Buscar

Memorias Desenho tecnico - Aulas 1 a 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
1 
 
Memória – Aula 01 
 
Desenho Técnico 
Representação gráfica com uma linguagem técnica, utilizada por profissionais das 
áreas de mecânica, hidráulica, marcenaria, construção civil, elétrica, etc. Este tipo de 
desenho deve conter todas as informações e características de determinada peça, 
objeto ou construção, respeitando os padrões e normas de acordo com a área de 
atuação. 
 
Visão Espacial 
Visão espacial é um dom que, em princípio todos têm e dá a 
capacidade de percepção mental das formas. 
Perceber mentalmente uma forma espacial significa 
visualizar sem estar vendo o objeto. 
 
 
Finalidade e Importância 
Único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos. 
 
As aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação dos 
projetos de Engenharia e Arquitetura, sendo fundamental também nas fases de 
criação e de análise dos mesmos. 
 
Adicionalmente, face à dificuldade em concebermos estruturas, mecanismos e 
movimentos tridimensionais, o Desenho Técnico permite estudá-los e solucioná-los 
eficazmente, através de representação em vistas e perspectivas. 
 
Esboço à Mão Livre 
O esboço é aceito, geralmente, como um meio universal e eficaz de comunicação, 
tanto entre técnicos como entre leigos. A demonstração de uma ideia, por meio de um 
esboço, torna-a permanente. 
 
Na prática o desenho utilizado por Engenheiros e Arquitetos é predominantemente 
executado à mão livre pois, uma vez esboçada uma solução, sua complementação e 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
2 
 
apresentação final constituem, habitualmente, um trabalho de rotina que pode ser 
delegado a terceiros. 
 
Objetivos Principais 
Ler e interpretar, com segurança, desenhos técnicos de sua especialidade, de acordo 
com as normas da ABNT. 
 
Executar traçados a mão livre e com instrumentos básicos, como forma de expressão 
de sua linguagem técnica. 
 
 
Tipos de Desenho Técnico 
 
O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos: 
 
Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de 
projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e 
correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. 
 
Desenho não-projetivo – na maioria dos casos 
corresponde a desenhos resultantes dos cálculos 
algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, 
diagramas etc. 
 
 
- DESENHOS PROJETIVOS: 
 
Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas 
indústrias e alguns exemplos de utilização são: 
 
• Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas nas indústrias 
de processo e de manufatura 
• Projeto e construção de edificações com todos os seus detalhamentos 
elétricos, hidráulicos, elevadores etc. 
• Projeto e construção de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte, 
aterro, drenagem, pontes, viadutos etc. 
• Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais, sistemas 
de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de 
resíduos. 
• Representação de relevos topográficos e cartas náuticas. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
3 
 
• Desenvolvimento de produtos industriais. 
• Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos. 
• Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto. 
• Desenho Mecânico 
• Desenho de Máquinas 
• Desenho de Estruturas 
• Desenho Arquitetônico 
• Desenho Elétrico/ Eletrônico 
• Desenho de Tubulações 
 
-Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
4 
 
 
Projeção Ortográfica 
Ao observar ou imaginar um objeto, podemos desenhar suas vistas em um ou vários 
planos. Esta representação gráfica é chamada de projeção ortográfica que é obtida a 
partir das posições que o observador irá observar ou imaginar tal objeto. 
O observador é a pessoa que está vendo ou imaginando o objeto. Vamos ocupar o 
lugar de “observador” e determinar as vistas ortográficas de um prima retangular com 
um rebaixo através de algumas posições: 
 
Quando projetamos estas vistas sobre os planos de projeção, temos a peça 
representada em vistas, como mostra a figura a seguir: 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
5 
 
 
Com as projeções deste modelo separadamente em cada plano, fica mais fácil 
entender e determinar suas vistas ortográficas, como mostra a figura a seguir. 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
6 
 
 
Plano de projeção 
No desenho técnico as vistas de um determinado objeto são mostradas em um único 
plano de projeção. Para isso utilizamos a técnica chamada de rebatimento dos planos 
de projeção.
 
