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ANÁLISE DAS NORMAS REGULAMENTADORAS NR 19 EXPLOSIVOS E NR 20 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS + ESTUDO DE CASO

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
ESCOLA DE ENGENHARIA 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
GABRIELA MOREIRA LOPES 
JONATHAN PAULO SOARES 
LEONARDO CARDOSO DE AGUIAR CARPANEDA 
 
 
 
 
 
 
 
NR 19 – EXPLOSIVOS E NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM 
INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2020 
GABRIELA MOREIRA LOPES 
JONATHAN PAULO SOARES 
LEONARDO CARDOSO DE AGUIAR CARPANEDA 
 
 
 
 
NR 19 – EXPLOSIVOS E NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM 
INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado a disciplina de 
Ergonomia e Segurança do Trabalho como 
requisito para nota parcial de N2. 
Orientadora: Profª Ma. Lara Rubia Lopes de 
Sousa. 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2020 
 
RESUMO 
Através do estabelecimento de requisitos mínimos, as medidas definidas pelas Norma 
Regulamentadoras - NR 19 e NR 20 objetivam garantir condições de segurança, saúde, 
higiene e conforto no trabalho adequadas. Explosivos, combustíveis e inflamáveis são 
consideradas substâncias perigosas, por isso torna-se imprescindível que se tenha 
conhecimento claro acerca de seus procedimentos. Entende-se como perigosas as 
substâncias com potencial de causar danos materiais, à saúde e ao meio ambiente que, 
em função de suas propriedades físico-químicas ou toxicológicas. 
Palavras-chaves: inflamáveis, explosivos, combustíveis, fogos de artifício, pirotecnia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5 
1.1 Objetivos ...................................................................................................................... 5 
1.2 Justificativa .................................................................................................................. 5 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 5 
2.1 NORMA REGULAMENTADORA - NR 19 - EXPLOSIVOS...........................6 
2.2 NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS 
E COMBUSTÍVEIS .......................................................................................................... 12 
3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 17 
4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 17 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 17 
ANEXO A ................................................................................................................................ 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Objetivo 
Através de análise minuciosa, o objetivo do presente trabalho é endossar o cuidado 
acerca dos procedimentos envolvendo explosivos, inflamáveis e combustíveis. 
1.2 Justificativa 
Atividades envolvendo explosivos, combustíveis e inflamáveis vêm crescendo muito 
nos últimos anos, por isso este trabalho constitui-se de grande valor para o setor. Alguns 
dados reafirmam tal realidade. 
Acidentes envolvendo explosivos, média anual: 0810 Extração de pedra, areia e argila 
(36), 0893 Extração de gemas (pedras preciosas e semipreciosas) (2,16), 0724 Extração 
de minério de metais preciosos (3,66), 2092 Fabricação de explosivos (1,66) e 4120 
Construção de Edifícios (232,3). 
Acidentes envolvendo líquidos combustíveis e inflamáveis, média anual: 1932 
Fabricação de biocombustíveis, exceto álcool (1,58), 1921 Fabricação de produtos do 
refino de petróleo (0,83), 4681 Comércio Atacadista de combustíveis sólidos, líquidos e 
gasosos, exceto gás natural e GLP (6,25), Comércio Atacadista de Gás Liquefeito de 
petróleo – GLP (12,8) e 1931 Fabricação de álcool (59,41). 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1 NORMA REGULAMENTADORA – NR 19 – EXPLOSIVOS 
19.1 Disposições Gerais 
Através do estabelecimento de requisitos mínimos a fim de garantir condições de 
segurança, saúde, higiene e conforto no trabalho adequadas, as medidas definidas pela 
Norma Regulamentadora - NR 19 objetivam prevenir, extinguir e/ou minimizar riscos 
de acidentes provenientes das atividades de fabricação, manuseio, armazenamento, 
transporte e comercialização de explosivos. Além disso, instruem a respeito do descarte 
de resíduos, controle de qualidade, formação dos trabalhadores, instalações e 
responsabilidade técnica. 
Entende-se como explosivas as substâncias (ou um conjunto delas) que, quando 
iniciadas, liberam grandes quantidades de calor e gases em um curto espaço de tempo. 
Com o calor, os gases se expandem e, se estiverem num espaço pequeno, 
a pressão cresce subitamente até chegar ao ponto de ruptura, com grande onda de 
choque. Explosivos são materiais extremamente instáveis (metaestáveis) que se 
decompõem rapidamente formando produtos estáveis. 
As atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de 
explosivos devem obedecer ao disposto na legislação específica, em especial ao 
Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército Brasileiro, 
aprovado pelo Decreto n.º 3.665, de 20 de novembro de 2000. É vedada a fabricação de 
fogos de artifícios com as matérias primas proibidas por esta legislação. 
 
Lara Rubia
Nota
Antes do objetivo vem sempre um texto introdutório.
19.2 Fabricação de explosivos 
A fabricação de explosivos somente é permitida às empresas portadoras de Título de 
Registro - TR emitido pelo Exército Brasileiro. Todo projeto de instalação, reforma ou 
mudança da empresa, após sua autorização pelo Exército, deve ser comunicado por 
escrito ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego antes do início da sua 
execução. O terreno em que se achar instalado o conjunto de edificações deve ser 
provido de cerca adequada e de separação entre os locais de fabricação, armazenagem e 
administração. Além disso, deve distar do perímetro urbano das cidades, vilas ou 
povoados. Atividades de encartuchamento devem ser efetuadas em locais isolados, não 
podendo ter em seu interior mais de quatro trabalhadores ao mesmo tempo. 
Os locais de fabricação de explosivos devem ser: a) mantidos em perfeito estado de 
conservação; b) adequadamente arejados; c) construídos com paredes e tetos de material 
incombustível e pisos antiestáticos; d) dotados de equipamentos devidamente aterrados 
e, se necessárias, instalações elétricas especiais de segurança; e) providos de sistemas de 
combate a incêndios de manejo simples, rápido e eficiente, dispondo de água em 
quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se destina; e f) livres de materiais 
combustíveis ou inflamáveis. 
Nos locais de manuseio de explosivos, matérias primas que ofereçam risco de explosão 
devem permanecer nas quantidades mínimas possíveis, admitindo-se, no máximo, 
material para o trabalho de quatro horas. Ao manusear, é proibido: a) utilizar 
ferramentas ou utensílios que possam gerar centelha ou calor por atrito; b) fumar ou 
praticar atos suscetível de produzir fogo ou centelha; c) usar calçados cravejados com 
pregos ou peças metálicas externas; e d) manter objetos que não tenham relação direta 
com a atividade. 
 
