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ATIVIDADE DOMILICIAR REGULAMENTADA PELA LDB (LEI No 9394/96) COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA TURMA: 9° ano Período: 24/08 a 28/08/2020. PRÁTICA DE LEITURA/ESCUTA O artigo de opinião a seguir foi publicado em janeiro de 2017, no Observatório da Imprensa, um veículo jornalístico da internet que tem como objetivo analisar criticamente a atuação dos meios de comunicação. Escrito pelo jornalista e pesquisador Carlos Castilho, o texto aborda um tema bem contemporâneo: o fenômeno das fake news (notícias falsas). Leia o título do texto e levante uma hipótese sobre o que seriam as slow news. Qual seria o papel desse novo fenômeno das slow news diante das notícias falsas? IMPRENSA EM QUESTÃO Das “fake news” ao fenômeno “slow news” Edição 930 por Carlos Castilho 14 de janeiro de 2017 Todo o bate boca em torno do fenômeno fake news (notícia falsa) pode acabar levando a mudança de um dos comportamentos mais arraigados na cultura jornalística, o do imediatismo, ou seja da preocupação em ser o primeiro a publicar uma notícia. Pesquisadores do jornalismo, especialistas em comunicação e estrategistas políticos estão chegando a conclusão de que a correria pelo furo noticioso dificulta a checagem de dados, fatos e eventos tanto nas redações online como entre os editores independentes em blogs jornalísticos. A solução seria reduzir o ritmo, gastar mais tempo na verificação e contextualização das informações para evitar que o fenômeno das fake news (jargão americano) assuma proporções catastróficas comprometendo ainda mais a credibilidade da imprensa. O imediatismo e o empenha em publicar antes da concorrência sempre foram comportamentos profundamente entranhados na cultura jornalística tradicional. Dar um furo noticioso ainda é, em muitas redações, um atestado de qualidade profissional e um poderoso elemento de marketing publicitário. OLÁ, MEUS QUERIDOS ALUNOS! COMO VOCÊS ESTÃO? ESPERO QUE TODOS ESTEJAM BEM! Vamos começar mais uma semana de estudo e hoje vamos falar sobre um tema muito importante as FAKE NEWS. Um tema atual e que faz parte da nossa vida. Vamos nessa?! Prática de Linguagem: Leitura/Oralidade Gênero Textual: Artigo de Opinião Campo de Atuação: Jornalístico/midiático Objeto de Conhecimento: Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto; apreciação e réplica. Habilidade: EF67LP28 Objeto de Conhecimento: Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de relevância social. Habilidade: EF69LP13 http://www.observatoriodaimprensa.com.br/category/imprensa-em-questao/ http://www.observatoriodaimprensa.com.br/edicao/930 http://www.observatoriodaimprensa.com.br/autor/carlos-castilho/ Mas a popularização da internet começou a mudar o contexto a partir do momento em que as empresas jornalisticas passaram a ter que concorrer com milhares de amadores responsáveis pela publicação de blogs ou com acesso a redes sociais. Como estão em quase todos os lugares, com smartphones dotados de câmeras, a concorrência se tornou desigual, salvo quando os jornais e TVs competem entre si usando material de amadores. Mas desde do ano passado, a maratona por um furo jornalístico tornou-se ainda mais complexa com a massificação das redes sociais virtuais, como o Facebook (mais de 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo), e o surgimento das notícias falsas, meias verdades ou informações descontextualizadas. A combinação entre leviandade informativa e imediatismo acabou assustando os donos de empresas de comunicação, porque as fake news abalavam a já desgastada confiança do publico em jornais, revistas e telejornais. Os controladores de redes sociais também acabaram contaminados pelo temor de serem acusados de semear a discórdia e a desorientação informativa, enquanto os políticos, os maiores disseminadores de meias verdades pela imprensa, sentiram que podiam acabar dando um tiro no pé, caso a desinformação se generalize. A situação é realmente preocupante porque o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já deixou claro que vai governar usando o Facebook e o