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Rodrigo Pires exercício seminário VII _ Passei Direto

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Impresso por Alessandra Borges, CPF 437.401.848-41 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais
e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/07/2021 11:46:57
As multas isoladas são aplicadas de ofício pelo órgão fiscalizador pelo
descumprimento do contribuinte do dever principal e instrumental antecipadamente,
dependendo de ato de ofício do fisco pela inobservância das obrigações.
Ela é prevista no inciso II, do artigo 44 da Lei 9.430/1996, nos seguintes
termos: 
II - de 50% (cinqüenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento
mensal:
 ....... 
b) na forma do art. 2 desta Lei, que deixar de ser efetuado, ainda que tenha sidoo
apurado ou base de cálculo negativa para a contribuição social sobreprejuízo fiscal
o lucro líquido, no ano-calendário correspondente, no caso de pessoa jurídica.
Caso haja declaração e relação jurídica tributária constituída ou se há
pagamento parcial de tributo devido, fala-se apenas em multa de oficio, e não em
isolada.
Dessa forma, tanto a multa de ofício quanto a multa isolada deverão ser
produzidas de ofício, mediante auto de infração e imposição de multa. 
Em relação a multa agravada é caracterizada quando o dispositivo legal que a
aplica recebe um preceito sancionatório superior em face de seu maior potencial
lesivo ao fisco.
Por último temos as multas qualificadas, que são aquelas que na prática
trazem consigo o elemento subjetivo de dolo, logo, são consideradas e sancionadas
pelo direito penal também.
b) O não pagamento de tributo é hipótese suficiente para a imposição de
sanção ou somente para a cobrança da mora? Os juros de mora e a multa de
mora podem ser exigidos simultaneamente?
Sanção é o elemento que garante o cumprimento das normas tributárias,
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e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 09/07/2021 11:46:57
assim como, a consequência de quem não cumprir com os deveres estabelecidos na
legislação, mediante a aplicação de medidas punitivas. A cobrança da mora, através
da multa, é decorrente de uma penalidade estabelecida pelo contribuinte. Logo, na
hipótese do não pagamento de um tributo, o fisco poderá aplicar a sanção através
dela.
A Multa e juros da mora são acréscimos legais incidentes sobre o valor dos
tributos quando não há o cumprimento da obrigação principal. Eles poderão ser
exigidos simultaneamente, tendo em vista que os dispositivos possuem
características distintas. A multa da mora tem o objetivo de estimular, bem como,
advertir o contribuinte para que seja realizado o pagamento do tributo na data
correta. Dessa forma, será aplicada a multa de mora pelo cumprimento parcial ou
fora do prazo de vencimento. Já os juros de mora é aplicado sempre quando não há
o pagamento do tributo no tempo certo, dívida pecuniária.
c) É possível aplicação concomitante da multa de ofício, pelo não pagamento
de tributo apurado no final do ano-calendário com a multa isolada, cobrada
pelo não recolhimento da estimativa do IRPJ? Caso a resposta seja negativa,
qual das multas deveria ser aplicada? Analise a jurisprudência do CARF e do
STJ (anexos I e II), levando em consideração o artigo 112 do CTN.
Tomando por partida que a multa de ofício seria o descumprimento da
obrigação principal e a multa isolada sendo o descumprimento dos deveres
instrumentais, há divergencia doutrinária quanto a aplicação concomitente das duas
multas.
A corrente mais tradicional entende ser importuno a exigência cumulativa das
multas descritas acima, visto caracterizar dupla penalidade sobre a mesma infração.
Contudo a segunda corrente, mais adequada no meu entender, segue na linha da
possibilidade de aplicação das duas multas concomitantemte, tendo em vista que a
multa de ofício aplica-se para o não recolhimento do valor principal e a multa isolada
para o não cumprimento das obrigações acessórias.
d) Quais os critérios para aplicação da multa qualificada? Defina os conceitos
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de sonegação, fraude e conluio (vide anexo III). O Fisco pode requalificar uma
operação realizada pelo contribuinte como ilícita, aplicando multa qualificada,
sobre a justificativa de ausência de “propósito negocial”?
