
passar por usuário, adquire drogas do traficante, oportunidade em 
que realiza a prisão em flagrante. 
Perceba que, aqui, embora tenha o policial disfarçado atuado comoagente provocador, 
esta prisão foi precedida de elementos prévios. Foi corroborada por uma prática de 
investigação. 
O policial acompanha previamente o desenvolvimento da trilha criminosa, como se 
agisse em uma espécie de “campana”, angariando elementos probatórios razoáveis. 
A figura aqui discutida não se confunde com o “agente infiltrado” nem com a “ação 
controlada”. Na primeira hipótese, o agente também age de maneira dissimulada, mas 
depende de autorização judicial e tem por objetivo inserir o agente no seio da estrutura 
criminosa no intuito de praticar a desarticulação, enquanto, na segunda hipótese, temos uma 
postergação/retardamento da ação policial mediante acompanhamento para que se 
identifique o melhor momento para o flagrante ou obtenção de provas, postura esta que 
também demanda autorização judicial. 
RT. 33, §2º: INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO USO 
INDEVIDO DE DROGA 
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 
300 (trezentos) dias-multa. 
Aqui consta a previsão de diversas condutas típicas cujas penas se equiparam às penas 
do caput, porém, com previsão de pena mais branda, se comparada com a figura do caput. 
Entende-se que o delito aqui previsto não é equiparado a hediondo, recebendo o 
tratamento de infração penal comum. 
Analisando os núcleos, temos como induzir aquela conduta que crie a ideia que até então 
era inexistente. Instigar significa fomentar a ideia já existente, enquanto auxiliar é promover a 
ajuda, criar meios. 
Sobre o crime em tela, muito se discute acerca da MARCHA DA MACONHA, sua 
legalidade, bem como se configura o crime previsto no §2º do art. 33. 
Instado a se manifestar, o STF, ao analisar a ADPF 187/DF, entendeu no sentido de que 
esse tipo de manifestação constitui o direito de livre exercício do direito de reunião e 
exposição do pensamento, aprovando o que chama de “livre mercado de ideias”. 
Esse posicionamento foi reiterado no julgamento da ADI 4274/DF, que aproveitou a 
oportunidade para fixar condições para a realização desses “eventos”: 
 
a) A reunião deve ser pacífica e sem armas, previamente noticiada à autoridade, sem 
incitação à violência; 
b) Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes; 
c) Não pode haver consumo de entorpecente, apenas expressar o pensamento; 
d) Não pode haver participação ativa de crianças ou adolescentes. 
AR. 33, §3º: OFERECIMENTO DE DROGAS PARA CONSUMO EVENTUAL 
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa 
de seu relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 
(setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das 
penas previstas no art. 28. 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
8 
 
Um crime de menor potencial ofensivo, mas que recebe severas críticas da doutrina e da 
jurisprudência em razão do quantum de pena de multa prevista. Isso porque o máximo se 
equipara ao máximo previsto para o crime de tráfico de drogas, o que se mostra como um 
disparate, já que a penalidade aqui prevista é drasticamente menor do que a pena prevista 
para o tráfico, modalidade do caput e §1º. 
Para a configuração deste delito, é imprescindível a presença de 4 (quatro) requisitos 
cumulativos: 
 a) oferecimento eventual de droga; 
 b) sem objetivo de lucro; 
 c) a pessoa deve ser de relacionamento do agente; 
 d) o consumo deve ser conjunto. 
 
ART. 33, §4º - TRÁFICO PRIVILEGIADO 
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas 
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja 
primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. 
O trecho que se encontra riscado foi declarado inconstitucional no STF. Dessa 
forma, a conclusão que se extrai é que não só no tráfico privilegiado, mas sempre 
que possível a conversão da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, 
isto poderá ser empregado, respeitado o que prevê o art. 44 do CP. 
De início, convém destacar que, para a caracterização do privilégio aqui estabelecido, é 
necessário o preenchimento dos 4 requisitos subjetivos e cumulativos previstos na lei, quais 
sejam: 
a) primariedade; 
b) bons antecedentes; 
c) agente não se dedicar a atividades criminosas; 
d) não integrar organização criminosa. 
 