1 -No plano vertical (PV) iremos representar a vista frontal do objeto, considerando 
que este plano permanecerá em uma posição fixa. 
2- O plano horizontal (PH), onde representamos a vista superior deve ser rebatido logo 
abaixo da vista frontal, imaginando uma rotação de 90° em relação ao plano vertical. 
3- O plano lateral (PL) onde será representada a vista lateral esquerda do objeto será 
rebatido com uma rotação de 90° à direita do plano vertical. 
Com isso teremos os três planos representados conforme a figura a seguir: 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
7 
 
 
No desenho técnico as linhas dos planos de projeção e as demais auxiliares utilizadas 
para a construção das vistas não são representadas. Com isso o nosso desenho técnico 
do objeto demonstrado acima ficaria com a seguinte representação: 
 
 
Onde: A é a vista frontal 
 B é a vista superior 
C é a vista lateral esquerda 
Este tipo de representação é chamada de projeção ortográfica em 1º diedro, um 
método europeu muito utilizado no Brasil e reconhecido pela ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). As três vistas (frontal, superior e lateral esquerda) são 
consideradas “vistas essenciais” deste tipo de projeção. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
8 
 
Outras vistas como a lateral direita, vista inferior e vista posterior compõem a 
representação em 1º diedro, porém devem ser utilizadas em casos específicos, onde as 
três vistas essenciais não sejam suficientes para detalhar o objeto observado. 
Na figura a seguir temos as vistas em 1º Diedro onde: 
1 – Vista Frontal 
2 – Vista Superior 
3 – Vista Lateral Esquerda 
4 – Vista Lateral Direita 
5 – Vista Inferior 
6 – Vista Posterior 
 
 
Vistas de uma projeção em 1º Diedro 
 
Outro método de projeção ortográfica utilizado em desenho técnico em países como 
Japão e USA é o 3º Diedro. O 3º Diedro será abordado nas próximas aulas. 
Nota: 
 Consultar a NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
9 
 
Tipos de Linhas 
No desenho técnico um item extremamente importe é o tipo de linha utilizado na 
representação do objeto e seus detalhes. 
Linha contínua ______________________ (arestas e contornos visíveis) 
Linha tracejada _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ (arestas e contornos não visíveis) 
Linha de centro ou simetria (indicação de centro e simetria) 
Linha de corte (indicação de planos de corte) 
Linha contínua estreita (linhas de cotas) 
 
Nota: 
 Consultar a NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
10 
 
Perspectiva - Definição 
A palavra perspectiva vem do latim - Perspicere (ver através de). 
Se você se colocar atrás de uma janela envidraçada e, sem se mover do lugar, riscar no 
vidro o que está "vendo através da janela", terá feito uma perspectiva; 
A perspectiva é a representação gráfica que mostra os objetos como eles aparecem a 
nossa vista, com três dimensões. 
 
 
 
Perspectiva Cônica - Dois Pontos De Fuga 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
11 
 
 
Perspectiva Axonométrica Oblíqua ou Ortogonal 
Axonometria = Axon (eixo) + metreo (medida) 
É um tipo de projeção cilíndrica em que as figuras são referendadas a um sistema 
ortogonal de três eixos que formam um triedro. 
Axonometria oblíqua (perspectivas: militar e cavaleira) 
Axonometria ortogonal (perspectivas: isométrica, dimétrica e anisométrica) 
 
Perspectiva Axonométrica Ortogonal – Isométrica e Dimétrica 
É uma projeção cilíndrica ortogonal sobre um plano oblíquo em relação às três 
dimensões do corpo a representar. 
A perspectiva axonométrica é amplamente usada no campo da engenharia devido à 
simplicidade de construção, e ao fato de proporcionar imagens semelhantes às da 
perspectiva exata quando o ângulo visual desta é igual ou inferior a 30°. 
 
 ISOMÉTRICA DIMÉTRICA 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
12 
 
Perspectiva Axonométrica Oblíqua 
CAVALEIRA: 
 
 
Desenha-se uma das faces no mesmo plano de trabalho e as outras duas obliquas ao 
plano em 30°, 15° ou 60º. 
É necessário minimizar a deformação que este tipo de representação provoca no 
desenho. Essa redução se aplica diretamente a dimensão conforme tabela abaixo: 
 
MILITAR: 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
13 
 
 
Perspectiva Isométrica 
 
EIXOS ISOMÉTRICOS: 
 
O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de 
três semi-retas que tem o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 
120°.
 
