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Aula 2: As três fases da ética empresarial Questões como o valor, o bem, o mal e, mais ainda, a dedicação ao trabalho, fazem sentido? Ter fé é irracional? Devemos respeitar quem não é respeitável? O que é um princípio? Enfim, estas e outras perguntas que permeiam nossa mente são pertinentes à Ética Empresarial. A questão ética vem se destacando com o passar dos tempos em todos os setores, e no mundo corporativo não poderia ser diferente. Fase 1: A Era Industrial 1970 Surge com ímpeto o tema da ética dos negócios ou, como definida pelos europeus, da ética das empresas. 1980 O tema propaga-se pela Europa. 1990 Propaga-se pela América Latina e pelo Oriente. Adam Smith e Max Weber fizeram uma grande contribuição na era industrial ao garantir que existia uma conexão entre ética e empresa. Eles afirmaram que o sucesso empresarial seria alcançado quando a organização, dentro de sua estrutura, se preocupasse condições legais e morais. Obras: Adam Smith Teorias dos Sentimentos Morais Max Weber A ética protestante e eo espírito do capitalismo Fase 2: A Era Pós-Industrial Segundo Cortina (2007: 28), novas razões surgem para o fortalecimento da Ética Empresarial na década de 1970. Segundo Cortina (2007: 28), novas razões surgem para o fortalecimento da Ética Empresarial na década de 1970. Depois de vários escândalos, principalmente na sociedade norte-americana, como o Watergate, a desconfiança passou a predominar em todo o mundo. Making Democracy Work democracy work, onde procura mostrar como as redes de confiança contribuem para o funcionamento da economia. (Cortina, 2007: 28) Em terceiro lugar, a concepção da empresa sofreu transformação em vários pontos: Dimensão cultural. Uma nova visão da empresa, não como máquina para obter o máximo de produção, mas sim como organização, como empresa. O modelo taylorista foi substituído pelo pós-taylorista. Todos os stakeholders ganhando e não somente os acionistas. Em quarto lugar, novos desafios organizacionais levam a entender que a ética se fazia necessária na gestão. A maturidade do mercado implica em uma postura mais exigente por parte das empresas, visando a sua própria sobrevivência em tal mercado. Valores ― e não regras ― deveriam delinear as empresas, dentro de um mundo globalizado e altamente competitivo. É preciso buscar a fidelidade do consumidor. Em último lugar, Cortina chama atenção para a exigência cada vez maior advinda de uma ética cívica, configurada pelos valores compartilhados dentro de uma sociedade pluralista. Assim, a revitalização da Ética Empresarial depende de sua reformulação. Fase 3: A Era da Informação Esta Ética Empresarial revitalizada depara-se com novos desafios, como a passagem da economia velha para a chamada nova economia e a era da informação. Nesta era da informação, as universidades vêm fomentando a necessidade de dois pilares vitais relativos à ética empresarial: integridade e transparência, para que haja viabilidade empresarial. Na era da informação, uma coisa é patente: escândalos empresariais têm largos espaços nos veículos de comunicação, o que nos leva a reformular leis e, sobretudo, hábitos. A integridade e a transparência devem ser incorporadas ao caráter - das pessoas, do cidadão e da empresa. Somente assim haverá mudança de fato.
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