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Relatório 2 - estagio 4

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(
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em Pedagogia- EAD
UNIRIO/CEDERJ
)
Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância 
do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
RELATÒRIO 2
DISCIPLINA: Estágio curricular supervisionado 4
Anos Iniciais do Ensino fundamental
	Nome: 
	Matrícula: 
	E-mail: 
	Telefone: 
	Polo: 
	Cidade que reside
INTRODUÇÃO 
	Eu sou ...... aluno do Curso de Pedagogia modalidade a distância, da Fundação CECIERJ/Consórcio Cederj/UNIRIO, matriculado sob o número, no polo de ......, residente em ................................
	O presente relatório encontra-se dividido em: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão e, se destina a relatar as atividades por mim desenvolvidas, por ocasião da realização de meu estágio curricular supervisionado 4 - Anos Iniciais do Ensino fundamental, realizado na Escola Estadual Municipalizada ............., localizada em .............., zona rural do município de ............................, no período de 14/09/2019 à 08/11/2019. 
	
DESENVOLVIMENTO:
Diário de campo - Registros sobre observação do cotidiano da turma sobre relacionamento e processo de aprendizagem e relato do desenvolvimento do plano de aula
Aqui descrevemos cada dia de desenvolvimento do Estágio Curricular Supervisionado 4 – Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que foi realizado na Escola Estadual Municipalizada ............................., localizada em ....................., zona rural do município de......................................... 
No dia 01/10/2019 compareci à Escola Estadual Municipalizada........................... para conversar com a professora da turma do terceiro ano e, juntos, selecionamos os conteúdos que poderiam ser desenvolvidos no Plano de Aula. Foi uma conversa bem proveitosa, onde pude tirar minhas dúvidas em relação à turma. O conteúdo escolhido e que conta do plano de curso da escola foi “Regras de Sinalização de Trânsito”.
No dia 02/10/2019 retornei à escola para assistir uma aula da turma do terceiro ano, cujo tema foi “História em quadrinhos”. A professora disponibilizou uma história em quadrinhos com o tema “Saneamento básico”, da Turma da Mônica. Após a leitura da história, a professora escreveu algumas perguntas sobre a mesmo no quadro branco para que as crianças interpretassem. Foi uma aula bem interessante e os alunos participaram ativamente.
No dia 04/10²019 voltei à escola para mais um dia de estágio. Neste dia a professora iniciou sua aula com um pequeno poema e, a partir dele, ensinou o conteúdo substantivo. Para ensinar tal conteúdo, a professora levou um cartaz com o poema trabalhado e deu início à aula dizendo que substantivo é tudo que dá nome aos seres, aos objetos, às pessoas. Após explicação, distribuiu folhas xerocadas com variadas atividades. Foi uma aula um pouco conteudista e as atividades tinham como objetivo a memorização das várias classificações dos substantivos. Os alunos cumpriram com todas as atividades, mas pude notar que não estavam muito interessados.
No dia 10/10/2019 regressei à escola. Neste dia, o conteúdo trabalhado foi problemas matemáticos de adição, subtração e multiplicação. A professora dividiu a turma em grupos de 3 alunos e distribuiu uma série de probleminhas que deveriam ser resolvidos e expostos no quadro branco por cada grupo. Pude notar que os alunos gostaram da aula, principalmente quando iam para o quadro falar e resolver os problemas que lhes foram entregues.
No dia 16/10/2019 voltei à escola para observar mais um aula, sendo que está teve como conteúdo a leitura e escrita de números por extenso, assim como antecessor e sucessor d os números. Neste dia a professora escreveu os conteúdos nos quadro branco e os alunos copiaram no caderno, resolvendo cada questão. Os alunos também foram chamados ao quadro branco para escrever as respostas dos mesmos.
No dia 18/10/2019 retornei à escola. A aula observada neste dia foi muito divertida. A professora distribuiu a música “Ciranda, cirandinha” para trabalhar a noção de verbos. Após a atividade, os alunos foram convidados para ir até o pátio da escola para dramatizar a música.