LINHA ISOMÉTRICA: 
Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica. Observe a 
figura a seguir: 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
14 
 
As retas r, s, t e u são linhas isométricas: 
r e s são linhas isométricas porque são paralelas ao eixo y; 
t é isométrica porque é paralela ao eixo z; 
u é isométrica porque é paralela ao eixo x. 
As linhas não paralelas aos eixos isométricos são linhas não isométricas. A reta v, na 
figura abaixo é um exemplo de linha não isométrica. 
 
 
PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS – EXEMPLOS: 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
15 
 
 
PRIMEIROS PASSOS: 
Para aprender o traçado da perspectiva isométrica precisamos partir de um sólido 
geométrico simples: o prisma retangular. 
 
O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresentadas 
separadamente. Na prática elas são traçadas em um mesmo desenho. Aqui, essas 
fases estão representadas nas figuras da esquerda. Você deve repetir as instruções no 
reticulado da direita. Assim, você verificará se compreendeu os procedimentos e, ao 
mesmo tempo, poderá praticar o traçado a mão livre. 
 
1ª fase - Trace levemente, a mão livre, os eixos isométricos e indique o comprimento, a 
largura e a altura sobre cada eixo, tomando como base as medidas aproximadas do 
prisma representado na figura anterior. 
 
 
 
2ª fase – A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a altura, trace duas 
linhas isométricas que se cruzam. Assim ficará determinada a face da frente do 
modelo. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
16 
 
 
 
3ª fase – Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde 
você marcou o comprimento e a largura. Assim ficará determinada a face superior do 
modelo. 
 
 
 
4ª fase – E, finalmente, você encontrará a face lateral do modelo. Para tanto, basta 
traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a largura e a 
altura. 
 
 
5ª fase – Finalização, apague os excessos das linhas de construção, isto é, das linhas e 
dos eixos isométricos que serviram de base para a representação do modelo. Depois, é 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
17 
 
só reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica 
do prisma retangular. 
 
EXEMPLO – PRISMA COM REBAIXO: 
 
 
 
Desenhar um prisma retangular utilizando os passos anteriores, atenção a posição do 
prisma, nesse exemplo ele possui altura menor do que o anterior. 
 
 
 
A partir do prisma desenhado, vamos traçar as linhas do rebaixo da peça, mantendo o 
paralelismo entre as linhas. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
18 
 
 
 
Agora podemos transferir as linhas para a outra face da peças. 
 
 
 Na finalização, vamos apagar as linhas que utilizamos como linhas de construção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
19 
 
Memória – Aula 02 
 
Cortes – Representação e Indicação 
Em desenho técnico utilizamos o recurso de corte para visualizar detalhes internos de 
um determinado objeto. Os cortes podem ser de diversos tipos e sua representação 
deve seguir a NBR 10.067/1987. 
 
Corte Total 
É o tipo de corte que atinge toda a extensão do objeto. Em alguns casos podem existir 
mais de um corte no mesmo objeto. 
 
Representação de corte total na vista frontal de uma peça 
 
Representação de dois cortes em uma peça 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
20 
 
Corte composto ou em desvio 
Corte utilizado para mostrar detalhes ou elementos que não estão necessariamente 
alinhados no objeto. 
 
Representação de corte em desvio na vista frontal de uma peça 
 
 
Meio corte 
O meio corte é um recurso utilizado em peças simétricas. Ele é aplicado apenas em 
metade da extensão da peça enquanto que a outra metade permanece sem alteração 
e com o formato externo. 
 
 
Representação de meio corte em uma peça 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
21 
 
Corte Parcial 
Em alguns objetos ou peças, os elementos que devemser representados em um corte 
estão posicionados em determinadas extremidades ou locais específicos. Nesta 
situação não é necessário cortar toda a extensão da peça para detalhar o elemento em 
questão. Para este caso utilizamos o corte parcial. 
 
Neste tipo de corte também é utilizada uma linha de ruptura que serve para limitar a 
área do corte. Esta linha é contínua estreita irregular feita à mão livre, ou em 
ziguezague geralmente utilizada em programas computacionais. 
 
