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Reanimação neonatal 1 Reanimação neonatal Tags Reanimação RNT.pdf Reanimação neonatal Deve-se fazer 3 perguntas iniciais: 1. RN a termo? IG entre 37semanas e 41s e 6 dias 2. Respirando ou chorando? 3. Tônus adequado? Se SIM para as 3 perguntas, está tudo bem, o clampeamento do cordão deve ser feito entre 1 e 3 minutos. Clampeamento tardio (1-3min) do cordão é benéfico com relação aos índices hematológicos na idade de 3-6 meses. Após isso, a criança vai para o colo da mãe, para o primeiro contato com a mãe e amamentação. A amamentação na primeira hora pós-parto assegura que o RN receba o colostro, rico em fatores protetores. O contato pele-a-pele entre mãe e bebê ao nascimento favorece o início precoce da amamentação e aumenta a chance do aleitamento materno exclusivo ser bem sucedido nos primeiros meses de vida. O outro cenário é se, após ter feito as 3 perguntas, surge um NÃO. Essa criança vai para a mesa de reanimação. Se for respondido: Não para a pergunta 1 (RN a termo?) e Sim para as perguntas 2 (Respirando ou chorando?) e 3 (Tônus adequado?) → Aguarda para o clampeamento: > ou = 34 semanas, deve-se clampear o cordão entre 1 e 3 minutos. Se < de 34 semanas deve clampear o cordão entre 30 e 60 segundos. Após isso o recém nascido vai para a mesa de reanimação. Se o RN tiver nascido com qualquer idade gestacional, mas for respondido NÃO para as perguntas 2 (Respirando ou chorando) ou 3 (Tônus adequado), o clampeamento do cordão deve ser imediato e o recém nascido deve ir para a mesa de reanimação em seguida. Reanimação neonatal 2 FLUXOGRAMA DA REANIMAÇÃO NEONATAL Quando leva o recém nascido para meda de reanimação segue o fluxograma: 1º → Aquecer; Posicionar; Aspirar (se necessário); Secar [APAS]. Em seguida avalia a FC e Respiração. Essas condutas iniciais devem durar até 30 segundos. Aquecer → Temperatura da sala de parto deve estar entre 23º - 26ºC. Além disso, recepciona-se a criança com campo pré-aquecido, depois disso leva a criança para fonte de calor radiante. Se o RN tiver < 34 semanas: deve-se colocar ele em um saco plástico e colocar uma touca. Reanimação neonatal 3 Posicionar → deve-se posicionar a cabeça fazendo uma leve extensão Aspirar (se necessário)→ quando a criança tem muita secreção obstruindo via aérea. Deve-se seguir uma sequência de aspiração, sendo: 1º a boca, 2º narinas. Evitar a introdução da sonda de aspiração de maneira brusca ou na faringe posterior, pois pode induzir à resposta vagal e ao espasmo laríngeo, com apneia e bradicardia. Secar → Deve secar todas as crianças, com exceção daquelas que tiveram de ir para o saco plástico. Depois dos passos iniciais, avalia-se a FC, e respiração. Deve-se avaliar a frequência cardíaca auscultando com o esteto, conta a FC em 6 segundos e multiplica por 10. Se FC < 100; apneia; respiração irregular, deve-se imediatamente ir para o 2º passo. 2º → Ventilação com pressão positiva (VPP): Reanimação neonatal 4 O ponto crítico para o sucesso da reanimação é a ventilação adequada, fazendo com que os pulmões se inflem e, com isso, haja dilatação da vasculatura pulmonar e hematose apropriada. Assim, após os cuidados para manter a temperatura e a permeabilidade das vias aéreas do RN, a presença de apneia, respiração irregular e/ou FC <100 bpm indica a VPP. Esta precisa ser iniciada nos primeiros 60 segundos de vida (“Minuto de Ouro”). A ventilação pulmonar é o procedimento mais simples, importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto. Antes de iniciar a ventilação propriamente dita, sempre verificar se o pescoço do RN está em leve extensão e aplicar a máscara na face, no sentido do queixo para o nariz. Envolver as bordas da máscara com os dedos indicador e polegar, formando a letra “C”, para fixá-la na região