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Eliane Santana – 5º Período UFPE – MEDICINA Acompanhamento da vitalidade fetal • Usada em gestante de alto risco é um exame muito importante em bebês prematuros (28-32 semanas) e quando a mãe tem DMG • Na DMG, o Doppler não serve muito, há muitos falso- negativos Terminologia • Frequência cardíaca fetal basal • Variabilidade da FCF basal • Nº de acelerações: 15 bpm em no mínimo 15 seg (para > 32 sem); ou 10 bpm em no mínimo 10 seg (antes de 32 semanas) • Nº de desacelerações • Todos esses parâmetros devem ser relacionados com as contrações uterinas se a mulher estiver em TP • Se a mulher não estiver em TP, fazer relação com o nº de movimentos do feto Técnica Idade gestacional • CTG convencional: só pode ser feita acima de 32 semanas (não calcula uma variável chamada de short term variation, STV) • CTG computadorizada: pode fazer acima de 26 semanas Posicionamento da gestante: mãe deitada em 45º ou em decúbito lateral esquerdo, porque a compressão do feto sobre a veia cava pode alterar o exame ➢ Coloca na mãe os 2 transdutores, um avalia as contrações uterinas e deve ser colocado no fundo uterino, e o outro é o transdutor do Doppler, deve ser fixado no melhor ponto de ausculta fetal ➢ Mãe segura um marcador e o aperta toda vez que perceber movimento do bebê Grau de atividade fetal ➢ Pode-se colocar uma buzina pra estimular o bebê para começar a se movimentar Alterações no exame: ➢ podem ser causadas por drogas ministradas à mãe, tabagismo, malformações Tipos: • Anteparto • intraparto • computadorizada Anteparto: suas indicações são basicamente todas as condições de gestações de alto risco, para avaliar a vitalidade fetal • Cardiotocografia - Cada quadrado equivale a 1 minuto e tem 1 cm - O equipamento tem velocidade aproximada de 1cm/minuto - No papel milimetrado de cima, registra-se a FCF. Abaixo dele, há um espaço para indicação da percepção dos movimentos fetais. Abaixo dessa faixa, há papel milimetrado com registro das contrações uterinas • O aparelho não mede intensidade de contração uterina, só registra que teve a contração, não diz se a contração tem intensidade maior/menor (para dizer isso, seria necessário colocar um aparelho intraútero, que não é o objetivo) • Deve-se, primeiro, verificar a Frequência Cardíaca Basal: Defini-la na região onde há menor alteração da FCF, a região mais uniforme do CTG FCB: Na imagem, está aproximadamente 140 bpm. O normal é 110-160 bpm. Variabilidade: Calculada entre o pico máximo e o pico mínimo (nadir) na faixa da frequência cardíaca basal (ou seja, avalia a partir da quantidade de quadradinhos na vertical, a amplitude. Na imagem → variabilidade de 2 quadradinhos → 20 bpm) - Cada quadradinho (checar na vertical) equivale a 10 batimentos - A variabilidade normal é acima de 5 batimentos Aceleração - Quando a frequência cardíaca basal subir, deve-se verificar se é aceleração. - Para saber se é uma aceleração, ela precisa subir 15 bpm por no mínimo 15 segundos (se > 32 semanas) e 10 bpm por no mínimo 10 segundos. - Cada quadradinho tem 1 minuto Eliane Santana – 5º Período UFPE – MEDICINA - O normal é que o bebê tenha FC normal, tenha variabilidade boa, que tenha aceleração e que não tenha desaceleração. Desacelerações ➢ Não periódicas: episódicas, movimentos fetais • Pequenas, DIP 0 (espicas) • Não tem relação com as contrações uterinas ➢ Periódicas: dependentes das metrossístoles (tem relação com as contrações uterinas) • DIP I (precoce) • DIP II (tardio) • DIP III (umbilical) • Prolongadas quando duram mais que 2 minutos OBS: DIP → desaceleração intraparto • DIP I: precoce • A desaceleração coincide com a contração uterina, por isso é chamada de DIP precoce • Não significa, necessariamente, patologia • O significado geralmente é fisiológico, ocorre por reflexo natural do bebê, que quando ocorre contração uterina, gera aumento da pressão na cabeça do bebê, que pode levar ao DIP tipo 1 • Se for recorrente, se não se resolver após medidas, ou se forem quedas muito longas → necessita de vigilância • DIP II: tardio • Desaceleração ocorre depois da contração uterina • A queda máxima (nadir) ocorre após a contração • Significado patológico, representa hipóxia, reserva de oxigênio baixa • Contudo, não precisa interromper a gravidez de imediato • Faz medidas e espera ver se melhora, se não melhorar é que opera • DIP III: variável, pode ocorrer antes, durante ou depois contração uterina • É uma redução abrupta, visível e aparente da FCF (do início da desaceleração até o nadir, deve ser menor que 30 segundos) • Geralmente ocorre por compressão do cordão umbilical • Redução ≥ 15 bpm • Duração: entre 15 segundos e 2 minutos • Aspecto em V: melhor prognóstico • • Esporádica • Acelerações de “ombro” (aceleração antes de cair) • Recuperação rápida • Queda < 60 bpm • Variabilidade normal • Linha de base normal • Sem significado patológico • Aspecto em W: morfologia bifásica, mais grave • “Cai, tenta se recuperar subindo, não consegue, cai de novo, até conseguir se recuperar” → forma um W • Recorrentes • Perda do “ombro” • Recuperação lenta (≥ 60 segundos) • Queda > 60 bpm • Variabilidade alterada • Linha de base alterada • Desfavorável Eliane Santana – 5º Período UFPE – MEDICINA • Desaceleração prolongada (DIP prolongado) • Redução ≥ 15 bpm • Duração entre 2 e 10 minutos • Relacionado com hipotensão materna, hipertonia uterina, compressão do cordão, convulsão, eclampsia, prolapso de cordão • Desaceleração Recorrente • Presença de desacelerações em 50% ou mais das contrações uterinas em um período de 20 minutos • Testes • CTG tranquilizadora: é a normal, FC normal, variabilidade normal, aceleração presente, desaceleração ausente • CTG não tranquilizadora: apresenta alguma alteração • Repouso • Teste sem sobrecarga (TSS) • Provas da aceleração da atividade fetal estimulada: estimula o bebê pra ver se ele responde • Teste de estimulação sônica: ainda usado, aperta buzina durante 5 segundos, o bebê automaticamente dá um pulo, o “susto” faz com que ele comece a acelerar • Buzina da marca Kobo (500 a 40.000 Hz, 60 a 115 Db, 9,62cm²) • Polo cefálico • Tempo mínimo: 3 segundos • Classificação ↳ Reativo: > 20 bpm / 3 min ↳ Hiporreativo: < 20 bpm e/ou < 3 min ↳ Não reativo: não altera a FCF • Condutas • Se continuar do mesmo jeito após a buzina, confirma que a CTG é não tranquilizadora e vai fazer reanimação intraútero, não se indica cesariana imediata se essa for a única alteração • Medidas de ressuscitação intraútero: dar oxigênio pra mãe, colocar ela em repouso em decúbito lateral esquerdo, tirar ocitocina e hidratação com soro limpo • Teste de tolerância às contrações uterinas (espontâneo, estímulo papilar, ocitocina) → não são mais usados, o único estímulo que é feito é o da estimulação sônica OBS: short term variation (STV) mede a variabilidade de curta duração. O valor adequado é maior do que 4, bebês com menos que isso podem estar em acidose/óbito.
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