Corte parcial com linha de ruptura irregular 
 
 
Corte parcial com linha de ruptura em ziguezague 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
22 
 
Em alguns casos também é possível ter mais de uma representação de corte parcial na 
mesma peça ou objeto. 
 
Representação de cortes parciais em uma peça 
 
 
Seção 
Este recurso é utilizado quando queremos representar o perfil de um objeto ou de 
alguma parte dele. Em desenho técnico a seção pode ser representada fora da vista, 
dentro da vista ou interrompendo a vista. 
 
Representação de seções sucessivas fora da vista 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
23 
 
 
A seção dentro da vista pode ser representada desde que não prejudique a 
visualização dos detalhes da peça ou do objeto. Nesta situação a linha da área em 
seção é contínua e estreita e a indicação com o nome da seção não é utilizada. 
 
 
Representação de seção dentro da vista 
 
Quando este recurso é utilizado com a interrupção da vista, também devemos 
observar que o objeto é interrompido por linhas de rupturas, não utilizamos a 
indicação de seção com nome e também não fazemos a linha que identifica o corte da 
seção. 
 
Representação de seção com interrupção da vista 
 
 
Encurtamento 
Este recurso do desenho técnico é utilizado em peças ou objetos que apresentam 
formas constantes e muito extensas. O encurtamento não deve prejudicar a 
interpretação real da peça ou do objeto. Nas partes imaginadas em encurtamento a 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
24 
 
interrupção da peça é feita com linhas de rupturas contínuas estreitas irregulares ou 
em ziguezague. 
 
 
Encurtamento com linhas de rupturas irregulares 
 
 
Encurtamento com linhas de rupturas ziguezague 
 
O encurtamento pode ser feito ou imaginado nos sentidos do comprimento, da altura 
e da largura das peças ou objetos. Ele também pode ser imaginado mais de uma vez no 
mesmo sentido. 
 
Representação de encurtamentos em sentidos diferentes 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
25 
 
 
 
Representação de encurtamentos no mesmo sentido 
É importante observar que os recursos de seção e encurtamento também podem ser 
utilizados em conjunto em uma única peça ou objeto. Isso poderá trazer para o 
desenhista economia de tempo e espaço na representação. 
 
Representação de uma peça com seções e encurtamentos 
Nota: 
 Consultar a NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
26 
 
Hachuras 
Como observado, nos tipos de cortes, a hachura é apresentada constantemente para 
evidenciar cortes e seções. A hachura é utilizada quando o corte ou seção atinge partes 
maciças dos objetos ou peças. Além disso a hachura tem a função de representar o 
tipo de material utilizado na fabricação do objeto desenhado. Ela também deve seguir 
a representação conforme a NBR 12298. 
 
Exemplos de hachuras para tipos de material 
 
Em algumas situações onde a área à ser hachurada é muito grande, a mesma deve ser 
representada apenas nas extremidades próximas ao contorno do objeto. Quando o 
corte atinge partes fabricadas com o mesmo material é comum utilizar o recurso de 
inclinação invertida das hachuras para facilitar a visualização do desenho. 
 
 
Nota: 
Consultar a NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras 
em desenho técnico 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
27 
 
Indicação e nome dos cortes e seções 
Quando a localização de um plano de corte for clara, não há necessidade de indicação 
da sua posição e identificação. Quando a localização não for clara, ou quando for 
necessário distinguir entre vários planos de corte, a posição do corte deve ser indicada 
por meio de linha estreita traço ponto, larga nas extremidades e na mudança de 
direção, conforme a NBR 8403. O plano de corte deve ser identificado por letra 
maiúscula e o sentido de observação por meio de setas 
 
 
 
Representação com indicação do corte na vista frontal e nome na vista superior 
 
 
 
Representação com indicação de cortes na vista superior e nome na vista frontal e lateral esquerda 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
28 
 
 
Nas seções também utilizamos a indicação e o nome para identificação, exceto nos 
casos de seção dentro da vista e com interrupção da vista. 
 
