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BactErias - Composta camada espessa de peptidoglicano (mureina). - Composta por uma membrana plasmática interna e externa, e uma camada delgada de peptidoglicano. - Contém LPS (lipo-polissacarídios) que está fixo na membrana do gram -, pois é composto por estruturas lipídicas e glicídicas. É relevante quando se trata de resposta imunológica. Quando a bactéria morre por conta de um antibiótico, o LPS é liberado, proporcionando uma resposta inflamatória e imunogênica. - Apresenta membrana plasmática interna e externa, assim como o Gram -, e ao meio possui uma camada delgada de peptidoglicano (mureina) - Possui ácido micólico (fosfolipídios) e arabino galactano, que é importante para essa estrutura da parede celular. - No metabolismo é necessário respostas celulares, que tem base proteína. Alguns fármacos atuam na síntese proteica, principalmente no DNA girasse da bactéria. Para evitar a formação proteica. Apresentando um efeito bacteriostático/bactericida Farmacologia ANTIBIÓTICO Fita do DNA esporulada, e sofre um processo de desporulação, pois é necessária uma diminuição da tensão entre as fitas para processos celulares (resposta do DNA), como replicação, duplicação e o próprio reparo do DNA, e processo de síntese proteíca. O responsável por promover essa desporulação é o DNA girasse (topoissomerase II), no qual tem a função de diminuir a tensão entre a fita de DNA. Depois que ocorre a desporulação, ela está pronta para o processo de transcrição na fita de DNA para a formação de um RNA-mensageiro, pela RNA polimerase. Logo após se tem a tradução dessa fita, que formaram os aminoácidos que iram se ligar através de ligação peptídicas e iram formar as proteínas, através dos ribossomos. Os antibióticos existentes vão agir na topoisomerasse II da bactéria. I. Inibidores da síntese e da integridade do DNA Ações (inibidores da síntese de DNA) 1.1 Inibidores do metabolismo do folato e da topoisomerase II. - Folato: é um composto essencial para o metabolismo de aminoácidos e das bases nitrogenadas, os quais são necessários para a formação do DNA. Se não há formação de aminoácidos e bases nitrogenadas isso irá causar a morte da bactéria. - Sulfonaminas e Trimetropim: inibem o metabolismo do folato. - Inibem a diidropteroato sintase (agem como análogos do PABA (que seriam utilizados pela diidropteroato sintase para ser metabolizado) agindo como falso substrato consequentemente não tem formação de folato. Ex: Sulfonamidas (sulfas): Sulfametoxazol; Sulfadiazina; Sulfonas Dapsona (esquema adicional para o tratamento de hanseníase) 1.2 Inibem competitivamente a diidrofolato redutase (DHFR) age como análogo do folato. Ex: Trimetoprim - O uso desses medicamentos (Sulfonamidas e Trimetoprim) em recém-nascido, causa encefalopatia (Kernicterus- encefalopatia em recém-nascido), por isso, não são aplicados em recém-nascido. - Esses antibióticos competem com a bilirrubina (metabólico produzido pelo fígado) que se liga a proteínas plasmáticas, para ser metabolizado e excretado. Assim, a bilirrubina que estava ligava as proteínas plasmáticas fica mais na sua forma livre, pois os antibióticos apresentam maior afinidade para as proteínas plasmática do que a própria bilirrubina, atravessando a BHE ( dos bebês não é bem formada) gerando a inflamação no cérebro (meningues do bebê). ❗ Efeito sinérgico (potente): o uso desses dois antibióticos (Sulfonamidas e Trimetoprim) com ação em etapas diferentes. [ Ações (inibidores da integridade) 1.3 Inibidores da topoisomerase II (DNA girasse) - Grupo quinolonas • Norfloxacina • Ciprofloxacina - As topoisomerases são enzimas que reduzem o estresse de tensão do DNA espiralado (desespiralização) permitindo o desenvolvimento do DNA, para que regiões do DNA se desenrolem e tornem-se disponíveis para a ocorrência dos processos celulares: replicação, recombinação, reparo e transcrição. - Inibindo a DNA girase (responsável pelo desenvolvimento do DNA, que irá ser responsável pela replicação, interferindo na formação da fita de DNA) ou topnomerase II. - Bacteriostática (sem duplicação do DNA); Bacterícida (interferindo no DNA formado, induzindo danos). - Foi observado que após a administração da Quinolona, elas apresentam uma distribuição no trato urinário, e por esse fato são utilizados no tratamento de infecções urinárias. II. Inibidores da transcrição e da tradução de proteínas Transcrição - Derivamos da Rifampicina. - Mecanismo de ação: bloquear a transcrição, inibindo a síntese