No dia 21/10/2019 a aula foi sobre a representação gráfica da escola. Os alunos fizeram uma maquete do bairro, usando sucatas que a professora e os alunos trouxeram (caixinhas de remédio, de leite, etc). Foi uma aula bem interessante e os alunos puderam ter noção do espaço onde a escola está inserida.
No dia 23/10/2019 a professora trabalhou a escrita de palavras com encontros consonantais e também usou o dicionário para que as crianças entendessem o significado de algumas palavras. Pude perceber que os alunos tiveram algumas dificuldades em pesquisar as palavras no dicionário.
No dia 25/11/2019 a aula foi sobre o cálculo mental e escrito de números naturais: adição, subtração e multiplicação. A aula transcorreu normalmente. Os alunos fizeram as atividades xerocadas com entusiasmo.
No dia 29/10/2019 a professora trabalhou sinais de pontuação, como o ponto final, de exclamação, vírgula, dois pontos e travessão. Distribuiu um texto que não continha tal pontuação para identificar se os alunos saberiam colocá-los corretamente no texto.
No dia 31/10/2019 a professora levou para a sala de aula diversas imagens e, a partir delas, os alunos produziram um texto coletivo. Foi um momento muito produtivo e o texto produzido, de acordo com a professora, seria trabalhado em uma outra hora com os alunos.
No dia 01/11/2019 retornei à escola. Neste dia a professora levou para os alunos uma seleção dos principais acontecimentos ocorridos ao longo do tempo em Santa Maria Madalena. Os alunos fizeram o registro desses acontecimentos em uma linha do tempo.
No dia 04/11/2019 a aula foi sobre resolução de problemas matemáticos de adição, subtração e multiplicação. Mais uma vez a professora distribuiu os alunos em grupo de 3 alunos e ofertou uma série de probleminhas que deveriam ser resolvidos e expostos no quadro branco por cada grupo. Pude notar, ainda, que os alunos gostaram da aula, principalmente quando iam para o quadro falar e resolver os problemas que lhes foram entregues.
No dia 06/11/2019 foi o grande dia de minha atividade docente. Para a minha aula prática escolhi, juntamente com a professora, abordar o tema “Bullying”. Ao chegar à sala expliquei que daria aula para eles e que esta ação fazia parte do meu estágio. Logo em seguida apresentei o tema e pedi a colaboração deles. Vale destacar que consegui realizar tudo aquilo que havia planejado. Comecei com uma aula dialogada. Indaguei o que significa: “Boas maneiras”? Cite exemplos de boas maneiras? Como agir em situações de conflitos com os colegas? Como utilizar “as boas maneiras” no dia a dia e na escola? Logo em seguida, distribui cópias para os alunos sobre os direitos e deveres dos mesmos dispostos no regimento da escola. Após leitura desses direitos e deveres dos alunos, realizei um debate sobre eles. Por conseguinte, fomos até a sala de vídeo para exibição do vídeo: “Turma da Mônica em: Boas maneiras”. Após o vídeo, questionei os alunos: Alguém se identificou com os personagens? Qual personagem? Alguém já vivenciou alguma situação semelhante? O que acharam sobre o comportamento dos personagens: Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha, Senhorita Biju? Após a discussão sobre o vídeo, solicitei aos alunos que, em duplas, escrevessem nas cartolinas sobre o comportamento: o que é certo e errado, isto é, quais as boas maneiras a serem utilizadas para se viver em harmonia na sociedade atual. Após a atividade montamos um mural no pátio da escola com os cartazes dos alunos e convidei as demais turmas da escola para apreciar o trabalho realizado pela turma até o momento sobre o Bullying.
Percebi o quanto gostaram daquele dia e o quanto foram participativos. A atividade realizada foi muito significativa para o meu fazer profissional, pois aprendi que uma aula dinâmica é um doscaminhos para uma efetiva aprendizagem. Os alunos participaram de forma ativa e ficaram muito empolgados em realizá-la. Foi uma experiência muito rica e gostosa porque pude confirmar o quanto é maravilhoso trabalhar com crianças.