Representação de seção com indicação e nome 
 
 
Representação de seções com indicações e nomes 
 
Nota: 
 Consultar a NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
29 
 
Memória – Aula 03 
Desenho Técnico em CAD 
A sigla CAD vem do inglês "Computer Aidded Design", que significa Desenho Assistido 
por Computador. 
Os desenhos técnicos elaborados através de softwares do tipo CAD também devem 
respeitar as normas ABNT em sua representação gráfica. 
Para esta atividade utilizaremos o software AutoCad 2014 instalado nos computadores 
dos laboratórios CAD1 e CAD2 da FMU. 
 
Comandos básicos 
No AutoCad os comandos podem ser dados através de ícones ou atalhos digitados via 
teclado. Não há uma regra para isso, o desenhista irá escolher a sua melhor opção. 
Neste tipo de software também não existe uma sequencia lógica para a confecção de 
um determinado desenho, apenas é importante observar que a elaboração do 
desenho deve ser dada evitando o retrabalho, ou seja, a criação de traçados e objetos 
que tenham que ser apagados antes da conclusão do desenho. Para isto é preciso 
conhecer a finalidade dos comandos do AutoCad. 
 
Os ícones com os comandos do AutoCad 2014 estão disponíveis na parte superior do 
software: 
 
 
Menu de comandos – “Ribbons” 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
30 
 
A sequencia que cada comando executa é descrita na parte inferior, na barra de 
comandos. 
 
Barra de comandos – “Toolbar” 
Teclas e Funções 
No teclado: 
F1 – Ajuda – Abre a central de ajuda do AutoCad. 
F2 – Resumo – Abre uma janela com os comandos utilizados no desenho. 
F3 – Osnap - Habilita e desabilita as ferramentas de precição (endpoint, midpoint, 
center, etc.) 
Estas ferramentas servem para pegar ou criar algum objeto tendo como base partes de 
outros objetos, ou seja, final ou centro de uma linha, centro de um círculo ou arco, etc. 
Para configurar as ferramentas do Osnap, localize o ícone Object Osnap 
 
Clique com o botão direito do mouse sobreo ícone e escolha a opção settings. Na 
caixa de opções habilite as ferramentas necessárias para o seu trabalho. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
31 
 
 
 
F4 – 3D Object snap – Abre a mesma caixa de configuração do F3, porém na aba de 
configuração para ferramentas de precisão 3D. 
F7 – Grid - Habilita e desabilita uma malha de referência apresenta no fundo da tela 
do AutoCad. Esta malha também pode ser configurada seguindos os passos 
apresentados no comando F3, na aba Snap and Grid. 
F8 – Ortho - Habilita e desabilita a funcionalidade que permite o deslocamento do 
mouse e criação de objetos em apenas dois sentidos, de forma perpendicular. 
Barra de espaço – Tem a mesma função da tecla enter. 
Tecla ESC – Cancela e sai do comando 
 
Line: No menu home->line ou via teclado L seguido de enter 
Com o comando line ativo, clique em um ponto qualquer da tela ou digite 
as coordenadas X,Y,Z do ponto de partida. Na sequencia digite o tamanho 
da linha via teclado ou determine através de cliques do mouse. 
 
PolyLine: No menu home->polyline ou via teclado PL seguido de enter 
Com o comando Polyline ativo, clique em um ponto qualquer da tela ou 
digite as coordenadas X,Y,Z do ponto de partida. Na sequencia digite o 
tamanho da linha via teclado ou determine através de cliques do mouse. 
Neste comando observe que a linha fica contínua, como se fosse um objeto único. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
32 
 
