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Cultura do Algodão

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Grandes Cultivos 
ZEB1047 
Prof. Dr. Fabrício Rossi 
Algodão 
 
Edson Hiroshi Kohatsu Tamashiro 10289572 
 
Giovanni Polette Dalla Libera 9846302 
 
Gustavo Nocera Santiago 10289832 
 
Hugo Massashi Hatori 
9911805 
 
Letícia Altemari Nogueira 9006322 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
PARTE I 
 
1. INTRODUÇÃO ​ ​3 
2. CULTIVO E MANEJO ​ ​ 4 
2.1 Solos​ ​4 
2.2 Adubação e Correção​ ​6 
2.3 Cultivares ​ ​7 
2.4 Mudas e Sementes ​ ​8 
2.5 Irrigação​ ​9 
2.6 Sistemas de Cultivo ​ ​9 
2.7 Colheita e Pós-Colheita ​ ​ 10 
 2.7.1 Colheita 10 
 2.7.2 Beneficiamento 11 
 2.7.3 Destruição de Restos Culturais 11 
3. PRAGAS E DOENÇAS 12 
3.1 Pragas 12 
 ​3.1.1 Bicudo do algodoeiro 12 
 3.1.2 Broca da raiz 12 
 3.1.3 Mosca-branca 13 
 3.1.4 Pulgão do algodoeiro 13 
 3.1.5 Complexo de percevejos 13 
 ​3.1.6 Curuquerê do algodoeiro 13 
 3.1.7 Lagarta rosada 13 
 3.1.8 Ácaro rajado e Ácar vermelho 14 
 3.1.9 Ácaro branco 14 
3.2 Doenças​ ​ 14 
3.2.1 Causadas por fungos 14 
3.2.1.1 Ferrugem tropical 14 
3.2.1.2 Mancha de alternaria 14 
3.2.1.3 Mancha de Stemphylium 14 
3.2.1.4 Mancha de mirotécio 15 
3.2.1.5 Murcha de fusarium 15 
3.2.1.6 Mofo branco 15 
3.2.1.7 Ramuose 15 
3.2.2 Causadas por bactéria 16 
3.2.2.1 Mancha bacteriose 16 
3.2.3 Causadas por vírus 16 
1 
 
3.2.3.1 Vermelhão 
16 
3.2.3.2 Mosaico comum 16 
3.2.4 Causadas por nematóides 16 
3.2.5 Causadas por fungos do solo 17 
4. EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS 18 
5. ZONEAMENTO AGRÍCOLA 20 
6. MAQUINÁRIO 25 
 ​6.1 Preparo do solo 25 
 ​6.1.1 Terrenos de primeiro cultivo 25 
 ​6.1.2 Terrenos de cultivo anterior 25 
 ​6.1.3 Plantio Direto 26 
 ​6.1.4 Calagem 26 
 ​6.1.5 Adubação 27 
 ​6.2 Semeadura 28 
 ​6.3 Aplicação de defensivos agrícolas 28 
 ​6.4 Colheita 29 
 ​6.4.1 Colhedora de Fusos 29 
 ​6.4.2 Colhedora Stripper 30 
 
REFERÊNCIAS 37 
PARTE II 
1. Tecnologias aplicadas ao Manejo 
31 
2. Irrigação 31 
3. Adubação 33 
4. Relações com o Clima 33 
5. Pragas e Controle 34 
REFERÊNCIAS 37 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
PARTE I 
1. Introdução 
 
O algodão é uma planta perene de crescimento complexo usado para a 
extração das fibras e do óleo da semente. Pertence à família ​Malvaceae e gênero 
Gossypium​, mais especificamente é designada como ​Gossypium hirsutum (Yara, 
2020). 
A domesticação do algodão ocorreu há mais de 4.000 anos na região sul da 
Arábia, no entanto, já era usado pelas civilizações antigas em 4.500 a.C. Os 
responsáveis pela disseminação da cultura do algodão pela Europa foram os 
árabes, tanto que a origem da palavra é al-quTum. No Brasil, o cultivo do algodão 
iniciou-se no Nordeste, mais especificamente no Maranhão em 1760. Migrou para o 
Centro-Oeste em 1990, onde permanece como maior produtor (AMPA, 2020) 
Na natureza, podem chegar até 6 metros de altura mas ao cultivar, podem 
chegar até a 2 metros. As flores são brancas, mas ficam vermelhas e caem, 
deixando um fruto com várias sementes envolvidas por fibras dentro. Após a 
colheita, as fibras passam por todo um processo de limpeza e descaroçamento a fim 
de preparar aqueles itens de maior importância econômica (Britannica, 2020). 
O Brasil se configura entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de 
China, Índia, EUA e Paquistão e ocupa o primeiro lugar em produtividade sem 
irrigação. Em avaliação feita pela CONAB, a produção de algodão pluma no Brasil 
na safra 2019-2020 é de 2,879 milhões de toneladas, tendo somente o Centro-Oeste 
produção de 2,127 milhões de toneladas e área plantada de 1,671 milhões de 
hectares (CONAB, 2020). Dependendo da cultivar, a produtividade pode chegar até 
4.500kg/ha (EMBRAPA, 2013). 
3 
 
2. Cultivo e Manejo 
2.1 Solos 
Antes do preparo do solo, é necessário analisá-lo em relação às suas 
características, como textura, profundidade e estrutura. 
● Textura: 
 
1. Os solos arenosos (mais do que 70% de areiae menos que 15% de 
argila) são suscetíveis à erosão (por isso necessitam de práticas 
conservacionistas) e limitantes ao método de irrigação por sulcos. Para 
prepará-los, é preciso um mínimo de operações com gradagem 
destorroadora e roçagem se houverem plantas daninhas (EMBRAPA, 
2014) . 
2. Os solos médios (apresentam equilíbrio entre areia, silte e argila) são 
geralmente menos suscetíveis à erosão, apresentam boa drenagem e 
retenção de água, podendo ser usado qualquer método de irrigação. 
Apresentam melhores resultados com preparo invertido (trituração de 
restos culturais e invasoras seguido de aração com arado de aivecas). 
Caso seja um solo raso, utilizar arado escarificador (EMBRAPA, 2014). 
3. Os solos argilosos (mais que 35% de argila) necessitam de cuidados 
na mecanização devido à sua fácil compactação; por possuir alta 
coesão, a irrigação por aspersão é restrita quando apresenta velocidade 
de infiltração muito baixa. Antes do plantio, é recomendada aração com 
arado de aivecas reversível ou escarificador (caso a área esteja com 
infestação de ervas daninhas) e posteriormente uma ou duas gradagens 
(EMBRAPA, 2014). 
 
● Profundidade: 
1. Em ​solos rasos não é recomendado o cultivo do algodão pois suas 
raízes pivotantes podem encontrar dificuldade de penetração, além do 
solo poder encharcar facilmente (EMBRAPA, 2014). 
2. Os ​solos com afloramento de rocha também não são indicados para o 
cultivo do algodão pois é difícil o tráfego de máquinas e implementos 
(EMBRAPA, 2014). 
3. O tipo de solo mais indicado é o ​profundo pois tem maior dificuldade de 
encharcar e as raízes do algodão podem ir mais a fundo (EMBRAPA, 
2014). 
 
● Estrutura: Os solos a serem evitados são: rasos, com afloramento de 
rochas, salinos, excessivamente arenosos e demasiadamente argilosos 
(EMBRAPA, 2014). 
O manejo do solo é de extrema importância para uma excelente produtividade 
do algodão, além de preservar o solo. O preparo do solo pode ser realizado de três 
maneiras: convencional, cultivo mínimo e plantio direto. 
4 
 
● Convencional: Com o uso do arado, 100% da superfície é revolvida, 
posteriormente é usado grade niveladora e destorroadora. É indicado quando 
há necessidade de correção de características superficiais como a destruição 
da soqueira, ou subsuperficiais como incorporação de calcário e romper 
camadas compactadas. Não é muito indicado pois degrada o solo física e 
biologicamente (BELOT et al, 2015). 
Figura 1: Sistema convencional de plantio em algodão. Fonte: Circuito Mato Grosso 
 
 
● Cultivo mínimo: Também faz uso do arado, mas de forma mínima, 
somente sobre os resíduos da cultura anterior e de forma superficial. Também 
faz uso de escarificador para romper crostas (BELOT et al, 2015). 
 