Durante esses dias aqui apontados, pude observar a rotina da turma, fui muito bem recebido tanto pela professora, quanto pelos alunos e através desse contato tive a oportunidade de conhecer um pouco das particularidades de cada um, ao chegar na turma me apresentei como estagiário e expliquei o motivo da minha presença ali. São visíveis os níveis de aprendizagem dos alunos, a maioria lê e escreve, apenas dois alunos ainda tem dificuldades na leitura, eles são atendidos de forma individualizada para que possam chegar a um nível mínimo exigido para ano de escolaridade que estão inseridos.
A professora é muito cortês e atenta a tudo que acontece dentro da sala, nos dias que fiz as observações procurei auxiliar nas realizações das tarefas dos alunos que apresentam dificuldades, também ajudei a corrigir as atividades e tirei algumas dúvidas deles, em seguida fazia companhia no refeitório e após a merenda, os educandos usufruíam o tempo livre referente ao recreio, durante esse intervalo, organizei brincadeiras com eles para descontrair, logo após, voltávamos para a sala, dando sequência as atividades propostas pela professora. A avaliação no dia a dia de sala de aula foi realizada de forma contínua através de atividades diversas ministradas pela professora em sala de aula.
CONCLUSÃO
Todas as atividades realizadas nas 1ª e 2ª etapas do Estágio Supervisionado IV contribuíram para o crescimento de minha formação docente e, através deste, pude analisar com mais profundidade o funcionamento de uma escola dos anos iniciais do Ensino Fundamental comprometida com a educação de seus alunos. 
Com a realização desse estágio, pude ter experiências que irão acrescentar muito no meu aprendizado enquanto futura pedagogo, bem como refletir sobre as práticas pedagógicas, desenvolvendo o senso crítico, a criatividade, o respeito e a valorização pelo ser humano, em suas múltiplas diversidades, aprendendo a lidar com as diferenças, dentro de uma experiência real e significativa.
O estágio me oportunizou aprimorar minhas escolhas a partir do contato com as diferentes realidades, conhecendo, analisando e experimentando as práticas associadas à teoria. 
ANEXOS
Planejamento Pedagógico
Professor: 
Eixo central – Língua Portuguesa
Áreas de conhecimento envolvidas – Estudos Sociais – Cidadania – Diversidade
Conteúdo – Bullying – Produção textual – Oralidade 
Série – 3º ano do Ensino Fundamental
Introdução / Contextualização
 
Segundo Santos (2012, p. 16) “o bullying é um fenômeno que pode ocorrer em locais como a escola, o trabalho, em casa ou em qualquer outra instituição. No âmbito escolar pode vir a prejudicar o rendimento escolar”.
Nesse sentido, este tema também está diretamente ligado a inclusão e a evasão escolar, porque desde a criação da Constituição Federal de 1988, e reafirmado na vigente Lei de Diretrizes e base da educação n° 9394 de dezembro de 1996, a educação é direito público e subjetivo, de todos os cidadãos brasileiros, e o bullying fere exatamente este principio porque em muitos casos o agressor faz com que o agredido se evada do estabelecimento de ensino, ou ainda, o leva à depressão, e, dependendo do caso, até mesmo a morte.
De acordo com Fante (2005, p. 3)
as escolas devem instituir programas preventivos, compostos por um conjunto de ações que visem reduzir o problema e incentivar a cultura de paz. Dentre as ações, podemos citar: capacitação de docentes e equipe pedagógica para o diagnóstico, intervenção e encaminhamento de casos, formação de equipe multiprofissional para estudos e atendimentos de casos, envolvimento da comunidade escolar dentre eles pais, docentes e discentes, equipe pedagógica, nas discussões e desenvolvimento de ações preventivas, estabelecimento de regras claras sobre o bullying no regimento interno escolar [...].
