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Maria Seiane – Medicina IESVAP Definição: São neoplasias compostas por células cromafins que, assim como as suas contrapartes não neoplásicas, sintetizam e liberam catecolaminas; e, em alguns casos, outros hormônios peptídicos. São raros, porém dão origem a uma forma cirurgicamente corrigível de hipertensão; Etiologia: Causas não foram esclarecidas; Acredita-se que seu aparecimento esteja ligado a fatores genéticos e familiares; As formas familiares podem estar associadas as seguintes doenças: NEM II, NEM IIb, neurofibromatose e doença de von Hippel- Lindau; Epidemiologia: Afeta ambos os sexos igualmente; Mai frequentes nas 4ª e 5ª décadas de vida; Mai raro em negros; 0,1 a 1% dos casos de hipertensão secundária; 80 a 90% são benignos; 3-11% acometimento bilateral; essa proporção pode subir para 50% nos casos que estão associados às síndromes familiares. 10% são hereditários; Fisiopatologia; Hipersecreção persistente de catecolaminas pelas células cromafins; Quantidade formada é maior que a capacidade de armazenamento nas vesículas; Acúmulo de catecolaminas no citoplasma; Excesso entra na circulação – Efeitos metabólitos e cardiovasculares; Aspectos morfológicos: MACROSCÓPICOS Variam em tamanho de lesões pequenas e circunscritas, confinadas à suprarrenal, a grandes massas hemorrágicas que pesam vários quilos; À superfície de corte, os FEO menores são lesões amarelo-acastanhadas, bem definidas, que comprimem a suprarrenal adjacente; As lesões maiores tendem a ser hemorrágicas, necróticas e císticas, e tipicamente obliteram a glândula suprarrenal; MICROSCÓPICOS São compostos por células cromafins poligonais a fusiformes, e as suas células de sustentação, Maria Seiane – Medicina IESVAP compartimentadas em pequenos ninhos, ou Zellballen, por uma rica trama vascular; O citoplasma das células neoplásicas frequentemente possui aspecto finamente granulado, destacado por uma variedade de colorações com prata, devido à presença de grânulos contendo catecolaminas; Os núcleos das células neoplásicas frequentemente são bastante pleomórficos; Tanto a invasão capsular quanto a vascular podem ser encontradas nas lesões benignas, e a mera presença de figuras mitóticas não implica malignidade. Portanto, o diagnóstico definitivo da malignidade se baseia exclusivamente na presença de metástases. o Estas podem envolver linfonodos regionais, assim como sítios mais distantes, incluindo fígado, pulmão e osso; Manifestações clínicas: Clínica variável; Pode ser assintomático por vários anos; Hipertensão - é presente em cerca de 90% dos pacientes e pode ser mantida ou intermitente; Os sintomas mais característicos estão relacionados com a secreção excessiva de catecolaminas (p. ex., cefaleia, diaforese, palpitações e nervosismo); o Tríade clássica: palpitações, cefaleia e sudorese profusa; Um episódio característico hipertensivo tem elevação abrupta, vertiginosa, da pressão sanguínea, associada a taquicardia, palpitações, cefaleia, sudorese, tremor e sensação de apreensão. Esses episódios também podem estar associados a dor abdominal ou torácica, náuseas e vômitos. As crises induzidas pelas catecolaminas podem resultar em: Insuficiência cardíaca, edema pulmonar, arritmias e hemorragia intracraniana. Geralmente, os paroxismos duram menos de 1 hr e podem ser desencadeados por cirurgia, mudança posicional, exercício, micção e várias medicações (antidepressivos tricíclicos, opiáceos, metoclopramida); Para pacientes com elevado risco para desenvolver FEO, com base na predisposição genética: o Mais provável a ocorrência de tumores adrenais bilaterais; o Localização extra-adrenal; o Idade mais jovem; Diagnóstico: Diagnóstico laboratorial de feocromocitoma se baseia na demonstração do aumento da excreção urinária de catecolaminas livres e dos seus metabólitos, como o ácido vanililmandélico e as metanefrinas; o A atividade hormonal flutua, gerando variação nas mensurações seriadas de catecolaminas; Exames de Imagem: localizam o tumor; o A TC e a RM apresentam sensibilidade semelhantes; o A TC deve ser realizada com contraste; o Os tumores também podem ser localizados utilizando-se traçadores radioativos; Critérios de Malignidade: Metástase Recorrência Invasão das estruturas adjacentes Tratamento: Cirúrgico; FEO não tratados determinam mortalidade precoce por complicações renais, cardíacas, cerebrais e vasculares provocadas pela grave hipertensão, podendo ocorrer, inclusive, morte súbita durante um paroxismo;
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