● Plantio direto: As sementes são semeadas sobre a palha da cultura 
anterior. Por esse motivo, é de extrema importância se atentar a três coisas: 
manutenção contínua de palhada sobre superfície, não revolvimento do solo e 
rotação de culturas. Ao utilizar a rotação de culturas, é necessário um 
planejamento prévio de modo a escolher corretamente as culturas que irão 
antes e depois do cultivo do algodão para que uma beneficie a outra e reduza 
custos com controle de pragas (BELOT et al, 2015). 
Figura 2 : Sistema de cultivo direto em algodão. Fonte: Embrapa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
● Plantio semidireto: Somente se difere do plantio direto pelo fato de, 
neste caso, não haver palhada de cultivo anterior, somente com plantadeira 
especial. Mesmo assim, é importante organizar a sucessão e a precessão de 
culturas (EMBRAPA, 2014). 
 
2.2 Adubação e correção 
O algodão tem grande exigência nutricional e pode produzir até 6000 kg/ha 
quando bem manejado e para que isso aconteça, é vital um solo rico em nutrientes 
proporcionais à necessidade do algodão. 
Foi elaborada uma tabela média para a adubação adequada do algodão para 
que seja possível atingir a quantidade de 5000 kg/ha por Carvalho et al (2011) e é 
mostrada a seguir na tabela 1: 
Tabela 1: Quantidade média de nutrientes para o algodão. 
N P​2​O​5 K​2​O CaO Mg
O 
S B Cu Fe Mn Mo Zn 
Kg/ha g/ha 
330 96 290 199 71 28 600 210 315
0 
360 5 214 
Pode-se ver a alta necessidade de adubação nitrogenada. Durante sua fase 
inicial, é altamente exigente em Mg, S e Fe, durante o florescimento, é exigente em 
N, P, K e Ca. O algodão é sensível a baixo pH, alumínio e manganês tóxico e por 
isso, é necessária uma correção nas camadas de 0 a 40 cm. Ao utilizar as fórmulas 
para calcular a quantidade de calcário a ser usado para essa correção de solo, 
observar que a porcentagem de saturação por bases para o algodão é de 60 a 70%. 
Essa correção deve ser feita no mínimo 2 meses antes do plantio e incorporado com 
aração e gradagem, se estiver manejando o solo com plantio direto, aplicar no 
máximo 2,5 t/ha em solos argilosos e 2 t/ha em solos arenosos (EMBRAPA, 2014). 
As plantas de algodão expressão suas necessidades nutricionais através de 
sintomas em seus tecidos visíveis, principalmente as folhas. E é com isso que 
pode-se avaliar alguma deficiência de algum nutriente no solo ou se a planta não o 
está assimilando por algum motivo. Um diagrama foi elaborado por Borin et al (2013) 
para auxiliar no diagnóstico e está exibido a seguir na figura 3: 
 
 
 
6 
 
Figura 3: Diagrama de sintomas de deficiência nutricional em plantas de algodão. 
 
 
 
 
 
 
2.3 Cultivares 
Antes de iniciar o plantio, é necessário escolher a cultivar que será utilizada. 
Com uma cultivar cuidadosamente escolhida, visando sempre à adaptabilidade da 
planta com o meio, é possível obter excelentes resultados. As principais pesquisas 
para melhoramentos das cultivares têm por objetivo plantas mais produtivas, 
precoces, de alto rendimento de fibras, fibras mais finas, resistentes e uniformes. 
Além disso, é esperado que a cultivar a ser escolhida apresente boa resposta à 
aplicação de insumos, adaptação à colheita mecanizada, porte ereto, capulhos bem 
aderidos, ótimo sistema radicular, suportar altas densidades de plantio (EMBRAPA, 
2014). 
Existem, atualmente, cerca de 450 cultivares de algodão registradas no 
Ministério da Agricultura. Aquelas mais indicadas para o cultivo irrigado são: 
●BRS 286: porte médio a baixo, porcentagem de fibra de 40%, floração aos 50 
a 55 dias, aparecimento do capulho aos 110 a 115 dias, colheita em 140 a 160 dias 
(EMBRAPA, 2010). 
 
●BRS 335: porte médio, surgimento da primeira flor de 50 a 55 dias, abertura 
da primeira maçã de 105 a 115 dias e colheita de 150 a 170 dias (EMBRAPA, 2011). 
7 
 
 
●BRS 336: porte médio, porcentagem de fibra de 39,5%, floração de 60 a 65 
dias, aparecimento do primeiro capulho de 110 a 120 dias e colheita de 170 a 180 
dias (EMBRAPA, 2011). 
 
 
2.4 Mudas e Sementes 
Escolhida a cultivar mais indicada para o cultivo na localidade, é hora de se 
atentar às mudas e sementes, o começo da produção. Sementes bem escolhidas 
podem oferecer resistências às pragas e doenças iniciais, estabelecimento rápido de 
uma plantação uniforme, plantas resistentes ao estresse hídrico, baixa necessidade 
de replantio, emergência mais rápida e crescimentomais vigoroso (EMBRAPA, 
2014). 
Para se saber a qualidade da semente que será plantada, são necessárias 
algumas análises que devem ser feitas em laboratórios oficiais que analisam uma 
pequena amostra. São elas: análise de pureza (separa-se a quantidade de 
sementes puras das outras sementes e partículas, o grau de pureza deve ser de no 
mínimo 98%), teste de germinação (analisam a porcentagem de sementes puras 
que conseguem germinar em 2 semanas, a porcentagem de germinação deve ser 
de pelo menos 80% do lote) e grau de umidade (é determinado o teor de água na 
semente por meio de secagem em estufa, o teor máximo aceitável é de 12%) 
(BRASIL, 1992). 
Também é importante a conservação da semente para que seu 
armazenamento possa ser mais duradouro e livre de pragas e doenças. Alguns 
produtores de sementes as tratam com fungicidas e inseticidas registrados para a 
cultura a fim de as manterem seguras durante o armazenamento e fases iniciais de 
plantio. O local também é importante, recomendando-se armazenamento em 
condições de 26°C e 57% de umidade do ar por até dez meses; em câmara fria de 
10°C e 70°C de umidade do ar as sementes podem durar até 12 meses (BELOT et 
al, 2015). 
Figura 4: Respectivamente: teste de germinação, plântula infectada e semente morta. Fonte: 
AMPA – IMAmt. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
2.5 Irrigação 
A irrigação tem contribuído grandemente para um aumento da produção de 
algodão, principalmente na região do Nordeste brasileiro pelo regime de chuvas do 
local que não supre as necessidades da planta nos seus ciclos fenológicos 
corretamente. Isso acarreta consideráveis perdas para os produtores, já que as 
culturas irrigadas podem triplicar a produção, comparadas com as de sequeiro. O 
algodão possui alta adaptabilidade para todos os métodos de irrigação, deixando ao 
produtor a escolha do método que considerar melhor pelas características da sua 
propriedade (EMBRAPA, 2014). 
A quantidade total de água que a cultura do algodão necessita varia de 500 
mm a 1.500 mm dependendo do clima e da duração do cultivo. A eficiência global do 
uso da água varia de 0,4 kg/m​3 a 0,6 kg/m​3​(AZEVEDO et al, 1993). O Coeficiente de 
Cultivo (Kc) varia de acordo com a cultivar plantada e também com a fase fenológica 
(já que cada fase necessita de mais ou menos água para maximizar a produção). 
Com esses dados em mãos, o produtor deve saber quando irrigar através de 
diversos métodos possíveis e quanto irrigar através de cálculos com os dados 
obtidos e possuídos como Kc, quantidade de água no solo e variáveis climáticas. 
Figura 5: Sistemas de irrigação por sulcos e aspersão em cultivo de algodão respectivamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6 Sistemas de Cultivo 
Existem dois sistemas de cultivo de algodão atualmente no Brasil: o algodão 
safra e o algodão segunda safra. Não cultivar o algodão em áreas de abertura pois 
ele responde melhor a solos cultivados por mais tempo, corrigidos e 
homogeneizados. Importante também adotar boas práticas para conservação do 
solo e da água como semeadura em nível e curvas de nível. Durante a semeadura, 
dar preferência por semeadoras que tenham o sistema de sulcadores apropriado 
9 
 
(BELOT et al, 2015). Cada um necessita de cuidados e recomendações próprias 
que serão mostradas a seguir. 
●Algodão safra: são cultivados como safra principal, seu período de plantio 
depende das características edafoclimáticas do local. Espaçamento entrelinhas 
variando de 0,38 m a 1 m a depender da textura e fertilidade do solo, água, 
temperatura e presença de nematóides. Dependendo da cultivar, podem ser 
plantadas de 8 a 12 por metro. Para a colheita, plantações com espaçamento 
entrelinhas de 0,76 m a 1 m, é indicado que a altura seja de 1,5 vezes a distância 
entrelinhas; plantações com entrelinhas de 0,45 m a 0,5 m, a altura final deve ser 
entre 2 e 2,2 vezes o espaçamento entrelinhas para colheita em sistema de fuso e 
altura final de 1,5 vezes o espaçamento entrelinhas para colheita “striper” (BELOT et 
al, 2015). 
 