A causa redutora de pena aqui prevista tem por intuito beneficiar o traficante de 
primeira viagem, conhecido no meio do crime como “mula”, que é aquele que exerce a 
atividade de transporte dos entorpecentes. 
Para definir o quantum de diminuição a ser aplicado, o magistrado deve observar a 
natureza e a quantidade do entorpecente. 
Por muito tempo, o crime de tráfico privilegiado foi considerado como hediondo, tanto 
que o STJ tinha entendimento sumulado neste sentido: 
“Súmula 512 do STJ: a aplicação da causa de diminuição de pena 
prevista no artigo 33, §4º, da Lei 11.343/2006 não afasta a 
hediondez do crime de tráfico de drogas”. 
Todavia, o entendimento representado pela súmula mencionada foi revisto1, pois, 
considerando que o privilégio elencado no §4º representava e representa um benefício aos 
que, muitas vezes se envolviam pela primeira oportunidade no mundo do crime, não havia 
razão para repreendê-lo tão severamente. Assim, referida súmula foi revogada em 2016 
(overruling). 
 
 
1 HC 118.533/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, Plenário, j. 19.09.2016. 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
9 
 
A alteração do entendimento noticiado também foi inserida em nosso ordenamento 
jurídico, trazido com o Pacote Anticrime, incluindo o §5º no art. 112, verbis: 
Art. 112: (...) 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste 
artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei 
nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. 
EXERCÍCIOS 
1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico 
Superior Jurídico 
Plínio foi flagrado enquanto transportava 10 (dez) “sacolés” de maconha. Na ocasião, 
admitiu para os policiais que a droga destinava-se a seu consumo pessoal e também de sua 
esposa, que não estava com ele na oportunidade, sendo que ele adotaria essa conduta de 
transportar o material para usar com sua esposa recorrentemente. Os policiais, nas suas 
declarações, disseram que alguns usuários próximos a Plínio conseguiram se evadir antes da 
abordagem. Diante das declarações, o Ministério Público ofereceu denúncia imputando a 
Plínio a prática do crime de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06). Finda a 
instrução, com a juntada do laudo definitivo confirmando que o material era entorpecente, 
sendo apresentadas em juízo as mesmas versões colhidas na fase policial e restando certo que 
Plínio era primário e de bons antecedentes, os autos foram conclusos para a sentença. 
Preocupado com sua situação jurídica, e as consequências no caso de condenação, Plínio 
procura a Defensoria Pública. 
 
Considerando as informações expostas, deverá a defesa técnica esclarecer, com base na 
jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, que: 
a) a condenação por tráfico com incidência da causa de diminuição da pena prevista no 
Art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06, retira a hediondez do crime, mas não se mostra possível a 
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, ainda que a pena seja 
inferior a 4 (quatro) anos; 
b) a condenação pelo crime de tráfico de drogas, ainda que não reconhecida a causa de 
diminuição do Art. 33, §4º, da Lei nº 11.343/06, admitirá a aplicação de regime diverso do 
fechado de acordo com a sanção aplicada, mesmo que a pena não permita a substituição por 
restritiva de direitos; 
c) o descumprimento injustificado da medida imposta, no caso de condenação pelo 
crime de portede droga para consumo próprio (Art. 28 da Lei nº 11.343/06), torna possível a 
aplicação de pena privativa de liberdade apenas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses; 
d) a progressão de regime, no caso de condenação por um dos crimes previstos nos Arts. 
33, caput e §1º, e 34 a 37 da Lei nº 11.343/06, dar-se-á após o cumprimento de dois terços da 
pena, vedada sua concessão ao reincidente específico; 
e) o denunciado que induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido de drogas incorre 
na mesma pena do caput do Art. 33 da Lei nº 11.343/06. 
 
GABARITO: B 
Importante que o candidato mostre ciência acerca da letra de lei, bem como 
ao entendimento dos Tribunais Superiores. 
a) INCORRETA. A incidência do privilégio disposto no §4º do art. 33, além de 
afastar a hediondez do crime, também permite a substituição da Pena Privativa de 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
10 
 
