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Atividade - 5º Semestre

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR PLANILHA DE REGISTRO DAS ATIVIDADES
ALUNO (A): Sirlene Baptista Almeida 
RA: 1841449
SEMESTRE: 5º Período 
A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
Neste texto dissertativo, examino os direitos sociais no Brasil e sua evolução diante do tempo, destacando as variações em sua interpretação entre jurisdições e direitos, identificando os fatores responsáveis ​​pela origem e perpetuação dessa diferença e considerando suas implicações. 
Ao realizá-lo, apresento três argumentos relativos a análise da adjudicação dos direitos sociais e as consequências da jurisprudência resultante. Primariamente, para compreender o engrandecimento da jurisprudência dos direitos sociais, é essencial compreender também o conjunto pré-existente das normas judiciais que estabelece o papel dos juízes e os modos aceitáveis ​​de raciocínio jurídico. 
Por outro lado, a diversidade transnacional de estruturas e mecanismos judiciários institucionais para o avanço das reivindicações dos direitos sociais significa que não se pode concluir automaticamente que as decisões do tribunal superior serão universais, ou rapidamente incorporadas às decisões dos tribunais inferiores. 
Do mesmo modo, se faz necessário transpor das decisões judiciais de ponta para adquirir uma imagem imprescindível da jurisprudência quanto aos direitos sociais em uma determinada jurisdição.
Por fim o trabalho traz informações acerca de propostas didatico-pedagogica para tratar deste assunto em sala de aula, promovendo o entendimento acerca das suas características.
2. DESENVOLVIMENTO 
Como é o caso da maioria dos países da América Latina, o Brasil tem uma longa história de revisão judicial, embora a disposição e a capacidade do judiciário para implantá-la efetivamente tenha variado substancialmente em relação ao clima político do país.
 No entanto, na medida em que os juízes proferiram decisões contrárias à vontade do executivo, a base teórica para a autoridade para fazê-lo foi baseada em noções liberal-democráticas de direitos negativos, como a prevenção da detenção ilegal; a doutrina existente era ambivalente em relação aos componentes positivos das obrigações de direitos ou antitética à sua justiciabilidade (MEDEIROS, 2016).
Em termos de raciocínio jurídico, dois argumentos principais foram inicialmente bem-sucedidos contra reivindicações de direitos sociais com implicações positivas (por exemplo, o fornecimento de medicamentos). O primeiro argumento era que esses direitos eram direitos programáticos; que não eram diretamente vinculativos e exigiam legislação habilitadora. Se e quando o legislativo aprovasse leis ou regulamentos para atingir esses fins, os tribunais poderiam legitimamente decidir se o Estado estava ou não cumprindo as obrigações impostas pelo legislador (SILVA, LOUREIRO, MIRANDA, FERREIRA, FERREIRA, SERRANO, ARAÚJO, 2016).
Caso contrário, os direitos sociais não eram diretamente aplicáveis ​​da forma que os direitos civis e políticos eram. O segundo argumento, também uma objeção constitucional clássica, é baseado na doutrina da separação de poderes.
Esse é, argumenta-se, não cabe aos tribunais ditar políticas ao Executivo e ao Legislativo. Esses dois argumentos, particularmente o primeiro, foram geralmente considerados persuasivos até meados da década de 1990. Como resultado, houve poucos processos judiciais de direitos sociais bem-sucedidos durante esse período.
Essa abordagem começou a mudar em meados da década de 1990, quando as decisões dos TJs (tribunais estaduais de apelação) do Rio Grande do Sul e de São Paulo, bem como do STF (tribunal de instância em matéria constitucional do Brasil) começaram a rejeitar esses argumentos. Uma decisão Destaca-se do STF a liminar proferida pelo Ministro Celso de Mello, posteriormente aprovada por unanimidade pelo Plenário do Tribunal, no PET 1246 (MEDEIROS, 2016).