●Algodão segunda safra: são cultivados após uma cultura comercial no mesmo 
ano agrícola e seu período de plantio depende das condições edafoclimáticas do 
local. O espaçamento entrelinhas varia de 0,38 a 0,9 m, sendo o de 0,76 m a 0,9 m 
sendo indicado para o início da semeadura e o espaçamento de 0,38 m a 0,5 m 
sendo indicado para o fechamento da semeadura. Dependendo da cultivar, também 
podem ser plantadas de 8 a 12 por metro. Para espaçamentos de 0,76 m a 1 m é 
indicado que a altura final seja de 1,5 vezes a distância das entrelinhas; para as de 
0,45 m a 0,5 m, e indicação para altura de colheita é a mesma da algodão safra 
(BELOT et al, 2015). 
 
 
2.7 Colheita e pós-colheita 
 
2.7.1 Colheita 
 
Uso de colheitadeiras automotrizes, sendo essa vantajosa em relação à 
manual pelos custos reduzidos, melhoria na qualidade do produto colhido, maior 
rapidez, teor de impurezas menor e evita a presença de contaminantes (DA SILVA 
et al, 2006). 
Para se maximizar o rendimento da colheitadeira a variedade deve ser de 
estrutura compacta, com tamanho homogêneo e ciclo relativamente precoce para 
uma uniformidade na colheita. O uso de desfolhantes e maturadores para melhorar 
o desempenho e eficiência da máquina já que a presença das folhas verdes 
aumenta a umidade e produz manchas de clorofila na fibra, afetando a qualidade do 
produto. Na hora da colheita (que deve ser iniciada entre 8:30 e 9h da manhã e não 
se prolongar até altas horas), é importante que a umidade seja de 12% e 100% dos 
capulhos abertos (DA SILVA et al, 2006). 
O algodão colhido é passado para um reboque especial chamado Bass Boy e 
levado até a prensa compactadora que confecciona os fardões mediante 
compactação do algodão; cada fardão tem 10 toneladas, com uma densidade de 
200kg/m​3​. Os fardões são transportados até o local do beneficiamento por um 
caminhão especial, o transmódulo e uma carreta tipo prancha (DA SILVA et al, 
2006). 
 
 
10 
 
 
 
2.7.2 Beneficiamento 
 
É realizado em locais chamados Usinas Algodoeiras e consiste na separação 
da fibra das sementes através de processos mecânicos buscando sempre manter o 
padrão de qualidade das fibras (DA SILVA, 2006). 
Primeiramente ocorre o desmanche do fardão, depois separadores 
gravimétricos que realizam a pré-limpeza. As torres secadoras diminuem a umidade 
do algodão, subsequentemente o algodão é conduzido aos batedores de rolo que 
retiram impurezas que se desprendem com maior facilidade da fibra. O extrator 
alimentador utiliza a força centrífuga para a remoção e extração de mais impurezas. 
O algodão limpo chega ao descaroçador que separa as sementes das fibras através 
de serras circulares; vai aos limpadores de fibra que extraem pequenas partículas. O 
condensador agrega novamente a massa de fibras, tornando em uma manta 
contínua para que chegue à bica e seja umidificada e vá ao calcador para a 
realização de uma pressão no volume da pluma. Finalmente o algodão chega à 
prensa hidráulica e os fardos são confeccionados (DA SILVA, 2006).2.7.3 Destruição de restos culturais após a colheita 
A destruição dos restos do algodão é uma medida de profilaxia para evitar um 
alto número de pragas especialmente o bicudo, a lagarta rosada e a broca-da-raiz, 
além de ser obrigatório por lei (DA SILVA, 2006). 
A destruição pode ser mecânica ou química. Como exemplo das mecânicas 
tem-se os seguintes aparelhos: a roçadeira mais grade aradora, Matabrotos da 
Ikeda, Destroyer da Ikeda, JM Cotton Mil da Jumil, arrancador de discos Watanabe, 
arrancador triturados de plantas de algodão da Camic, cortador de plantas 
Watanabe e destruidor de plantas Prata 1000. Para a destruição química, são 
usados herbicidas (2,4D - amina ou glifosato) para o controle da rebrota quando 
apresentar área foliar capaz de absorver o herbicida aplicado. Para uma destruição 
completa dos restos culturais é indicado a integração entre processos mecânicos, 
químicos e culturais (cultivar outras espécies que impeçam o crescimento do 
algodoeiro(DA SILVA, 2006). 
11 
 
3.Pragas e Doenças 
 
 
3.1 Pragas 
 
O algodão é muito atacado por pragas porque é um sistema produtivo 
intenso. Uma produção que ocorre na maior parte do ano. Outra razão para as 
pragas se desenvolverem é a presença de nectários em suas folhas. 
Para lidar com pragas, é necessário conhecer bem sobre elas, seus inimigos 
naturais e suas condições favoráveis, não somente os inseticidas seletivos,ou seja, 
ambos são de extrema importância para uma boa produção. Inimigos naturais 
indicam o NNA (nível de não ação). 
Para se ter controle das pragas, é necessário tomar amostras de 100 
plantas/talhão, sendo cada talhão 100 ha, selecionando 20 pontos com 5 plantas. 
Entre os 20 pontos selecionados, deve-se escolher quatro pontos nos extremos, o 
restante no seu interior. Geralmente as amostragens são realizadas entre 3 a 7 dias, 
mas isso varia com o nível de pragas, e esses resultados são utilizados para indicar 
a intensidade a se aplicar para o controle. 
3.1.1 Bicudo do algodoeiro (​Anthonomus grandis​): 
Principal praga do algodão. As fêmeas que vivem de 20 a 30 dias depositam 
os ovos dentro dos botões florais. Com isso, os botões têm chance de cair, ter flores 
balão e pétalas danificadas. 
Botões florais abertos e amarelados com presença de perfurações escuras ou 
pólen aderido são sintomas desta praga na cultura. 
Seu nível de controle é analisado a partir das maçãs formadas ou em 
formação. Sua quantidade corresponde a porcentagem de infestação que se pode 
tolerar. Ou seja, se há 3 maçãs, a cultura pode tolerar 2% de infestação de botões 
florais danificados. 
3.1.2 Broca da raiz (​Eutinoborhrus brasiliensis​): 
Encontradas na região do colo da planta, onde os ovos são colocados pelas 
fêmeas. Sua presença ocasiona em folhas avermelhadas e murchas em plantas 
desenvolvidas. 
 
 
12 
 
3.1.3 Mosca-branca (​Bemisia tabaci​ biótipo B): 
Este inseto suga a seiva da planta, causando enrolamento de folhas jovens e 
forma substância açucarada, causando queda de folhas do algodão e afeta à 
qualidade da fibra. Causando indiretamente o “mosaico comum”. 
3.1.4 Pulgão do algodoeiro (​Aphis gossypii​): 
Se localizam no inferior da folha, em brotos ou em folhas novas, gerando 
ponteiros enrugados, folhas enrugadas e encarquilhadas. Pode-se observar também 
a deformação de brotos e mela nas folhas, devido a sucção continua da seiva, 
prejudicando a qualidade da fibra, pois a mela ajuda a fumagina. 
Os pulgões do algodoeiro causam danos indiretos, como o “vermelhão” e 
“mosaico das nervuras”. 
Seu nível de controle é 1 pulgão por cm² de folha em média. Avaliando a 
quarta folha, contando de cima para baixo. 
3.1.5 Complexo de percevejos (​Nezara viridula​, ​Euschistus heros 
e​ Pezodorus guildinii​): 
Ocasionam na queda de botões florais, flores e maçãs, pode-se encontrar 
maçãs deformadas também. 
O nível de controle para todos os percevejos é de 20% das plantas com 
botões atacados. 
3.1.6 Curuquerê do algodoeiro (​Alabama argilacea​): 
Sua presença se dá devido a não destruição de soqueiras de algodão da 
safra anterior. 
A planta apresenta folhas cortadas e pode ocorrer desfolha intensa. Seu nível 
de controle é uma média de 25% de desfolhamento. 
3.1.7 Lagarta rosada (​Pectinophora gossypiella​): 
Seu nome se dá a sua cor rosada. Apresentando nas plantas a queda de 
botões florais, folhas murchas e maçãs destruídas, com fibras e sementes 
machucadas. 
O nível de controle desta praga é de 5% de maçãs com lagartas, numa 
amostragem de 100 maçãs em formação. 
 
