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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BACHARELADO EM CIÊNCIAS E HUMANIDADES 2º Quadrimestre de 2021 Caroline Lourdes Corrêa da Silva RA: 11202021944 Maria Eduarda Oliveira Villar RA: 11202021083 Vinícius Soares de Sousa RA: 11202022011 Charliny Pimentel Melo RA: 11202021577 Heloísa Stockmann Torres RA: 11202021723 Laura do Espírito Santo Silva RA: 11202022100 MATUTINO SÃO BERNARDO DO CAMPO 2021 DO CÓCCIX ATÉ O PESCOÇO INTRODUÇÃO O álbum “Do Cóccix Até o Pescoço” foi lançado pela cantora e produtora Elza Soares (com participação de ícones musicistas como Jorge Benjor, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque e etc.) em 2002, marcando a música popular brasileira com a quebra do samba tradicional vigente. As composições do álbum são de extrema importância para a pavimentação do que seria um samba moderno e diferente - marcando a carreira da cantora para sempre - com algumas quebras da tradição rítmica antes vigente e até mesmo aplicada por Elza em músicas anteriores. Além disso, o álbum possui mesclas de outros estilos musicais, algo já explorado pela cantora em palcos, shows e encontros culturais, porém nunca colocado em prática num disco. Ou seja, o álbum mesclando rap, soul, pegadas funky e metais, traz o que o jornal da Folha em 2002 alega com irrefutabilidade: excentricidade. O ano de 2002 foi um ano conturbado para os brasileiros. As eleições estavam na boca acoplada da crise econômica na vizinha Argentina, ao atentado terrorista de 11 de setembro nas Torres Gêmeas, uma crise de energia no país (influente para o que viria das eleições) além de virmos de 2001 com uma alta taxa de dívidas (53% do PIB do ano). Os brasileiros temiam pelo futuro do país mais do que nunca, a busca por emprego e direitos básicos estáveis era o mais desejado depois de um 2001 difícil, vale ressaltar que na época, 24,3% da população era pobre, 8,9% possuía extrema pobreza e 1,1% tinham renda equivalente a zero; em complemento, o Brasil, em 2004 chegava a ter 73% da população pobre sendo preta. Ou seja, era nítido antigamente, como é hoje, o grande descaso - herdado historicamente e sustentado socialmente - com a população preta. Do Cóccix Até o Pescoço, é liberado num ano certeiro para a situação na qual o país se encontrava, retratando muito bem o momento em faixas como: “A Carne”, “Etnocopop”, “Todo Dia” e “Haiti”; faixas que abordam, intolerância religiosa, tratamentos e construções sociais, o cotidiano segregacionista e a desvalorização racial entre brancos e negros. O álbum constrói seu marco no mundo musical e marca mais do que nunca a importância de Elza Soares para a cultura musical brasileira. Elza Soares nasceu em 1930 num subúrbio (atual favela em Vila Vintém) do Rio de Janeiro de um pai operário e uma lavadeira. Foi motivada a entrar no mundo da música enquanto crescia pelo seu pai que tocava violão em suas horas vagas, porém era um sujeito um tanto conservador e dominante obrigando Elza a se casar quando tinha apenas 12 anos. O casamento interrompeu o crescimento e interesses de Elza abruptamente e veio a seguir com um filho, que faleceu muito jovem ainda por uma doença; logo mais, a jovem teve um segundo filho que também veio a falecer, com alguns anos depois, este falecimento sendo seguido pela morte do marido. A liberdade conjugal deu a Elza uma oportunidade de voltar a seu interesse musical e fez seu primeiro teste na famosa Rádio Tupi no ano de 1953, conquistando um primeiro lugar. Logo após, ingressou na Orquestra Garam Bailes como uma cantora crooner (cantam com vozes mais macias e baixas), alguns anos depois foi trabalhar na rádio Vera Cruz e teve participação no Festival Nacional da Bossa Nova. O sucesso da fluminense foi tanto que na Copa do Mundo de futebol masculino, ela foi convocada para representar o Brasil no Chile, sendo lá o local que conheceria Manuel Francisco dos Santos (Garrincha) seu futuro marido e abusador. É importante trazer que mulheres pretas são os maiores alvos de agressões e estupros, além de sofrerem grande racismo, são objetificadas por serem mulheres, sendo assim, acabam ficando em um cruzamento de características consideradas ruins pela sociedade. A vida de