19.3 Armazenamento de explosivos 
Os depósitos devem: a) ser construídos de materiais incombustíveis, em terreno firme, 
seco, a salvo de inundações; b) ser apropriadamente ventilados; c) manter ocupação 
máxima de 60% da área, respeitando-se a altura máxima de empilhamento de 2 m e uma 
entre o teto e o topo do empilhamento; e d) ser dotados de sinalização externa adequada. 
Além disso, é proibida a armazenagem de: a) acessórios iniciadores com explosivos, 
inclusive pólvoras ou acessórios explosivos em um mesmo depósito;b) pólvoras em um 
mesmo depósito com outros explosivos; c) fogos de artifício com pólvoras e outros 
explosivos em um mesmo depósito ou no balcão de estabelecimentos comerciais; e d) 
explosivos e acessórios em habitações, estábulos, silos, galpões, oficinas, lojas ou outras 
edificações não destinadas a esse uso específico. 
 
19.4 Transporte de explosivos 
O transporte de explosivos deve seguir a legislação pertinente ao transporte de produtos 
perigosos, a depender do tipo, emitida pelo Ministério dos Transportes, Marinha ou 
Aeronáutica. Os serviços de embarque e desembarque devem ser assistidos por um 
fiscal da empresa transportadora, devidamente habilitado. 
Os materiais devem possuir embalagem protegida contra a umidade e incidência direta 
dos raios solares e devem ser dispostos e fixados no veículo de modo a facilitar a 
inspeção e a segurança. Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e 
artifícios pirotécnicos devem ser transportados separadamente. Todos os equipamentos 
empregados nos serviços de carga, transporte e descarga devem ser rigorosamente 
verificados quanto às condições de segurança. Além disso, o local previsto para 
armazenar os materiais deve ser examinado antes da sua descarga. 
É proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de explosivos e utilizar de luzes 
não protegidas, fósforos, isqueiros, dispositivos e ferramentas capazes de produzir 
chama ou centelha nos locais de embarque, desembarque e no transporte. Sinais de 
perigo, como bandeirolas vermelhas ou tabuletas de aviso, devem ser afixados em 
lugares visíveis do veículo de transporte. Os serviços de carga e descarga de explosivos 
devem ser feitos durante o dia e com tempo bom. Em casos especiais, quando feito 
durante a noite, a iluminação será feita através de lanternas e holofotes elétricos. 
 
ANEXO I - SEGURANÇA E SAÚDE NA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FOGOS 
DE ARTIFÍCIO E OUTROS ARTEFATOS PIROTÉCNICOS 
(Aprovado pela Portaria SIT n.º 07, de 30 de março de 2007) 
 
Este anexo aplica-se a todos os estabelecimentos de fabricação e comercialização de 
fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos. Incluem-se no campo de aplicação 
desta norma as unidades de produção de pólvora negra, alumínio para pirotecnia e 
produtos intermediários destinados à fabricação de fogos de artifício e outros artefatos 
pirotécnicos. 
Entende-como fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos os explosivos dotados de 
um pavio para iniciar a combustão. A combustão inicial provoca a rápida ascensão 
do foguete, que a certa altura explode violentamente. Eles são usados em festas 
populares ou celebrações para criar um efeito ruidoso, transmitindo inflamação ao 
acontecimento, Têm a finalidade de produzir luz, ruído, fumaça ou outros efeitos visuais 
ou sonoros e normalmente são empregados para entretenimento, como meio de aviso de 
que algum acontecimento está iniciando ou terminando. A pirotecnia (do grego pur: 
fogo e tekné: técnica, arte) é o conhecimento em manusear minerais, oxidantes, 
combustível e a química. Foi inventada na China advinda da invenção da pólvora. 
 
FABRICAÇÃO 
4. Instalações 
As instalações físicas dos estabelecimentos devem obedecer ao disposto na NR 8 - 
Edificações, assim como ao disposto no R-105, Decreto n.º 3.665/2000. 
Os pavilhões de trabalho no setor de explosivos devem ser dotados de: a) pisos 
impermeabilizados, lisos, laváveis, constituídos de material ou providos de sistema que 
não permita o acúmulo de energia estática, e mantidos em perfeito estado de 
conservação e limpeza; b) junções de pisos com paredes, de bancadas com paredes e 
entre paredes com acabamento arredondado, com a finalidade de evitar o acúmulo de 
resíduos; c) materiais e equipamentos antiestáticos, adotando-se procedimentos que 
impeçam acúmulo de poeiras e resíduos, assim como quedas de materiais no chão; d) 
superfícies de trabalho lisas revestidas por material ou providas de sistema que não 
permita o acúmulo de energia estática, com proteções laterais e acabamentos 
arredondados, de forma a evitar a queda de produtos e nem possibilitar o acúmulo de 
pó; e) prateleiras, bancadas e superfícies na quantidade mínima indispensável ao 
desenvolvimento dos trabalhos, sendo proibido o uso de materiais não condutivos ou 
que permitam o centelhamento. 
O pavilhão de manipulação de pólvora branca e similares deve ser dotado de piso e 
paredes impermeáveis, teto lavável, bancada lisa, constituída de material ou provida de 
sistema que não permita o acúmulo de energia estática e de baixa resistência a impacto, 
lâmina d’água de 0,10 m sobre o piso e cocho de alvenaria com 1 m de largura à frente 
da entrada, também dotado de lâmina d’água de 0,10 m. 
Todas as instalações elétricas no interior ou proximidades dos pavilhões de produção e 
armazenamento devem ser dotadas de circuitos independentes e à prova de explosão. As 
máquinas e os equipamentos que utilizarem ou gerarem energia elétrica devem ser 
aterrados eletricamente. 
 