13 
 
3.1.8 Ácaro rajado (​Tetranychus urticae​) e Ácar vermelho 
(​Tetranychus ludeni​): 
Suas folhas ficam manchadas avermelhadamente a partir das nervuras e 
também ocorre necrose e desfolha. 
3.1.9 Ácaro branco (​Polyphagotarsonemus latus​): 
Folhas escuras e mais duras, com a face superior da folha apresentando um 
aspecto vítreo e a inferior brilhante. 
O nível de controle de todos os ácaros é a detecção de reboleira ou 30% de 
plantas em colônias. 
 
3.2​ ​Doenças 
3.2.1 Causadas por fungos 
3.2.1.1 Ferrugem tropical 
Essa doença vem do Phakopsora gossypii. Geralmente se manifesta mais ao 
fim do cultivo. Os sintomas são: folhas com manchas marrons. Com o tempo gera 
amarelecimento e desfolha no vegetal. Essa doença é propagada pela corrente de 
ar. 
Para ter controle dela, é necessário realizar a rotação de culturas e 
fungicidas. 
3.2.1.2 Mancha de alternaria 
Vem de fungos do gênero Alternaria spp. Causa ferimento nas folhas. Um 
sintoma é a presença de manchas redondas de cor marrom. 
Para evitar que essa doença prejudique a cultura é necessário o uso de 
cultivares resistentes, rotação, destruição de restos culturais, utilização de sementes 
fortes e fungicidas. 
3.2.1.3 Mancha de Stemphylium 
Ela vem do fungo Stemphylium solani. Muito danosa para toda a cultura, 
podendo influenciar financeiramente os produtores. Seus sintomas são de manchas 
de forma redonda ou sem um padrão, de coloração avermelhada. Para se ter um 
controle dela é necessário fazer uso de cultivares resistentes e fungicidas. 
 
14 
 
3.2.1.4 Mancha de mirotécio 
Ela vem do fungo Myrothecium roridum. É semelhante aos sintomas da 
mancha-de-alternária. Entretanto, a mancha-de-alternária não apresenta 
esporodóquios. 
Para controlar essa doença deve haver rotação de cultura, destruição de 
resto cultural , tratamento especial de sementes e fungicidas. 
3.2.1.5 Murcha de fusarium 
​O agente etiológico dessa doença é o fungo Fusarium oxysporum f. sp. 
vasinfectum. 
Inicialmente as folhas das plantas adultas afetadas têm como característica 
clorose nas áreas irregulares da superfície foliar, em seguida ocorre necrose e 
queda as folhas, o que pode levar a morte da planta ou a diminuição do seu porte. 
As plantas infectadas podem apresentar crescimento lento, com altura diminuta 
assim como folhas e capulhis pequenos e de menor peso. Para se controlar, 
deve-se em primeiro lugar usar cultivares resistentes, além disso deve haver ainda 
preocupação em utilizar sementes livres de patógenos, ainda mais em locais sem 
ocorrência da doença ou com plantas suscetíveis à patogenia para evitar surto na 
cultura. 
3.2.1.6Mofo branco 
É causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, fungo polífago. 
A doença se apresenta com a necrose e podridão úmida tanto da haste como 
do pecíolo e folhas da maçã. Para o controle da doença, há utilização de sementes 
sadias, realização de rotação de cultura, com preferência por gramíneas. 
 
3.2.1.7 Ramuose 
​Ela vem pelo fungo Colletotrichum gossypii var. dephalosporioides. Pode 
surgir toda fase da planta, principalmente quando mais novas. Apresenta manchas 
de formato circular em folhas novas. Para controlar essa enfermidade deve se 
utilizar cultivares mais fortes, sementes resistentes à fungos, realizar rotação de 
cultura, destruir todos os restos culturais e fungicidas. 
 
 
15 
 
3.2.2 Causadas por bactéria 
3.2.2.1 Mancha bacteriose 
Ela vem da bactéria Xanthomonas axonopodis PV. Malvacearum. Quando a 
planta está com esta doença, ela apresenta ferimentos de cor esverdeada. Para se 
controlá-la, é necessário utilizar sementes tratadas, livres da bactéria. 
 
3.2.3 Causadas por vírus 
3.2.3.1 Vermelhão 
Vem do vírus Cotton anthocyanosis vírus, ela se propaga pelo pulgão Aphis 
gossypii. Apresenta bastante o sintoma depois de dois meses, sendo ele manchas 
de cor vermelha. Para se controlar é necessário uma população do pulgão baixa, 
visando a resistência da cultivar. 
 
3.2.3.2 Mosaico comum 
Vem do Abutilon mosaic virus, transmitido pela mosca-branca. Dentre os 
sintomas, temos manchas amarelas, inicialmente pequenas e isoladas no limbo 
foliar, podendo avermelhar essas manchas conforme o desenvolvimento da planta. 
Para controle do mosaico-comum, erradicam-se plantas doentes e hospedeiros 
alternativas. 
 
3.2.4 Nematoides do algodoeiro 
Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis, Pratylenchus brachyurus, 
Belonolaimus longicaudatus, Belonolaimus gracilis, Haplolaimus 46 columbus, 
Paratrichodorus spp. e Tylenchorhynchus spp. (STARR, 1998), são espécies 
facilmente encontradas na cultura do algodoeiro. 
Mosqueamento amarelo é um sintoma típico de plantas infectadas por 
nematóides do gênero Meloidogyne, por vezes ocorrendo o sintema "carijó", ou seja, 
uma vermelhidão distribuída pelo limbo foliar, contrariamente com a coloração 
normal das folhas. 
O monitoramento da população de nematóides na região antes da 
implantação e cultivação da cultura, é uma tática de controle recomendada. Assim 
como o monitoramento, temos a utilização de variedades resistentes, tal qual a 
16 
 
rotação de culturas com variedades resistentes ou que não sejam hospedeiras de 
nematóides. 
 
3.2.5 Causadas por fungos do solo 
O tombamento é popular entre os produtores de algodão. Apresenta lesões 
que não apresentam um padrão, geralmente no caule, e nas partes foliares. O 
tombamento ocorre quando esses ferimentos circundam o caule, ocasionando na 
morte da planta. 
17 
 
4. Exigências climáticas 
 
Conhecer o histórico das condições climáticas do local de cultivo do algodão 
são de suma importância, pois, com tais condições naturais respeitadas, a cultura 
pode expressar seu máximo potencial de produção. Assim, fatores climáticos como 
temperatura, umidade do ar, precipitação, fotoperíodo e intensidade do vento 
interferem diretamente na cultura do algodoeiro. 
 
Assim como em outras culturas, deve-se planejar que o plantio seja feito no 
período climático mais favorável a esta etapa, neste caso, na época do ano mais 
úmida, verão. 
 
O algodoeiro herbáceo e sensível a variações de temperatura, sendo que 
quando é exposto a temperaturas abaixo de 20°C as fibras do algodão podem ser 
encurtadas, devido a resposta metabólica da planta. Neste sentido, a temperatura é 
o fator climático mais crítico para a cultura, afetando diretamente seus processos 
fenológicos como produção de biomassa, expansão foliar e alongamento de internos 
e condução dos assimilados pela planta. Na fase de crescimento vegetativo a 
temperatura ideal indicada na literatura está entre 27°C e 32°C, já para a 
germinação da semente a faixa ótima é entre 25°C e 30°C (SOUZA, 2008). 
Adicionalmente, baixas temperaturas noturnas (20°C) combinadas a temperatura 
diurna de 25°C estimulam o florescimento, enquanto que temperaturas noturnas 
acima de 25°C atrasa o florescimento. 
 
