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Aulas - METODOLOGIA CIENTÍFICA (CEL04763619304) 9002 (1)

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METODOLOGIA CIENTÍFICA (CEL0476/3619304) 9002
Professor: ISOLDA CECILIA BRAVIN
Aula 1: Metodologia Científica
1) Identificar os tipos de conhecimentos;
2) Distinguir os conceitos de senso comum, conhecimento filosófico, científico e discurso religioso.
 Você já ouviu falar em Metodologia Científica, mas será que sabe de fato o que é? 
Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo.  
KAHLMEYER-MERTENS et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e método. Rio de janeiro: FGV, 2007. p. 15
Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos + logia) significa o “estudo do método”. 
Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber.
(RAMPAZZO, Lino. Metodologia científica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. p. 13.)
Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade.
(DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p. 11.)
Após a leitura dos livros, podemos afirmar que:
I . Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento;
II. Metodologia científica é o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência.
Metodologia Científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento; é também o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência.
A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas...
... E essas duas áreas se completam!
Epistemologia
“A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa”.
Albert Einstein
Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo.
Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência.
Metodologia Científica Aplicada
A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos.
E por que tenho que estudar Metodologia Científica?
Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse saber. 
Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, logo existo”. Porque essa é a nossa essência.
Aliás, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica. Vamos ver alguns deles:
1. Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio.
2. Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional.
3. Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas.
Ao ler as definições sugeridas para Metodologia Científica podemos perceber que todas mencionam a palavra conhecimento (capacidade de conhecer).
O que significa conhecer? 
Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. 
Qual o valor do conhecimento para a vida humana?
É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana.
O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos.
Há muitas maneiras de estudar a realidade...
No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em:
• Senso comum ou conhecimento empírico;
• Conhecimento Científico;
• Conhecimento Filosófico;
• Discurso Religioso ou Conhecimento teológico.
Trilha dos tipos de conhecimento
Leia a reportagem e responda
Canja de Galinha não faz mal a ninguém, “especialmente quem está resfriado”, afirma Stephen Rennard, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos.  De acordo com as suas pesquisas, caldo de galinha e legumes ― cebola, cenoura, batata e nabo ― têm o poder de retardar o movimento dos neutrófilos, isto é, os glóbulos brancos (leucócitos) que, embora ataquem os germes invasores, também são responsáveis por grande parte dos sintomas do resfriado e da gripe. (...) Ele demonstrou também que a cisteína, um aminoácido que o frango libera durante o cozimento, é quimicamente muito similar à acetilcisteína, um fármaco habitualmente receitado em casos de bronquite (Revista Super Interessante. Setembro de 2000.)
Pense...
Conhecimento fundamentado nas bases das doutrinas reveladas. Por essa razão, assume o status de verdade absoluta, indiscutível e infalível. 
Você já ouviu algum dos ditados abaixo? 
“O Sol é menor do que a Terra.”
  “Quem tudo quer tudo perde.”
“Diga-me com quem andas e te direi quem és.”
“Casa de ferreiro, espeto de pau.”
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”
“Quem ri por último ri melhor.”
“Quem comer manga e tomar leite morre.”
Esses ditados personificam qual tipo de conhecimento?
Veja a notícia abaixo sobre as pilhas.
É verdade que as pilhas gastas se recarregam na geladeira?
Não, pois possuem produtos químicos que diluem a camada de gases contida nelas. A pilha comum, chamada seca, utilizada nos brinquedos e aparelhos eletrônicos e domésticos, só descarrega ― e não recebe ― energia, devido ao seu líquido condutor de elétrons, selado e imobilizado. A pilha funciona com um polo positivo e outro negativo, separados por gases, fazendo passar uma corrente elétrica pelo líquido. As baixas ou altas temperaturas, o choque térmico dilui a camada isolante de gases no líquido, despolarizando a pilha, que funcionará até polarizar-se novamente, logo a seguir. As próprias pilhas têm produtos químicos para diluir a camada de gases, mas eles tendem a perder o efeito com o tempo.
Fonte: Abril Super
O texto aborda dois tipos diferentes de conhecimento. Quais são eles?
Segundo Odília Fachin (2006, p. 13.) ...
“Este conhecimento é produto do intelecto do ser humano, o qual recai sobre a fé. (...) De modo geral, tal conhecimento apresenta respostas para as questões que o ser humano não pode responder com os demais conhecimentos, pois envolve uma aceitação, ou não como consequência da fé.”
De qual conhecimento estamos falando?
Para reforçar... O conhecimento pode ser:
Senso Comum ou Conhecimento Empírico
Como podemos definir o senso comum?
Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações. 
Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador.
O senso comum pode ser caracterizado em:
· Espontâneo - Primário, simples e elementar. Nasce da tentativa do homem resolver seus problemas no dia a dia.
· Ametódico - Porque não possui um método, ou seja, um procedimento, uma técnica.
· Empírico - Se baseia na experiência cotidiana comum.
· Ingênuo ou acrítico - Não é crítico, não se coloca como problema e não sequestiona enquanto saber.
· Subjetivo - É relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa. 
ATENÇÃO: É preciso ressaltar que senso comum não é o mesmo que bom senso, uma vez que este revela certo refinamento das ideias, uma elaboração mais coerente do saber comum.
Conhecimento Científico 
Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis. 
Quais as características do conhecimento científico?
- Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças;
- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente;
- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento.
ATENÇÃO: No mundo acadêmico, fazer ciência é importante porque nos permite alterar a natureza e a nós mesmos. É da academia que saem o maior número de cientistas-pesquisadores.
Conhecimento Filosófico
Segundo Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins dizem que:  
 