Elza Soares só vem crescido mais e mais conforme o decorrer dos anos: em 1982 se separa de Garrincha; no ano de 2000 recebeu o título de A Melhor Cantora do Universo pela rádio britânica British Broadcasting Corporation (BBC); em 2002 lança seu álbum Do Cóccix Até O Pescoço seguido de outros como Vivo Feliz (2004), Planeta Fome (2019), A Mulher do Fim do Mundo (2015) e seu último Deus é Mulher (2018). RESUMO DA OBRA E GÊNERO MUSICAL Lançado em 2002, o álbum “Do Cóccix Até O Pescoço” representa o recomeço da música brasileira e da carreira de Elza Soares. Com a mistura de ritmos como samba, axé e hip-hop, as músicas apresentadas combinam tradição com modernidade. Produzido por Alê Siqueira, o álbum possui composições de grandes artistas como “A Carne” de Seu Jorge, “Haiti” de Gilberto Gil, “Fadas” de Luiz Melodia, entre outras de Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Caetano Veloso e Carlinhos Brown. A presença de críticas sociais pautadas em questões raciais - como a abordagem da desvalorização da população negra na sociedade presente na música “A Carne” - aliadas a admiráveis harmonizações, fez com que a obra fosse aclamada pelo público e bem avaliada pela crítica, sendo indicada ao Grammy Latino. Sendo considerado um dos grandes álbuns da música popular brasileira, é fortemente influenciado pela musicalidade afro-brasileira, sendo o samba seu principal ritmo. Tendo seu início na Bahia no século XIX, o samba é resultado da mistura dos ritmos africanos, “batuques” que criavam uma comunicação ritual entre os negros, através da música e da dança. Após o Rio de Janeiro se tornar a capital, muitos escravos de diversas regiões do país, incluindo a Bahia, foram enviados para a cidade, local onde o samba formou raízes e incorporou elementos de outros ritmos. Com isso, o samba evoluiu, surgindo novos toques, sons e costumes, como as rodas de samba. Embora o samba seja patrimônio cultural imaterial brasileiro atualmente, no século XX, por fazer parte da cultura negra, o ritmo era perseguido e marginalizado, em que aqueles que fossem pegos dançando ou cantando poderiam até ser presos. Esta perseguição chegou ao fim apenas na década de 40, quando Getúlio Vargas, com interesses políticos, conseguiu tornar o samba em um símbolo nacional. No entanto, para ser aceito pela elite, o ritmo sofreu um processo de embranquecimento. Apesar de só ter alcançado respeito e reconhecimento depois que cantores brancos passaram a compor, os grandes nomes do samba são negros, como Ivone Lara, Cartola, Arlindo Cruz e Alcione, entre muitos outros. O samba representa a identidade e a história brasileira. E mais importante, o samba é, antes de tudo, resistência afro-brasileira. Como dito por Larissa Lisboa: “O samba surgiu da necessidade deste povo expressar o que vivia; seu passado, sua luta e sua resistência. E, em um momento histórico que escondia as debilidades e ineficiências da Lei Áurea e traçava a história do Brasil desprezando o negro como braço condutor do desenvolvimento do país, final do século XIX e início do XX, o samba era o espaço-vivo do dizer do negro” ANÁLISE DE ALGUMAS DAS PRINCIPAIS FAIXAS Todo Dia: A música trata a segregação de raças no espaço social de dois modos diferentes. Logo nos primeiros versos a letra denuncia o impacto que esta segregação gera na vida dos moradores do morro. A falta de acesso aos direitos básicos, como, educação, saúde e emprego, levam as pessoas a se envolverem com o crime muito presente nestes espaços. Em contrapartida, a música também fala sobre esses espaços como um lugar “seguro” para a população negra, afinal, a maioria dos moradores de comunidades são negros, o que nos remete aos quilombos. Inicialmente, os quilombos eram comunidades onde os negros escravizados encontravam abrigoquando fugiam. Entre os séculos XVI e XIX os diversos quilombos que existiam no Brasil foram símbolos de resistência à escravização de pessoas negras e representavam uma falha no sistema, já que este não tinha mais controle sobre esta população. No século XX, os quilombos passaram a representar um outro tipo de resistência, dessa vez, algo muito mais subjetivo e cultural. Os quilombos são aquilo que restou da história da África em nosso país. Estes espaços