Liberdade por Restritiva de Direitos, uma vez que o trecho da Lei que vetava esta 
substituição foi considerado inconstitucional. 
b) CORRETA. Com a declaração de inconstitucionalidade de todos os 
dispositivos que violavam a individualização da pena, tornou-se possível, não só ao 
Tráfico, mas a todos os crimes hediondos e equiparados, a aplicação do regime 
prisional adequado, observando as regras do art. 33 do CP. Em suma, aos crimes 
hediondos e equiparados não se exige a concessão de regime inicial fechado. 
c) INCORRETA. De início, impende ressaltar que o crime previsto no art. 28 da 
Lei de Drogas não é suscetível de pena privativa de liberdade, em hipótese 
alguma. No caso de descumprimento das penas previstas no caput do referido 
artigo, cabem como medidas coercitivas sucessivas apenas a admoestação verbal e 
a multa. 
d) INCORRETA. Com a alteração do art. 112 da LEP pelo pacote anticrime, o 
condenado por crime hediondo, se primário, poderá progredir de regime após o 
cumprimento de 40% da pena ou 50% se houver resultado morte (Art. 112, V, e 
VI, “a”, LEP). Ao reincidente em crime hediondo (reincidência específica), poderá 
ser deferida a progressão de regime, mediante cumprimento de 60% da pena. 
e) INCORRETA. Aquele que induz, instiga ou auxilia outrem a consumir droga 
não responde pela mesma pena daquele que pratica a conduta descrita no art. 33, 
caput. De plano, a conduta é mais branda, pois estimula o consumo, e não a 
traficância em si. Ademais, o art. 33, §2º prevê pena de 01 a 03 anos de detenção, 
além de multa de 100 a 300 dias multa. Enquanto a figura do caput prevê pena 
privativa de liberdade de 5 a 15 anos, além de multa de 500 a 1500 dias multa. 
2. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 
2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia 
 
Assinale a alternativa que está de acordo com a Lei n° 11.343/2006. 
a) Em caso de apreensão de droga remetida do exterior por via postal, a competência 
para processar e julgar o crime de tráfico internacional de drogas é do juiz federal do 
local da apreensão. 
b) Os crimes previstos nos artigos 33, caput, §1º, 34 e 37 da Lei n° 11.343/2006 são 
inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça indulto, anistia e liberdade provisória, 
autorizada, entretanto, a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
c) Em caso de prisão em flagrante, no prazo de 24 horas, a autoridade policial fará 
comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, dando-se 
vista imediata ao Ministério Público. 
d) Em 10 dias, o Ministério Público poderá arrolar até 8 testemunhas. 
e) Nas hipóteses dos crimes previstos nos artigos 33, caput, §1º, 34 e 37 da Lei n° 
11.343/2006, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de 2/5 da pena. 
 
GABARITO: A 
a) CORRETA. Redação da Súmula 528, do STJ. 
b) INCORRETA. Os crimes previstos nos artigos mencionados são, de fato, 
inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia, porém, segundo entendimento atual 
é permitida a concessão de liberdade provisória e a conversão de pena privativa de 
liberdade em restritiva de direitos. 
C) INCORRETA. A vista ao membro do MP deve ser dada em até 24 horas, 
conforme art. 50. 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
11 
 
D) INCORRETA. Após o recebimento do IP ou do caderno de investigação pelo 
membro do MP, ele tem o prazo de 10 dias para: requerer o arquivamento; ou, 
solicitar novas diligências; ou oferecer a denúncia e arrolar até 5 testemunhas, 
conforme art. 54 da Lei 11343/2006. 
E) INCORRETA. Cuide para não confundir o antigo quórum de progressão, 
com o quantum previsto para livramento condicional, que ocorrerá após o 
cumprimento de 2/3 da pena, conforme art. 44 da Lei de Drogas. 
 
3. Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 
2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia 
 
No tocante à Lei de Tóxicos n° 11.343/06, para a lavratura do auto de prisão em 
flagrante por tráfico de drogas previsto no art. 33 caput, é indispensável para a 
materialidade do delito 
a) que o sujeito esteja exercendo a venda da substância entorpecente proibida. 
b) o exercício de qualquer ação prevista no art. 33 e o laudo de constatação provisório. 
c) que ao agente possua quantidade superior a 10 gramas do entorpecente. 
d) que a detenção ocorra em via pública. 
e) que haja testemunha do exercício da venda de entorpecente. 
Gabarito: B 
Para a resolução desta questão, é preciso análise detida do contexto fático, 
bem como relembrar a parte teórica envolvendo a lei de drogas. 
Preliminarmente, recorde-se de que o núcleo do crime do art. 33 da Lei 
11.343/2006 é composto por 18 verbos, contendo inúmeras condutas proibidas de 
serem praticadas, não configurando crime apenas a venda. 
Além disso, não há necessidade de o fato acontecer em via pública nem 
quantidade mínima de substância, tendo em vista que um único cigarro de 
maconha, por exemplo, que contém de 3 a 6 gramas, aproximadamente, pode 
configurar uso ou tráfico, dependendo da circunstância. 
Também, não há necessidade de testemunha da venda, pois, conforme visto 
acima, existem outros núcleos/verbos/ações, que também configuram o crime em 
debate. 
Por fim, resta-nos a alternativa B, tendo em vista que, para configurar o 
tráfico, é necessário que um agente pratique uma das ações proibidas e que a 
autoridade policial promova o laudo preliminar de constatação. 
4. Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE / 
CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Direito 
 