correta. O ajuste adequado é conseguido por uma leve pressão na sua borda. Os dedos médio, anular e mínimo formam a letra “E”. O selo entre face e máscara é crítico para o sucesso da ventilação. Deve ser iniciada no primeiro minuto de vida (Golden minute - tempo máximo para começar a VPP). Essa ventilação é feita em 30 segundos. Deve-se fazer a ventilação seguindo determinado ritmo, para ajudar a seguir esse ritmo, pode-se cantar uma musica mentalmente ''aperta/solta/solta”, “aperta/solta/solta”..., que guiará o ritmo da ventilação. Quando segue esse ritmo a gente estará ventilando a criança cerca de 40 a 60 vezes por minuto. Deve-se colocar uma oximetria de pulso em MSD da criança, tem que ser em membro superior direito, pois nele é que se vai ter a avaliação da saturação de O2 pré ductal. Se a criança tiver menos de 34 semanas, já coloca o oximetro logo que ele chega na mesa de reanimação para as condutas iniciais. Além do oximetro em MSD, deve-se pedir também monitor cardíaco no momento da VPP, colocando 2 eletrodos, 1 em cada membro superior e 1 eletrodo em uma coxa, com o objetivo de avaliar a FC em tempo real. Oxigênio → > ou = 34 semanas: ventila a criança em ar ambiente (21%); < 34 semanas: ventila a criança com O2 a 30%. OBS: Até os primeiros 5 minutos de vida criança, a saturação alvo dela é entre 70%-80% Após isso deve-se avaliar a FC, se após 30 segundos de VPP a criança continua com FC < 100bpm. Vai para o 3º passo. Reanimação neonatal 5 3º → Checa a técnica em que está sendo realizada a VPP; se após a checagem da técnica a criança não melhora, e apresenta FC< 60, deve-se partir para 4º passo. 4º → IOT: Faz-se a IOT e ventila essa criança com oxigênio entre 60% e 100%, por meio da cânula, por 30 segundos. Se após isso a FC permanecer <60, ou saturação permanece abaixo dos valores desejáveis, deve-se ir para o 5º passo. 5º → Massagem cardíaca externa : Faz-se 60 segundos de compressão torácica e reavalia a criança. Técnica → 2 polegares: Mantém uma relação de 3 compressões e 1 ventilação. Faz-se 90 compressões e 30 ventilações por 1 minuto. OBS: Neste momento em que está fazendo a compressão torácica, já pode solicitar que alguém realize o cateterismo venoso umbilical. Se a FC aumentar, pode-se interromper a compressão torácica e continua só ventilando, porém se a FC não aumentar e persistir abaixo de 60, deve-se checar a Reanimação neonatal 6 técnica e se tiver tudo certo com a técnica, deve-se prosseguir para o passo seguinte. 6º → Administração de drogas Adrenalina: via traqueal (apenas uma vez) ou veia umbilical (via preferencial). A dose endovenosa é de 0,01-0,03 mg/kg. Quando não há reversão da bradicardia com a adrenalina endovenosa, assegurar que a VPP e a massagem cardíaca estão adequadas, repetir a administração de adrenalina a cada 3-5 minutos (sempre por via endovenosa na dose 0,03 mg/kg) e considerar o uso do expansor de volume. SF 0,9% (10ml/kg): se a criança não está melhorando, se está com palidez, está com evidências de choque. Isso é muito comum em crianças que perdeu volume, que muitas vezes são aquelas que a mãe que teve descolamento prematuro de placenta. A expansão de volume é feita com soro fisiológico na dose de 10 mL/kg lentamente, em 5-10 minutos, podendo ser repetida a critério clínico. A presença de assistolia aos 10 minutos de vida, que pode ser inferida pelo Apgar=0 aos 10 minutos depois do nascimento, é um forte preditor de mortalidade e morbidade em todas as idades gestacionais. Em RN ≥34 semanas com assistolia após 10 minutos de reanimação, é razoável interromper os procedimentos de reanimação. Entretanto, a decisão de continuar ou interromper tais procedimentos precisa ser individualizada FONTE: Medcurso e Manual de reanimação neonatal
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