Precisamos ter em mente que nossa sociedade é, a cada dia, mais bombardeada por informações vindas de vários meios de comunicação, com isso não podemos nos omitir diante de nenhum tipo de preconceito. E estes atos não adiantam ser proibidos e precisamos fazer com que isso seja significativo na vida deste aluno, para que ele não tome estas atitudes em nenhum ambiente que ele possa vir a frequentar ao longo de sua vida.
A Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015, em seu Artigo 4º, parágrafo IX discorre que é necessário: 
Promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de comunidade escolar (BRASIL, 2015).
Já o Artigo 5º da referida Lei preceitua que “é dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)”.
Nessa perspectiva, a prioridade desta temática é mostrar aos alunos que devemos repudiar qualquer ato que tenha ligação com o bullying, e que, com isso, eles passem a ter confiança em seus professores para falar sobre o assunto, caso ocorra.
Podemos entender que o bullying é um termo utilizado mundialmente para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder. O fenômeno bullying está presente em todas as classes sociais, culturas e escolas, em maior e/ou menor grau. É preciso diferenciar o bullying de uma agressão ocasional, atuando na especificidade de cada caso. Enquanto a criança ou adolescente que pratica o bullying pode ter um sentimento de poder, o alvo e/ou vítima pode se sentir muito ferido a ponto de gerar danos psicológicos graves na sua psique.
Nogueira (2005, p. 3) esclarece que:
O cotidiano escolar tem sido marcado por todo tipo de atitudes chamadas de violentas. Desde uma simples agressão verbal a um colega ou professor, passando pela depredação do prédio público culminando muitas vezes em casos de assassinato de aluno ou professor.
Cotidianamente vemos casos como o de Wellington de Menezes de Oliveira, que invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo e fez vários disparos matando 12 pessoas e a si mesmo, sem qualquer motivo aparente. Segundo reportagem da Revista Veja, tal rapaz era alvo constante de provocações de colegas, uma vítima de bullying na escola, o que não justifica sua ação de matar. Mais recentemente, em 2019, vimos nas mídias o caso ocorrido na escola de Suzano, em São Paulo. Dois ex alunos entraram na escola, mataram sete pessoas e tiraram a própria vida. Antes mataram um tio de um deles.
Os casos de violência e morte mencionados acima têm como um dos seus motivos o bullying sofrido, ainda na infância, dentro da escola, por meio de agressões físicas, verbais, morais, assédios, ações desrespeitosas, dentre outros. Porém, cabe destacar que o bullying não está presente apenas na escola e que também pode ser encontrado nas ruas e na própria família.
Amaral e Pereira (2013, p. 615) discutem o papel da escola em casos de Bullying:
No âmbito escolar o assunto deve ser estudado em busca de solução, reunindo a equipe pedagógica, pais, alunos e profissionais que fazem parte do sistema educacional, visando leituras, palestras e teatros como armas antibullying, colocando trabalhos que envolvam todos os alunos da escola, transmitindo assim um trabalho voluntário contra as agressões visíveis diariamente.
Na atualidade, observamos cotidianamente casos de violência escolar que muitas das vezes passam despercebidos, todavia há de se analisar que poderá ser marcante na vida de um aluno. Quem nunca foi “zoado”, apelidado,testemunhou casos de violência ou até mesmo a praticou? Essa violência “é um fenômeno mundial tão antigo quanto à própria escola” (FANTE, 2005, p. 44) e hoje ganha proporções fora da escola, tal como na prática do cyberbullying, por exemplo.
Como diz Fante (2005, p. 50):
muitos profissionais da educação querem esconder que o bullying não existe nas escolas. Ao relatarem sobre esse tema, alguns dizem que não há nas escolas em que trabalham, ressaltam que o que existe são apenas casos de brincadeiras de mau gosto, mas que rapidamente são solucionados. Somente se dão conta quando se deparam com estudos sobre o bullying em suas instituições. 
Ainda para Fante (2005, p. 51):
Posteriormente, após a apresentação dos resultados das pesquisas mostrando a existência do bullying, ficavam perplexos por nunca terem imaginado que isso ocorresse em seu meio. Alguns pediam sigilo sobre a divulgação dos resultados; outros sobre o nome da escola ou do município, quando este era de pequeno porte, temendo talvez pela reputação da sua escola. 
