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FISIOLOGIA HUMANA: AULA 10 ADRIANA HOLANDA Glóbulos Vermelhos (Hemácias ou Eritrócitos) CÉLULAS SANGUÍNEAS Quase todas as células do sangue são glóbulos vermelhos e têm a função de transportar a hemoglobina que, por sua vez, carreia o oxigênio desde os pulmões até os tecidos. Os glóbulos vermelhos normais têm a forma de discos bicôncavos, porém essa forma pode ser muito alterada conforme a célula passa pelos capilares Um milímetro cúbico de sangue contém cerca de 5 milhões de glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal. No sangue normal, cerca de 40% do volume é representado pelos glóbulos e os restantes 60%, pelo plasma. A porcentagem de células é o hematócrito, de modo que o hematócrito normal é de 40%. Quando o hematócrito está normal, como também normal está o teor de hemoglobima em cada célula, o sangue total contém 15g de hemoglobina por 100ml. Exceto pelos linfócitos, formados principalmente nos gânglios linfáticos, todas as outras células sanguíneas, tanto os glóbulos vermelhos como os brancos, são produzidos pela medula óssea e derivam de um único tipo celular chamado de hemocitoblasto. O nº total de glóbulos vermelhos é regulado dentro de limites muito estreitos, de modo que existe sempre nº adequado de células para prover a adequada oxigenação dos tecidos. Quando a pessoa fica extremamente anêmica, a medula óssea começa a produzir grande quantidade de hemácias. De igual modo, nas altitudes elevadas, o oxigênio está em concentração muito reduzida no ar, sendo transportado para os tecidos em quantidades insuficientes, isso provoca a produção extremamente rápida de hemácias. O grau de atividade física desenvolvida por uma pessoa determina, até certo ponto, a intensidade da produção de seus glóbulos vermelhos. O atleta terá, muitas vezes, concentração de hemácias da ordem de 5,5 milhões/mm3, quando uma pessoa astênica pode ter contagens de apenas 4,5 milhões/ mm3. REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE GLÓBULOS VERMELHOS A estrutura do glóbulo vermelho (hemácia) é a de um saco frouxo, formado por membrana celular, parcialmente cheio de citoplasma, mas possuindo concentração elevada (cerca de 34%) de hemoglobina. O oxigênio se combina de modo muito frouxo com a hemoglobina, quando o sangue passa pelos pulmões, sendo liberado dela quando o sangue passa pelos capilares periféricos. Um dos principais constituintes da hemoglobina é o ferro; na verdade, cerca de 2/3 de todo o ferro do corpo está na hemoglobina das hemácias. ESTRUTURA DO GLÓBULO VERMELHO O ferro é transportado no sangue combinado a uma proteína: a transferrina. Quando o ferro é absorvido pelo intestino em quantidades maiores do que as que podem ser imediatamente utilizadas na formação da hemoglobina, o ferro em excesso é armazenado no fígado, sob a forma de ferritina. Outras substâncias, além do ferro, que são importantes para a formação de hemácias incluem a vitamina B12, o ácido fólico e outras vitaminas. TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO DO FERRO Quando os glóbulos vermelhos são liberados da medula óssea para o sistema circulatório, eles circulam, normalmente, por 120 dias em média, antes de serem destruídos. A partir do momento em que a membrana da hemácia fica demasiadamente frágil, ela pode romper durante a passagem por algum ponto de estreitamento da circulação. Muitas dessas células rompem ao passar pelo baço, pois devem-se espremer através da polpa vermelha desse órgão, dessa forma o baço é considerado cemitério das hemácias. DESTRUIÇÃO DOS GLÓBULOS VERMELHOS Anemia quer dizer deficiência de glóbulos vermelhos com o hematócrito atingindo, as vezes, valores tão baixos quanto 10%. A anemia pode ser causada por perda sanguínea excessiva ou por produção demasiadamente lenta de novos glóbulos vermelhos. As diversas causas incluem: 1) Deficiência de ferro; 2) Deficiência de vitamina B12 ou de outras vitaminas; 3) Perda de sangue; 4) Destruição da medula óssea e 5) Formação de células anormais. ANEMIA O corpo humano é continuamente exposto a bactérias, especialmente a aquelas de ocorrência na boca, nas vias respiratórias, no cólon, nas membranas mucosas dos olhos e, até mesmo, nas vias urinárias. Muitas dessas bactérias são capazes de provocar doenças caso invadam os tecidos profundos. Além disso, a pessoa é, de modo intermitente, exposta a bactérias e vírus extremamente virulentos, que, oriundos de fora do corpo podem causar doenças específicas. Por outro lado, um grupo de tecidos, que inclui os glóbulos brancos e o sistema