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SífilisSífilis
Painel de Microbiologia
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável.
Causada pela bactéria que atinge a pele + mucosa 
Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis
primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de
transmissão é maior.
 
IntroduçãoIntrodução
Relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada
(sífilis adquirida)
Transmissão vertical pela placenta da mãe para o feto (sífilis
congênita).
Outras formas de transmissão mais raras são por via indireta
(objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão sanguínea
Formas de transmissãoFormas de transmissão
EtiopatogeniaEtiopatogenia
A penetração do treponema é realizada por abrasões decorrentes da
relação sexual.
O treponema atinge o sistema linfático regional e, por disseminação
hematogênica, outras partes do corpo. 
A defesa local resulta em erosão e exulceração no ponto de inoculação,
enquanto a disseminação sistêmica resulta na produção de complexos
imunes.
Entretanto, a imunidade humoral não tem capacidade de proteção. A
imunidade celular é mais tardia, permitindo ao T. pallidum multiplicar e
sobreviver por longos períodos
Sífilis primária
Sífilis secundária
Sífilis latente
Sífilis terciária
ClassificaçãoClassificação
Sinais e sintomasSinais e sintomas
Sífilis primáriaSífilis primária
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele).
Aparece entre 10 e 90 dias após o contágio.
Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar
acompanhada de linfodenopatia (ínguas) na virilha.
Essa ferida desaparece sozinha, independentemente de tratamento em
cerca de 3 a 12 semanas.
A: Sífilis primária (cancro genital)
Cancros sifilíticos podem aparecer nos
órgãos genitais ou ao redor deles.
B: Sífilis — primária (cancro anal)
Cancros sifilíticos podem aparecer no
ânus ou ao redor do ânus.
C: Sífilis primária (cancro da boca)
Cancros sifilíticos podem aparecer na
boca ou ao redor dela.
D: Sífilis primária (cancro digital)
Cancros sifilíticos podem aparecer por
volta dos dedos ou em locais de ostomia.
Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do
aparecimento e cicatrização da ferida inicial.
Podem ocorrer lesões mucocutâneas, que geralmente não coçam,
principalmente nasz palmas das mãos e plantas dos pés. 
Pode ocorrer febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas pelo corpo, perda de 
 
Sinais e sintomasSinais e sintomas
Sífilis secundáriaSífilis secundária
apetite e anorexia.
Cerca de 80% dos casos apresentam lesões mucocutâneas;
As formas mais comuns de apresentação é a Dermatite sifilítica e uma
forma mais rara são os Condilomas planos.
Dermatite sifilítica
Sífilis secundáriaSífilis secundária
Condilomas planos
Lesões geralmente simétricas,
palmares, lesões individuais
redondas, descamantes,
geralmente indolores e sem prurido
Pápulas hipertróficas, planas,
levemente rosas ou cinzentas,
principalmente em áreas úmidas
(perianal, abaixo das mamas).
Essas lesões são muito infecciosas
Sinais e sintomasSinais e sintomas
Sífilis latenteSífilis latente
Não aparecem sinais ou sintomas, mas os anticorpos para sífilis podem ser
detectados; 
É dividida em latente recente (menos de dois anos de infecção) e latente
tardia (mais de dois anos de infecção).
A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais
e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sinais e sintomasSinais e sintomas
Sífilis terciáriaSífilis terciária
Pode surgir de 2 a 40 anos após o início da infecção;
Aproximadamente 1/3 das pessoas não tratadas desenvolvem sífilis
terciária.
Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas,
ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Sífilis terciáriaSífilis terciária 
AlgumasAlgumas formas de apresentação formas de apresentação
Sífilis gomatosa
Gomas são massas inflamatórias, macias, 
destrutivas crescimento lento e deixa cicatriz
Algumas manifestações da neurossífilis: delírios, illusões, 
fala embolada, mudanças de personalidade, alterações 
de memória e raciocínio, entre outras.
Neurossífilis
Pode ocasionar uveíte (olhos vermelhos), visão turva,
fotofobia e até perda da visão 
Sífilis ocular
DiagnósticoDiagnóstico
Exame direto ou testes imunológicos:
Realizado com o teste rápido (TR) de sífilis com leitura do resultado em, no máximo, 30
minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. 
Nos casos de TR positivos (reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e
encaminhada para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para
confirmação do diagnóstico.
Início do tratamento após reagente em teste rápido:
Sífilis terciária - Punção lombar para exame de líquor e exame de imagem do cérebro
- Exame de campo escuro
- DPP (duplo percurso) ou imunocromatografia de fluxo lateral
- Gestantes
- Vítimas de violência sexual
- Sintomas de sífilis primária ou secundária
- Pessoas com dificuldade de retorno ao sistema de saúde
 