de RNA. Inibe especificamente RNA- polimerase-DNA- dependente (DDRP) da bactéria sensível, cessando a síntese de proteínas da célula bacteriana, pois não tem a transcrição da fita de RNA- mensageiro. - Uso no esquema terapêutico da tuberculose. - Obs: As Rifamicinas e seus derivados (Rifampicina, Rifabutina, Rifapentina e Rifaximina) podem interferir no funcionamento dos anticoncepcionais, devido indução enzimática e interferência da absorção dos anticoncepcionais orais. Tradução - Amplo espectro ( Gram + e Gram -) e com bactérias resistentes. - Agem no ribossomo 70 S bacteriano de várias formas, seja interferindo a leitura, provocando uma leitura incorreta, mudando sítios de ligação, alterando peptídeos. - Esses fármacos vão ter diversos mecanismo de ação, que são específicos. - Agentes antimicrobianos dirigidos contra a subunidade ribossômica 50 S. • Macrolídios e Cetolídios (grandes anéis de lactona) Ex: Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, Telitromicina (cetolídio) • Cloranfenicol: contraindicado durante a amamentação, passa pelo leite. Deposição de cloramfenicol- síndrome do bebê cinzento. • Liconsamida (Clindarmacina) • Estreptograminas (Dalfopristina e Quinupristina) • Oxazolidinonas (Linezolida) - Dirigidos contra a subunidade ribossômica 30 S. • Aminoglicosídeos (Estreptomicina, neomicina, kanamicina, tobramicina, paromomicina, gentamicina, netilmicina e a amicacina) → Uso para infecções causadas por bactérias gram- negativas (via parenteral). • O seu acúmulo nas células ciliadas da região auricular e nas células do túbulo renal, estando associados a ototoxicidade e nefrotoxicidade. • A suspensão a tempo do medicamento pode reverter o quadro. E se não suspender a tempo o quadro pode ser irreversível. • Tetraciclínas e Glicilciclinas (Derivados da tetraciclina). Tetraciclínas: Clortetraciclina, Oxitetraciclina, Tetraciclina, Demeclociclina, Metaciclina, Doxiciclina e Minociclina. Glicilciclinas: Tigeciclina. • Obs: Tetracicllina tem uma alta afinidade com o íon cálcio, dessa forma, pode ocorrer um antagonismo químico (inibição da tetraciclina com o cálcio), com formação de quelatos que são estruturas insolúveis e de difícil absorção pelo organismo que impedem a absorção do fármaco. • Afinidade da Tetraciclina com o cálcio pode causar deposição da Tetraciclina no tecido ósseo e nos dentes, que causa atraso no crescimento da criança, fragilidade óssea e dentes manchados. III. Inibidores da síntese da parede celular Processo de formação da parede celular: 1. Formação da síntese dos monômeros 2. Polimerização dos monômeros 3. Formação da ligação cruzada dos polímeros de mureinas, formando um rede protetora na parede celular da bactéria. 1. Inibidores da síntese de monomeros de mureína: Fosfomicina e Fosmidomicina (derivado); Ciclosserina e Bacitracina 2. Inibidores da síntese de polímeros de mureínas: Vancomicina e Teicoplanina 3. Inibidores da ligação cruzada de polímeros (beta- lactâmicos) moreínas - As ligações cruzadas são formadas pelas enzimas transpeptidases. Os beta-lactâmicosinibem as transpeptidases. Se não se tem a formação de ligações cruzadas há perda da estabilidade da parede celular bacteriana, causando, assim, morte das bactérias. Ex: apresentam anel beta-lactâmicos em sua estrutura. • Penicilina: utilizadas para infecções aeróbicas- anaeróbicas mistas da cabeça e pescoço, como abscessos dentários. ⇾ Penicilína G: é intravenosa ⇾ Penicilína V: via oral ⇾Penicilína antiestafilocócicas: Oxacilina, Eloxacilina, Dicloxacilina, Nafeillina e Meticilina. ⇾ Meticilina: pode está associado a uma resistência, com aparecimento de cepas SARM (Staphylococcus aureus) ⇾ Vancomicina: (glicopeptídeo) por via intravenosa é mais comumente utilizada no tratamento da sepse ou da endocardite causada por SARM, uma bactéria multirresistente. ⇾ Todas as penicilinas podem causar nefrite intestinal aguda, por isso, se deve ter uma atenção para o seu uso. ⇾ Ampicilina/ Amoxicilina: são aminopenicilinas, são utilizadas contra uma variedade de cocos Gram- positivos; cocos Gram negativos como Neisseria gonorrhoeae e N. meningitidis e bacilos Gram negativos como E.coli e H.influenzae • Cefalosporina: 1° geração: mais susceptível a efeitos adversos como fragilidade na função. ⇾ Cefalotina (cefazolina e cefalexina): ativas contra espécies gram-positivas bem como contra bacilos gram-negativos (menos resistente as betas lactamases em comparação com as demais gerações). 