Twitter. Não é segredo que as redes sociais são mais uma caixa de ressonância do que um centro distribuidor de notícias. Comentários e opiniões predominam sobre informes e análises, o que é natural tendo em vista que a maioria esmagadora dos usuários das redes é formada por indivíduos que desejam dizer o que pensam, pela primeira vez na historia da humanidade. A cacofonia é inevitável, da mesma forma que a desorientação causada pela avalanche de percepções e opiniões individuais. O fantasma do caos informativo Os últimos episódios envolvendo Donald Trump levaram empresas jornalísticas de grande porte como Facebook, BBC inglesa e o norte-americano The New York Times intensificar as medidas de controle de veracidade, um esforço para atenuar os efeitos da desinformação. Na Califórnia, os deputados estaduais vão votar uma lei impondo as escolas a ensinar seus alunos como identificar e combater as fake news. Para a imprensa, a desorientação do publico é uma ameaça porque mina a confiança no que é publicado. Para os donos, passou a ser um mau negócio, num ambiente econômico em que a luta pela sobrevivência corporativa é muito dura e incerta. Para os jornalistas é um desafio porque torna urgente a revisão de rotinas e valores seguidos ao pé da letra por décadas. Num ambiente de boataria permanente ficou perigosíssimo ceder ao impulso do imediatismo na publicação, sabendo-se que já existem sites e softwares especializados em disseminar noticias falsas com todos os requintes de edição jornalística. Tudo indica que a cautela, indispensável num contexto de incerteza e dúvidas, derrubará as resistências existentes contra a consolidação das slow news, notícias mais pensadas e preocupadas com a credibilidade. O pesquisador australiano Megan Le Masurier foi, em 2016, um dos primeiros a explorar teoricamente o fim do imediatismo e da pressa editorial na imprensa, num artigo acadêmico intitulado What is Slow News? Dois anos antes, o jornalista norte-americano Peter Laufer já tinha publicado um livro no qual combina jornalismo e tendências de consumo para mostrar que o bombardeio de mensagens publicitárias e de reportagens contraditórias só criavam problemas em vez de soluções. Mas o debate sobre a nova tendência informativa não prosperou e só ressurgiu agora quando a perspectiva de um caos informativo ganhou contornos mais nítidos. ** Carlos Castilho é jornalista, pós doutorando em comunicação e editor do site do Observatório da Imprensa. http://dx.doi.org/10.1080/17512786.2016.1139902 http://osupress.oregonstate.edu/book/slow-news PARA COMPREENDER E INTERPRETAR O TEXTO ANOTE AÍ! O artigo de opinião é um texto argumentativo no qual um autor, geralmente especialista no assunto a ser tratado, defende seu ponto de vista sobre um tema de relevância social para o debate público. Na introdução, o articulista (nome dado a quem escreve o artigo de opinião) contextualiza o assunto que será abordado e evidencia sua posição a respeito do tema formulando uma tese, que será defendida ao longo do artigo por meio de argumentos. É comum o título do texto oferecer pistas sobre o ponto de vista que será defendido no artigo. RESPOSTAS E COMENTÁRIOS PARA ENTENDER O TEXTO 1.Resposta pessoal. Professor, verifique o que os alunos levantaram sobre a expressão slow News e peça que expliquem, de acordo com o artigo lido, se essa expressão tem o significado que imaginaram. Quanto ao papel das slow news, observe se eles conseguiram observar pela construção do título, “Das ‘fake news’ ao fenômeno ‘slow news’”, o caráter de processo e de que um fenômenodeve se sobrepor ao outro. 