“A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 81)
Agora veja como essas autoras caracterizam o conhecimento filosófico:
· Radical - Originada do Latin radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”. 
A filosofia é considerada radical porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência.
· Rigorosa - O conhecimento filosófico pode ser rigoroso, pois o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor na investigação.
São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos.
· Saber de conjunto - Ter como característica o Saber em conjunto. Significa que a filosofia é globalizante porque, ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema e por visar o todo, ela se torna interdisciplinar.
ATENÇÃO:
Conclui-se então, que o conhecimento filosófico…
“...nos permite ter mais de uma dimensão (...). É a filosofia que dá o distanciamento para a avaliação dos fundamentos dos atos humanos e dos fins a que eles se destinam. (...) Portanto, a filosofia é a possibilidade de transcendência humana, ou seja, a capacidade de superar a situação dada e não escolhida. (...) A filosofia impede a estagnação.” 
 
(ARANHA; MARTINS, 2003, p. 91.)
Discurso Religioso ou Conhecimento Teológico
Você sabe o que significa a palavra religião?
O vídeo traz a relação entre o conhecimento científico e teológico... 
Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina.
O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência.
Acesse o site Criação X Evolução e aproveite o Divertido exemplo de Criacionismo.
//www.evo.bio.br/LAYOUT/criaexemplo.html
Na próxima aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
· A importância do método para a prática científica;
· A classificação das Ciências.
Aula 2: Conhecimento
Objetivos:
1) Avaliar a importância do método para a prática científica;
2) Descrever a classificação das ciências.
Depois de estudarmos os diferentes tipos de conhecimento, podemos destacar que o conhecimento científico se caracteriza como racional, sistemático e metódico. 
Esta aula faz parte do primeiro bloco e visa uma maior aproximação da Metodologia Científica e do processo de desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Bons Estudos!
Quando pensamos em conhecimento racional, estamos tomando como ponto de partida a possibilidade de pensar a realidade, formulando indagações sobre o mundo e sobre a nossa própria existência, a fim de encontrarmos algumas respostas que se aproximem da realidade. 
Identifica-se na história de Galileu Galilei:
· A Razão
O que podemos entender pelo termo razão?
O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. 
Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: 
E racionalidade? O que é?
Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos.
Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles.
· O Sistemático
O que significa Sistemático?
O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. 
 
Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado.
Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. 
É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método.
O Método
E o que seria Método?
A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um fim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir.
Assim fez Galileu, de maneira ordenada, provando que Aristóteles estava errado através da queda das esferas.”
Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes.
O que é o Método Científico?
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44)
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes.
 
Na maioria das disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. 
Isso aconteceu no experimento que acabamos de ver. Nele se tornou observável a mudança do estado da água de sólido para líquido e depois para gasoso por meio do calor do fogo. Usou-se, então, a lógica aplicada à ciência, como defendem muitos autores.
No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. 
Mas você já analisou por que o método é tão importante? 
Veja, então, a sua utilidade:
• Ajuda a compreender o processo de investigação;• Possibilita a demonstração;
• Disciplina suas ações;
• Ajuda a perceber erros;
• Auxilia as decisões do cientista.
O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita.
CURIOSIDADE: 
Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59)
O método científico pode se sustentar em dois procedimentos:
Método Dedutivo
O cão estava desolado, o seu sofrimento por amor estava lhe consumindo. Não havia reciprocidade de sentimentos. A cadela nem sabia da sua existência e vivia no seu mundo paralelo. Tudo era triste até o momento em que o cão escutou algo que mudou a sua vida...
“Pesquisas comprovam a existência de coração em todos os mamíferos”.
Todo mamífero tem um coração; Todos os cães são mamíferos; Logo, todos os cães têm um coração.
Amor... Você tem coração!!!
Você observou que todas as premissas e a conclusão – segundo a lógica ― são verdadeiras? 
Concluir que todos os cães têm coração, ideia presente nas premissas, significa dizer que o argumento dedutivo enuncia uma informação ou ideia já conhecida, ou seja, o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo dos enunciados, apresentando uma conclusão inevitável, a partir de dados gerais para dados particulares.
Método Indutivo
Durante a manutenção de um poste de energia, o eletricista, ainda novo no ramo, notou que existia uma instalação irregular, feita com cobre, zinco e cobalto e pensou...
Observe que o Eletricista passa por 3 etapas:
• Observação dos fenômenos;
• Descoberta da relação entre eles;
• Generalização da relação.
O cobre conduz energia.
O zinco conduz energia.
O cobalto conduz energia...
...Logo, todo metal conduz energia.
Aqui temos dois dados que decorrem da experiência e do raciocínio alcançados em uma realidade desconhecida e universal (“todo metal conduz energia”).
Características que distinguem os argumentos:
Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva (dependente da experiência empírica). 
 
Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. 
 
Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação.
Assim, encontramos duas características que distinguem os argumentos:
DEDUTIVO 
· Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira.
· Toda a informação contida na conclusão já estava presente nas premissas.
INDUTIVO
· Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável.
· A conclusão apresenta informação que não estava presente nas premissas.
Uma crítica ao Método indutivo:
 
David Hume (1711-1776), empirista inglês, investigou o método de indução, colocando o seguinte problema: como podemos transportar uma informação particular (de um fato observado) para uma lei geral? Ou, dizendo de outro modo, como podemos fazer conexões lógicas e necessárias entre as coisas?
 
Sua resposta apontou para a ideia segundo a qual os conhecimentos oriundos da experiência podem ser considerados verdadeiros.
 
