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EXERCÍCIO - FICHAMENTO (Incêndio da Boate Kiss: análise da conduta ética dos engenheiros civis) - LÍNGUA PORTUGUESA I

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EXERCÍCIO – FICHAMENTO – GABRIELA MOREIRA LOPES
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA I
	SOUZA, Deivid Vieira de. MACHADO, Rafael Fonseca. MONTES, Raissa Garcia Evangelista. SOUZA, Isabel Cristina de. Incêndio da Boate Kiss: análise da conduta ética dos engenheiros civis. Revista JurisFIB, v. 4, ano IV. ISSN 2236-4498. Bauru, 2013. Disponível em: <http://www.revistajurisfib.com.br/artigos/1395811460.pdf>. Acesso: 20 abr. 2019.
	 Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), o engenheiro civil atua nas áreas de supervisão, coordenação e orientação técnica; o estudo, planejamento, projeto e especificação; a padronização, mensuração e controle de qualidade; a execução e a fiscalização de obra e serviço técnico. Desempenha atividades referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos, sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento, portos, rios, canais, barragens e diques, drenagem e irrigação, pontes e grandes estruturas, seus serviços afins e correlatos.
 A falta de ética é um problema recorrente na construção civil, assim como nas demais áreas. A negligência dos engenheiros civis é grande, deixando prejuízos e colocando a vida de milhares de pessoas em risco. É comum que haja profissionais que apenas assinam a obra, entretanto não a realizam ou sequer sabem onde e por quem será feita.
 Os quatro autores do artigo se propuseram a fazer um estudo de caso sobre a tragédia da Boate Kiss, em Santa Maria (RS). O incêndio ocorreu na madrugada de 27 de janeiro de 2013, vitimando fatalmente 242 das cerca de 1300 pessoas presentes.
 As chamas começaram por volta das duas e meia da madrugada, durante o show da banda Gurizada Fandangueira, através de sinalizadores para efeitos de pirotecnia que atingiram o teto.
 Muitas podem ser as causas da tragédia, como uso indevido de sinalizadores, que não devem ser utilizados em locais fechados, alvará do Corpo de Bombeiros vencido, superlotação (a quantidade máxima permitida era de 691 pessoas), saída única, ausência de saídas de emergência e revestimento acústico impróprio, feito de uma espuma tóxica e altamente inflamável.
 As saídas e o isolamento acústico são de responsabilidade do engenheiro, entretanto o profissional designado para a obra da Boate Kiss negou que tivesse sugerido o uso da espuma para fins de revestimento.
 Além dessas falhas - as mais graves -, existiam outras: a única porta não contava com artifícios que escoassem o público em tempo razoável, os extintores não funcionavam e não haviam janelas. A concentração da fumaça tóxica causa morte por asfixia em até 5 minutos. A impossibilidade de escoamento do público foi o ponto principal para a morte de 242 pessoas.
 A certidão do Habite-se atesta que o imóvel foi construído seguindo-se a legislação local estabelecida pela Prefeitura para a aprovação de projetos. Este documento não é uma garantia de que a construção foi executada regida das boas práticas, não garantindo a qualidade e a segurança da obra. Após aprovado pela Prefeitura e liberado o alvará, a construção pode ser então iniciada. A certidão só pode ser liberada caso não haja irregularidades, entretanto o da Boate Kiss foi liberado sem nenhum problema. Isso demonstra que houve clara negligência por parte dos engenheiros e arquitetos envolvidos, que assumiram os riscos. Os alvarás sanitários e contra incêndios, este último primordial para o entendimento das falhas que levaram à tragédia, não foram liberados.
 A falta de profissionais qualificados eticamente certamente foi um dos pontos evidenciados após a tragédia em Santa Maria (RS). É preciso investir em capacitações para que atos como esses não se repitam. A legislação também deve coibir com mais empenho práticas criminosas.

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