7. Responsabilidade técnica 
Responsável Técnico (RT) é o profissional da área de química responsável pela 
coordenação dos laboratórios de controle de qualidade e/ou controle de processos, assim 
como das operações de produção, inclusive desenvolvimento de novos produtos, 
conforme disposto na legislação vigente. Também zela pela segurança e saúde dos 
trabalhadores, abrangendo as operações de estocagem, embalagem, rotulagem e 
transporte interno. Todas as empresas devem manter um Responsável Técnico a seu 
serviço, devidamente habilitado, cujo nome deverá figurar em todos os rótulos e 
anúncios. O RT deve ter horário de trabalho expressamente estabelecido em seu 
contrato com a empresa, devendo ser mantido registro de seu cumprimento. É 
expressamente proibida a realização de testes de materiais ou produtos nos pavilhões de 
trabalho ou por trabalhador não treinado para esta finalidade. Tais atividades somente 
serão realizadas sob a supervisão direta do RT. 
 
8. Locais de trabalho 
Os locais de trabalho devem manter perfeito estado de organização e limpeza, contendo 
exclusivamente o material necessário à atividade laboral. A limpeza dos calçados na 
entrada dos pavilhões deve ser feita de forma adequada. As empresas devem instituir e 
implementar Normas de Procedimentos Operacionais para todas as atividades, sob a 
orientação do RT, especificando detalhadamente os procedimentos seguros para a 
execução de cada tarefa e afixando o texto das mesmas nos respectivos pavilhões em 
local e tamanho que sejam visíveis a todos os trabalhadores. 
É vedada a permanência de fontes de ignição, assim como de materiais ou utensílios 
estranhos à atividade, no interior dos pavilhões de trabalho com explosivos. As 
ferramentas utilizadas no manuseio de materiais explosivos devem ser de aço inoxidável 
ou outro material que dificulte a geração de faíscas. Durante a jornada laboral as portas 
dos pavilhões de trabalho devem ser mantidas totalmente abertas para fora, por meio de 
dispositivo adequado para sua fixação nessa posição, constituído de material que não 
gere centelhas por atrito, devendo ser mantidas permanentemente desobstruídas. 
Todos os postos de trabalho devem ser projetados de forma que as atividades possam 
ser realizadas preferencialmente na posição sentada, com assentos conforme NR 17 - 
Ergonomia. Quando não for possível a realização na posição sentada e em casos em que 
essa posição implique risco de acidente, devem ser disponibilizados assentos para 
descanso próximos aos postos de trabalho, instituindo-se, pelo menos, uma pausa de 15 
minutos a cada 2 horas de trabalho. Os depósitos de pólvora negra, de produtos 
acabados e de bombas devem ser dotados de instrumentos para aferição de temperatura 
e umidade do ar, mantendo-se à disposição dos órgãos de fiscalização registro escrito 
das medições, que devem ser realizadas diariamente. 
 
9. Transporte internoO transporte interno de produtos inflamáveis ou explosivos deve obedecer a regras 
especificadas pelo RT. Os animais utilizados para transporte dentro da área de 
explosivos devem ser desprovidos de ferraduras, de forma a evitar centelhamento e 
faíscas. Os carrinhos para transporte manual de explosivos devem ser ergonomicamente 
adequados e conter mecanismos de redução de impactos e risco de quedas, assim como 
dispositivos para evitar centelhamento. 
 
10. Proteção individual 
As empresas devem fornecer gratuitamente a todos os trabalhadores uniformes e 
equipamentos de proteção individual adequados aos riscos para cada atividade, em 
perfeito estado de conservação e funcionamento, responsabilizando-se por sua limpeza, 
manutenção e reposição periódicas e exigindo o seu uso. 
Trabalhadores do setor de explosivos devem vestir uniformes completos em algodão ou 
tecido antiestático similar, sem quaisquer detalhes que possam acumular poeira ou 
resíduos de produtos químicos. Devem portar calçados com solados antiestáticos, sem 
peças metálicas externas. Os uniformes dos trabalhadores que manipulam pólvora 
negra, pólvora branca e cores devem ser lavados semanalmente pela empresa. A 
manutenção e a reposição dos uniformes devem ser realizadas pela empresa, sem ônus 
para os trabalhadores. 
Todos os trabalhadores devem portar calçados adequados ao trabalho. Nos locais de 
trabalho dotados de piso com lâmina d’água, devem ser utilizados calçados 
impermeáveis, não sendo obrigatória a propriedade antiestática. 
 
11. Acesso aos estabelecimentos 
Os estabelecimentos devem manter serviço permanente de portaria, com trabalhador 
fixo, com conhecimento sobre os riscos e treinado na prevenção de acidentes, cabendo-
lhe impedir a entrada de pessoas, veículos e materiais não autorizados. Deve ser 
afixadas no portão de entrada regras de segurança sobre a circulação de pessoas, 
veículos automotores ou de tração animal utilizados no transporte no perímetro da 
fábrica, definindo previamente seu itinerário. As empresas devem exercer controle para 
que o cano de descarga dos veículos não seja posicionado na direção do pavilhão e 
esteja dotado de dispositivo quebra-chamas. O carregamento e o descarregamento de 
veículos devem ser efetuados com os motores desligados e atendendo à legislação 
pertinente. 
 
12. Destruição de resíduos 
Devem ser implantados sistema de coleta seletiva do lixo em todos os pavilhões e de 
descarte de materiais e produtos impróprios para utilização. Os resíduos de matérias-
primas perigosas e/ou produtos explosivos, coletados de forma seletiva, devem ser 
armazenados em recipientes e locais seguros, distantes dos pavilhões de trabalho, até 
serem encaminhados para destinação adequada. A destruição segue as normas do R-
105, sob coordenação do RT. 
 