reticuloendotelial, combate, constantemente qualquer agente infeccioso que tente invadir o corpo. GLÓBULOS BRANCOS (LEUCÓCITOS) Os leucócitos são as unidades móveis do sistema protetor do corpo. São formados, em parte, na medula óssea e, em parte nos gânglios linfáticos; mas, após essa formação, são transportados pelo sangue para os diferentes setores do corpo onde serão utilizados Tipos de Glóbulos Brancos – Eosinófilos, neutrófilos e basófilos polimorfonucleares (granulócitos), monócitos e linfócitos Além desses cinco, existe um grande nº de plaquetas que são fragmentos de um 6º tipo celular, o megacariócito. Os granulócitos e os monócitos protegem o corpo contra organismos invasores ao ingerí-los – fagocitose. Por outro lado, a função dos linfócitos é a de se fixar a organismos invasores específicos e destruí-los – sistema imune. A função das plaquetas é a de ativar o mecanismo de coagulação do sangue. O ser humano adulto possui, aproximadamente, 7000 glóbulos brancos/mm3 de sangue. As porcentagens normais dos diferentes tipos de glóbulos brancos é, em termos gerais, a seguinte: Neutrófilos polimorfonucleares – 62% Eosinófilos polimorfonucleares – 2,3% Basófilos polimorfonucleares – 0,4% Monócitos – 5,3% Linfócitos – 30% O nº de plaquetas/mm3 de sangue é, normalmente, de 300.000. CONCENTRAÇÕES SANGUÍNEAS DOS DIVERSOS GLÓBULOS BRANCOS Quando ocorre uma infecção em um ponto qualquer do corpo, os granulócitos e os monócitos migram, por movimento amebóide, para fora dos capilares sanguíneos até a área infectada. Isso é causado por substâncias quimiotáxicas, liberadas pelos tecidos lesados e que atraem os glóbulos brancos. No início, os neutrófilos são os mais abundantes, visto que podem migrar para a área infectada muito mais rapidamente do que os outros tipos celulares. Como resultado representam a 1ª linha de defesa contra o agente infectante. Após 12 horas ou mais, também aparece grande nº de monócitos. Quando penetram nos tecidos, os monócitos aumentam muito de tamanho e passam a ser chamados de macrófagos. FAGOCITOSE Os macrófagos são capazes de fagocitar mais bactérias do que podem fazer os neutrófilos e, portanto, representam uma 2ª linha de defesa, especialmente potente, contra a infecção. Os macrófagos estão presentes em muitos tecidos do corpo, mesmo nas condições normais, especialmente nas regiões onde existe maior tendência à invasão do corpo por agentes estranhos, como: Nas paredes dos alvéolos Nos gânglios linfáticos Nos sinusóides hepáticos No baço e na medula óssea Abaixo da pele Esse sistema de macrófagos é, com frequência chamado de sistema reticuloendotelial. Quando os neutrófilos e os macrófagos englobam grande número de bactérias e material necrótico, todos os neutrófilos e a maioria dos macrófagos morrem. A mistura com esses componentes é, genericamente chamada de pus. Nas condições mais comuns, a formação de pus persiste até que toda a infecção seja suprimida. FORMAÇÃO DE PUS A expressão hemostasia significa prevenção da perda de sangue. Sempre que um vaso é rompido ou cortado, ocorre hemostasia pela atuação da sequência de mecanismos diferentes, que incluem: 1) Espasmo vascular, 2) Formação do tampão de plaquetas, 3) Coagulação do sangue, e 4)Crescimento de tecido fibroso na região do coágulo a fim de fechar o vaso de modo permanente. HEMOSTASIA Espasmo Vascular– Imediamente após um vaso ser cortado ou rompido, o trauma da parede desse vaso faz com que o vaso se contraia; de modo instantâneo, reduzindo o fluxo sanguíneo do vaso roto. Esse espasmo vascular local perdura por 20 min a 1 hora. Formação do tampão de plaquetas – Quando as plaquetas entram em contato com uma superfície molhável, como as fibras colágenas na parede vascular, imediatamente começam a inchar e ficar gosmentas, de modo que ficam acoladas às fibras colágenas e às outras palquetas. Coagulação do sangue – Substâncias ativadoras, com origem na parede vascular traumatizada e nas plaquetas e proteínas plasmáticas aderentes ao colágeno da parede vascular traumatizada, desencadeiam o processo de coagulação. Dentro de 3 a 6 minutos após a lesão do vaso, toda a extremidade seccionada ou rompida do vaso está cheia de coágulo. Após período de 20 minutos a uma hora, ocorre retração do coágulo: isso fecha o vaso ainda mais. Crescimento de tecido fibroso – Uma vez que o coágulo sanguíneo tenha se formado, é, em geral, invadido por fibroblastos que, subsequentemente, forma tecido fibroso (cicatricial) por todo o coágulo. Esse processo se completa totalmente, dentro de aproximadamente, 7 a 10 dias.
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