Com origem no Estado de Santa Catarina, a decisão do Tribunal exigiu financiamento público para tratamento experimental administrado nos Estados Unidos para Duchenne muscular distrofia, uma doença degenerativa que afeta crianças. No que diz respeito à justiciabilidade dos direitos sociais, o elemento-chave da decisão é a afirmação do Ministro de Mello de que ao escolher “entre a proteção da inviolabilidade do direito à vida, um direito constitucional fundamental inalienável, e um interesse financeiro e secundário do Estado, Eu acredito que, uma vez que este dilema é estabelecido, razões éticas e legais deixam o juiz com apenas uma opção possível: respeito inabalável pela vida. ” 
Nem todos os juízes e nem todos os tribunais foram rápidos em seguir, mas uma rejeição geral da “separação de poderes” e, em seguida, os argumentos dos“ direitos programáticos ”parecem ter se tornado o consenso por volta de 1999.
Os direitos sociais - obrigações positivas do Estado de prover a manutenção e o desenvolvimento dos indivíduos independentemente da participação no mercado de trabalho são características comuns, possivelmente padronizadas, das constituições contemporâneas (SILVA, LOUREIRO, MIRANDA, FERREIRA, FERREIRA, SERRANO, ARAÚJO, 2016).
No início de 2016, 58% das constituições nacionais incluíam o direito justiciável à educação, 43% o direito à saúde e 27% o direito à moradia. Da bateria de oito direitos sociais identificados por Jung et al, 63% das constituições continham pelo menos um na forma justiciável e 40% continham quatro ou mais. Desde seu início nas constituições do Peru (1828), Alemanha (1919), e Argentina (1949) ao seu reconhecimento internacional por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, os direitos sociais tornaram-se o foco de atenção sustentada popular, política, judicial e acadêmica .
Embora seja parte da “lei superior” de países marcados por variações religiosas, econômicas, sociais e políticas substanciais, a articulação formal desses direitos em documentos constitucionais é notavelmente semelhante. Não é de surpreender, no entanto, que essa semelhança não se manifeste na interpretação e aplicação semelhantes desses direitos por tribunais em jurisdições diferentes (MEDEIROS, 2016).
2.1 Do direito a saúde
A primeira é exemplificada pela jurisprudência brasileira sobre o direito à saúde. Esta abordagem trata os direitos sociais como garantias (quase) imediatamente realizáveis, devidas pelo estado a indivíduos específicos, cujo não cumprimento é remediado por litígios individuais, resultando em decisões contraditórias que exigem que o estado financie e / ou forneça medicamentos ou medicamentos específicos services (MEDEIROS, 2016).
O segundo é exemplificado pela jurisprudência sobre o direito à saúde e o direito à moradia do Tribunal Constitucional da África do Sul. Esta abordagem é semelhante a uma abordagem de direito administrativo, na medida em que o foco principal da análise é a "razoabilidade" da política governamental relevante para a provisão do (s) direito (s) social (is) em questão. Embora um determinado indivíduo possa não ter recebido um benefício associado a um direito, os tribunais relutam em intervir se houver uma política governamental em vigor que seja considerada um meio razoável de concretizar progressivamente esse direito.
O litígio mais antigo e mais proeminente em termos de volume, impacto econômico e atenção acadêmica no Brasil trata da saúde e do acesso à saúde. Os argumentos jurídicos do reclamante tendem a se basear em alguma combinação do direito à vida (art. 5), a garantia geral dos direitos sociais (art. 6), o direito à saúde (art. 1996) e a obrigação do Estado de fornecer um sistema unificado de saúde (art. 198) previsto na Constituição juntamente com a Lei 8.080 de 1990, a legislação habilitadora do Sistema Único de Saúde ou SUS e, no caso de reivindicações relacionadas ao HIV / AIDS, a Lei 9313 de 1996 que obriga o fornecimento gratuito de medicamentos anti-retrovirais (MEDEIROS, 2016).