Levando em conta o ciclo vegetativo do algodoeiro herbáceo irrigado, é requerido 
um ambiente quente e com boa umidade do solo, no entanto, deve-se atentar ao 
ciclo fenológico da cultura para que a época de colheita não coincida com a época 
chuvosa. 
 
A seguir lê-se as algumas condições climáticas ótimas para a produção do algodão: 
 
● Temperatura média do ar variando entre 20 ºC e 30 °C; 
 
● Precipitação anual variando entre 500 mm e 1500 mm; 
 
● Umidade relativa média do ar em torno de 60%. 
● Nebulosidade inferior a 50%; 
 
● Inexistência de inversão térmica (dias muito quentes e noites muito frias); 
 
 
18 
 
Figura 6 - Limites de temperatura para diferentes etapas de crescimento do algodoeiro - Fonte : 
DOORENSBOS; KASSAN, 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. Zoneamento Agrícola 
De forma geral, o zoneamento é usado principalmente para diminuir os riscos 
relacionados a problemas climáticos e auxilia o produtor a reconhecer qual a melhor 
época para se plantar, levando em consideração a região do país, a cultura, e os 
diferentes tipos de solo. Os agricultores são obrigados a adotar as instruções do 
Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para contratar recursos do crédito 
rural, agricultura familiar e do seguro rural. Em prol do Zarc a EMBRAPA está 
sempre desenvolvendo novos estudos que são atualizados anualmente. 
Um dos principais papéis do zoneamento agrícola é identificar os municípios 
aptos e os períodos de semeadura que possuem menores riscos climáticos, essas 
que foram divididas em três níveis de risco: 20%, 30% e 40% para o cultivo de 
algodão herbáceo no estado de São Paulo. 
Essa identificação foi feita a partir de um modelo que considera as exigências 
hídricas e térmicas, as reservas de água útil no solo para a devida cultura, período 
de duração das fases fenológicas e do ciclo, além de índices pluviométricos e de 
evapotranspiração. No entanto partiu-se do pressuposto de que não haverá 
limitações relacionados à fertilidade do solo e problemas causados por pragas e 
doenças. 
Quatro grandes fatores foram considerados para se demarcar áreas aptas ao 
cultivo de algodão herbáceo, foram elas: 
1. Ciclo e fase fenológica da cultura: 
Foram consideradas as fases de germinação/emergência (fase I), 
desenvolvimento/crescimento (fase II), floração/enchimento de capulho (fase 
III) e a fase de maturação fisiológica (fase IV); 
Cultivares foram divididas em dois grupos com características homogêneas, 
condizente com a região geográfica, sendo que o Grupo II possui n <= 170 
dias e Grupo III possui n > 171 dias, onde “n” representa a quantidade de dias 
de emergência à maturação fisiológica. 
2. Capacidade de Água Disponível (CAD): 
Foi avaliado com base na profundidade efetiva das raízes e da reserva útil de 
água nos solos. Foram considerados três tipos de solos: solos de textura 
arenosa (Tipo 1) com capacidade de armazenamento de até 42 mm de água, 
solos de textura média (Tipo 2) com capacidade de até 66mm e por fim solos 
de textura argilosa (Tipo 3) com 90 mm de capacidade de armazenamento. 
3. Índice de satisfação das Necessidades de Água (ISNA): 
Fase vegetativa (fase I) com ISNA >= 0,60 e a fase reprodutiva (fase III) com 
ISNA >= 0,55 apresentando um baixo risco de excesso de chuva durante a 
fase de capulho abertos. 
20 
 
 
5.1 Tipos de solos aptos ao cultivo 
Estão aptos para o cultivo de algodão herbáceo, os solos dos tipos 1, 2 e 3 
com as devidas especificações e recomendações existentes na Instrução Normativa 
nº2 de 9 de outubro de 2008. 
Não estão aptas para o cultivo: 
● Áreas de preservação permanente, de acordo com a Lei 12.651, de 25 de 
maio de 2012 
● Áreas que possuem solos com uma profundidade inferior de 50 cm ou com 
solos muito pedregosos (solos onde os matacões ocupem mais de 15% da 
massa e/ou superfície do terreno). 
Figura 7-Tabela de dados - Fonte: 
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vige
nte/sao-paulo/word/PORTN151ALGODOHERBCEOSP.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vigente/sao-paulo/word/PORTN151ALGODOHERBCEOSP.pdf
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vigente/sao-paulo/word/PORTN151ALGODOHERBCEOSP.pdf
 
5.2 Cultivares indicados para o estado de São Paulo 
Os cultivares indicados foram agrupados da seguinte forma: 
● GRUPO II: 
○ BASF S/A​: FM 940GLT e FM 906GLT; 
○ D&PL BRASIL LTDA​: DP 604BG, DP 555BGRR, DP 1231 B2RF, DP 
1227 RF e DeltaOPAL; 
○ IAC​: IAC 25 RMD, IAC 26RMD, IAC FC 1, IAC FC 2, IAC PV 1 e IAC 
RDN; 
○ TMG TROPICAL MELHORAMENTO E GENETICA LTDA​. : 
TMG11WS, TMG44B2RF, TMG47B2RF, 1648 B2RF, 
○ TMG61RF, TMG62RF, 17R134B2RF e 16R137B2RF. 
 
● GRUPO III 
○ BASF S/A​: FM 975WS, FM 944GL, BS 2106 GL, VB 1370GLT, FM 
983GLT, FM 954GLT e FM 985GLTP; 
○ D&PL BRASIL LTDA​: DP 1536 B2RF, DP 1552 B2RF, DP 1552 RF, 
1742 RF, DP 1743 RF, DP 1746 B2RF e DP 1730 B2RF; 
○ TMG TROPICAL MELHORAMENTO E GENETICA LTDA​. : 
TMG42WS, TMG82WS e TMG81WS. 
 
5.3 Relação do município de Pirassununga e sua aptidão ao cultivo e períodos 
indicados para semeadura 
Períodos de semeadura para cultivares do grupo II 
 Solo 1 Solo 2 Solo 3 
Município Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Pirassununga 29 a 
1 
29 a 
2 
29 a 
3 
29 a 
3 
 29 a 
3 
 
 
 
 
22 
 
Períodos de semeadura para cultivares do grupo III 
 Solo 1 Solo 2 Solo 3 
Município Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Risco 
de 
20% 
Risco 
de 
30% 
Risco 
de 
40% 
Pirassununga 29 a 
36 
29 a 
1 
 29 a 
1 
 29 a 
1 
 
 
 
 
 
Mapa de aptidão do algodão 
 
Figura 7 - Mapa de aptidão do algodão (fonte: ​http://www.ciiagro.sp.gov.br/znmt_macro_3.html​) 
 
 
23 
http://www.ciiagro.sp.gov.br/znmt_macro_3.html
 
Legenda referente à figura 7 acima: 
● Faixa "A" – Ta, superior a 19 ºC; Da superior a 0 mm e Ea, inferior a 500mm. 
É a faixa que oferece plena aptidão climática à cultura comercial do algodão. 
Não apresenta, normalmente, restrições térmicas e hídricas severas em 
qualquer fase da cultura. Abrange quase todo o planalto paulista; apenas as 
áreas serranas ao sul e leste do planalto e a litorânea estão fora da faixa. 
● Faixa "B" – Ta inferior a 19 ºC; Da superior a 0mm e Ea inferior a 500mm. 
Essa faixa sofre deficiência térmica, com freqüência, sendo considerada 
marginal à cotonicultura, embora as condições hídricas sejam satisfatórias. 
Compreende pequenas áreas distribuídas nas fraldas das Serras do Mar e da 
Mantiqueira, no sul do planalto. 
● Faixa "C" – Da, superior a 500 mm. É uma faixa marginal a cotonicultura por 
apresentar a estação estival demasiadamente chuvosa, embora possua uma 
estação seca favorável à maturação e colheita. Compreende pequenas áreas 
situadas no centro e nordeste do planalto, nas serras de São Carlos, Batatais 
e Franca. 
● Faixa "D" – Ta acima de 19 ºC; Da igual a 0 mm e Ea abaixo de 500 mm. 
Essa faixa não apresenta para favorecer a maturação e a colheita. Foi 
considerada marginal à cotonicultura comercial, embora as condições 
térmicas e hídricas na estação de vegetação, sejam satisfatórias. 
Compreende principalmente a parte central do Vale do Ribeira, no litoral sul 
do Estado, e pequenas áreas nos vales dos afluentes do rio Paranapanema, 
no sul do Planalto. 
● Faixa "E" – Ta inferior a 19 ºC; Da igual a 0 mm e Ea superior a 500 mm. A 
faixa é considerada marginal ou inapta, por não apresentar estação seca para 
a maturação e colheita e por possuir deficiências térmicas. A estação 
vegetativa de verão não é, porém, demasiado chuvosa. Compreende 
pequena faixa na encosta norte da serra do Mar e parte do Vale do rio Tietê, 
no sul do planalto. 
● Faixa "F" – Da = a 0 mm e Ea superior a 500 mm. Essa faixa é considerada 
demasiadamente úmida, durante todo o curso do ano e se apresenta inapta 
para a cultura do algodão. Abrange toda a zona serrana mais alta das serras 
do Mar e da Mantiqueira, no sul do Estado e toda a faixa litorânea, à exceção 
da parte central do vale do Ribeira. 
24 
 