A multa qualificada são aquelas abarcadas pelo Direito Penal mesmo quando
determinada conduta é punida na esfera tributária. Para a incidência da multa
qualificada é preciso identificar na prática o elemento subjetivo dolo direto, e em
algumas circunstancias, o dolo eventual, podendo dessa forma o indivíduo realizar a
conduta com dolo, fraude ou simulação. Para a aplicação dessa multa é preciso
observar o artigo 60, CP que prescreve que o juiz deverá atender à situação
econômica do réu, observando o princípio da dignidade da pessoa humana. Outro
critério para aplicação da multa versa acerca da incidência sobre os recursos
indispensáveis ao sustento do condenado e de sua família, segundo o artigo 50, §
2º, CP. 
Sobre a sonegação podemos conceituá-la como “ocultação dolosa, mediante
fraude, astúcia ou habilidade, do recolhimento de tributo devido ao Poder Público”,
segundo o Professor Gianpaolo Poggio Smanio. Contudo, é no artigo 1º da Lei nº
8137/90 que encontramos o critério identificador da sonegação, sendo ele, os delitos
contra a ordem tributária a supressão o u redução de tributo ou contribuição social
ou acessório, após isso, é elencado taxativamente as modalidades que levam à
supressão ou redução, para então constituir de maneira geral o que seria a
sonegação fiscal.
A Lei 4502/1964 definiu o conceito de fraude em seu artigo 72, sendo ele:
“toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente,
a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou modificar as suas
características essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido, ou a
evitar ou diferir o seu pagamento”. Além disso, legislações recentes entendem como
infração administrativa subordinada a multa agravada em circunstâncias de
“evidente intuito de fraude, definido nos artigos 71,72 e 73 da Lei nº 4502/64” O
conluio por sua vez, é o acordo/ajuste doloso entre duas ou mais pessoas com o
intuito de alcançar os efeitos da sonegação e fraude.
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5. Em que constitui a denúncia espontânea? Identifique se as multas
tributárias são excluídas pela denúncia espontânea prevista no artigo 138 do
CTN nos seguintes casos: (i) tributo declarado integralmente e pago de forma
parcial ou atrasada, antes do início de um procedimento fiscalizador; (ii)
tributo declarado parcialmente e pago, depois declarado integralmente,
mediante retificação, e pago; (iii) cumprimento de obrigação acessória a
destempo (vide anexos IV e V).
A denúncia espontânea consiste na exclusão da responsabilidade tributária no
que tange a multa devida do tributo. Ela também pode ser chamada de confissão
espontânea ou autodenúncia pois o próprio contribuinte informa a Fazenda Pública
da sua dívida afim de receber em troca a exclusão da multa do tributo, assim
prescreve o artigo 138 do CTN
(i) tributo declarado integralmente e pago de forma parcial ou atrasada, antes
do início de um procedimento fiscalizador
Para o STJ não é possível se beneficiar da denúncia espontânea caso o
contribuinte não tenha pago integralmenteo tributo que tem como fundamento o
artigo 138 e artigo 155-A, § 1º do CTN.
ii) tributo declarado parcialmente e pago, depois declarado integralmente,
mediante retificação, e pago;
Não seria possível o benefício da denúncia espontânea pois o STJ interpreta
literalmente o que diz o artigo 138 do CTN, ou seja, deverá o tributo devido ser pago
na sua integralidade conjuntamente de juros de mora sem haver qualquer tipo de
parcelamento. Tendo em vista que a posterior retificação configura de certa forma o
parcelamento do tributo devido entendemos que nessa hipótese não recairá os
benefícios da denúncia espontânea
(iii) cumprimento de obrigação acessória a destempo
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Não será beneficiado o contribuinte através da denúncia espontânea visto que
o artigo 138 do CTN não alcança as obrigações acessórias, assim interpreta a
jurisprudência atual brasileira.
6. Com relação aos crimes contra a ordem tributária, pergunta-se:
a) Qual o momento consumativo dos crimes contra a ordem tributária
previstos no art. 1º da Lei 8.137/90? Há necessidade de esgotamento da esfera
administrativa para a propositura da ação penal? (Vide Súmula Vinculante n.