13. Higiene e do conforto no trabalho 
Os estabelecimentos devem ser dotados de: a) instalações sanitárias para uso de seus 
trabalhadores, separadas por sexo, adequadamente conservadas e permanentemente 
limpas, em quantidade suficiente ao número daqueles, de acordo com a NR 24, 
localizadas estrategicamente à distância máxima de 120 m dos postos de trabalho; e b) 
vestiários com chuveiros e armários individuais, em quantidade suficiente ao número de 
trabalhadores, localizados de forma a permitir que todos ingressem na área perigosa 
portando somente os uniformes e calçados adequados e de modo a propiciar a 
higienização antes do acesso ao local de refeições. 
Deve haver vestiários específicos e separados para os trabalhadores que manuseiam 
alumínio em pó e pólvora negra, localizados a uma distância máxima de 50 m dos 
respectivos pavilhões de trabalho. Deve ser fornecida água potável a todos os 
trabalhadores em recipientes térmicos ou bebedouros não metálicos instalados em todos 
os locais de trabalho, sendo proibido o uso de copos metálicos e coletivos. Onde há 
manuseio de explosivos, os bebedouros devem ser instalados do lado de fora dos 
pavilhões, protegidos da luz solar. 
Locais de refeições dos trabalhadores devem garantir conforto, além de estar em local 
adequado e fora da área de produção, provido de iluminação apropriada, piso lavável e 
dispositivo para aquecer as refeições. Refeições são proibidas em outros locais. 
Empresas que transportam seus trabalhadores devem dispor de veículo em boas 
condições e devidamente licenciado pelas autoridades competentes, com assentos e 
local separado para guarda de equipamentos e materiais de trabalho, quando necessário. 
 
14. Formação de trabalhadores 
As empresas devem promover a capacitação e treinamento dos seus trabalhadores, 
contendo informações sobre os riscos decorrentes das suas atividades produtivas e as 
medidas de prevenção, o Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão, 
Normas de Procedimentos Operacionais e a correta utilização e manutenção dos 
equipamentos de proteção individual, bem como as suas limitações. 
Deve ser ministrado, obrigatoriamente, nos atos de admissão, troca de função, mudança 
nos procedimentos, equipamentos, processos ou nos materiais de trabalho e, ainda, no 
mínimo a cada ano a todos os trabalhadores, sendo obrigatório o registro de seu 
conteúdo, carga horária e freqüência. 
 
15. Acidentes de trabalho 
Acidentes e incidentes envolvendo materiais explosivos ocorridos na empresa devem 
ser comunicados em até 48 horas aos sindicatos das categorias profissional e 
econômica, à Delegacia Regional do Trabalho no Estado ao qual pertence o 
estabelecimento e ao Exército Brasileiro. Aqueles que envolvam materiais explosivos 
devem ser objeto de registro escrito e análise por comissão constituída, no mínimo, pelo 
RT, pela CIPA ou representante dos empregados e pelos profissionais de segurança e 
saúde da empresa, se houver, com discriminação: a) da descrição pormenorizada do 
acidente ou incidente e suas conseqüências; b) dos fatores causais diretos e indiretos; c) 
das medidas a serem tomadas para a prevenção de eventos similares; e d) do 
cronograma para implantação dessas medidas. 
 
16. Controle de qualidade 
As empresas devem dispor de documentos que atestem a qualidade das matérias-primas, 
arquivados pelas empresas por um período mínimo de 2 anos e mantidos à disposição 
da fiscalização. 
 
COMERCIALIZAÇÃO 
Todo local de comercialização deve possuir sistema de proteção contra incêndio, 
conforme NR 23 e normas estaduais ou municipais. Comércios de produtos de uso 
restrito devem estar localizados de modo a atender ao R-105. Produtos de uso restrito e 
permitido podem ser comercializados no mesmo local. Entretanto, são expressamente 
vedadas as atividades de fabricação, testes, montagem e desmontagem de fogos de 
artifício em locais de depósito e/ou comercialização. 
Em empresas autorizadas a realizar espetáculos pirotécnicos, as atividades de montagem 
e desmontagem somente podem ser realizadas em local específico, independente e 
isolado das instalações principais, conforme legislação pertinente. A quantidade 
máxima de fogos de artifício permitida em um local de comercialização de produtos de 
uso permitido deve atender às normas expedidas pelo órgão estadual ou municipal 
competente. Para os produtos de uso restrito, esta quantidade deve atender ao disposto 
no R-105. 
Os fogos de artifício à venda devem conter devida identificação e ser dispostos em 
móveis obrigatoriamente abertos em locais distintos dos de líquidos inflamáveis, 
substâncias oxidantes, corrosivas e outras de riscos similares. Devem ser mantidos em 
suas embalagens originais, com rótulos em português e atender aos requisitos dos 
Regulamentos Técnicos do Exército Brasileiro n. 1 e 2 e à Portaria n. 09/DLog, 2006. 
Prateleiras e os balcões de venda de fogos de artifício devem ser dotados de sinalização 
de advertência quanto à proibição de fumar ou provocar qualquer tipo de chama ou 
centelha. 
 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Em todas as atividades produtivasé proibida a remuneração por produtividade. É 
vedada a contratação de serviços externos que envolvam o manuseio de materiais ou 
misturas de explosivos, exceto de empresa ou prestador de serviço que atenda o 
disposto nesta norma. 
A empresa pode dispor de mão-de-obra de menores de 18 anos apenas no setor de 
cartonagem, desde que não haja contato com explosivos ou inflamáveis e nos setores 
administrativos, desde que localizados fora da área de risco. 
Entende-se como acidente do trabalho o evento não previsto, ocorrido no exercício do 
trabalho ou como conseqüência desse, que resulte em danos à saúde ou integridade 
física do trabalhador. Incidente, também um evento não previsto, ocorre no exercício do 
trabalho ou como conseqüência desse, que não resulte em danos à saúde ou integridade 
física do trabalhador, mas que potencialmente possa provocá-los. 
A NR 19 disponibiliza ainda o ANEXO II - TABELAS DE QUANTIDADES-
DISTÂNCIAS, com redação dada pela Portaria SIT n.º 228, de 24 de maio de 2011. 
Tais tabelas aplicam-se às atividades de fabricação de explosivos, devendo ser utilizadas 
de acordo com o tipo de explosivo depositado nas edificações, conforme especificações 
previamente estabelecidas. As distâncias constantes deste anexo poderão ser reduzidas à 
metade no caso de depósitos barricados. A observância dos anexos não desobriga as 
empresas do cumprimento de outras disposições legais e regulamentares com relação à 
matéria, inclusive as oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho. 
2.3 NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E 
COMBUSTÍVEIS 
20.1 Introdução 
Através do estabelecimento de requisitos mínimos a fim de garantir condições de 
segurança e saúde no trabalho adequadas, as medidas definidas pela Norma 
Regulamentadora - NR 20 objetivam prevenir, extinguir e/ou minimizar riscos de 
acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, 
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Para fins 
de caracterização de atividades ou operações insalubres ou perigosas, devem ser 
aplicadas as disposições previstas nas NR 15 e NR 16. 
 