6. Maquinário 
A produção anteriormente realizada por pequenos produtores, nas regiões 
nordeste e sudeste do país, passou a ser realizada em grandes unidades de 
produção localizadas na região central do país. ​ ​(GIMENEZ, 2018) 
A mecanização agrícola na cultura do algodão foi essencial para permitir o 
cultivo economicamente viável realizado na região central. No cultivo do algodão é 
necessária a realização de preparo do solo, semeadura em linhas e aplicações 
periódicas de agrotóxicos para que se chegue finalmente à colheita​.​(GIMENEZ, 
2018) 
 O uso das máquinas permitiu a implantação da cultura nos períodos mais 
adequados, maximizando o aproveitamento dos recursos naturais disponíveis 
obtendo maiores produtividades. A aplicação dos agrotóxicos nos momentos 
adequados através de pulverizadores com elevada capacidade operacional foi 
também fundamental para preservar o potencial produtivo.​ ​(GIMENEZ, 2018) 
6.1 Preparo do solo 
Deve ser feito com o solo úmido, suficiente para permitir a operação dos 
implementos, levando em consideração o histórico da área como, tipo, topografia, 
primeiro cultivo é cultura anterior. 
 
6.1.1 Terrenos de primeiro cultivo 
Deve-se utilizar o arado de aiveca ou de disco na profundidade de 20 
centímetros, para permitir a incorporação dos restos de vegetação, seguido de uma 
algodão passagem com a grade niveladora ou destorroadora, pouco antes da 
semeadura do , para a destruição das ervas daninhas é completar a operação de 
preparo do solo. 
 
6.1.2 Terrenos de cultivo anterior 
O mais indicado é utilizar o arado de aiveca ou de disco para incorporar os 
restos de culturas, sendo complementado com uma passagem de grade niveladora 
ou destorroadora na profundidade de 5 centímetros, feita pouco antes da semeadura 
do algodão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
Figura 8 - Disco de arado Tatu Marchesan - Fonte : 
https://www.agriexpo.online/pt/prod/tatu-marchesan/product-173791-54576.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.1.3 Plantio Direto 
O cultivo sucessivo e o uso intensivo de máquinas e implementos no preparo 
de solo do cerrado, tem provocado degradação prematuradas terras, o que trás a 
redução do uso de máquinas no plantio, para assegurar maior sustentabilidade ao 
empreendimento ao longo dos anos. Sendo assim o plantio direto não disponibiliza 
da utilização de máquinas agrícolas para preparo do solo. 
 
 
6.1.4 Calagem 
Prática agrícola indispensável para tornar produtivo a maioria dos solos do 
cerrado, consiste na aplicação de calcário na área de cultivo, na dosagem 
recomendada pela análise química do solo, que varia de 1 a 3 toneladas por 
hectare, incorporada ao solo na profundidade de 20 centímetros, com no mínimo 
sessenta dias antes do plantio. O maquinário utilizado para a aplicação de calcário é 
o distribuidor em cocho ou transmissão em correias. 
26 
https://www.agriexpo.online/pt/prod/tatu-marchesan/product-173791-54576.html
 
 
 
 
 
Figura 9 - Distribuidor de calcário - Fonte : 
https://www.baldan.com.br/conteudo/dcf-co-distribuidor-de-calcario-fertilizante-e-composto-organico.h
tml 
 
 
 
Figura 10 - Distribuidor de calcário tipo cocho - Fonte : 
https://mepel.ind.br/produto/distribuidor-de-calcario-tipo-cocho/ 
 
 
 
6.1.5 Adubação 
Com o resultado da análise química do solo pronta, define-se as doses de 
fertilizantes a serem aplicados para o cultivo de algodão, sendo os principais , 
nitrogênio (N), fósforo (P) é potássio (K). Para a aplicação dos fertilizantes N,P e K 
27 
https://mepel.ind.br/produto/distribuidor-de-calcario-tipo-cocho/
 
pode ser utilizado um distribuidor autopropelido, normalmente acoplado a 
semeadora​. 
6.2 Semeadura 
A semeadura do algodão consiste em colocar no solo, em sulcos ou covas, 
as sementes em espaçamento e profundidade adequados para que o processo de 
embebição e germinação se desenvolvam adequadamente. Na semeadura 
mecanizada são utilizadas semeadoras-adubadoras sendo mais comum o sistema 
de semeadura convencional, sem a presença de resíduo sobre o solo e com o 
emprego de preparo para preparar o leito de semeadura. A cultura é bastante 
exigente em fertilidade do solo, sendo realizada a adubação em sulcos no momento 
da semeadura.​(GIMENEZ, 2018) 
 
Figura 11 - Semeadora Caracol Tradicional em linha - Fonte : 
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/sistemas-de-distribuicao-de-fertilizantes-em-semeadoras 
 
 
6.3 Aplicação de defensivos agrícolas 
A cultura do algodoeiro é bastante sensível a concorrência das ervas 
daninhas, pois é uma planta de crescimento inicial lento é não consegue suportar a 
concorrência para o aproveitamento da água, nutrientes e dos raios solares sendo 
necessário manter o campo limpo. Além disso, o controle de pragas deve ser feito 
durante toda a cultura para que não haja o surgimento de brocas por exemplo. A 
aplicação de defensivos agrícolas é feita por um pulverizador autopropelido. 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 - Pulverizador Agrícola - Fonte : https://agro20.com.br/pulverizador/ 
 
6.4 Colheita 
A porção com maior valor econômico no algodoeiro é aquela dos capulhos, 
onde está a fibra. Sendo a fibra destinada à indústria têxtil, a manutenção da sua 
qualidade é de fundamental importância e depende, em grande parte, dos cuidados 
durante a operação de colheita. Para a utilização de um colhedora mecanizada a 
declividade do terreno deve ser inferior a 8%, devendo o solo estar devidamente 
nivelado, livre de obstáculos como tocos, pedras e depressões. Todas as fases do 
processo produtivo devem estar direcionadas para a colheita mecanizada, 
selecionando-se cultivar adequada, população de plantas, espaçamento, correção e 
fertilização do solo, controle de plantas invasoras e uso de reguladores de 
crescimento, maturadores e desfolhantes. ​(GIMENEZ, 2018) 
 
6.4.1 Colhedora de Fusos 
Mais utilizada para colheitas em linha​. 
 
 
29 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Colhedora de algodão CP690 John Deere - Fonte : 
https://www.deere.com.br/pt/colheitadeiras/colhedora-de-algodão-cp690/ 
 
 
6.4.2 Colhedora Stripper 
Utilizada na colheita de algodão adensado. 
 
Figura 14 - Colhedora Stripper de pente Dalazen - Fonte : 
http://www.iapar.br/galeria/9/28/Colheitadeira-stripper-de-pente.html 
30 
 