são responsáveis por preservar e passar adiante a cultura dos povos que deram origem a esta nação. Etnocopop: Esta música é um pedido de liberdade a todos os povos que compõem esta nação e foram oprimidos pelo sistema colonial. Começa fazendo referência à religiões de matriz africana, as quais são alvo de preconceito religioso no Brasil, como o Candomblé e a Umbanda, ao citar orixás como Oxumarê e Loquerê. Em seguida, o verso “Madame não quer índio marimbando” nos permite focar em duas problemáticas. Primeiramente, o termo “índio” remete a uma hegemonização dos diversos grupos indígenas que habitam as Américas, contribuindo para a desvalorização da cultura indígena e seus costumes. Outra problemática é que a “Madame não quer” o índio de tal maneira, enfatizando como os indígenas foram tratados como propriedade e pessoas incapazes de fazer escolhas por si mesmos durante séculos. Vale destacar que “marimbando”, gerúndio do verbo “marimbar”, significa “iludir”, "burlar''. Também são citados nomes de diversos animais originários da fauna brasileira, como sussuarana, sucuri e sacuiú, fazendo alusão às terras indígenas. Em meados das décadas de 1970 e 1980 os direitos dos povos indígenas passaram a ser discutidos com mais seriedade no Brasil devido à pressão internacional. A partir de então, começam a surgir pesquisas que mostram como o direito à terra indígena influencia na propagação da cultura desses povos. A música ainda tece críticas às forças policiais e ao modo como tratam pessoas de classes mais baixas, como se pode notar nos versos “É tudo sirene do mesmo cop/ Todo mundo sabe como se tratam os pops”, onde “cop” é uma gíria da língua inglesa utilizada para se referir aos policiais e “pops” seria uma abreviação da palavra populares. Por fim, critica a forma como os futuristas, assim chamados as pessoas que pensam fora da caixa, são tratados pela sociedade e pelas autoridades. A Carne: “A Carne” critica o preconceito racial em todas as suas formas cotidianas, aquilo que todos já estão cansados de ver nos jornais. A letra fala sobre o genocídio da população negra, que em 2018 por exemplo, eram 75% das vítimas de homicídio do Brasil (dados do Atlas da Violência). Outra denúncia feita pela música é sobre o sistema carcerário brasileiro,sendo que em 2017 a população negra representava 63% de toda a população carcerária. Em geral, a música foca na desvalorização do negro na sociedade, o que é explicitado no verso “a carne mais barata do mercado é a carne negra”. Na quinta estrofe, aborda o passado escravista e, com isso, o quanto a mão de obra negra foi fundamental para o desenvolvimento do país. Tal fato é retratado no próprio videoclipe da música, que também mostra o sofrimento dos negros escravizados ao chegarem em terras brasileiras. Em seguida, quando diz “todo mundo preto e o cabelo esticado”, faz referência ao videoclipe, que diz que "negro rico no Brasil é branco" e "branco pobre no Brasil é negro", dessa forma, evidenciando o aumento de pessoas na linha da pobreza, mesmo esses sendo brancos. O autor encerra a canção instigando a população negra a lutar por igualdade racial na prática, pois, mesmo que já prevista em lei, a mesma não acontece. Hoje é Dia de Festa: A música fala sobre a Festa de Iemanjá, orixá de religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, considerada orixá das águas salgadas e mãe de outros orixás. Descreve os principais ritos de tal celebração, como por exemplo o de presentear Iemanjá com flores. Também podemos ver que além de uma manifestação religiosa estão presentes outras características musicais e as suas formas de representação do povo negro, como naipes funky de metais, timbaus baianos scratches de rap. As religiões denominadas como afro-brasileiras, proibidas de serem cultuadas pelos africanos que chegaram ao Brasil como escravos, sofreram e sofrem até os dias atuais preconceitos na sociedade. Em sua história, as religiões de matriz africana, segundo Reginaldo Prandi, sempre foram devedoras e dependentes do catolicismo, ideológica e ritualmente, associando as suas divindades as divindades da igreja católica, para que conseguissem cultuá-las sem represálias; só recentemente estas religiões começaram a se desligar do