Todavia, partindo de tal constatação, não seria possível alcançar as generalizações feitas pelo intelecto, uma vez que não há garantias de veracidade nesse segundo momento, o que significa dizer que nada legitima a passagem de uma experiência singular para um enunciado universal, como acredita o empirismo clássico.
LEITURA
Clique aqui para ler a cena narrada no Capítulo II – “A ciência da dedução”, em que Watson e Holmes conversam sobre o método dedutivo logo após a famosa afirmação de Holmes de que a mente humana é um sótão vazio, sendo necessário armazenar nele os objetos que escolhemos. E na sua visão, um tolo o entope com todo tipo de bobagem que encontra.
DOYLE, Arthur Conan. Um estudo em Vermelho. São Paulo: Melhoramentos, 2008, pp.33-39.
Ler PDF A ciência da dedução.
Vejamos um caso interessante:
Um pesquisador decide estudar determinada planta. Ele parte de conhecimentos prévios sobre o objeto escolhido. 
 
Em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem pelos. 
 
O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a predação? 
 
Em seguida, apresenta a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas. 
Neste ponto, o cientista realiza a testagem de sua hipótese. Separa algumas folhas com pelos e outras sem pelos e verifica a predação para observar a hipótese formulada.
Aqui temos um caso típico do método indutivo e você perceberá como fica fácil notar as três etapas do método.
Generalização da relação – O pesquisador, então, faz o seguinte questionamento: é possível afirmar que a presença de pelos nas folhas da planta dificulta a predação?
Observação dos fenômenos – em certo momento ele percebe que as folhas cobertas por pelos (tricomas) não foram atacadas por lagartas de borboletas. Fato que ocorre frequentemente com as folhas sem pelos. 
Descoberta da relação entre eles – Em seguida a hipótese: a presença de pelos em folhas de plantas dificulta a predação por lagartas de borboletas.
Método hipotético-dedutivo
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade.
“Hipótese, do grego hypothesis, suposição, pergunta ou conjectura que orienta a investigação por antecipar características prováveis. Podemos usar o termo no sentido de leis, teorias ou postulados.”
SALMON, Wesley C. Curso Moderno de Filosofia. Lógica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969. P. 105-106.
Falseabilidade – a falseabilidade de uma teoria é o critério de cientificidade. Isso quer dizer que a verdade de uma teoria será mantida até que seja negada. O fato de poder ser negada é o que confere o status de científica a uma determinada teoria. 
Ler PDF - O conceito de falseabilidade – célebre passagem de Carl Sagan que pode te ajudar a compreender o conceito de falseabilidade com mais facilidade.
Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver.
Termos observacionais referem-se às entidades diretamente observáveis, ou seja, tudo que se pode constatar à primeira vista, como, por exemplo, as características palpáveis de um objeto: grande ou pequeno, leve ou pesado, levando em consideração a cor, o modelo, a temperatura etc.
Como assim?
Método hipotético-dedutivo
O que esse exemplo quer dizer? 
Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas.
Toda hipótese contém uma predição (ato de predizer, profetizar, supor), ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese.
ATENÇÃO: as hipóteses científicas não podem servistas como verdades absolutas, mas, sim, como explicações plausíveis.
Referências Bibliográficas 
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. 
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2000.
POPPER, K. Lógica das Ciências Sociais. Rio de Janeiro - Brasília: Tempo Brasileiro/Universidade de Brasília, 1978. 
SANTOS, A. R. Metodologia Científica. A construção do conhecimento. RJ: Lamparina, 2007. 
SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007. 
Na próxima aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
· Aplicação da Metodologia na pesquisa científica;
· Papel do pesquisador;
· Classificação da pesquisa.
Aula 3: Metodologia aplicada à pesquisa
1) Reconhecer a importância da pesquisa e seus benefícios na construção científica;
2) Listar as classificações da pesquisa para fins de aplicabilidade;
3) Estabelecer os benefícios e riscos de se pesquisar na internet.
Nesta aula, conheceremos as técnicas de metodologia da pesquisa. Trabalharemos o conceito de pesquisa e suas classificações, que são as principais ferramentas para o processo de iniciação da escrita científica.
Esta aula faz parte do segundo bloco e visa maior aproximação da Metodologia quando aplicada à pesquisa científica.
Bons Estudos!
Você sabia...que brasileiros adoram reality shows?
Ficou comprovado que 2687 brasileiros adoram reality shows. E a maioria dos telespectadores dos chamados “shows da vida” são mulheres entre 18 e 35 anos.
O texto acima nos dá margem para alguns questionamentos:
• De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows?
• Como é feito esse levantamento?
Como vimos nas aulas passadas, tudo surge do conhecimento que se tem e do desejo e/ou necessidade de desvendar e provar coisas novas. E é da sede de conhecimento que nascem as pesquisas.
Essas pesquisas começam com ideias, ou seja, experiências individuais, teorias, observações de fatos, leitura de artigos etc. Na tela anterior, por exemplo, dissemos que brasileiros adoram reality shows e indagamos:
De onde ou de quem parte a motivação para saber a relação entre brasileiros e reality shows?
Já pensou que a motivação para essa pesquisa pode partir das próprias emissoras interessadas no tipo de programa que atrai mais os telespectadores ou mesmo da área de humanas interessada em saber a influência desses programas na vida das pessoas? São muitos os tipos de interesse nesses dados.
Como é feito esse levantamento?
Como mostra o site Web2engagebrasil, ele é feito através de um painel online, em que os telespectadores preenchem suas considerações. Assim, o levantamento desses dados serve para comprovar a adoração dos brasileiros pelo estilo de programa em questão.
Então, dizemos que pesquisa é... uma atividade voltada para a solução de problemas por meio dos processos do método científico.
Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos.
Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa:
• o levantamento de algum problema;
• a solução à qual se chega; 
• os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados.
EXEMPLO:
Pesquisa revela que custo para cultivar morango orgânico é menor do que o do convencional.
Dados foram coletados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo.
Um estudo realizado por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e da Embrapa apontou que o custo de produção do morango orgânico (R$ 18.967,04) é inferior ao custo do cultivo convencional (R$ 22.010,76), quando comparados em uma escala de 10 mil plantas.
X Levantamento de problema – por que o custo do cultivo convencional é maior do que o do orgânico?
Os pesquisadores coletaram dados em duas propriedades, localizadas nos municípios de Atibaia e de Monte Alegre do Sul, no Estado de São Paulo. O morango orgânico tem uma produção média de 787 gramas por planta, com o custo de R$1,90 e índice de lucratividade de 60,74%. Já no cultivo convencional, a produção média foi de 871 gramas por planta e custo médio de R$1,93, com índice de lucratividade de 49,46%.
X Meios escolhidos para chegar a essa conclusão – Coleta de dados em duas propriedades do município de Atibaia.
Nos cálculos do custo de produção foram incluídos mão de obra de duas pessoas, colheita, embalagem e limpeza do cultivo, além de gastos com os insumos próprios para o cultivo. Segundo os pesquisadores, uma das soluções para diminuir os custos em ambos os sistemas é a produção de embalagens mais econômicas, ou ainda a aquisição de mudas de empresas certificadas, que ofereçam um preço melhor.
X Solução à qual se chega – Diminuir os custos com a produção de embalagens mais econômicas.
Começamos a refletir sobre a pesquisa e agora chegou a hora de defini-la:
A PESQUISA...
· É uma atividade essencial da ciência;
· Possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade investigada;
· É um processo permanentemente inacabado;
· Fornece informações para uma intervenção no real.
E quanto ao Termo Pesquisa Científica, do que se trata?
Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações. 
Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência, (tem por base procedimento racionais e sistemáticos, ou seja, é a atividade científica pela qual se descobre a realidade.).
Pense rápido:
Quanto ao Pesquisador...
É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador.
Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador.
Como é o caso dos estudantes que estão escrevendo trabalhos apenas para fins acadêmicos.
Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil. É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar.
CLASSIFICAÇÃO - A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a essência da pesquisa:
· Pesquisa Pura - Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. 
Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Exemplo: A origem do universo.
· Pesquisa Aplicada - É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. 
Envolve verdades e interesses locais.
Exemplo:  A busca de uma vacina contra a AIDS.
ABORDAGEM - Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em:
Qualitativa - Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. 
Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. 
É descritiva e utiliza o método indutivo. 
O processo é o foco principal.
Quantitativa - Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dadospara dar conta das questões que envolvem a pesquisa. 
Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los.
LER PDF - para ler o artigo "Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a questão?"
https://www.scielo.br/pdf/ptp/v22n2/a10v22n2.pdf
OBJETIVO - Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser:
Descritiva - A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. 
Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais.
Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. (É importante esclarecer que o termo fenômeno pode designar um fato percebido por alguém. Nesse caso, a percepção que determinado tem de um fato é o que o caracteriza como fenômeno).
Veja alguns exemplos: 
• características de um grupo social; 
• nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço;
• levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; 
• pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc.
Exploratória - A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. 
 
Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
Explicativa - A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. 
 
Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. 
 
A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias.
PROCEDIMENTOS - Os procedimentos estão relacionados à maneira de agir, ao modo de fazer a pesquisa.
Pesquisa Bibliográfica - É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  
 
Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. 
 
Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica.
Há dois tipos de fontes:
Primárias - Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão.
Secundárias - Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa documental - Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. 
Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença:
“A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.”
Pesquisa de campo - É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. 
 
Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. 
Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123)
Pesquisa histórica - Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? 
Assista ao trailer do filme 300 de Esparta e perceba os detalhes que foram levantados através da pesquisa histórica.
Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. 
Os dados podem ser coletados por meio das:
Fontes primárias: Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão.
Fontes secundárias: Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância.
Pesquisa comparada - A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. 
Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias.
Clique aqui e veja um exemplo de estudo comparativo entre os modelos Galaxy S3 e IPhone 5.
Estudo de caso - É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. 
 
O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. 
 
Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação.
O design do estudo de caso
O estudo de caso é um delineamento de pesquisa que vem sendo frequentemente utilizado no campo das Ciências Contábeis e da Administração por permitir a descrição e o aprofundamento sobre uma dada realidade social. Antonio Carlos Gil o define como "estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2004, p. 54).
Este tipo de pesquisa caracteriza-se pelo estudo verticalizado de um ou poucos casos, sendo que o caso consiste em nosso objeto de observação, podendo ser uma empresa, uma instituição ou outro fenômeno delimitado no tempo (quando ocorre?) e no espaço (onde acontece?).
O estudo de caso se aplica quando o pesquisador tem o interesse em observar a ocorrência do fenômeno no campo social e não discuti-lo apenas do ponto de vista da teoria. Evidentemente, a teoria dialogará com o levantamento dos dados empíricos (os dados coletados no campo, observáveis na realidade) e na interpretação dos mesmos, mas o enfoque aqui é a construção da pesquisa com base em uma realidade delimitada.
Para exemplos de estudos de caso na Administração e nas Ciências Contábeis, sugiro que o leitor se dirija ao tópico Metodologia da Pesquisa: Delineamento de pesquisas em Contabilidade e Administração, onde encontrará ligações para estudos que se valem da metodologia do estudode caso.
O design (delineamento) do estudo de caso pressupõe algumas etapas. Como esclarece Gil (2004, p. 137-142), inicia-se o planejamento do estudo de caso pela formulação do problema. A pesquisa deve procurar responder a um questionamento sobre um determinado fenômeno. Assim, a escolha do caso para análise deve ser motivada por uma questão que pretende-se responder por meio do seu estudo e não o contrário, embora muitos imaginem erroneamente que a simples escolha de uma situação já se traduza na formulação do objeto.
Em seguida à formulação do problema, o pesquisador deve passar à definição da unidade-caso. Aqui, serão estabelecidos os critérios para seleção dos casos de estudo. Deverá se definir o número de casos (um ou se o estudo abordará múltiplos casos), bem como a delimitação de quando e onde ele será observado.
As tomadas iniciais de decisão resultarão na elaboração de um protocolo. O protocolo indicará tanto a seleção e problematização do objeto, bem como as variáveis a serem pesquisadas e sobretudo os instrumentos para coleta de dados. Elabora-se aqui um instrumento indicando como os dados serão obtidos no campo, através de instrumentos específicos de coleta (observação direta, entrevistas, questionários). O protocolo concorre para uma maior exatidão e confiabilidade nos dados.
Passada a fase de planejamento, o pesquisador vai então ao campo para realizar a coleta de dados, valendo-se dos referidos instrumentos de pesquisa. Após sua coleta, o investigador deve proceder à avaliação e análise dos dados.
Terminada esta sistematização e reflexão sobre os dados (que permitirá ao pesquisador enunciar uma reposta sobre o questionamento formulado na problematização), prepara-se o relatório. Um relatório deve apresentar sistematicamente a proposta do estudo, a metodologia ou delineamento empregado para sua elaboração, o referencial teórico que orientou a coleta e análise dos dados, bem como os resultados obtidos pela investigação.
Como em todo tipo de delineamento de pesquisa, o estudo de caso necessita um bom planejamento das etapas de investigação, assim como a clareza das opções teóricas que irão nortear a seleção dos dados empíricos e sua interpretação. A pesquisa no campo não pode estar desvinculada da teoria.
Postado por José Artur Teixeira Gonçalves às 09:37 
Marcadores: design, estudo de caso
http://metodologiadapesquisa.blogspot.com/2008/06/o-design-do-estudo-de-caso.html
Conecte-se com moderação
Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca.
Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis.
As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando.
Propriedade intelectual – soma dos direitos relativos às obras literárias, artísticas, científicas, fonogramas, emissões de rádio de difusão, invenções variadas, desenhos de modelos e marcas (patentes) etc.
Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte.
Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho.
Você sabia que propriedade intelectual e direitos autorais são coisas diferentes?