2 ° geração: podem ser divididas em dois grupos. ⇾ Cefuroxima (H.influenze, pneumonia). ⇾ Cefotetan/ Cefoxitina (Infecções intra-abdominais e pélvicas, incluindo a doença inflamatória pélvica). ⇾ Efeitos adversos: diarreia, ligeira elevação das enzimas hepáticas e reações de hipersensibilidade. 3° geração: são menos ativas contra microrganismos gram-positivos, mas são resistentes a beta-lactamase e ativas contra enterobacteriaceae e contra Neisseria e H.influenzae. ⇾ Ceftriaxona ,Cefotaxima, Ceftazidina ⇾ Efeitos adversos: ceftriaxona pode causar hepatite colestática. 4° geração: ativa contra Enterobacteriaceae; Neisseria; H.influenzae conta microrganismos Gram- positivo ⇾ Cefalosporina 5° geração: é uma droga da classe das cefalosporinas com atividade in vitro contra Gram positivos, incluindo o Staphylococcus aureus resistentes a meticilina (MRSA) e algumas bactérias Gram negativas. ⇾ Ceftaroline • Monobactâmicos: ativo contra a maioria das bactérias Gram-negativas, incluindo o P. aeruginosa, porém carece de atividade contra os microrganismos Gram-positivos. Alternativa em casos de alergia a penicilina e seu uso é limitado devido a ocorrência de flebite (inflamação do vaso no qual é administrado o medicamento) no local de administração IV, e a sua meia-vida curta exige doses a intervalos frequentes. ⇾ Aztreonam • Carbapenêmicos: ⇾ Imipenem, Meropenem, Ertapnem. ⇾ São utilizados na parte clínica, e os dois últimos possuem amplo espectro e proporcionam uma cobertura contra a maioria dos microrganismos Gram- positivos, Gram-negativos e anaeróbicos. ⇾ Nenhum deles é ativo contra bactérias multirresistentes SARM. ⇾ Reações de hipersensibilidade e flebite no local de administração IV, convulsões em altas doses (reduzem os níveis de valproato) ⇾ Os dois são mais específicos para o uso hospitalar. Inibidores de betalactamases: a bactéria começou a desenvolver um mecanismo de defesa contra os beta- lactâmicos, e dessa forma, um dos seus mecanismos é a produção de enzimas (betalactamases), que se ligam ao beta-lactâmicos, degradando ou inativando o fármaco. Os fármacos Clavulanato e Sulbactam, são prescritos quando o paciente tem resistência ao beta- lactâmicos. No qual vão inibir as betalactamases. IV. Antibióticos para micobactérias - São utilizados no tratamento da tuberculose principalmente. - Agem no processo de formação dos ácidos micólicos. (importante para a estabilidade da parede celular da micobactéria). - Pirazinamida; atua na fase 1 na conversão de AcetilCoa para ácidos graxos, impedindo esse processo. Também aumenta a resposta imunológica do macrófago de degradar o bacilo. - Isoniazida: atua na fase 2 na conversão de ácidos graxos em ácidos micólicos. Impedindo esse processo. - Etambutol: inibição de arabinosil transferase, que é uma enzima responsável por sintetizar o arabinogalactano. Diminuindo, assim, a síntese de arabinogalactano. V. Inibidores das funções da membrana celular - Inibidores da síntese de monômeros de polímeros de mureina e inibidores da ligação cruzada de polímeros e agentes antimicobacterianos. • altera a membrana celular ao nível osmótico, pois sua ação é na membrana fosfolipídica. - Alteração de permeabilidade: a parede celular se modifica de forma que impede o antibiótico de entrar. - Mecanismo enzimático: produz uma enzima que degrada o antibiótico das bactérias resistentes ao betalactamico. - Bomba efluxo: bactéria devolve o fármaco para o meio extracelular. - Alteração do sítio de ação: - Formas com que a bactéria adquiri resistência: • Resistência cromossômica (bactérias mutantes que foi favorável para sua sobrevivência). • Resistência extracromossômica (que ocorre quando o paciente administra uma dosagem incorreta de medicamento ou fez o tratamento incorreto, assim as bactérias que sobreviveram podem se mutar com estruturas de bactérias livres que morreram) 1- Conjugação (troca de plasmídeo): é o processo sexual de transferência de genes de uma bactéria doadora para uma receptora. Para que uma linhagem bacteriana seja doadora ela deve conter um plasmídeo conjugativo (elemento extracromossômico). 2- Tradução (bacteriófago): processo de reprodução no qual o DNA bacteriano é transferido de uma bactéria para outra por um vírus, os chamados bacteriófagos. 3- Transformação (DNA livre): absorção de fragmentos de DNA presentes no ambiente, originados de outras bactérias mortas e decompostas. Essa molécula ou fragmento será incorporado ao DNA da bactéria através da permuta de bases entre o DNA original e o fragmento absorvido.
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