PARTE II 
 
1. Tecnologias aplicadas ao Manejo 
O uso de outras culturas como a ervilhaca peluda durante o inverno pode 
ajudar a aumentar a produção e melhorar a qualidade do solo. Um modelo chamado 
computacional pôde testar a eficácia dessa planta como adubo verde para o 
algodão. O modelo, chamado DNDC (desnitrificação e decomposição) é uma 
ferramenta usada para simular os ciclos e reações de carbono e nitrogênio sob 
diferentes manejos e condições. Os parâmetros que o sistema usa para funcionar 
são: clima, solo, parâmetros da cultura e manejo da mesma. A calibração é feita 
inserindo os dados manualmente. O DNDC funcionou muito bem, com boa 
eficiência, erros quadráticos aceitáveis e bom coeficiente de correlação; previu que o 
resíduo da ervilhaca peluda mais que dobraria o conteúdo de inicial de carbono 
orgânico do solo. O modelo mostrou também que o excesso de N nos locais com 
incorporação da ervilhaca peluda apresentava grandes perdas do nitrogênio por 
lixiviação (KU et al., 2018) . 
O desenvolvimento de diversos tipos de sensores tecnológicos terrestres e 
aéreos, combinado com a aplicação de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) 
tem levado a um monitoramento preciso de variações espaciais de solo que afetam 
e conduzem a produção de certa cultura e uma tomada de decisão para o manejo. A 
análise aérea demanda menos trabalho, fazendo com que seu uso seja amigável e 
tenha um potencial de aplicação mais comum no campo. Os dois métodos de 
análise monitoram com sucesso os estágios de crescimento em termos 
espaço-temporal do algodão no campo (PAPADOPOULOS et al., 2017). 
Com o crescimento vertiginoso da população chinesa, surge também a 
necessidade de novos modelos de cultivo que usem menos força humana de 
trabalho (devido ao uso dessa mão-de-obra em indústrias). Nesse cenário, surge o 
LSC (cultivo leve e simplificado, do inglês ​light and simplified cultivation​) que é 
basicamente o uso de tecnologias modernas de cultivo adaptadas à realidade de 
cada local, buscando um menor uso da mão-de-obra. Ela basicamente remodela as 
operações manuais, reduz o uso de mão-de-obra, simplifica o manejo, reduz a 
intensidade de operações em campo, uso maior de tecnologia no cultivo. Usa as 
técnicas de semeadura de precisão de semente única, simplificação na poda das 
plantas, fertilização mais simples, criação de mudas de forma diferenciada, 
fertirrigação. É de extrema importância, para o futuro desse modo de cultivo, o 
desenvolvimento de tecnologias que envolvem os processos desse método. Como a 
implementação de adubos verdes, plantio direto, melhoras na semeadura de 
precisão, usar e baratear as coberturas plásticas e seus mecanismos de instalação, 
melhorar os fertilizantes de liberação lenta e adaptar as mecanizações de acordo 
com as condições de cada local (Dai et al., 2017). 
2. Irrigação 
A irrigação por gotejamento através de filmes (mulching) com o uso de águas 
salobras é amplamente utilizado no cultivo de algodão em regiões áridas. Para que 
31 
 
o uso de águas salobras na irrigação de algodão seja apropriado, é necessário 
conhecimento sobre como as raízes se comportam em diferentes condições e tipos 
de solo, no entanto, até o presente momento da publicação deste artigo, pouco se 
sabe sobre o assunto. Resultados do experimento apontam que a irrigação 
superficial por gotejamento através de fitas estabelecidas nas regiões onde é feito aadubação pode promover um crescimento radicular maior, dessa forma produção de 
algodão com o uso de água salobra pode-se tornar rentável (CHEN et al., 2020). 
Nas planícies altas do Texas, produtores de algodão sofrem com as secas 
sazonais por conta da diminuição de recursos do aquífero de Ogallala. Embora 
novos avanços tecnológicos tenham permitido os produtores a alcançar uma 
eficiência do uso de água de mais de 95%, novas estratégias de manejo são 
necessárias para sustentar a produtividade. Através da determinação do tempo 
ótimo de irrigação, os produtores poderão economizar água de irrigação e diminuir 
gastos com o bombeamento da água. Em média o tratamento com maior 
capacidade de irrigação geraram um rendimento mais alto e teve maior custo devido 
ao aumento da necessidade de bombeamento tornando este tipo de tratamento 
comparável com o tratamento de capacidade média de irrigação, o que sugere que 
produtores podem obter lucro enquanto conservam o uso de água 
(MITCHELL-MCCALLISTER et al., 2019). 
A região Nordeste do Brasil tem boa parte de seu clima caracterizado como 
semiárido. Por sua vez, no cultivo do algodão, exige muitas vezes um uso eficiente 
dos recursos hídricos, bem como o emprego de variedades mais adaptadas. O 
efeito do déficit hídrico aplicado a diferentes fases de desenvolvimento, fisiologia e 
produção de duas cultivares de algodoeiro herbáceo foi analisado. Nos diferentes 
déficits hídricos aplicados as cultivares BRS 286 e BRS 336 tem padrão de 
crescimento diferentes. Ambas sofreram redução de produtividade se comparado ao 
cultivo irrigado e as fases mais resistentes ao stress foram respectivamente: 
crescimento inicial, botão floral e capulho. Enquanto que as menos resistentes foram 
durante a formação das flores e das maçãs (CORDÃO et al, 2018). 
Uma forma alternativa de suprir a demanda hídrica de uma cultura surgiu em 
resposta a carência de recursos hídricos, um fator limitante para a maior parte dos 
grandes cultivos, esta nova possibilidade é o uso de água residuária tratada. Por 
conta disso, um estudo foi conduzido para avaliar possíveis efeitos negativos ou 
positivos da aplicação de águas residuárias tratadas no desenvolvimento e produção 
de algodão herbáceo. O experimento ocorreu na Estação Experimental de 
Tratamentos Biológicos de Esgotos Sanitários (EXTRABES), na cidade de Campina 
Grande no estado de Paraíba. Foi notado um aumento de 812,9% no teor de sódio 
presente no solo ao término do estudo devido água residuária originário de um 
reator. Outros dois reatores ocasionaram um aumento nas concentrações de 
matéria orgânica, potássio e fósforo na superfície do solo o que foi benéfico para a 
cultura de algodão. O estudo indicou que águas residuárias podem ser utilizadas 
para irrigação de algodão herbáceo pois contribui com implemento de nutrientes 
além de favorecer o controle da poluição ambiental (NASCIMENTO & FILHO, 2015). 
 
32 
 
3. Adubação 
Um estudo de campo para a determinação do efeito de uso contínuo de 
fertilizantes químicos (CF) e fertilizantes orgânicos (estrume de gado(CM) e 
biofertilizante (BF)), aplicados durante um período de quatro anos, em bactérias e 
fungos do solo foi conduzido em uma lavoura com sistema de irrigação por 
gotejamento localizado no Noroeste da China, na Região autônoma de Xinjiang. De 
forma geral, a fertilização orgânica (especialmente biofertilizante) pode ser 
considerado uma prática sustentável para se obter uma microflora saudável no solo 
(aquele que possui uma dominância maior de bactérias do que fungos) e 
consequentemente melhorar a qualidade do solo e a colheita no sistema de irrigação 
por gotejamento (TAO et al., 2020). 
4. Relações com o Clima 
Uma estimativa do choque que as mudanças climáticas podem causar na 
algodoeiro herbáceo cultivado na Região Nordeste do Brasil foi feito com base em 
estimativas nas terras aptas disponíveis para o cultivo em sistema de sequeiro. 
Estas estimativas se baseiam nos cenários de aumento de temperatura e 
variabilidade da precipitação pluviométrica previstos pelo IPCC (Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas). Os resultados indicaram que o 
aumento da temperatura do ar causam diminuição nos índices pluviométricos assim 
aumentando os riscos climáticos e tornando a região menos apta para o cultivo de 
algodoeiro. Na situação B a disponibilidade de áreas propícias para a produção de 
algodão herbáceo está diretamente relacionado com o maior proporção de água 
disponível provenientes da chuva. Um aumento da temperatura média do ar maior 
que 1,5ºC foi um fator limitante para a produção de algodão, mesmo em situações 
com disponibilidade hídrica mais elevada (SILVA et al., 2012). 
Produtividade do algodão herbáceo está fortemente elencado com o 
desempenho da planta na fase reprodutiva, que está por sua vez ligado a 
disponibilidade de condições ótimas de fatores edafoclimáticos, como frequência de 
precipitação, temperatura, luz, solo, nutrientes e etc. O estudo de correlação entre 
alguns fatores climáticos e o desempenho do algodoeiro em sua fase reprodutiva e 
maturação permite modelar as respostas da planta a condições adversas que 
ocorrem durante o cultivo. Por meio de equações de regressão linear múltiplas foi 
analisada a correlação entre florescimento e formação das maçãs com fatores 
edafoclimáticos importantes ao cultivo do algodão no Egito. Altas taxas de 
transpiração da algodoeira implica significativamente na formação das maçãs e na 
floração. Quanto maior a umidade relativa do ar melhor o pendoamento. O aumento 
do tempo de exposição à luz mostrou efeito de atraso na floração da planta. 
Temperaturas máximas (38 a 40ºC) do ar ou do solo, impactam negativamente as 
maçãs. Com tais fatores correlacionados por este estudo, é possível prever técnicas 
de manejo que minimizem os efeitos negativos do clima na produção de algodão 
(SAWAN et al., 2017). 
Na era pós-industrial que vivemos, já é fato que as concentrações atmosféricas 
de gases de efeito estufa, principalmente o CO2, continuem aumentando. Apesar de 
nosso clima cotidiano continuar o mesmo, é registrado que existe alterações na 
amplitude e frequência de tempestades, secas e geadas que ameaçam a produção 
33 
 