2. a) Fake news é o nome dado ao fenômeno atual de divulgação de notícias falsas, meias verdades ou de informações descontextualizadas propagadas via internet. Slow news é o termo utilizado para explicar uma prática jornalística em que se privilegia um ritmo mais lento de apuração dos dados, notícias mais pensadas e preocupadas com a credibilidade. b) Resposta pessoal. Professor, comente que uma das funções do título do artigo de opinião é despertar o interesse do leitor. A escolha de usar duas expressões em inglês, uma mais conhecida (fake news) e outra menos usada (slow news) pode atrair a atenção do leitor que se interessa por esse assunto. c) Sim. O título evidencia que o artigo de opinião tratará das slow news como um fenômeno que pode ser superado por meio da prática das slow news. 3. Alternativa correta: III. 4. a) O furo é um jargão jornalístico que se refere a uma notícia publicada em primeira mão, ou seja, antes da publicação dos concorrentes. Dar um furo tem um valor positivo para as empresas jornalísticas, pois atesta qualidade profissional e reforça a imagem do veículo de comunicação. b) O furo é um comportamento arraigado na cultura jornalística. Em busca do furo, muitas informações falsas são publicadas, porque, na pressa de dar o furo, não se faz uma apuração aprofunda da dos fatos. Ou seja, a cultura do furo noticioso propicia a proliferação de fake news. c)As fake news causam grande impacto social, por isso afetam a credibilidade da imprensa. 5. Alternativa correta: IV. 6. a) O imediatismo e o empenho de publicar fatos antes da concorrência. No jornalismo tradicional, isso representa um atestado de qualidade profissional e um poderoso elemento de marketing. b) Como as pessoas, em quase todo lugar, estão com smartphones e acesso à internet, muitas vezes a publicação imediata fica a cargo de amadores, gerando uma concorrência desigual para a grande imprensa. c) para comprovar o que havia dito sobre a popularização de acesso à internet e às redes sociais. PARA ENTENDER A LÍNGUA ❖ A LINGUAGEM DO TEXTO 1. Ao longo do artigo, as várias palavras e expressões que são empregadas no sentido conotativo. a) Considerando o contexto, como o subtítulo “ O fantasma do caos informativo” pode ser interpretado? b) Localize dois trechos do texto em que articilista utiliza linguagem conotativa. Em seguida, análise os sentidos dessas expressões no contexto. c) Qual é o efeito que o uso da linguagem conotativa provoca no leitor? 2. Releia os trechos abaixo, retirados do penúltimo parágrafo do texto. ANOTE AÍ! As conjunções colaboram com a coesão textual ao articular as partes do texto ou as ideias em um parágrafo, contribuindo assim para o desenvolvimento da argumentação. Link para revisão do conteúdo https://youtu.be/589N9KHjVGI Prática de Linguagem: Análise Linguística e Semiótica Campo de Atuação: Jornalístico/midiático Objeto de Conhecimento: Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa Habilidade: EF89LP14 Objeto de Conhecimento: Modalização Habilidade: EF89LP16 Objeto de Conhecimento: Construção composicional Habilidade: EF69LP16 Objeto de Conhecimento: Coesão Habilidade: EF09LP11 https://youtu.be/589N9KHjVGI I - Num ambiente de boataria permanente ficou perigosíssimo ceder ao impulso do imediatismo na publicação, sabendo-se que já existem sites e softwares especializados em disseminar notícias falsas com todos os requintes de edição jornalística. II - Mas o debate sobre a nova tendência informativa não prosperou e só ressurgiu agora quando a perspectiva de um caos informativo ganhou contornos mais nítidos. a) No trecho I, o que mudaria no sentido se o autor usasse a palavra perigoso no lugar de perigosíssimo? b) No trecho II, que outra expressão poderia ser utilizada no lugar de caos? c) Ao escolher determinadas palavras, o autor marca seu posicionamento sobre um assunto. Qual é a intenção do articulista ao escolher as expressões analisadas nos itens a e b? Imagen disponível em https://www.ides-sc.org.br/post/fakenews RESPOSTAS E COMENTÁRIOS A LINGUAGEM DO TEXTO – ENTENDENDO A LINGUA 1.a) O fantasma pode ser entendido como o medo do caos informativo gerado pelas notícias falsas. b) Possibilidade de resposta: “avalanche de percepções e opiniões individuais”, no sentido de um número repentino e estrondoso de opiniões, e “o bombardeio de mensagens publicitárias e de reportagens contraditórias”, no sentido de publicação numerosa de mensagens e reportagens contraditórias. c) Essa linguagem envolve mais o leitor, aproximando-o assim do ponto de vista defendido pelo autor. 