Agora assista ao vídeo Dicas de pesquisa na Internet da Veja: https://www.youtube.com/watch?v=-AgTZ-5Zfj4
Agora, vamos testar o seu conhecimento, no quiz Metodologia é Show!
A regra é clara: serão 4 perguntas sobre as classificações da pesquisa e cada um vale 25 moedas que correspondem à sua pontuação. Ao final do quiz, você terá a sua pontuação revelada.
Leia com atenção, lembre-se do que estudamos nesta aula e boa sorte!
A pesquisa explora o nexo entre urbanização de risco e violência urbana, utilizando a experiência concreta de diferentes cidades no Estado de São Paulo. 
A base empírica do estudo é uma pesquisa estruturada para avaliar o impacto de regulação urbanística no funcionamento de mercados residenciais nas cidades investigadas com mais de 20 mil habitantes.
ROLNIK, R. Exclusão territorial e violência.
1. O trecho ao lado faz parte de uma pesquisa desenvolvida por Raquel Rolnik. Quanto a sua abordagem, podemos dizer que se trata de uma pesquisa:
(x) Qualitativa
( ) Quantitativa
Nota-se no trecho da pesquisa apresentada que o processo envolve os fatos e sua interpretação.
A  ênfase está em compreender o fenômeno e não em medi-lo.
2. Segundo Oliveira (2007), o elemento diferenciador está na natureza das fontes. A pesquisa ___________ remete para as contribuições de diferentes autores sobre o tema, atentando para as fontes secundárias, enquanto a pesquisa ________________ recorre a materiais que ainda não receberam tratamento analítico, ou seja, as fontes primárias.
Oliveira (2007), no seu texto, fala sobre dois tipos de procedimentos da pesquisa.  Marque a opção que preenche as lacunas do texto, respectivamente.
( ) documental; de campo
(X) bibliográfica; documental
( ) estudo de casos; comparada
( ) estudo de casos; comparada
A pesquisa bibliográfica é uma fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.  
A pesquisa documental, como próprio nome já diz, se utiliza de documentos, que podem ser documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc.
3. Segundo a pesquisa, o chá verde é a segunda bebida mais consumida no mundo e contém grande quantidade de compostos que proporcionam uma série de benefícios à saúde. Dentre eles, a redução do risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, melhoria das funções fisiológicas, efeito anti-hipertensivo, proteção ultravioleta, aumento da densidade mineral óssea, entre outras.
A pesquisa ainda reforça que a ingestão do extrato também suprime a utilização de carboidrato, que gera aumento na quantidade de glicogênio no músculo, auxiliando o aumento da resistência na corrida, e por se ter menos lactato, há uma maior disposição física para continuar o exercício físico.
O trecho da reportagem representa uma pesquisa de classificação:
( )Pura
(X) Aplicada
Os benefícios do chá verde, descritos na pesquisa, podem ser de grande serventia no futuro, para tratamentos da saúde.
Vimos, então, um exemplo de pesquisa que objetiva gerar conhecimentos, para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos.
4. O objetivo da pesquisa é encontrar hipóteses de investigação. A principal característica dos métodos utilizados é a flexibilidade. 
Conforme a investigação avança, o pesquisador deve ficar alerta no sentido de reconhecer as inter-relações entre as informações que são levantadas, buscando novas ideias. 
Segundo a literatura consultada, os principais métodos empregados em estudos exploratórios, dentro da ótica objetivista, são: levantamentos em fontes secundárias, levantamentos de experiências (consultas a especialistas), observação e estudos de caso.
O trecho representa o objetivo de uma pesquisa:
( ) Descritiva
(X) Exploratória
( ) Explicativa
Como vimos, a pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. 
Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese.
Tripodi et al. (1975) afirmam que esse estudo é baseado na pressuposição de que através do uso de procedimentos relativamente sistemáticos pode-se desenvolver hipóteses relevantes a um determinado fenômeno.
Na próxima aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
· As diferentes técnicas de estudo;· A leitura e as atividades acadêmicas.
Aula 4: Diferentes técnicas de estudo
1) Reconhecer a leitura como principal fonte de matéria-prima para o desenvolvimento do conhecimento;
2) Comparar técnicas de estudo;
3) Diferenciar as funções da Resenha e do Resumo na produção científica.
Nessa aula, você aprenderá sobre as técnicas de estudo.
Para isso, é importante reconhecer a leitura como principal fonte de matéria-prima para o desenvolvimento do conhecimento.
https://www.youtube.com/watch?v=4E_VmrYk9zg
arquivo 3 - Vídeo - Ler devia der proibido.avi
A Leitura e as atividades acadêmicas
Acostumamo-nos a ouvir que as tecnologias invadiram nossa experiência cotidiana, não é mesmo? 
Muitos acreditam que os jovens se afastaram da leitura em razão de um suposto excesso de tecnologias. Esse afastamento, consequentemente, teria provocado um empobrecimento da linguagem. 
Há quem diga também que não tem paciência para ler um livro, que ver um filme é muito melhor. Ou, ainda, saem com frases do tipo: “o que não tenho é tempo!”
Será que isso é verdade? Ou estamos diante de alguém que não criou o hábito de ler? 
É natural não termos tempo para certas coisas. Ninguém tem tempo, no final das contas, mas todos querem saber tudo, não é?
Vamos descobrir nesta aula que a leitura não foi deixada de lado e que ela é o primeiro passo para colocar em prática as técnicas de estudo e desenvolver as atividades acadêmicas.
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. 
Carlos Drummond de Andrade
“A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”. 
René Descartes
“A leitura traz ao homem plenitude, ao discurso segurança e à escrita exatidão”. 
Francis Bacon
“A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar”.
Albert Einstein
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever ― inclusive a sua própria história”. 
Bill Gates
“(...) que a importância de uma coisa [leitura] não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós”. 
Manoel de Barros
Durante a leitura, experimentamos um mundo totalmente novo ou melhoramos o nosso.
E isso é muito gratificante, não é mesmo? 
  