20.2 Abrangência 
A NR 20 se aplica às etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção, 
inspeção e desativação da instalação de inflamáveis e combustíveis. Não se aplica a) às 
plataformas e instalações de apoio usadas para exploração e produção de petróleo e gás 
do subsolo marinho, conforme definido na Norma Regulamentadora 37; e b) às 
edificações residenciais unifamiliares. 
 
20.3 Definições 
Segundo a Diretiva (União Europeia) 67/548/CEE, sobre a rotulagem de substâncias 
perigosas, são classificadas como inflamáveis: a) Substâncias que ao ar e à temperatura 
ambiente possam se aquecer e acabar por incendiar, sem fonte de aquecimento ativa; b) 
sólidos que possam entrar em combustão através de centelha ou atuação ligeira de fonte 
de ignição, e que continuam a queimar ou formam braseiro por si próprios; c) 
substâncias que em contato com água ou umidade do ar possam produzir 
gases altamente inflamáveis (mínimo 1 L/kg/h). Exemplos: acetona, etanol, etc; d) 
líquidos cujo ponto de inflamação se situa entre 21 °C e 55 °C (para efeito desta norma, 
no entanto, definem-se como líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60ºC). 
Líquidos que possuem ponto de fulgor > 60ºC, quando armazenados e transferidos 
aquecidos a temperaturas iguais ou superiores ao seu ponto de fulgor, se equiparam aos 
líquidos inflamáveis. Gases inflamáveis são os gases que inflamam com o ar a 20ºC e a 
uma pressão padrão de 101,3 kPa (quilopascal). Entende-se como 
combustível (do termo latino combustibile) substâncias que reagem com oxigênio ou 
outros comburentes liberando energia em forma de calor, chamas e gases. Há várias 
substâncias que estão ou podem ser usadas como combustíveis. Alguns exemplos de 
combustíveis são a) sólidos: carvão, turfa, madeira; b) gasosos: gás natural, GLP (Gases 
Liquefeitos de Petróleo), representados pelo propano e butano e gás de síntese ("gás 
pobre"); e c) líquidos, de origem vegetal, animal ou mineral (ou fóssil, derivados de 
petróleo): álcool, óleo de rícino, gorduras, gasolina (ou nafta), diesel e querosene. Para 
efeito desta NR, líquidos combustíveis são líquidos com ponto de fulgor > 60ºC 
(sessenta graus Celsius) e ≤ 93° C. 
 
20.4 Classificação das Instalações 
 
Para critérios de classificação, o tipo de atividade enunciada possui prioridade sobre a 
capacidade de armazenamento (como exceção para quando esta for superior a 250.000 
m3). 
 
20.5 Projeto da Instalação 
 
Para os projetos das instalações classes I, II e III devem ser projetados por um 
profissional habilitado e constar, no mínimo, e em língua portuguesa: descrição das 
instalações e seus respectivos processos através do manual de operações; planta geral de 
locação das instalações; características e informações de segurança, saúde e meio 
ambiente relativas aos inflamáveis e líquidos combustíveis, constantes nas fichas com 
dados de segurança de produtos químicos, de matérias primas, materiais de consumo e 
produtos acabados; especificação técnica dos equipamentos, máquinas e acessórios 
críticos em termos de segurança e saúde no trabalho estabelecidos conforme projeto; 
plantas, desenhos e especificações técnicas dos sistemas de segurança da instalação; 
Lara Rubia
Nota
Justificar parágrafos.
identificação das áreas classificadas da instalação, para efeito de especificação dos 
equipamentos e instalações elétricas. 
 
20.6 Prontuário da Instalação 
 
Deve ser organizado, mantido e atualizado pelo empregador e deve conter: Projeto da 
Instalação; Plano de Inspeção e Manutenção; Análise de Riscos previstas no item 
20.7.1; Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e 
explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas; Plano de Resposta a 
Emergências. 
O Prontuário da Instalação deve estar disponível às autoridades competentes, bem como 
para consulta aos trabalhadores e seus representantes. 
 
20.7 Análise de Riscos 
Nas instalações classes I, II e III, o empregador deve elaborar e documentar as análises 
de riscos das operações que envolvam processo ou processamento nas atividades de 
extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de 
inflamáveis e de líquidos combustíveis. 
Nas instalações classe I, deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos 
(APP/APR). As análises de riscos das instalações classe II e III devem ser coordenadas 
por profissional habilitado, com proficiência no assunto, sendo necessário fundamentar 
tecnicamente e registrar na própria análise a escolha da metodologia utilizada. Devem 
ser revisadas: no prazo recomendado pela própria análise; caso ocorram modificações 
significativas no processo ou processamento; por solicitação do SESMT ou da CIPA; 
quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir. 
 