catolicismo assumindo a sua própria identidade. Poder cultuar e realizar suas cerimônias é de grande importância para entender a história não só da população negra, mas também para a construção da identidade brasileira. “As comunidades de matriz africana influenciam a forma como vivemos nós, os brasileiros, em especial a população negra. Apesar do constante desrespeito e negação, fruto do racismo, as religiões de matriz africana preservam a cultura alimentar tradicional e comunitária, a musicalidade, a produção artística, e o nosso português por exemplo, totalmente africanizado”, afirma Lindivaldo. Haiti: A música trata principalmente do descaso, tanto da sociedade quanto do Estado, para com a população negra e pobre. Por mais que a sociedade desfrute de elementos originários da cultura africana, os mesmos continuam sendo alvo do racismo e sendo tratados como subcidadãos. Mesmo com a maioria da população negra, quem comanda os rumos que a sociedade irá tomar é uma pequena minoria elite branca que mantém o poder e as falsas ideologias de superioridade sobre as demais raças, se importando apenas em criar meios que continuem reforçando o estereótipo de superioridade. Também tece críticas aos políticos, por muitas vezes prejudicarem a população com seus atos, e aos religiosos hipócritas, que afirmam ser a favor da vida, lutando contra a legalização do aborto, mas que pedem a legalização da pena de morte. Em "111 presos indefesos, mas presos são quase todos negros" faz referência ao massacre do Carandiru, que ocorreu em 1992, onde 111 detentos foram executados pela força policial, e apos quase 30 anos depois não foi atribuida a responsabilidade a nenhum politico ou ao alto escalão militar, os que chegaram ao julgamento, a maioria foram absorvidos. Como dito em “A Carne”, a carne mais barata do mercado é a carne preta. Além disso, pede orações pelo Haiti, um país com população majoritariamente negra, que vem sofrendo com desastres naturais, golpes de Estado e pobreza há décadas. Ao falarmos do Haiti, podemos relembrar dos dados do IBGE sobre racismo, onde 90% concordavam que existe racismo no Brasil, mas 90% se diziam não racistas. Olhar e apontar as desigualdades e desastres que ocorrem com os outros países esquecendo-se das suas próprias é um costume muito corriqueiro no Brasil. CONCLUSÃO Embora seu lançamento original tenha ocorrido há quase vinte anos atrás, “Do Cóccix Até o Pescoço” é uma obra que ainda dialoga com a realidade brasileira atual. Reconhecido como um marco tanto na carreira de Elza Soares quanto na própria música brasileira, o álbum se destacou por conciliar com maestria as inovações musicais - sobretudo em relação ao samba - com uma forte mensagem de protesto contra o preconceito e a desigualdade étnico-racial. Tal mensagem se faz presente de forma bastante explícita em algumas das faixas já analisadas anteriormente, como “A Carne”, uma das mais impactantes do disco e que aborda diretamente a violência contra a população negra. Outra forma de protesto presente na obra se dá pela valorização da cultura e religiosidade afro-brasileira, como em “Hoje é Dia de Festa”, e também dos povos indígenas, em “Etnocopop”. Além disso, essa valorização pode ser percebida emtoda a obra de maneira mais implícita através de sua própria musicalidade, pela mistura do samba tradicional com diversos outros gêneros ligados à cultura negra, como o rap, soul e axé. Dessa forma, “Do Cóccix Até o Pescoço” é capaz de transmitir uma mensagem contra a discriminação étnico-racial não apenas por meio de seus versos, mas também pela composição de um ritmo que exalta a cultura daqueles que sofrem tal discriminação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUBAS. Do Cóccix Até O Pescoço - Elza Soares. Disponível em: https://dubas.net/catalogo/do-coccix-ate-o-pescoco/. Acesso em: 26 jul. 2021. PAULO, Folha de S.. Álbum devolve Elza Soares à excentricidade. 2002. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/critica/ult569u750.shtml. Acesso em: 26 jul. 2021. LEAL, Edson. Economia Brasileira - 2002. 2013. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/economia-brasileira-2002. Acesso em: 26 jul. 2021. DAMÁZIO, Malú. 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