A natureza fragmentada do judiciário brasileiro,a utilização limitada de sistemas totalmente eletrônicos de gestão de casos e a inconsistência e incompatibilidade dos sistemas de notificação de casos significam que não há uma imagem precisa do volume ou dos resultados desses tipos de reivindicações para o país como um todo. Um grande número de pesquisas focadas em determinados estados, tribunais, tratamentos ou alguma combinação desses, entretanto, indica que o volume de casos é bastante alto e que as taxas de sucesso dos reclamantes são extremamente altas (SILVA, LOUREIRO, MIRANDA, FERREIRA, FERREIRA, SERRANO, ARAÚJO, 2016).
Os primeiros trabalhos empíricos nesta área descobriram que os requerentes tiveram sucesso de 82-100% das vezes, com a maioria dos estudos indicando taxas de sucesso de mais de 90% . Embora a metodologia empregada pela maioria desses estudos na coleta de dados signifique que eles não podem ser, a rigor, consideradas amostras representativas, a congruência dos resultados é notável. Essas descobertas também são amplamente apoiadas por estudos mais recentes baseados em amostras maiores e mais representativas. 
Por exemplo, um estudo de 2013 sobre decisões de direito à saúde dos Tribunais de Recursos do Estado (TJs) do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco encontrou uma taxa geral de sucesso de 97,8%, outro estudo no Estado do Paraná constatou que os casos foram arquivados em 2009, teve uma taxa de sucesso de 81% no nível de julgamento e 92% no nível de apelação. Mais recentemente, entretanto, há evidências de um ligeiro declínio nas taxas de sucesso (MEDEIROS, 2016).
Em contraste, as reivindicações coletivas relacionadas ao direito à saúde são raras e tiveram muito pouco sucesso. Por exemplo, em seu estudo sobre litígios de direitos sociais, Hoffman e Bentes identificaram 7.100 casos de direito à saúde decididos por uma amostra de Supremos Tribunais Estaduais, 23 o STF e o STJ entre 1994 e 2004.24 Apenas 2% dessas ações foram coletivas (SILVA, LOUREIRO, MIRANDA, FERREIRA, FERREIRA, SERRANO, ARAÚJO, 2016).
Embora os tribunais brasileiros estejam perfeitamente dispostos a se envolverem de todo o coração nas questões de saúde quando o reclamante for um indivíduo, no contexto de ações coletivas esse não é o caso. Curiosamente, e em contraste direto com a jurisprudência em ações individuais, as decisões em ações coletivas tendem a invocar argumentos sobre a escassez de recursos e a má posição dos tribunais para questionar as decisões das autoridades de saúde como razões para exercer moderação. a questão das reivindicações coletivas.
Em estudo sobre ações judiciais de fornecimento público de medicamentos ajuizadas na Justiça Federal do Estado do Paraná em 2014, a taxa de acerto dos reclamantes resolvidos à época da publicação do estudo era de apenas 75%.No STF, Arguelhes e Hartmann identificaram 74 casos ouvidos por um dos três órgãos colegiados que trataram do direito à saúde sobre o mérito do caso (em oposição a questões processuais) entre 1988 e 2009. 
Em todos, exceto um desses casos, o estado-parte foi necessários para fornecer alguns ou todos os tratamentos médicos solicitados.
 O mesmo estudo também encontrou um envolvimento quase inexistente com a literatura acadêmica - seja legal-doutrinária ou científica social - relacionada aos direitos positivos e à natureza das obrigações do Estado com relação a a realização de tais direitos
Por vários anos após a promulgação da constituição de 1988, o judiciário não estava disposto a conceder reivindicações de direitos sociais. Essa reticência inicial pode ser atribuída a dois fatores-chave: o conservadorismo dos seniores, o judiciário de apelação e as normas profissionais do judiciário como um todo que impediam julgamentos transformativos na área dos direitos sociais (ou em qualquer outra área do direito) sem uma coerência doutrina jurídica que poderia ser usada para justificar a concessão de tais reivindicações. Porque não havia doutrina jurídica aceitável ou interpretação das garantias dos direitos sociais na Constituição de 1988 que lhes permitisse fazê-lo, independentemente de sua vontade pessoal ou profissional.