Diante do analisado, é sempre bom que os educadores se informem e orientem os pais e a sociedade sobre o que é bullying para que este problema seja amenizado, não se agravando. 
Quando identificados um autor e uma vítima, ambos devem ser orientados. Seus pais devem ser alertados e estar cientes que seus filhos, agressor ou agredido, precisam de ajuda especializada. O comportamento dos pais diante deste comunicado é muito importante: não se deve cobrar o revide, nem intimidar ou agredir. Este é um momento de aprendizado para todos, e mostrar como se controlar, manter a calma e evitar comportamentos de violência é imprescindível (ORTE, 1996 apud NOGUEIRA, 2005, p. 101).
Assim, é necessário à prevenção deste problema para que este não venha crescer chegando a um ponto onde será difícil de controlar, mas é indispensável à participação da família e também da comunidade escolar buscando estratégias que proporcionem a diminuição dessa temática, promovendo a formação ética para os indivíduos.
Diante de tantas influências que rodeiam as crianças, a do professor é, sem dúvidas, uma das mais significativas. Algumas crianças passam mais tempo na escola, tendo contato direto com os professores, do que em casa, quando o contato é com os pais. Diante disso, os professores são “modelos de condutas e comportamentos” para a maioria delas. O que faz de sua postura respeitosa imprescindível para a relação aluno/professor, já que a tendência é que o aluno siga o exemplo de seu professor. Devido a isso, Fante traz alguns questionamentos que deverão incentivar reflexões a respeito das atitudes do professor em sala de aula, são eles: 
Será que as atitudes de alguns profissionais de educação ante um conflito poderão ser adotadas, como exemplos, pelos alunos? Será que a atitude autoritária ou agressiva do próprio profissional não está contribuindo para que os alunos exerçam tal autoridade ou agressividade sobre seus companheiros de escola? Será que os profissionais educadores possuem habilidades para relacionar-se com seus alunos? Como anda o relacionamento desses profissionais com os alunos? (FANTE, 2005, pg. 98).
É importante que o profissional tenha essa consciência e reflita sobre seu comportamento diante dos alunos; através dessa reflexão, Fante (2005, pg. 97-98) questiona sobre o papel que nos cabe desempenhar como educadores:
Acreditar que nada podemos fazer e cruzar os braços, comodamente, esperando soluções dos órgãos superiores? Permanecer cada vez mais inseguros e fingir que essa é uma questão que não nos cabe resolver? Acreditar que não podemos mudar o mundo, enquanto o alto grau de insegurança para a nossa família, para os nossos alunos e para a sociedade em geral se mostra cada vez mais assustador? Ou, ao contrário, buscar coragem para enfrentar os problemas e participar ativamente de programas que possam transformar o cenário violento das escolas num cenário de paz? Se conseguirmos resultados em nossa comunidade escolar, já não será um grande feito? Será que não podemos nos tornar um pólo irradiador de ações, atitudes e valores capazes de aumentar o âmbito da prevalência do amor sobre o ódio, da compreensão, da fraternidade e da tolerância sobre todo e qualquer tipo de violência? Será que a educação não é o caminho que podemos utilizar para transformar uma sociedade agressiva e violenta em uma sociedade mais justa, mais solidária e mais feliz? (FANTE, 2005, p. 97-98).
O poder do professor diante dos alunos se compara com o dos pais em casa, pois é através da observação, do contato direto com os alunos que o fenômeno bullying pode ser detectado, ou pelo menos podem surgir suspeitas e, através destas, descobertas, antes que o pior possa acontecer, pois só se toma conhecimento, na maioria dos casos, quando atitudes catastróficas já se fizeram presentes. O professor deve ser treinado para interpretar, diagnosticar e diferenciar o bullying das “brincadeiras da própria idade”, mas somente a partir da conscientização das mais diferentes formas de violência na escola, sugere a autora.