20.8 Segurança na Construção e Montagem 
A construção e montagem das instalações para extração, produção, armazenamento, 
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem 
observar as especificações previstas no projeto, além das inspeções e os testes 
realizados nessa fase e no comissionamento devem ser documentados, além da 
identificação e sinalização dos equipamentos e as instalações bem como nas Normas 
Regulamentadoras e nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, 
nas normas internacionais. 
 
20.9 Segurança Operacional 
O empregador deve elaborar, documentar, implementar, divulgar e manter atualizados 
procedimentos operacionais que contemplem aspectos de segurança e saúde no trabalho, 
em conformidade com as especificações do projeto das instalações classes I, II e III e 
com as recomendações das análises de riscos. 
 
20.10 Manutenção e Inspeção das Instalações 
As instalações classes I, II e IIIpara extração, produção, armazenamento, transferência, 
manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem possuir plano de 
inspeção e manutenção devidamente documentado em formulário próprio ou sistema 
informatizado. As atividades de inspeção e manutenção devem ser realizadas por 
trabalhadores capacitados e com apropriada supervisão; e os planos devem ser revisados 
e atualizados periodicamente. 
 
20.11 Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho 
As instalações classes I, II e III para extração, produção, armazenamento, transferência, 
manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser 
periodicamente inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de 
trabalho. Deve ser elaborado um cronograma de inspeções em segurança e saúde no 
ambiente de trabalho, de acordo com os riscos. As inspeções devem ser documentadas e 
as respectivas recomendações implementadas, com estabelecimento de prazos e de 
responsáveis pela sua execução. A não implementação da recomendação no prazo 
definido deve ser justificada e documentada. Os relatórios de inspeção devem ficar 
disponíveis às autoridades competentes e aos trabalhadores. 
20.12 Capacitação dos trabalhadores 
Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada a cargo e custo do empregador e 
durante o expediente normal da empresa. Deve ser realizado curso de Atualização nas 
seguintes situações: a) onde o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir; b) 
em até 30 (trinta) dias, quando ocorrer modificação significativa; c) em até 45 (quarenta 
e cinco) dias, quando ocorrerem ferimentos em decorrência de explosão e/ou 
queimaduras de 2º (segundo) ou 3º (terceiro) grau, que implicaram em necessidade de 
internação hospitalar; d) em até 90 (noventa) dias, quando ocorrer morte de trabalhador. 
20.13 Controle de fontes de ignição 
Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis, 
equipamentos de comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas 
classificadas, assim como os equipamentos de controle de descargas atmosféricas, 
devem estar em conformidade com a Norma Regulamentadora n.º 10. O empregador 
deve implementar medidas específicas para controle da geração, acúmulo e descarga de 
eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis. O 
empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas sujeitas à 
existência de atmosferas inflamáveis. 
20.14 Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e 
emissões fugitivas 
Deve ser elaborado plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, 
incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a identificação 
e controle das fontes de emissões fugitivas. O plano deve ser revisado periodicamente 
ou sempre que necessário. Os tanques de armazenamento devem possuir sistemas de 
contenção. 
20.15 Plano de Resposta a Emergências da Instalação 
Deve-se elaborar e implementar plano de resposta a emergências que contemple ações 
específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de 
inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões. Os integrantes da equipe 
devem ser submetidos a exames médicos específicos para a função, conforme NR n.º 7, 
incluindo os fatores de riscos psicossociais, com a emissão do respectivo atestado de 
saúde ocupacional. 
20.16 Comunicação de Ocorrências 
O empregador deve comunicar à unidade descentralizada do Sistema Federal de 
Inspeção do Trabalho e ao sindicato da categoria profissional predominante no 
estabelecimento a ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo 
inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha como consequência qualquer das 
possibilidades a seguir: a) morte de trabalhador(es); b) ferimentos em decorrência de 
explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em necessidade de 
internação hospitalar; c) acionamento do plano de resposta a emergências que tenha 
requerido medidas de intervenção e controle de grande magnitude. A comunicação deve 
ser encaminhada até o segundo dia útil após a ocorrência e deve conter: a) nome da 
empresa, endereço, local, data e hora da ocorrência; b) descrição da ocorrência, 
incluindo informações sobre os inflamáveis, líquidos combustíveis e outros produtos 
envolvidos; c) nome e função da vítima; d) procedimentos de investigação adotados; e) 
consequências; e f) medidas emergenciais adotadas. A comunicação pode ser feita por 
ofício ou meio eletrônico ao sindicato da categoria profissional predominante no 
estabelecimento e ao setor de segurança e saúde do trabalho da unidade descentralizada 
do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho. 
20.17 Contratante e Contratadas 
A contratante e as contratadas são responsáveis pelo cumprimento desta Norma 
Regulamentadora. Os requisitos de segurança e saúde no trabalho adotados para os 
empregados das contratadas devem ser, no mínimo, equivalentes aos aplicados para os 
empregados da contratante. A empresa contratante, visando atender ao previsto nesta 
NR, deve verificar e avaliar o desempenho em segurança e saúde no trabalho nos 
serviços contratados. Cabe à contratante informar às contratadas e a seus empregados os 
riscos existentes no ambiente de trabalho e as respectivas medidas de segurança e de 
resposta a emergências a serem adotadas. Cabe à contratante informar às contratadas e a 
seus empregados os riscos existentes no ambiente de trabalho e as respectivas medidas 
de segurança e de resposta a emergências a serem adotadas. A empresa contratada deve 
assegurar a participação dos seus empregados nas capacitações em segurança e saúde no 
trabalho promovidas pela contratante, assim como deve providenciar outras 
capacitações específicas que se façam necessárias. 
A NR 20 disponibiliza ainda três anexos: ANEXO I - Critérios para Capacitação dos 
Trabalhadores e Conteúdo Programático, contendo critérios para capacitação e 
atualização; ANEXO II Instalações que constituem exceções à aplicação do item 20.4 
(Classificação das Instalações) e ANEXO III - Tanque de líquidos inflamáveis no 
interior de edifícios, além de um GLOSSÁRIO contendo 41 verbetes. 
2 METODOLOGIA 
A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi estudo bibliográfico das 
NORMAS REGULAMENTADORAS NR 19 e NR 20. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Após análise das normas regulamentadoras NR 19 e NR 20, reforçou-se a importância 
da prevenção, controle e extinção dos acidentes, comumente fatais, envolvendo o 
manejo, transporte, produção, comercialização e outras atividades envolvendo líquidos 
combustíveis, inflamáveis e explosivos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
G1. Empresa de RR onde 4 morreram em explosão não podia fabricar gás e atuava 
na clandestinidade. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2019/10/16/empresa-de-rr-onde-4-
morreram-em-explosao-nao-podia-fabricar-gas-e-atuava-na-clandestinidade.ghtml>. 
Acesso em: 3 jun. 2020, 17:30:54. 
 