Saber ler de maneira eficiente nos ajuda a descobrir novos caminhos, fertiliza a inteligência, nos ajuda a compreender a vida e a viver melhor ao lado do outro. 
Uma mente fertilizada tem mais chance diante da crise.
Tudo bem que agora não é necessário adquirir um livro para ler um bom texto, já que as mídias eletrônicas possibilitam a leitura em telas. 
Porém, mesmo com essa tecnologia, as principais fontes de pesquisa e conhecimento ainda são os bons e velhos livros, principalmente no meio acadêmico.
Por isso, vamos começar com a escolha deles.
Para enriquecer seu conhecimento leia o texto extraído da obra Como e porque ler os clássicos universais desde cedo, em que Ana Maria Machado apresenta a importância da leitura. Clique aqui.
Ler PDF
O que você faz quando chega numa livraria?
Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro...
1. Título
Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
2. Orelha
Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. 
Na que acompanha a capa, geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de
prestígio.
 
3. Ficha Catalográfica
Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada.
4. Sumário
Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado.
Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando.
 
5. Prefácio
Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro
6. Orelha
Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas.
7. Contracapa
A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele.
Agora a leitura nos levará às técnicas de estudo
Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas.
Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamental do trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. 
Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. 
O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. 
Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 
Vamos lá?
Fichamento: quando utilizar e como elaborar
Apresenta sobre como e quando se devem utilizar os fichamentos. Mostra como elaborar os fichamentos de forma adequada para cada tipo de documento ou trabalho a ser representado. Aborda de forma simples como confeccionar os textos em fichamentos. Para prosseguir selecione por onde deseja começar:
Quando utilizar os fichamentos
O fichamento é uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência, sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações. 
O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento. 
Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. 
As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico são muito semelhantes à redação de resumos e resenhas científicas.
Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original.
O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos. Neste módulo não vamos focar no meio físico utilizado para a armazenagem do fichamento e sim nas suas técnicas e regras de elaboração.
Para diferenciar as regras de um fichamento científico e o utilizado para estudo e pesquisas veremos como elaborar a redação de cada um e como estruturar a apresentação e disposição das informações em um fichamento.
É importante na prática de fichamentos seguir os conselhos de Medeiros (2000)que diz:
"... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse." (MEDEIROS, 2000, p. 97)
Como elaborar fichamentos
Elaboração do texto
A montagem e elaboração do texto de um fichamento dependerão do seu tipo. Para cada tipo de fichamento é necessário empregar diferentes regras devido a suas características.
O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico.
Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento.
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. 
As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002). Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são: 
• Autor
• Título
• Local da edição
• Editora
• Data e número de páginas
O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar.
O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resenha: quando utilizar e como elaborar.
Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a identificação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas.
Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico.
Para averiguar o modo correto em que estes elementos são dispostos na referência e possíveis informações adicionais, deve ser consultada a norma NBR/ABNT 6023 (2002).
Para o fichamento de transcrição ou citação utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha.
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes:
• Fichamento de transcrição sem cortes
• Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras);
• Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos)
Tipos de fichamentos: diferenças
Avalie no quadro interativo o quanto sabe sobre os tipos de resenha. Para rever o conteúdo sobre os tipos de fichamento veja no módulo introdutório Resumo, Resenha e Fichamento: definição e diferenças
1-Transcrição ou citação, Resumo ou conteúdo, Comentário ou crítico. Todos os tipos de fichamento devem utilizar a norma ABNT/NBR 6023 para elaboração de referência, pois é o correto uso em textos científicos e para treino ao elaborar outros tipos de trabalhos acadêmicos.
2. B. Utiliza das técnicas dos textos científicos de resumo e resenha para sua confecção.
3-Transcrição ou citação. Seu texto é transferido sem modificações por isso é necessário utilizar as aspas.
4-Comentário ou crítico. Como o nome já indica transpõe comentários e críticas.
5-Resumo ou conteúdo. Como o nome já diz, este é o tipo de fichamento que traz aspectos semelhantes a um resumo.
6-Transcrição ou citação, Resumo ou conteúdo, Comentário ou crítico. Todos os tipos de fichamento devem utilizar a norma ABNT/NBR 6023 para elaboração de referência, pois é o correto uso em textos científicos e para treino ao elaborar outros tipos de trabalhos acadêmicos.
7-Resumo ou conteúdo. Como o nome já diz, este é o tipo de fichamento que traz aspectos semelhantes a um resumo.
8-Transcrição ou citação. Seu texto é transferido sem modificações por isso é necessário utilizar as aspas.
9-Resumo ou conteúdo. Como o nome já diz, este é o tipo de fichamento que traz aspectos semelhantes a um resumo.
10-Resumo ou conteúdo. Como o nome já diz, este é o tipo de fichamento que traz aspectos semelhantes a um resumo.
Bibliografia
MEDEIROS, João Bosco, Redação científica: A prática de fichamentos, resumos
resenhas. 4.ED. São Paulo: Atlas, 2000. 237 p. ISBN 8522423536
SIMÕES, Darcilia. A produção de textos acadêmicos. Disponível em:
http://www.darciliasimoes.pro.br/textos/docs/textos12.pdf. Acesso em: 3 jan. 2011.
WEG, Rosana Morais. Fichamento. São Paulo: Paulistana, 2006. 67 p.(Aprenda a fazer).
Dicas de leitura
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: A prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 237 p. ISBN 8522423563
Mostra detalhadamente como realizar três práticas de redação científica: fichamentos, resumos e resenhas.
WEG, Rosana Morais. Fichamento. São Paulo: Paulistana, 2006. 67 p. (Aprenda a fazer).
Pertence a coleção "Aprenda a fazer", voltada para estudantes e pesquisadores. Mostra de forma simples e fácil como elaborar fichamentos para a pesquisa acadêmica. Na coleção também existem os exemplares sobre resumos e resenhas.
VIEIRA JUNIOR, A. Metodologia da pesquisa científica. Disponível em:
http://www.avjensino.com/wp-content/.../03/fichamento%202009%20aula%206.doc. Acesso em: 3 jan. 2011.
Texto com um resumo rápido sobre fichamentos.
SIMÕES, Darcilia. A produção de textos acadêmicos. Disponível em:
http://www.darciliasimoes.pro.br/textos/docs/textos12.pdf. Acesso em: 3 jan. 2011.
Mostra a importância do fichamento para a pesquisa e organização do estudo em elaboração de trabalhos acadêmicos como monografias, TCC, teses dissertações e etc.
Todo mundo sabe o que é um resumo (ou pelo menos acha que sabe). Mas e a resenha? Você sabe o que é? 
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do autor. 
Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em que se elabora uma crítica.
Mas fique tranquilo, nesta aula estudaremos com detalhes a resenha e você ficará craque no assunto.
O fichamento de leitura ajuda na construção de análises textuais como os resumos e resenhas. 
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre essas análises que diversificam a atividade de estudo e propiciam informações e novos conhecimentos.
RESENHA
Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura:
Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar-se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos.
Etapas para elaborar uma resenha
 
•Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento;
•Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento;
•Desvelar os pressupostos que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor;
•Comparar as ideias do texto com ideias afins;
•Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação,uma tomada de posição.
O que uma resenha deve conter? 
 
