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Exercícios 7) O linfócito T sai da medula óssea ainda como precursor linfóide e migra para o timo, onde começa a ser chamado de timócito e dá início ao seu processo de maturação, que consiste no ganho do TCR (para o qual é necessário que haja uma recombinação no gene que produz essa molécula) e de moléculas de CD4 e CD8 em sua superfície (o que ocorre devido a sinalização do ganho do TCR). Esse processo demora cerca de 14 dias, tempo no qual o linfócito migra da parte cortical do timo para a medula, onde passa pela educação tímica através da apresentação de antígenos. Algumas diferenças quanto ao processo de maturação do linfócito B são: o linfócito T é maturado no timo ao invés da medula óssea, ao passo que o linfócito B já sai da medula em sua forma madura. Os linfócitos T dependem da apresentação de antígenos para se tornarem maduros, enquanto isso não é necessário para os linfócitos B. Mat���ção d�� L��fóci��� Tal����ta �� T��o Citofluorimetria de fluxo -> ferramenta importante para o estudo imunológico - As células são incubadas com anticorpos fluorescentes específicos para diferentes moléculas - Os anticorpos que não se ligaram são eliminados por lavagem - o citômetro de fluxo adquire as células e tem seu tamanho, granulosidade e intensidade de fluorescência quantificados - os valores obtidos são avaliados com um programa de análise de dados - CD45: marca os linfócitos B - Baço de camundongos atímicos: - não possuem as populações CD4 e CD8 - Baço de camundongos nocaute da molécula TAP: - não possuem CD8 - TAP: canal que é responsável pela passagem do peptídeo do citoplasma para o retículo, de modo que o peptídeo possa entrar na fenda da molécula de MHC de classe I, que será apresentado na superfície da célula - Apresentação de antígenos no timo influencia o desenvolvimento de linfócitos T Sel�ção p����iv� - processo essencial para o desenvolvimento de linfócitos T no timo - a seleção positiva dos linfócitos Talfabeta ocorre principalmente no córtex e envolve o reconhecimento de peptídeos próprios ligados a moléculas do MHC - A afinidade/avidez dos TCRs pelos complexos MHC-peptídeos (próprios) determina a seleção positiva - afinidade: intensidade de ligação de uma molécula por seu ligante - avidez: soma das interações moleculares (ex: conjunto dos TCRs de um linfócito T com os MHC-peptídeos de outra célula) - Se o TCR não interagir com nada, o linfócito T sofre morte induzida -> tem que interagir para conseguir sobreviver - Os timócitos que interagem com o MHC classe I ou II tornam-se CD4-8+ ou CD4+8- - É a primeira vez que o TCR encontra com o MHC (TCR acabou de existir por processo aleatório e o MHC tem variabilidade na espécie, de modo que não houve uma “seleção natural” nesse processo) -> vão ser escolhidos linfócitos T que são capazes de interagir com a molécula de MHC - Esse processo elimina os timócitos que possuem TCRs que não reconhecem o MHC-peptídeo do indivíduo, e assegura que as células CD4+ reconheçam peptídeos endocitados e as células CD8+ reconheçam peptídeos citosólicos. - Interagiu com molécula de classe II -> perde CD8 e mantém CD4 - Interagiu com molécula de classe I -> perde CD4 e mantém CD8 - geração de dois conjuntos de linfócitos T - A molécula de CD8 interage com a parte constante da molécula de MHC I (age como espécie de sensor) - Estabiliza a interação do TCR com a molécula de classe I Sel�ção n����iv� - estabelecimento da tolerância central -> importância do timo na regulação de processos autoimunes - acontece na região medular do timo - na medula do timo, os timócitos já são CD4 ou CD8; ali, interagem com células apresentadoras (APCs) (principalmente com células epiteliais medulares) - pode ser estudada produzindo camundongos transgênicos que possuem um único TCR com alta afinidade para o complexo MHC-peptídeo próprio - os timócitos que possuem TCRs que se ligam com alta afinidade/avidez aos complexos MHC-peptídeos das células apresentadoras são negativamente selecionados -> ativação dos mecanismos de apoptose - alta fragmentação do DNA: indício que a célula entrou em processo de apoptose - Assim, os linfócitos T maduros que interagem com afinidade intermediária com os complexos MHC peptídeos das células apresentadoras de antígenos são mantidos - A seleção negativa elimina os linfócitos T que reagem muito forte com as células apresentadoras do timo - 90% das células morrem já na seleção positiva e 5% das que sobram morrem na seleção negativa - processo bastante rígido Os linfócitos T CD8+ e CD4+ maduras “olham” para dentro do citoplasma e do compartimento vesicular das células do organismo, respectivamente. CD8+ : MHC classe I CD4+: MHC classe II - o que a célula endocita não é necessariamente estranho ao organismo, podem ser coisas produzidas pelo próprio organismo Os linfócitos T maduros reconhecem com baixa afinidade o universo de peptídeos presentes nas moléculas de MHC das células apresentadoras de antígenos do timo - Qual é o universo de peptídeos presentes nas moléculas de MHC das células apresentadoras de antígenos do timo? (o que efetivamente é apresentado no timo?) Vantagem da diversidade das moléculas de TCR: - garante que existam linfócitos T capazes de reconhecer qualquer estrutura, mesmo que aquela estrutura não tenha existido no processo de evolução Ex��es�ão p���ís�u� �� p�o��ína� �róp�i�� n� �i�� - As células epiteliais medulares do timo expressam proteínas próprias de forma promíscua - Permite a apresentação de peptídeos que compõem os diversos tipos do organismo - experimento: análise do tipo de RNAm expresso - expressa proteínas que não deveriam estar expressas em células do timo pois são muito específicas para cada tecido - de fato as células epiteliais medulares produziam moléculas inesperadas (não é só uma questão de expressão gênica) - cada célula produz um conjunto próprio de antígenos - O fator de transcrição AIRE é responsável pela transcrição de genes de forma promíscua - ausência: doenças autoimunes - transcreve um conjunto de genes em sequência e a célula expressa aquelas moléculas em baixa quantidade - Células epiteliais medulares secretam essas moléculas - Moléculas do citosol da célula são capazes de parar em moléculas de classe II graças ao processo de autofagia - Tanto por moléculas de classe I quanto moléculas de classe II podem apresentar esse peptídeo A se��ção ne����va de li��óci��� T no ti�� el����a to���m���e a re���s�� a an�íge��� p�óp�i��? - existem células reguladoras na periferia (T CD25+) - Ao redor de 10% dos linfócitos T CD4+ de camundongos normais expressam a molécula CD25 - camundongos nudes reconstituídos com linfócitos totais de camundongos normais tornam-se imunocompetentes e não desenvolvem doenças autoimunes - sem as células CD25+, os camundongos desenvolveram doenças autoimunes - resultadO: CD25+ regula a resposta imune - Nem tudo é eliminado no timo; as respostas autoreativas na periferia (órgãos linfóides secundários) são moduladas pelas células CD25+ - Os linfócitos T reguladores são selecionados no timo por interações com MHC+peptídeos próprios - interação de alta afinidade, porém não de extrema afinidade: se torna célula reguladora - passam a expressar o fator de transcrição FoxP3 que faz com que a célula passe a se comportar como célula reguladora -> faz moléculas que diminuem as respostas imunes e que são capazes de prevenir o desenvolvimento e a ativação de células com potencial de atacar o próprio organismo - anormalidades no gene do FOXP3 resulta em doença autoimune severa denominada IPEX ligada ao cromossomo X - A sobrevivência e a competência funcional das células T regulatórias dependem da citocina IL-2. - suprimem as respostas imunológicas - supressão da indução da ativação da célula T - supressão da efetividade das respostas nos tecidos - suprimem diretamente a ativação das células B - inibem a proliferação e diferençao de células NK - produzem citocinas imunossupresoras (IL-10 e TGF-Beta) - se ligam a APCs deixando-as commenor habilidade para estimular as células T - Consomem IL-2, privando as outras populações celulares desse fator de crescimento, reduzindo a proliferação Como podemos explicar o fato da aceitação dos transplantes dependem da compatibilidade entre moléculas do MHC do doador e do receptor? - o primeiro camundongo é idêntico, aceita 100% - camundongo 3 e 4 irão rejeitar o transplante - molécula de MHC é diferente e os peptídeos são diferentes - Como o camundongo 3 e 4 possuem linfócitos T com capacidade de reconhecer com alta afinidade o MHC do camundongo A com os peptídeos de A em um timo que tinha MHC B - as moléculas de MHC nao são tão diferentes entre si - podem existir moléculas que interajam com A e B que foram mantidas pela seleção - O que é possível fazer para que o camundongo 3 aceite o transplante? - - o camundongo 5 aceita o transplante quando passar o tempo ele também pode rejeitar o transplante - o MHC é igual, então aceita os mesmos peptídeos - podem ter proteínas diferentes no backgroud, podendo gerar proteínas diferentes
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