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Estudos transversais e de coorte 16 03

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Estudos transversais e de coorte
Estudos transversais
Os estudos transversais têm sido amplamente utilizados na área de saúde como forma de obter dados sobre uma determinada população por um determinado período de tempo. Também chamamos de CROSS-SECTIONAL ou SURVEY. Seu objetivo é estimar a prevalência de um fenômeno. 
Diferença entre prevalência e incidência
· A prevalência é reconhecida como um tipo de frequência na epidemiologia que junta ao mesmo tempo o número de casos novos e o número de casos antigos, revelando o total de casos.
· A incidência se refere ao número total de casos (apenas os casos novos).
· Os estudos transversais ou estudos cross-sectional ou survey, são estudos de prevalência. Como são realizados em um único momento ao longo do tempo, eles apenas conseguem verificar o número total de casos presentes, sem com isso identificar quantos daqueles casos são novos e quantos são antigos. Esse método tem sido amplamente utilizado na saúde pública, uma vez que tem facilidade de utilização e também consegue nos dar resultados rápidos e informações uteis ao planejamento de ações e serviços de saúde. 
· Da mesma maneira os estudos que estimam a incidência têm como 
característica o acompanhamento ao longo do tempo numa mesma população, 
são estudos caracterizados como longitudinais, esses estudos então, conseguem verificar quanto de casos novos de determinada doença ou de determinado agravo estão acontecendo ao longo do tempo, diferente então dos estudos transversais, que conseguem apenas estimar a prevalência.
Fatores que influenciam a prevalência de uma doença
· O delineamento de um estudo transversal se inicia identificando a população do seu estudo (UNIVERSO). 
· Podemos pesquisar todos os indivíduos ou uma parte destes. Ao que denominamos de CENSO ou AMOSTRA.
· O desenvolvimento do estudo consistirá em identificar alguma doença ou agravo na população estudada, permitindo assim calcular a prevalência. Assim, ele terá um caráter DESCRITIVO.
· É possível avançarmos em profundidade metodológica nos estudos transversais, conferindo a eles um caráter ANALÍTICO. Isto através dos testes de associação entre variáveis relacionadas a aspectos biológicos, sociais, econômicos, etc. 
Tipos de estudos epidemiológicos
· Os estudos epidemiológicos se dividem em: experimentais e observacionais
Estudos observacionais 
· Os estudos observacionais são divididos em descritivos e analíticos ou etiológicos
· Tentam simular as condições e resultados de um estudo experimental, são aqueles onde não há controle dos fatores sob estudo.
· Os delineamentos observacionais mais utilizados em Epidemiologia são:
- Estudos Transversais
- Estudos de Coorte
- Estudos de Casos e Controles
Estudos transversais 
· Os estudos transversais, em inglês: Cross-sectional ou survey, também são chamados de estudos de prevalência.
· A característica fundamental de um estudo transversal é que os pacientes ou pessoas que participam do estudo são avaliados uma única vez
· São utilizados com objetivos descritivos ou analíticos/etiológicos 
· Definição do objetivo do estudo:
- Estimar prevalência de:
	Eventos (doenças);
	Exposição;
	Coberturas de serviços (ex. vacina).
· O delineamento de um estudo transversal é definir uma população ou uma amostra
Prevalência
· É a proporção de pessoas com o evento (doença), pelo total da população naquele momento
· 
· Proporção: medida em que o numerador está contido no denominador
Varia de 0 a 100%
Delineamentos
· O estudo transversal é chamado de DESCRITIVO quando ele apresenta apenas prevalências, ainda que sejam mais de uma;
· E é chamado de ANALÍTICO quando ele vai testar a associação entre variáveis (ex. diferenças entre população e amostras)
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Vantagens e desvantagens 
	Como todo estudo epidemiológico, os do tipo TRANSVERSAL também apresentam vantagens e limitações:
VANTAGENS:
· Mais fácil e mais barato de ser realizado;
· Geram hipóteses de associação de risco.
DESVANTAGENS:
· Não testam hipóteses, pois as variáveis são medidas simultaneamente.
Estudos transversais na odontologia
	Na odontologia, os estudos transversais têm grande valor e aplicabilidade. Exemplo disto são os LEVANTAMENTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE SAÚDE BUCAL que buscam estimar a prevalência de doenças ou agravos à saúde bucal em grupos populacionais, a exemplo de um grupo etário que reside na área adscrita da Equipe de Saúde Bucal vinculada à Estratégia Saúde da Família.
É possível reconhecer a PREVALÊNCIA da cárie dentária, da doença periodontal, das maloclusões, da fluorose dentária, dos traumatismos dentários e faciais, entre outros. Para isto se utilizam indicadores epidemiológicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
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