Fante (2005, p. 29) afirma que o fenômeno bullying já faz parte do cotidiano escolar há muito tempo, e até hoje ocorre de forma despercebida da maioria dos profissionais de educação. Por isso é importante que haja constante observação por parte destes para que a intervenção ocorra em tempo ágil. A observação é o primeiro instrumento de investigação proposto por Fante (2005) como método para se detectar o bullying escolar, prevenir a violência nas escolas e educar para a paz e uma das etapas mais importantes, pois é quando o educador vai prestar a devida atenção nas relações interpessoais sadias ou não dentro da sala de aula, diante de trabalhos em grupo, do comportamento ao formar o seu grupo.
Essa dica vale para os profissionais de todos os ambientes escolares, tanto públicos quanto privados, até porque o bullying ocorre em ambos e independe da classe social.
Para que os problemas sejam solucionados, de acordo com Fante (2005, p. 105-106) não basta defender a vitima e punir o agressor. É preciso ir além.
Segundo a autora, é preciso conhecer as causas que levaram o agressor a tomar essas atitudes violentas, ele também precisa de ajuda, e as que fizeram com que a vítima sofresse calada. Fante (2005) sugere que se ganhe a confiança do agressor, até pelo fato de que em alguns casos ele protagoniza a situação de vítima.
A relação professor-aluno é um dos fatores determinantes do ambiente interno da escola que possibilitam a explicação das teorias da agressividade, segundo Fante (2005). De acordo com a autora, essa relação é marcada pela assimetria de poder, pois muitos professores aproveitam o primeiro dia de aula para afirmar sua autoridade, exalando tirania. E alguns alunos provocam o professor, só pra ver até onde ele pode chegar.
A relação de carinho mútuo é importante, porém alguns professores se preocupam apenas em manter o controle em sala, até para provar competência aos diretores e aos outros professores se esquecendo do seu papel importante de estimular a aprendizagem.
Para concluir essa questão de relacionamento entre o docente-discente, Fante (2005) aposta numa relação de poder, em que o professor, de um lado, luta pelo controle de sua classe e do outro lado tem o aluno, que testa a competência do professor, com o objetivo de mostrar o seu poder aos outros alunos. E dessa forma, vários são os fatores desfavoráveis que influenciam no estabelecimento de um bom clima durante a aula.
Ainda de acordo com Fante (2005) a atual pedagogia considera fundamental o estabelecimento de relações cordiais, mais liberais entre professor-aluno, pois facilita o desenvolvimento natural de liderança. Quanto mais desafiado, acuado o aluno é, mais ele quer mostrar o seu poder. É nesse momento que o professor deve manter-se no papel de adulto, impulsionando, incentivando e motivando os alunos a todo o momento. Além, claro, de manter a serenidade, a autoridade e, principalmente, o autocontrole, respeitando os alunos que apresentemdificuldades comportamentais, evitando confrontos, mantendo sempre o ambiente de respeito e amizade. O tratamento individualizado auxilia na aprendizagem e pode ser movido a afeto e atenção.
Objetivos
Com este trabalho pretende-se que os alunos sejam capazes de:
· Identificar os direitos e deveres de cada cidadão; 
· Compreender as relações sociais, as diferenças e individualidades; 
· Analisar situações-problema com relação à indisciplina; 
· Avaliar atitudes, comportamentos e decisões tomadas nas situações-problema;
· Refletir sobre atitudes e comportamentos em relação aos colegas, as diferenças entre brincadeira e violência na escola, seus direitos e deveres tanto na escola quanto na sociedade e de que forma ele pode colaborar para viver em harmonia na sociedade atual.
Recursos didáticos
· Folhas xerocadas com direitos e deveres dos alunos dispostos no Regimento da Escola; 
· Vídeo Turma da Mônica; 
· Cartolinas; 
· Lápis; 
· Borrachas; 
· Lápis de cor; 
· Canetas de hidrocor.
Organização da sala
· Os alunos, no decorrer da aula, serão organizados em grupo.