2.2 Do direito a educação
As reivindicações de direito à educação baseiam-se principalmente no art. 208 da Constituição de 1988, que determina que o Estado tem o dever de garantir a educação básica gratuita e obrigatória, bem como a educação infantil e que “a omissão do Governo em oferecer educação obrigatória ou de forma irregular implica responsabilidade do órgão competente . 
O litígio neste aspecto parece ter começado para valer no início a meados dos anos 2000, 28 embora o Ministério Público do Estado de São Paulo tenha entrado com uma série de casos relacionados à educação durante os anos 1990 relacionados à elegibilidade por idade e áreas de influência.
Embora tenha havido mais casos coletivos ajuizados nesta área, as reivindicações individuais ainda são a forma dominante de atuação e o volume de litígios tem sido substancialmente inferior ao do direito à saúde (SILVA, LOUREIRO, MIRANDA, FERREIRA, FERREIRA, SERRANO, ARAÚJO, 2016).
Uma certa proporção dos casos de educação concentrou-se no acesso a instituições de ensino superior, mas a maior parte das reivindicações, individuais e coletivas, tratou da educação primária e da primeira infância. 
No Estado de São Paulo, o Ministério Público avançou com sucesso uma série de ações relacionadas a creches no início dos anos 2000 no Tribunal de Justiça do Estado, mas as decisões não foram particularmente eficazes - o estado foi incapaz de fornecer as vagas por falta de Recursos. Com relação aos casos coletivos, o judiciário não estava muito disposto a se envolver. De acordo com um estudioso e ativista envolvido com a Ação Educativa, uma ONG com foco na educação
3. CONCLUSÃO
As garantias dos direitos sociais são uma característica da maioria das constituições mundiais. Eles têm sido caracterizados de várias maneiras como ferramentas para a realização de uma transformação social progressiva e enfeites de janela com o objetivo de desviar a atenção dos contínuos abusos dos direitos humanos, do fortalecimento da democracia e do anti-majoritário, bons e maus. 
No momento, no entanto, ainda estamos nos estágios iniciais de compreensão dos efeitos sociais, econômicos e políticos de longo prazo de sua constitucionalização e subsequente litígio e interpretação judicial. 
À medida que buscamos desenvolver nosso conhecimento nessa área, devemos ter uma série de coisas comigo. Primeiro, o ambiente institucional no qual uma constituição é interpretada e aplicada é importante: as culturas profissionais moldam tanto o que os juízes buscam alcançar quanto como eles são capazes de perseguir esses fins; o desenho institucional formal determina os tipos de decisões que eles são capazes de tomar e, por sua vez, determinará se e como os grupos de interesse, atores da sociedade civil e indivíduos buscarão assistência judiciária para atingir seus objetivos. 
Em segundo lugar, as variações no desenho institucional e nas práticas padrão significam que não se pode presumir que o foco nas decisões judiciais de ponta fornecerá uma compreensão precisa da interpretação e aplicação dos direitos sociais de um determinado país. 
inalmente, como a maioria dos fenômenos políticos gerais, a tendência para a constitucionalização dos direitos sociais não deve ser vista como um bem inerente, nem se deve esperar que os efeitos sejam uniformes. É mais bem concebido como um processo maleável, sujeito a uma variedade de influências, cuja implementação e operação certamente terão consequências, intencionais ou não.
4. REFERÊNCIAS
MEDEIROS, Bianca; BOMENY, Helena; O’DONNELL, Julia, BALMANT, Emerique. Tempos modernos, tempos de sociologia. 2016
SILVA; Afranio; LOUREIRO, Bruno; MIRANDA, Cassia, FERREIRA, Fátima, FERREIRA, Lier, SERRANO, Marcela, ARAÚJO, Marcelo. Sociologia em Mo

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