 
G1. Explosão que matou 4 em RR foi causada por restos de petróleo em cilindros 
de oxigênio, diz laudo Disponível em: < 
https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2020/01/09/explosao-que-matou-4-em-rr-foi-
causada-por-restos-de-petroleo-em-cilindros-de-oxigenio-diz-laudo.ghtml>. Acesso 
em: 3 jun. 2020, 17:40:54. 
 
 
ANEXO A – ESTUDO DE CASO 
 
Título: Acidente fatal após explosão em série de cilindros de oxigênio 
Palavras-chave: Acidente fatal, Explosões, Inflamáveis 
 
1. Dados do empregador 
Razão Social: OXIGÊNIO CENTRAL NORTE – INDÚSTRIA, COMÉRCIO, 
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. 
Número de empregados: Não informado 
CNPJ: 84.024.587/0001-69 
CNAE: Não informado 
Grau de Risco: Não informado 
End.: Avenida Glaycon de Paiva 
N.º 1737 
Bairro: São Vicente 
Município: Boa Vista 
UF: RR 
Informações complementares: Fundada em 1992, a empresa armazenava e manuseava 
gasescomo argônio, oxigênio, acetileno, óxido nitroso e ar comprimido. Foram 
registradas ao menos três explosões seguidas, por volta de 10h. O acidente causou a 
morte de quatro pessoas e deixou duas mulheres feridas. 
 
2. Informações sobre o Acidente do Trabalho 
 
N.º de trabalhadores acidentados: 03 
Data do Acidente: 15/10/2019 
Hora aproximada: 10:00 
Local do Acidente: área de recarga de cilindros. 
 
3. Informações sobre o Acidentado 01 
Sexo: Masculino 
Idade: 42 anos 
Escolaridade: Não informada 
Ocupação: Empresário 
CBO: Não informado 
Tempo na Função: Não informado 
Horas após início da jornada de trabalho: Não informada 
Tipo de jornada do acidentado: Não informados 
 
4. Informações sobre o Acidentado 02 
 
Sexo: Masculino 
Idade: 20 anos 
Escolaridade: Não informado 
Ocupação: Auxiliar de produção 
CBO: Não informado 
Tempo na Função: Não informado 
Horas após início da jornada de trabalho: Não informada 
Tipo de jornada do acidentado: Não informados 
 
5. Informações sobre o Acidentado 03 
 
Sexo: Masculino 
Idade: 48 anos 
Escolaridade: Não informado 
Ocupação: Auxiliar de produção 
CBO: Não informado 
Tempo na Função: Não informado 
Horas após início da jornada de trabalho: Não informada 
Tipo de jornada do acidentado: Não informados 
 
6. Resumo da Análise 
O laudo do Corpo de Bombeiros de Roraima apontou que o acidente que matou quatro 
pessoas em uma distribuidora de gás em outubro do ano passado em Boa Vista foi 
causada pela combustão entre oxigênio comprimido e resquícios de petróleo dentro dos 
cilindros que explodiram. A conclusão foi obtida com base em análise das imagens do 
acidente, depoimentos de testemunhas e exames periciais. O laudo acerca do que 
motivou a explosão dos três cilindros de oxigênio foi concluído em 18 de janeiro de 
2020. O acidente aconteceu na manhã de 15 de outubro do ano passado. 
Para a Defesa Civil a conclusão apontada no laudo é de que dentro dos cilindros que 
explodiram havia resquícios de hidrocarbonetos (compostos formados por carbono e 
hidrogênio, cuja principal fonte na natureza é o petróleo). Percebeu-se que as três 
explosões tiveram bola de fogo, pois havia mistura de oxigênio com hidrocarbonetos, o 
que causa uma explosão de dentro para fora dos cilindros, diferente de como seria se 
houvesse apenas oxigênio dentro deles. 
O proprietário da empresa afirmou ao Corpo de Bombeiros que teria recebido cilindros 
da Venezuela contendo sujeira de petróleo na parte de fora, contaminação que pode ter 
sido acidental. A firma trabalhava com exportação e importação. O Instituto de 
Criminalística não conseguiu detectar os resquícios de derivados de petróleo, mas não 
descartou a hipótese. Descartou “a ocorrência de outros fenômenos termoelétricos, 
naturais, e/ou ação humana intencional como causas da explosão”. O processo de 
enchimento dos cilindros por si só é muito perigoso, porque nesse trabalho a 
temperatura interna dos cilindros se eleva bastante. 
No momento da explosão, trabalhadores da firma recarregavam os cilindros com 
oxigênio. O acidente matou o empresário Plínio Ricardo Anderson Rogélio Schuertz, 
42, além dos auxiliares de produção, Ariel Mateus Da Silva, 20, e Yorvis de Jesus Leon 
Alchacoa, 48. Emanuel Batista Silva, de 60 anos, que era cliente da empresa foi a quarta 
vítima. A Polícia Civil, que também apura o caso, informou em nota que um inquérito 
está em andamento na Delegacia Geral de Homicídios (DGH) para esclarecer as 
circunstâncias da explosão e se houve dolo (intenção de matar). 
Segundo a procuradora da prefeitura, Marcela Medeiros, a empresa atuava 
clandestinamente, sem cadastro ativo no município há muitos anos. A Brasveno possui 
cadastro ativo apenas para comercializar o gás GLP mas não para manipular ou produzir 
nenhum tipo de gás. As empresas fazem parte de um grupo familiar, que exercia as 
mesmas atividades e mudavam o nome da empresa em uma tentativa de prosseguir com 
as atividades. A empresa consta como inativa no site da Receita Federal. 
O advogado Diego Rodrigues, divulgou um alvará de funcionamento emitido pela 
prefeitura em 2014. Segundo ele, a Oxigênio Centro Norte foi extinta há dez anos e 
desde então as atividades passaram a ser executadas na Brasveno, firma criada em 1976. 
A prefeitura informou que o alvará tinha validade de um ano, portanto estaria vencido. 
O município não considera que a Brasveno e a Oxigênio Centro Norte sejam a mesma 
empresa. Por meio de nota, afirmou que há distinções de razões sociais e CNPJ, logo o 
alvará de uma não serviria para outra. 
A prefeitura disse ainda que empresa nunca informou ou solicitou alvará para 
manipulação e produção de gases, somente para revenda. Rodrigues disse que o Corpo 
de Bombeiros dava esse aval para a empresa manusear esses produtos. Diante da 
declaração, os Bombeiros disseram, mais uma vez, que a empresa estava com o auto de 
vistoria vencido há três anos. Informou ainda que em 2017 chegou a fazer uma inspeção 
no prédio, pediu adequações, mas o processo foi arquivo porque a empresa não voltou 
ao órgão. 
 