• Referência da obra;
• Informações sobre o autor; 
• Nome do resenhista e titulação; 
• Perspectiva teórica da obra;
• Breve síntese e principais argumentos do autor;
• Reflexão crítica da obra.
No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa (interpretar significa tomar uma posição própria a respeito das ideias enunciadas).
Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha.     
Exemplo de resenha (Ler PDF)
Leia o texto a seguir e responda:
Valsa Para Bruno Stein é um filme poético sobre relacionamentos de três gerações vivendo na mesma casa e a redescoberta do amor por duas pessoas que julgavam isto parte do passado.
Bruno Stein sente-se no fim da vida. O tempo passou e ele já não consegue mais se integrar à família. As netas o ignoram, a mulher não representa muito para ele, o filho está sempre viajando e a presença perturbadora da nora Valéria.
Ele tenta se envolver com o trabalho na olaria, com as esculturas, mas nada mais o motiva. Até que um súbito encontro lhe desperta novamente a vontade de viver. Mas junto para um protestante fervoroso como ele, existe o peso de padrões morais e religiosos.
Bruno e Valéria se apaixonam. Ao mesmo tempo que descobrem esta paixão, lutam com todas as forças para sufocá-la. Valsa Para Bruno Stein é a história do drama de um homem que tem que decidir entre o redescobrir da vida e a rigidez moral de toda sua existência.
( ) Resenha
(X) Resumo
O texto conta a história de um personagem de filme. Observe que não existe nenhuma opinião no sentido crítico, somente a transcrição do que acontece durante a trajetória cinematográfica.
É uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais. Por isso, temos neste caso um resumo.
Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem.
Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhos acadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros.
É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas.
Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores.
Você é o autor, valorize a sua escrita!
Referência Bibliográfica 
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1994. 
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
HUHNE, L. M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI Marina de Andrade. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
LAVILLE, Christian: DIONE, Jean. Construção do Saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes médicas, 1999.
MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2002.
SANTOS, G. R. C. M.; MOLINA, N. L.; DIAS, V. F. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: IBPEX, 2007.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007
Na próxima aula, você estudará sobre os seguintes assuntos:
· Estrutura de um trabalho científico com base nas normas da ABNT
· Planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um trabalho científico.
Aula 5: Planejamento e Tipos de trabalho científico
1) Relacionar os tipos de trabalho científico;
2) Relacionar o planejamento como fonte primordial para o desenvolvimento de um trabalho científico;
3) Listar os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns, suas funções e particularidades.
Nesta aula, estudaremos os aspectos relacionados ao planejamento de uma pesquisa e à estrutura e tipos de trabalhos acadêmicos e científicos.
Você aprenderá também a construir hipóteses que ajudarão na definição da pesquisa e a identificar as variáveis de um problema científico.
Esta aula faz parte do terceiro bloco e visa estudar a Metodologia aplicada à pesquisa científica.
Você sabe por onde começar um trabalho acadêmico?
A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. 
Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada.
 
Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo.
Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc.
Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho.
Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos:
1. Escolha do tema 
 
O que vou pesquisar? 
A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. 
A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos.
2. Originalidade
 
Precisa ser original? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito.
3. Revisão de Literatura
 
Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? 
É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão.
Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. 
Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
4. Justificativa
 
• Por que estudar esse tema? 
• Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionarão? 
• Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? 
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras
 
Que questões estou disposto a responder? 
Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço.
6. Determinação de objetivos 
O que pretendo alcançar com a pesquisa? 
É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. 
Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores.
Tema: Liderança autoritária e a motivação
 
Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ?
 
Objetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ.
 
Objetivos específicos: 
Definir o conceito de liderança autoritária;
Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ;
Definir o conceito de motivação;
Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações.
 
 Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior?
Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema?
Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitaráfacilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos.
Planejar e pesquisar são o lema
Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo?
Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele.
 
Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! 
 
O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo? 
Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza!
Problematizar, eis a questão!
Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. 
Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? 
Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento.
Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. 
A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa.
Por que elaborar problemas científicos?
Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. 
É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. 
Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. 
Veja estes três exemplos:
Problema de Engenharia
Como fazer algo de maneira eficiente.
Veja dois exemplos:
“Como fazer para melhorar os transportes urbanos?”
“Como aumentar a produtividade no trabalho?”
Problema de Valor
Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou pior, se algo deve ou não ser feito.
Veja dois exemplos:
“Os pais devem dar palmadas nos filhos?”
“Qual a melhor técnica para a propaganda?”
Problema Científico
Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas.
O termo variável é o dos mais empregados na linguagem dos pesquisadores. Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados científicos, sejam hipóteses, teorias, leis, princípios ou generalizações. O conceito de variável refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os casos particulares ou as circunstâncias (GIL, 2002, p.36).
Veja um exemplo:
“Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?”
Aqui temos duas variáveis relacionando-se: 
Variável 1: escolaridade 
Variável 2: preferência político-partidária
As variáveis podem ser de três tipos:
 
• Independente
Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência.
Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”.
 
• Dependente
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente.
 
Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”.
 
• Interveniente
É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra. 
 
Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.”
Cada problema científico formulado conta com duas variáveis.
Então, em ordem de importância, arraste os botões com o motivo das variáveis para as áreas correspondentes em branco:
Dos problemas às hipóteses
 
Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. 
As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. 
A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas.
Exemplo de hipótese
Tema: mortalidade infantil
 
Problematização: em que medida o fenômeno da mortalidade infantil está relacionado à desnutrição da criança?
Você percebeu que o pesquisador ao constatar a relação entre as variáveis (mortalidade infantil e desnutrição) formulou uma hipótese?
Agora que já sabemos como começar, vamos ver os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns.
Você já conhece todos os tipos de trabalhos a que pode ser submetido enquanto estudante, suas particularidades e funções? Será que você já realizou algum deles? Confira.
Relatório 
O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005).
O Relatório está estruturado em:
Comunicação Científica ou Paper
Segundo a ABNT (1989), paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento.
A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar.
Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências.
A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor.
Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele fim.
Seminário
É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. 
Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina. 
 
Cada integrante terá uma tarefa individualizada. 
Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do grupo ou poderá haver a apresentação de cada integrante individualmente.
Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes:
O Coordenador é representado pelo professor. É ele que propõe os temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa a duração das apresentações.
O Organizador é representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo.
O Relator será o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala de aula.
O Secretário será representado pelo integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates.
Os Comentadores são os escolhidos

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