Também existem opções avançadas para criação de um traçado. 
Circle: No menu home->cicle ou via teclado C seguido de enter 
Com o comando ativo clique no local onde deseja criar um círculo e 
determine o seu raio ou diâmetro através do clique do mouse ou via 
teclado. 
Neste mesmo menu temos também outras opções de círculos e 
arcos: 
Arc: A seguido de enter – cria um semi círculo 
Elipse: EL seguido de enter – cria uma elipse 
Rectang: REC seguido de enter – cria uma retângulo através de cliques do mouse, ou 
via coordenadas X,Y. Para este caso, com o comando ativo digite @ e as medidas em X 
e depois em Y. 
Ainda no menu Home... 
Move: M seguido de enter – serve para movimentar os 
objetos. Com o comando ativo, selecione o objeto através 
do mouse ou digite a opção all (seleciona tudo). Clique em 
um ponto base do objeto e novamento clique em um ponto 
de destino. O move também pode ser definido digitando a 
distância via teclado. 
Copy: CP seguido de enter – copia objetos. Com o comando ativo, selecione o objeto a 
ser copiado e clique na tela para obter a cópia. 
Rotate: RO seguido de enter – rotaciona objetos. Com o comando ativo selecione o 
objeto que deseja rotacionar, escolha o ponto base para a rotação e determine o um 
ângulo via teclado ou com um clique do mouse. No caso da utilização do teclado o 
ângulo digitado deve ter o seguinte formato: 33d33’33”, onde d é o grau, ‘ minutos e “ 
segundos. 
Offset: O seguido de enter – copia objetos com distâncias definidas e mantendo 
paralelismo. Com o comando ativo selecione o objeto para offset e digite a distância 
que deseja copiar. Em seguida clique com o mouse na direção que deseja a cópia. A 
distância também pode ser definida via mouse, com um clique. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
33 
 
Trim: TR seguido de enter – corta objetos que se cruzam ou parte deles. Com o 
comando ativo selecione os objetos para o corte com o mouse e em seguida clique 
sobre o objeto que deseja cortar. 
Extend: EX seguido de enter – extende linhas tendo como base outra linha. Com o 
comando ativo selecione a linha que deseja extender e a linha de referência. Em 
seguida clique apenas sobre a linha que deseja extender. 
Scale: SC seguido de enter – aumenta ou diminui linhas e objetos através de um fator 
de referência. Com o comando ativo selecione o objeto que deseja alterar a escala e na 
sequencia digite um valor de referência ou simplesmente defina através de um clique 
do mouse. 
Erase: E seguido de enter – apaga objetos. Com o comando ativo selecione o objeto 
que deseja apagar e conclua com um enter. 
Ainda no menu home na aba Annotation... 
MTEXT: MT seguido de enter – cria textos com linhas 
múltiplas. Com o comando ativo determine na tela 
uma área para o texto através de cliques do mouse. 
Será aberta uma caixa para a digitação do texto. Digite o texto necessário. Ao clicar no 
enter será criada uma nova linha para a digitação. Para concluir o comando clique com 
o mouse em uma área qualquer da tela. 
TEXT: DT seguido de enter - cria textos em uma única linha. A sequencia para a criação 
do texto é praticamente a mesmo do comando MT. 
LAYER: LA seguido de enter – cria camadas no 
desenho. Os layers funcionam como camadas que 
podem agrupar propriedades de objetos como tipo 
e espessura de linha, cor, permissão de impressão, 
etc. 
Ao ativar o comando é aberta uma janela com o layer default do AutoCad. Clique no 
ícone novo layer, determine um nome para ele e em seguida defina sua cor, tipo de 
linha e espessura. Para carregar tipos de linhas diferentes clique sobre o nome da linha 
(ex.: continuous). Será aberta uma janela menor. No botão Load outra janela se abrirá 
com diversos tipos de linha. Escolha a opção que desejar e clique em OK. Na outra 
janela selecione a linha escolhida e clique em OK novamente. Pronto seu layer terá o 
tipo de linha que você determinou. 
 
DESENHO TÉCNICO 
 
Prof. Marcelo P. Costa 
Fontes: Apostila Desenho Técnico – FMU – Prof. Marcelo Murga 
Apostila Desenho Técnico – Telecurso e Senai 
34 
 
Os layers tem a finalidade de separar ou agrupar objetos de uma mesma categoria. Em 
um projeto posso agrupar, tudo que for paredes de alvenaria, peças do motor, 
tubulção de água, nomes de ruas, carimbo da folha, etc. 
Em cada layer também é possível determinar a vizualiação, movimentação e impressão 
dos objetos que pertencem ao layer. 
 
Veremos nas próximas aulas. 
 
PROPERTIES: CH seguido de enter – mostra e permite a configuração das propriedades 
dos objetos. Ao digitar ch -> enter será aberta uma caixa de propriedades no canto 
esquerdo da tela. Com o mouse, clique sobre o objeto que deseja configurar e todas as 
suas propriedades serão apresentadas nesta caixa. É possível configurar, cor, linha, 
tamanho, escala, rotação, etc, dependendo de cada objeto.

Outros materiais