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Stephane Bispo @vidadefisio_study O nível de consciência é o estado de lucidez que a pessoa se encontra, a capacidade de reconhecimento da realidade e de responder estímulos. Em emergência médica alteração do estado de consciência é um quadro muito comum, levando a altas taxas de mortalidade. O estado oposto de consciência é o coma, nessa situação a pessoa não mostra conhecimento de si próprio e do ambiente, o alerta corporal não existe ou diminui drasticamente, permanecendo com os olhos fechados e não respondendo ao ambiente. A consciência é dividida em dois componentes: 1) conteúdo de consciência que é a somatória das funções nervosas superiores e cognitivas (atenção, memória e linguagem). 2) nível de consciência que é relacionado com o grau de alerta. O FRAA formação reticular ativadora ascendente é responsável pela manutenção do nível de consciência, portanto, quando ocorre a alteração do nível de consciência o FRAA fica lesionado. Escala de coma de Glasgow Criada em 1974 por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett, o objetivo era desenvolver um método que conseguisse medir o nível de consciência de uma pessoa para proceder com o melhor tratamento. A avaliação da consciência pode ser realizada de forma eficaz utilizando a Escala de Coma de Glasgow, essa escala avalia em três níveis a resposta do indivíduo: abertura ocular, resposta motora e resposta verbal. Geralmente é utilizada durante as primeiras 24 horas após o trauma. O profissional da saúde estando com um paciente que sofreu algum traumatismo craniano irá questionar ao paciente e verificar alguns sinais atribuindo um valor para cada reação. A maior pontuação é 15 e a menor 3. A forma que a pontuação é atribuída está descrita na figura a seguir: Classificação • Grave = 3 a 8 pontos – necessidade de intubação imediata • Moderada = 9 a 12 pontos • Leve = 13 a 15 pontos A Escala de Glasgow foi recentemente atualizada, alguns alteração foram realizadas para que seja mais eficiente e otimizada. As etapas da avaliação não têm mais tanto foco no somatório dos pontos e sim das notas individuais, e é considerado as características do paciente, caso apresente algum sinal de dificuldade, não sendo apto a passar pela analise a escala não é aplicável. Resposta motora A avaliação baseia-se na observação da movimentação espontânea do paciente, verificando tônus, reflexos, estimulação dolorosa em leito ungueal, região supraorbitária e esterno. Caso haja presença de sinais motores focais assimétricos, pode ser sinal de doença estrutural. Nível de Consciência Stephane Bispo @vidadefisio_study Padrão respiratório É considerado de pouca importância na avaliação do nível de consciência assim, tem pouca aplicabilidade clínica. É influenciado por inúmeros fatores clínicos como acidose e doenças pulmonares. Motricidade Ocular Extrínseca Existe uma proximidade e associação da motricidade ocular com o FRAA, tornando a sua avaliação fundamental em casos de alteração do estado de consciência. O exame é realizado pelo teste de reflexo óculo-cefálico, o paciente realiza movimentos bruscos da cabeça, para o lado direito e esquerdo, e posteriormente no sentido de flexão e extensão da cabeça sobre o tronco. Os olhos realizam movimentos em igual direção e velocidade em sentido contrário ao movimento da cabeça. Sinais Neurológicos Evidentes Pacientes que demonstrarem os sinais anteriores provavelmente se tratará de lesão de Sistema Nervoso Central tendo seu nível de consciência comprometido. Será necessário ser realizado alguns exames que inclui de crânio, caso o diagnóstico não fique claro dever ser realizado punção liquórica. E por último em casos, pode-se realizar um eletroencefalograma, para identificar crises epilépticas não convulsivas.
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