24 do STF e anexo VI e VII).
Nos termos do que rege a Súmula Vinculante n. 24 do STF, temos que “Não
se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV,
da Lei 8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo”.
 
 Dessa forma, é importante o esgotamento da esfera administrativa para
propositura da ação penal, salvo quando da existência de prova de constituição
definitiva, que, objetivamente autoriza ajuizamento de ação prévia ao termino do
procedimento administrativo fiscal.
b) A decadência e prescrição tributária são causas de extinção da punibilidade
penal dos crimes contra a ordem tributária? Fundamentar. (Vide anexo VIII).
De acordo com o artigo 150 do CTN:, o prazo de lançamento do crédito
tributário pela administração é de cinco anos contados da ocorrência do fato, e a
partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter
se efetuado para o caso do tributo que possui o lançamento por homologação, ou
também a partir da data da decisão definitiva que tornou nulo o lançamento anterior
por motivo de vício formal, conforme o artigo173 do CTN. Entendo que ocorrendo a
prescrição e decadência tributária, extingue-se o crédito tributário, logo, extingue-se
a punibilidade penal dos crimes contra a ordem tributária.
c) O parcelamento do tributo devido é causa de extinção da punibilidade dos
crimes contra a ordem tributária? ? E a compensação com tributos pagos
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indevidamente? (vide anexo X).
Não, tendo em vista que o Art. 156 do CTN somente prevê a possibilidade de 
extinção do crédito tributário pelo pagamento, compensação, transação, remissão, 
prescrição e a decadência.
7. Que caracteriza as denominadas sanções políticas? Identifique se as
seguintes medidas constituem-se como sanções politicas e analise sua
constitucionalidade: (i) Apreensão de bens; (ii) Inscrição de créditos
tributários no CADIN; (iii) Protesto de Certidão de Dívida Ativa; (iv)
Cancelamento de Registro Especial de Funcionamento (vide Decreto-Lei
1.593/1977 e ADI 3.952); (v) regime especial para cumprimento de obrigações
nos casos de embaraço à fiscalização e prática reiterada de infrações à
legislação tributária (vide Lei 9.430/96, disciplinada pela Instrução Normativa
RFB 979/09; art. 96, V da Lei n. 12.670/99 do Estado do Ceará e Decreto
Estadual n. 48.494/11 do Rio Grande do Sul - vide anexos IX e X); (vi)
averbação pré-executória (art. 25 da Lei n° 13.606/18, que acrescentou, dentre
outros, o artigo 20-B, §3°, II à Lei nº 10.522/2002 e Portaria PGFN n° 33/2018,
modificada pela Portaria PGFN n° 42/2018). 
De acordo com Hugo de Brito Machado as sanções políticas“correspondem a
restrições ou proibições impostas ao contribuinte, como forma indireta de obriga-lo
ao pagamento do tributo, tais como a interdição do estabelecimento, a apreensão de
mercadorias, o regime especial de fiscalização, entre outras.1
Identifique se as seguintes medidas constituem-se como sanções
politicas e analise sua constitucionalidade:
(I) Apreensão dos bens: É uma sanção política a apreensão dos bens do
contribuinte inadimplente visto que fere os princípios da proporcionalidade e
razoabilidade. No mesmo sentido o STF redigiu a Súmula 323 que informa a
inadmissibilidade de apreender mercadorias como forma de coagir o contribuinte
inadimplente.
http://sistemas.qis.com.br:8084/hugomachado/conteudo.asp?home=1&secao=2&situacao=2&doc_id=7
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(ii) Inscrição de créditos tributários no CADIN: É sanção política e já foi
considerada inconstitucional pelo STF através da medida cautelar nº 1454-4.
(iii) Protesto de Certidão de Dívida Ativa: Não constitui sanção política o
protesto de Certidão de Dívida Ativa. É constitucional o protesto de Certidão de
Dívida Ativa pelo STF haja vista que foi julgado improcedente aADI 5135 em 2016
na qual a Confederação Nacional da Indústria questiona quem seriam sujeitados a
protesto de Certidão d e Dívida Ativa. A maioria dos votos seguiu o relator Luís
Roberto Barroso que argumentou dizendo: “O protesto das certidões de dívida ativa
constitui mecanismo constitucional e legítimo por não restringir de forma
desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contribuintes e,
assim, não constituir sanção política.