Procedimentos / desenvolvimento da atividade
· Inicialmente o professor deverá questionar a turma sobre o que significa: “Boas maneiras”? Exemplos de boas maneiras? Como agir em situações de conflitos com os colegas? Como utilizar “as boas maneiras” no dia a dia e na escola?
· Logo em seguida o professor distribuirá cópias para os alunos sobre os direitos e deveres dos mesmos dispostos no regimento da escola. 
· Após leitura desses direitos e deveres dos alunos, o professor realizará um debate sobre eles. 
· Por conseguinte, o professor exibirá o vídeo: “Turma da Mônica em: Boas maneiras”, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=YHS34tkXdR8.
· Após o vídeo o professor questionará aos alunos: Alguém se identificou com os personagens? Qual personagem? Alguém já vivenciou alguma situação semelhante? O que acharam sobre o comportamento dos personagens: Mônica, Magali, Cascão, Cebolinha, Senhorita Biju. 
· Após a discussão sobre o vídeo, o professor solicitará aos alunos que, em duplas, escrevam nas cartolinas sobre o comportamento: o que é certo e errado, isto é, quais as boas maneiras a serem utilizadas para se viver em harmonia na sociedade atual. 
· Após a atividade o professor montará um mural no pátio da escola com os cartazes dos alunos e convidará as demais turmas da escola para apreciar o trabalho realizado pela turma até o momento sobre o Bullying.
Avaliação
Ao longo do desenvolvimento da atividade, será possível avaliar:
· O que cada aluno aprendeu individualmente e de forma coletiva, com a participação do grupo. 
· Os alunos se posicionarão sobre todas as atividades realizadas por meio de trabalhos diversos que serão expostos no pátio da escola. 
· Assim, a avaliação se dará num processo contínuo, visando a mudança de atitudes no comportamento do nosso educando, visando a prática do respeito mútuo entre eles e toda a comunidade escolar.
Possibilidades interdisciplinares
 Esta atividade possibilita relação estreita com as seguintes áreas de conhecimento:
· Estudos Sociais – como o Bullying tem se apresentado na sociedade, como acontece, desde quando acontece, por meio de conversa informal.
· Cidadania – a partir do momento que os alunos entenderem que deve-se respeitar o próximo em sua individualidade;
· Diversidade – a sociedade é composta de pessoas diferentes, que apresentam diversas religiosidades, etnias, raças, sexualidade. Cada um dos alunos deve respeitar a diversidade existente em uma sala de aula. 
· Cidadania – na medida em que souberem que a carta pode ser um dos meios de comunicação mais democráticos, já que postar uma carta pode custar alguns centavos.
Aprofundamento de conteúdo
 O Bullying infelizmente está presente no dia a dia escolar. Nesse sentido, esta aula trata de diferentes conteúdos que visam incutir no aluno o respeito ao próximo. Assim, este projeto traz em seu bojo. Pode ser trabalhado, ainda, a oralidade, a produção individual e coletiva, questões referentes à pobreza, a etnia, o amor ao próximo, o respeito pela diferença que o outro apresenta, a empatia que deve existir, ou seja, o colocar-se no lugar do outro. Quanto à escrita, pode-se trabalhar a produção textual, o uso do dicionário, as dificuldades ortográficas, dentre outros.
Referências:
AMARAL, Larissa Oliveira; PEREIRA, Cássia Dias. O BULLYING NO ÂMBITO ESCOLAR PÚBLICO ESTADUAL. Anais da XII Jornada de Pedagogia da FAFIPA - 21 a 24 de outubro de 2013. Políticas educacionais no Brasil: perspectivas, desafios e possibilidade.
BRASIL. Lei 13.185, de 6 de novembro de 2015.
______. Constituição Federal do Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 04 nov. 2019.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª ed. Campinas, São Paulo: Veros, 2005.
http://www.observatoriodainfancia.com.br/IMG/pdf/doc197.Pdf
NOGUEIRA, Ione da Silva Cunha. A violência nas escolas e o desafio da educação para a cidadania. UNESP: Araraquara, 2005.
SANTOS, Sirlei Ferreira dos. Bullying: escola e família. Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2012.

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