agrícola por todo o mundo. A mudança no clima é um fenômeno global, mas o 
aumento de temperatura associado a mudanças nos padrões de chuva estão se 
manifestando em escalas regionais e locais com diferenças em severidade e 
intensidade, refletindo na produção do algodão (ANAPALLI, 2016). 
Muitos estudos recentes dizem a respeito dos impactos das mudanças 
climáticas na agricultura brasileira e Assad et al avaliou como o aumento na 
temperatura relatado no IPCC afeta o zoneamento na cultura do algodão. 
Considerando o cenário A2 apresentado no IPCC, onde o aumento de temperatura 
fica entre 2ºC e 5ºC, e os modelos de simulação estudados no presente estudo, 
haverá diminuição considerável nas áreas aptas ao cultivo de algodão no Brasil. A 
região Nordeste, que possui boa parte das áreas de produção nacional, será a mais 
afetada nas projeçõesanalisadas de 2020 até 2040. Enquanto que a região Sudeste 
do país será menos afetada pelas mudanças devido ao regime mais regular de 
chuva (ASSAD et al, 2013). 
5. Pragas e controle 
Quando falamos de proteção de culturas modernas, o primeiro pensamento é 
sobre o controle de pragas. A maioria dos agricultores vê pesticidas como única 
maneira de controlar pragas, e a melhor forma que encontraram para o controle 
foram com produtos químicos, mas não somente o necessário, a maioria faz uso de 
uma quantidade maior do que a que realmente precisa. Foi realizada uma pesquisa 
com fazendeiros de algodão selecionados aleatoriamente em dois distritos de 
Punjab, no Paquistão, com o objetivo de analisar os fatores que impedem a adoção 
de controle alternativo ao químico de pragas na área. Então, foi feito um estudo do 
comportamento das pessoas em relação a saúde, renda, escolaridade, idade para 
verificar quais são os mais adeptos ao grande uso de pesticidas. Concluiu-se então, 
que educação foi o principal fator. Quanto maior for a escolaridade, mais 
desencorajado é o uso de pesticidas nas áreas. (KHAN & DAMALAS, 2015). 
Um trabalho foi realizado para medir o impacto dos inseticidas utilizados no 
campo. O comportamento de sobrevivência dos quatro principais insetos predadores 
do ecossistema do algodão: ​Chrysoperla externa​, ​Eriopis connexa​, ​Podisus 
nigrispinus e ​Orius insidiosus também foi estudado. Inseticidas seletivos fornecem 
vantagens ao manejo de pragas de algodão, mantendo a ação dos inimigos naturais 
presentes no campo para um controle natural das pragas dessa cultura (MACHADO 
et al., 2019). 
Ainda em relação às pragas do algodão, um estudo foi realizado para observar 
o percevejo ​Leptoglossus phyllopus (L.) durante dois anos. A análise foi realizada no 
sul do Texas e em outros dois lugares nos Estados Unidos da América. Em 2013 
teve mais lesões nos ramos médios reprodutivos, se comparado aos ramos 
inferiores. O rendimento medido em 2013 mostra que não há tanta diferença entre 
plantas infestadas do inseto e plantas não infestadas, apesar das lesões. Não 
apresentou perda de rendimento no final da temporada Já em 2014, o estudo foi 
realizado sob condições de estresse hídrico, e o resultado obtido foi de que as 
lesões no algodão foram menores e não apresentou tanta diferença entre os ramos 
médios e inferiores. Os riscos da produção de algodão são baixos quando os 
percevejos atacam durante o fim da temporada, mas pode aumentar muito se eles 
34 
 
se inserirem durante a fase jovem do algodão. São necessários mais estudos para 
avaliar o grau de risco em longo prazo (BREWER & GLOVER, 2019). 
Danos causados por pragas são os principais fatores de restrição para a 
produção de algodão. Ele é muito importante pra economia da China, uma das 
principais culturas do país. Existem inúmeros tipos de predadores naturais de 
pragas do algodão que devem ser utilizados a favor de uma produção mais natural. 
Além desta variedade de predadores, existem fungos, bactérias, vírus e 
microsporídios, que são importantes também para o controle de pragas. Foi criado 
em massa, utilizado comercialmente, na China, o vírus poliedrose nuclear (HaNPV) 
que auxilia no controle de pestes. O algodão Bt tem sido amplamente plantado para 
o controle da lagarta de algodão, H. Armigera, lagarta rosa e outras pragas nos 
últimos anos. Foi realizada a análise do campo com redução na pulverização de 
inseticidas e constatou um aumento de predadores naturais das pragas. Entretanto, 
a população de insetos Miridae nas plantas aumentou e agora é um problema (LUO 
et al., 2014). 
O vírus do tabaco é um ameaça cerca de 200 espécies de plantas, incluindo 
aquelas de importância agrícola, horticultural e sementes e o algodão é uma delas. 
Ele causa necrose dos tecidos, com sintomas como lesões marrom arroxeadas nas 
folhas e pecíolos e perda máxima de 62,7% de perda da cultura. Foi primeiro 
identificado no Brasil e vêm ocorrendo na Índia desde 2000 em outras culturas pela 
transmissão de materiais contaminados. Através de observações visuais e coletas 
de amostras e análise de contaminação, descobriram que Telangana possui os 
maiores índices de infecção seguidas de mais 4 estados indianos. Condições 
ambientais como temperaturas acima de 22°C, alta umidade do ar e muito tempo 
com a folha molhada favorecem a incidência do vírus, sendo os híbridos os mais 
sucessíveis à contaminação (VINODKUMAR et al., 2017). 
O ​Fusarium coloniza o sistema vascular do hospedeiro e causa descoloração 
vascular mais evidente na raiz e tronco inferior, folhas com clorose e necrose, 
murcha e até mesmo a morte da planta, variando com a densidade do inóculo, a 
suscetibilidade da cultivar e a idade da planta. Ao infectar mudas jovens, a fusariose 
pode causar murcha e necrose dos cotilédones, causando a morte das plantas, 
gerando uma posição desigual no campo, um padrão confundível com outras 
doenças, o que dificulta o diagnóstico. Esse fungo pode se propagar através da 
redistribuição de solo e material vegetal infectados como as sementes. Para manejar 
esse problema surgem os tratamentos das sementes, cultivares resistentes, 
saneamento e redução da densidade do inóculo. É de extrema importância a 
produção de sementes de algodão sem patógenos. A efetividade da fumigação e 
solarização vêm juntamente com um alto custo . Os órgãos públicos e privados 
deveriam juntar forças para a produção de cultivares resistentes (CIANCHETTA & 
DAVIS, 2015). 
Dependendo do gerenciamento das culturas, podem-se fornecer ambientes 
favoráveis para a proliferação de comunidades inimigas naturais que controlam 
populações de pragas e ferimentos. Foram realizados estudos da cultura de 
cobertura de inverno, sendo elas estabelecidas em parcelas. Economicamente 
falando, é possível investir nesse sistema de cobertura. Pois os resultados mostram 
que os cultivadores convencionais que utilizam cobertura reduzem os insumos por 
35 
 
conta da diminuição natural de pragas e danos no geral, não sendo um custo de 
produção a mais (BOWERS et al., 2020). 
36 
 
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