Sífilis congênitaSífilis congênita
Primeiro trimestre de gestação
Terceiro trimestre de gestação
Momento do parto ou em casos de aborto
Doença grave transmitida para criança durante a gestação (transmissão vertical).
Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando
o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual,
para evitar a transmissão.
Recomenda-se que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos:
Sífilis congênita precoceSífilis congênita precoce
(3 meses)(3 meses)
Prematuridade;
Baixo peso ao nascimento;
Aumento anormal do tamanho do fígado;
Rinite com coriza serossanguinolenta;
Pele e olhos amarelados;
Manchas vermelhas com descamação da
pele;
Sofrimento respiratório com ou sem
pneumonia;
Inflamação e inchaço dos gânglios
linfáticos;
Lesões cutâneas, ósseas e oculares;
Alterações neurológicas, com crises
convulsivas;
Anemia.
Sífilis congênita tardiaSífilis congênita tardia 
(a partir de 2 anos)(a partir de 2 anos)
Úlcera gomosa;
Alterações ósseas;
Alterações dentárias, como dentes
superiores deformados;
Surdez neurossensorial;
Dificuldade de aprendizado, ou retardo
mental.
SINTOMASSINTOMAS
Tratamento da sífilis congênitaTratamento da sífilis congênita
Administração de penicilina benzatina
Início do tratamento até 30 dias antes do parto
Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico da sífilis
Respeito ao intervalo recomendado das doses
Na gestante o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, com a
penicilina benzatina, único medicamento capaz de prevenir a transmissão
vertical. 
 São critérios de tratamento adequado da gestante:
Crianças expostas a sífilisCrianças expostas a sífilis
Coleta de amostras de sangue
Avaliação neurológica (incluindo punção lombar)
Raio-X de osso longos
Avaliação oftalmológica e audiológica. 
O principal cuidado à criança é a realização de um pré-natal de qualidade e o
estabelecimento do tratamento adequado da gestante.
Todas as crianças expostas à sífilis de mães que não foram tratadas, ou receberam
tratamento não adequado, são submetidas a diversas intervenções que incluem: 
Muitas vezes há necessidade de internação hospitalar prolongada. 
Por ser uma doença
cuja principal meio de
transmissão é sexual,
apresenta ampla
distribuição; com
aumento na taxa de
detecção nas regiões
sul e sudeste do Brasil.
EpidemiologiaEpidemiologia
PrevençãoPrevenção
Uso de camisinha
masculina ou feminina.
Quando um caso de sífilis
for notificado deve-se
procurar os parceiros
sexuais dessa pessoa e
tratá-los.
TratamentoTratamento
Penincilina benzatina para a maioria das 
Sífilis na gestação - Penincilina benzatina de
Sífilis primária, secundária e latente recente - 
Sífilis ocular ou neurossífilis - Penicilina cristalina 3 a 4 milhõesde unidades IV a cada 4
horas (penetra melhor no sistema nervoso central, mas pode ser não ser prática) ou
Penicilina procaína G 2,4 milhões de unidades IM uma vez ao dia mais probenecida 500
mg por via oral 4 vezes ao dia
infecções
 liberação prolongada (benzetacil);
 Penincilina G Benzatina 2,4 milhoes de unidades,
 dose única
ReferênciasReferências
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis: Sífilis. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-
br/publico-geral/o-que-sao-ist/sifilis
SONDA, E. et al. Sífilis congênita: uma revisão da literatura. Revista de epidemiologia e
controle de infecção, Santa Cruz do Sul, v. 3, n. 1, p. 28-30, jan. 2013. Di
MORRIS, Sheldon. Sífilis. Manual MSD, 2019. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-dsts/s%C3%ADfilis
Acesso em: 18 jun. 2021
BRASIL, Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de sífilis, 2019.