2. a) Ela foi utilizada para articular duas ideias opostas. b) poderia ser substituída por: contudo, porém, no entanto. c) Possibilidade de resposta: “A situação é realmente preocupante porque o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já deixou claro que vai governar usando o Facebook e o Twitter”. ANOTE AÍ! Os textos do gênero artigo de opinião são escritos, de maneira geral, em um registro formal da língua. Isso, no entanto, não impede que o articulista utilize, em determinadas situações, alguns termos mais coloquiais ou de sentido conotativo. Esse uso deve estar contextualizado e de acordo com determinada intenção comunicativa. Link para revisão do conteúdo https://youtu.be/PzTtPVGHTNo https://www.ides-sc.org.br/post/fakenews https://youtu.be/PzTtPVGHTNo PRODUZINDO O TEXTO PROPOSTA No artigo “Das ‘fake news’ ao fenômeno ‘slow news’”, Carlos Castilho apresenta seu ponto de vista sobre o combate às fake news, revelando tam- bém alguns esforços que estão sendo feitos nessa direção. Agora é a sua vez de pensar a respeito desse assunto. Você vai escrever um artigo de opinião sobre caminhos possíveis para combater a divulgação de fake news. Para produzi- lo, organize com os co- legas e o professor uma roda de conversa na sala de aula a respeito da im- portância dos esforços para combater as notícias falsas e sobre as possíveis soluções para esse problema. Com intuito de ampliar esse debate, os textos serão compartilhados no blog da turma para que toda a comunidade escolar possa conhecer o que produziram. GÊRENO PÚBLICO OBJETIVO CIRCULAÇÃO Artigo de opinião Colegas, professores, comunidade escolar em geral Opinar sobre a importância do combate às fake news por meio de um texto Grupo da turma no Whatsapp PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DO TEXTO 1. Depois da discussão com a turma, peça a ajuda do professor para encontrar fontes confiáveis de pesquisa sobre o assunto. Então, busque artigos e reportagens publicados em jornais, revistas e sites a respeito das fake news e anali- se os dados encontrados. Essa tarefa vai auxiliar no aprofundamento acerca do tema e também permitirá que você selecione dados e citações que podem ser úteis na construção de argumentos do seu texto. 2. 2 Com os estudos realizados, defina seu ponto de vista a respeito do tema proposto e elabore a tese que você vai defender no texto. 3. 3 Então, verifique suas anotações para selecionar os argumentos consistentes para defender seu ponto de vista. Você pode utilizar diferentes tipos de argumento, como dados numéricos, exemplos relevantes, argumentos de autori- dade, experiências generalizáveis, etc. Outro recurso pertinente na argumentação é construir a refutação antecipada a argumentos que sustentem um ponto de vista contrário ao que você defende. Lembre-se de organizá-los de uma maneira lógica e clara para o leitor. 4. 4 Agora é o momento de planejara introdução do artigo de opinião. Nessa parte do texto, além de apresentar sua tese, é importante resumir a questão do combate às fake news. Para pensar na melhor estratégia de apresentar o assunto, leve em consideração o que os leitores do blog sabem ou não sobre o tema. 5. 5 Depois, exponha, nos parágrafos seguintes, os argumentos levantados para defender sua tese e dar sustentação a ela. 6. Definidos a tese e os argumentos, pense em como pretende encerrar o raciocínio desenvolvido ao longo do artigo. Você pode concluir o texto com uma citação, uma reflexão ou uma frase de efeito. 7. Ao escrever seu texto, fique atento ao registro de linguagem utilizado, pois, por meio dele, você pode se aproximar do leitor, tanto pela escolha do vocabulário como pelo uso de um registro mais ou menos formal. Além disso, a liguagem contribui para a construção da credibilidade do artigo de opinião. 8. Por último, dê um título ao texto. Lembre-se de que ele deve atrair o leitor e dar uma pista sobre o ponto de vista que será devendido no artigo de opinião. Prática de Linguagem: Produção de Texto Campo de Atuação: Jornalístico/midiático Objeto de Conhecimento: Textualização de textos argumentativos e apreciativos Habilidade: EF09LP03.
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