Luciano, morador de Fortaleza – CE, réu primário e de bons antecedentes, foi flagrado na 
posse de 20 quilos de cocaína durante blitz de trânsito realizada pela polícia militar. Em 
razão disso, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Ceará e, ao final do 
processo, condenado pelo crime de tráfico de drogas. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base na Lei de Drogas 
(Lei n.º 11.343/2006). 
A natureza e a quantidade da substância entorpecente não devem ser consideradas 
como circunstâncias preponderantes entre os critérios para aplicação da pena 
estabelecidos no Código Penal. 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
12 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: ERRADO. 
A Lei de Tóxicos, em seu artigo 42, é enunciativa no sentido de que o juiz, na 
fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do 
Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a 
personalidade e a conduta social do agente. 
5. Ano: 2019 Banca: Quadrix Órgão: CRF - SE Prova: Quadrix - 2019 - CRF - SE - 
Farmacêutico Fiscal Júnior 
Com base nas Leis n.º 11.343/2006, n.º 11.903/2009 e n.º 13.021/2014, julgue o item. 
As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que 
recolherá quantidade suficiente para exame pericial. 
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito: CERTO 
A Lei de Tóxicos, em seu artigo 32, estabelece que as plantações ilícitas serão 
imediatamente destruídas pelo delegado, sem necessidade de autorização judicial e 
sem necessidade de conter presença doMP. Antes de fazer a destruição, o 
delegado recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando 
auto de levantamento das condições encontradas, com delimitação do local, 
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
6. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova: FGV - 2019 - MPE-RJ - Analista do 
Ministério Público - Processual 
Diego, 20 anos, reincidente, foi denunciado pela suposta prática do crime de tráfico de 
drogas, tendo em vista que trazia consigo 300g de Cannabis Sativa L., popularmente 
conhecida como maconha. No curso da instrução, por ocasião de seu interrogatório, Diego 
confirmou que estava portando as drogas mencionadas na denúncia, mas assegurou que o 
material seria destinado ao seu próprio consumo e não para comercialização. 
Considerando apenas as informações narradas, de acordo com a jurisprudência dos 
Tribunais Superiores, no momento da análise de aspectos relacionados à dosimetria da pena 
em alegações finais, o promotor de justiça deverá destacar que a: 
a) atenuante da confissão espontânea deverá ser reconhecida, podendo ser 
compensada com a agravante da reincidência, mas não caberá reconhecimento da 
atenuante da menoridade relativa; 
b) atenuante da menoridade relativa e a atenuante da confissão espontânea devem 
ser reconhecidas, não podendo, porém, a pena intermediária ser fixada abaixo do 
mínimo legal; 
c) quantidade de drogas poderá ser considerada na fixação da pena base, devendo 
ser reconhecida a atenuante da menoridade relativa, mas não a da confissão 
espontânea; 
d) atenuante da menoridade relativa e a atenuante da confissão espontânea devem 
ser reconhecidas, podendo a pena intermediária ser fixada abaixo do mínimo legal; 
e) causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado poderá ser reconhecida, 
possibilitando a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de 
direitos. 
Gabarito: C 
Lembrando do entendimento já sumulado (Súm. 630, STJ), a atenuante da 
confissão espontânea somente será ponderada se o agente assumir o tráfico. 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
13 
 
A quantidade de entorpecente apreendida é significativa, além de o agente 
ser reincidente, o que impede a aplicação do privilégio de redução de pena. 
Outrossim, a quantidade e natureza da droga devem ser valoradas pelo 
magistrado para determinar a pena base. 
Acerca da atenuante da menoridade relativa, ela incide na espécie, pois o art. 
65, I, estabelece que o fato de o agente ter menos de 21 anos na data do fato 
possibilita a redução na segunda fase da dosimetria. 
 
 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
14 
 
GABARITO
1. B 
2. A 
3. B 
4. E 
5. C 
6. C

Continue navegando