7. Fatores que Contribuíram para Ocorrência do Acidente 
Cilindros sujos/Mistura de componentes inflamáveis/Clandestinidade. 
 
8. Autos de infração – OXIGÊNIO CENTRAL NORTE – INDÚSTRIA, 
COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. 
 
NR: 20 
Item: 20.15.3 
Descrição da ementa: Nos casos em que os resultados das análises de riscos indiquem a 
possibilidade de ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassem os limites 
da instalação, o empregador deve incorporar no plano de emergência ações que visem à 
proteção da comunidade circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação e 
alerta, de isolamento da área atingida e de acionamento das autoridades públicas. 
 
Título: Acidente grave após explosão em fábrica de fogos de artifício 
Palavras-chave: Acidente grave, Explosão, Fogos de artifício 
 
1. Dados do empregador 
 
Razão Social: Minas Pirotécnica 
Número de empregados: 06 
CNPJ: Não informado 
CNAE: Não informado 
Grau de Risco: Não informado 
End.: próximo ao km 38 
Bairro: Não informado 
Município: Rio Acima 
UF: MG 
 
1. Informações sobre o Acidente do Trabalho 
 
N.º de trabalhadores acidentados: 01 
Data do Acidente: 04/01/2019 
Hora aproximada: 14:30 
Local do Acidente: galpão de fabricação de fogos de artificio 
 
2. Informações sobre o Acidentado 
 
Sexo: Masculino 
Idade: 19 anos 
Escolaridade: Não informada 
Ocupação: Não informada 
CBO: Não informado 
Tempo na Função: Não informado 
Horas após início da jornada de trabalho: Não informada 
Tipo de jornada do acidentado: Não informados 
 
3. Resumo da Análise 
Um jovem de 19 anos ficou ferido, na tarde desta sexta-feira, após uma explosão em uma 
fábrica de fogos de artifício em Rio Acima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima era um funcionário da empresa e foi atingido pela 
irradiação. Ele teve queimaduras de primeiro e segundo grau no tórax e foi conduzido ao 
Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. 
Segundo a Prefeitura de Rio Acima, no momento da explosão, havia cinco funcionários na 
fábrica. Todos eles conseguiram evadir do local, mas um deles acabou sendo atingido pelo 
fogo. A administração municipal informou que o alvará de funcionamento da Minas 
Pirotécnica se encerrou no dia 31 de dezembro de 2018. No entanto, o prazo para pedir 
renovação ainda estava vigente, 30 de março de 2019. Esse acidente ocorreu provavelmente 
devido a algum não cumprimento da norma NR 19 – EXPLOSIVOS. O corpo de bombeiros 
destaca o vencimento do alvará de funcionamento, que como citado no texto havia 
aproximadamente 1 mês vencido, apesar da prefeitura de do município conceder um prazo de 
90 dias para a regularização. 
 
4. Fatores que Contribuíram para Ocorrência do Acidente 
Falta de inspeções regulares pelas autoridades. Clandestinidade. 
Inconformidadeaparente com as medidas de prevenção de acidentes. 
 
5. Autos de infração – Minas Pirotécnica 
 
NR: 19 
Item: 14.1 alíneas a), b), c), d) e e) 
Descrição da ementa: 
14.1 As empresas devem promover a capacitação e treinamento permanente dos seus 
trabalhadores, conforme programa e cronograma específico, ministrando-lhes todas as 
informações sobre: 
a) os riscos decorrentes das suas atividades produtivas e as medidas de prevenção; b) o 
PPRA, especialmente no que diz respeito à prevenção de acidentes com explosivos; c) o 
Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão; d) as Normas de Procedimentos 
Operacionais; e) a correta utilização e manutenção dos equipamentos de proteção 
individual, bem como as suas limitações. 
 
 
	1 introDUção
	1.1 Objetivo
	2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	2.1 NORMA REGULAMENTADORA – NR 19 – explosivos
	2.3 NR 20 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS
	20.1 Introdução
	2 Metodologia
	A metodologia utilizada para realização deste trabalho foi estudo bibliográfico das NORMAS REGULAMENTADORAS NR 19 e NR 20.
	3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	referências bibliográficas

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