(iv) Cancelamento de Registro Especial de Funcionamento (vide Decreto-Lei
1.593/1997 e ADI 3.952): É considerada sanção política o cancelamento de registro
especial de funcionamento. Acerca do tema o STF redigiu a súmula 70 que diz: “É
inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de
tributo.” Sendo as sim, não pode o Poder Público impossibilitar o funcionamento de
determinada pessoa jurídica visto que limitaria a liberdade de trabalho do
contribuinte. 
Dessa forma, enxergamos que o cancelamento de registro especial de
funcionamento é inconstitucional.
(v) regime especial para cumprimento de obrigações nos casos de embaraço
à fiscalização e prática reiterada de infrações à legislação tributária (vide Lei
9.430/96, disciplinada pela Instrução Normativa RFB 979/09; art. 96, V da Lei n.
12.670/99 do Estado do Ceará e Decreto Estadual n. 48.494/11 do Rio Grande do
Sul – vide anexos IX e X): O STF dita requisitos para o caso de regime especial para
cumprimento de obrigações nos casos de embaraço à fiscalização e prática
reiterada de infrações à legislação tributária. Para o STF somente seria poss ível o
regime especial quando houvesse inadimplência injustificada, ou seja, também
considerada como inadimplência reiterada. 
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(vi) averbação pré-executória (art. 25 da Lei nº 13.606/18, que acrescentou,
dentre outros, o artigo 20-B, § 3º, II à Lei nº 10.522/2002 e Portaria PGFN nº
33/2018, modificadapela Por taria PGFN nº 42/2018): É sanção política a averbação
pré-executória e consequentemente inconstitucional. O STF editou a súmula 574
afim de proibir que a autoridade adquira estampilhas, despache mercadorias nas
alfândegas e exerça suas atividades profissionais.
8. Considerando as premissas fixadas nas questões anteriores, o não
recolhimento de ICMS declarado configura crime contra a ordem tributária,
tipificado no art. 2°, II, da Lei 8.137/90 ? Considerar as hipóteses de ICMS em2
substituição tributária e ICMS “próprio”. (Vide anexo XIII).
O artigo 2º, inciso II, da Lei 8.137/1990, prevê crime de apropriação indébita
tributária, prevendo que constitui crime contra a ordem tributária:
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou
de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de
sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres
públicos.
O debate em torno deste tipo penal visa entender se a conduta descrita no
inciso II do artigo 2º da Lei 8.137/1990 também abrange o mero inadimplemento de
tributo próprio.
A questão se consolidou de forma desfavorável ao contribuinte após o
julgamento do HC 399.109, oportunidade em que a 3ª Seção do Superior Tribunal de
Justiça entendeu que também configura crime de apropriação indébita tributária o
destaque do ICMS na nota fiscal sem o respectivo recolhimento do imposto devido
em operações próprias cujo “ônus financeiro” foi repassado no preço pago pelo
consumidor final.
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O Supremo Tribunal Federal, também analisou a questão nos autos do
Recurso em Habeas Corpus 163.334, oportunidade em que, por maioria, entendeu-
se que configura crime contra a ordem tributária, com fundamento no artigo 2º, II, da
Lei 8.137/1990, o não pagamento do ICMS-próprio destacado na nota fiscal e
declarado ao Fisco. De acordo com o STF, o contribuinte que, de forma contumaz e
com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do adquirente da
mercadoria ou serviço incide no tipo penal do artigo 2º, II, da Lei 8.137/1990.
A decisão do STJ destaca que somente nos casos em que há apropriação
indébita de tributo “descontado” ou “cobrado” restará configurada a prática do crime
previsto no artigo 2º, II, da Lei 8.137/1990. Tributo descontado é aquele referente às
hipóteses de responsabilidade tributária por substituição, contudo, apenas há
responsabilidade operacionalizada via retenção na fonte atribuída ao responsável
tributário, não estando atrelada às hipóteses de responsabilidade por substituição
tributária. 
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