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Sistema Digestório De Ruminantes

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@veteriris 
 
Sistema Digestório De Ruminantes 
 
4 ESTÔMAGOS: 
- RÚMEN: câmara fermentativa (microrganismos fazem) - subprodutos: ácidos graxos: 
servem para dar energia aos animais 
- RETÍCULO: fermentação em menor quantidade, movimenta a digesta, protege de 
corpo estranho, faz contrações 
- OMASO: trituração e absorção (de ácidos graxos.) 
- ABOMASO: estômago verdadeiro; secretivo: digestão dos alimentos 
- ID: absorve nutrientes 
-IG: fermentação das bactérias que sobraram e recuperação da água 
 
RUMEN É ESTRATIFICADO: sólido (fibras), líquido (digerido) e gases 
 
Função da saliva: faz o tamponamento de pH- equilíbrio (no rúmen) para 
o crescimento dos microrganismos que estão lá. 
 
 
@veteriris 
 
AFECÇÕES: 
- Infecções 
- Parasitas 
- Manejo nutricional 
- Doenças metabólicas 
- Estresse 
- Manejo 
 
 
1) Timpanismo 
 
---Acúmulo de gás 
A produção de gás ocorre no rúmen, durante a fermentação, devido a atividade de 
microrganismos 
Eliminação de gás: Eructação 
 
FORMAS DE TIMPANISMO: 
1) PRIMÁRIO OU ESPUMOSO 
2) SECUNDÁRIO OU GASOSO 
 
* PRIMÁRIO: 
- Ingestão de leguminosas (alfafa e espécies do gênero Trifolium) 
- Ingestão de grande quantidade de ração farelada 
- Alterações na composição e quantidade de saliva 
 
 
@veteriris 
PATOGENIA: 
Ingestão de leguminosas, farelados ou alteração da saliva; 
Produção de grande quantidade de gás pelas bactérias do rúmen; 
Bolhas de gás ficam retidas junto ao conteúdo alimentar 
Formação de espuma 
 
A formação de espuma propicia ainda mais a formação de gás pelas bactérias 
Dificuldade de expulsão do gás: pois perdeu a estratificação: gás retido 
Diminuição do pH ruminal: acidez 
-----------Normalmente entre 5,5 e 7: na acidose o ph abaixa 
Aparecimento rápido dos sinais clínicos 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
Após o animal ingerir o alimento... 
- Desconforto abdominal 
-Anorexia 
- Alteração de comportamento 
- Parada da ruminação 
- Diminuição de movimentos ruminais 
- Distensão acentuada do flanco esquerdo 
- Agitação; 
- Taquipneia; 
- Sialorreia: salivação excessiva 
- Escoiceamento 
- Extensão do pescoço; 
- Distensão dos membros e protusão da língua 
- MORTE decorre da parada respiratória por compressão da musculatura torácica 
 
@veteriris 
DIAGNÓSTICO: 
Baseado na anamnese, na inspeção da alimentação fornecida ao rebanho e sinais 
clínicos apresentados 
 
TRATAMENTO: 
Eliminar a causa primária 
Alívio da tensão abdominal 
Passagem de sonda orogástrica (eliminar excesso de gás) 
Administração de agente antiespumante (éster tributílico, silicone, metilcelulose) 
Trocaterização e Ruminotomia 
 
Administração de agente antiespumante 
- diminuir a tensão abdominal e a “espuma” 
- via: sonda oro gástrica 
- bicarbonato de sódio (150 a 200g em 1l de agua) 
 
* TIMPANISMO SECUNDÁRIO OU GASOSO: 
- Ocorre por dificuldades funcionais ou físicas na eliminação dos gases; 
- Impossibilidade de eructação 
- distensão do rúmen por excesso de gás livre no topo do conteúdo ruminal 
- obstrução do esôfago por corpo estranho -doenças que podem levar ao 
enfartamento ganglionar ou por lesão nervosa 
 
TRATAMENTO: 
- Passagem de sonda orogástrica; 
- Desobstrução do corpo estranho; 
- Liberação do gás; 
- Trocaterização e ruminotomia 
 
 
@veteriris 
• Deslocamento de Abomaso: 
➢ acumula gás por conta da alta carga de concentrado na alimentação e o 
abomaso se desloca 
 
-Período de transição: da vaca prenha para a vaca parida 
-Principalmente rebanhos de alta produção 
-Fêmeas 
-Comum em vacas leiteiras 
-Concentração elevada de carboidratos!!! 
- Anatomicamente, o abomaso localiza-se no plano medial entre o saco ventral do rúmen e 
o omaso, situando-se levemente à esquerda. Mas, essa posição pode variar de acordo com o 
estado gestacional em que a fêmea se encontra, a dinâmica, volume ruminal e a postura do 
animal. O órgão pode deslocar-se à esquerda ou direita. Quando este migra de sua posição 
anatômica fisiológica, no assoalho do abdome, para uma posição entre o rúmen e a parede 
abdominal esquerda, caracteriza-se um deslocamento de abomaso à esquerda (DAE). 
Quando a migração total do órgão ocorre para o lado direito, caracteriza-se um 
deslocamento à direita (DAD), podendo, em casos mais graves, evoluir para um vólvulo 
abomasal (VA) em que o órgão gira em torno de seu próprio eixo. 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
- Queda de apetite; 
- Apatia; 
- Desidratação- pouca absorção 
- Diarreia (passagem de fibras) 
- Geralmente associada a outra patologia 
 - hipocalcemia 
 - metrites: inflamação do miométrio 
 - cetose: A cetose caracterizada como sendo o alto índice de copos 
cetônicos no organismo animal, também possui correlação positiva com o 
deslocamento de abomaso. Nesse mesmo contexto, vacas que chegam ao parto com o 
@veteriris 
escore de condição corporal (ECC) elevado possuem maior probabilidade de serem 
acometidas. Nesses casos, ocorre uma lipomobilização acima do potencial de 
metabolização hepática, culminando em uma lipidose, o que resulta na diminuição do 
consumo e, por conseguinte, do volume ruminal que atua como uma barreira 
mecânica prevenindo o deslocamento do abomaso. 
Condições de estresse, má nutrição, em especial devido ao Balanço Energético Negativo 
(BEN) em vacas de alta produção no pós parto, manejo e ambiência inadequados são 
fatores predisponentes à ocorrência de deslocamentos. 
 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
- Queda na produção 
- Óbito 
- Gastos com tratamento 
 
- Geralmente sinais aparecem 3 a 4 semanas pós-parto 
 
DESLOCAMENTO A DIREITA: 
Cerca de 15% dos casos; 
Maior complexidade; 
Torção abomasal; 
Isquemia, hipoxia, necrose; 
Prognóstico ruim 
@veteriris 
 
DESLOCAMENTO A ESQUERDA: 
Maior casuística 
Estrangula passagem de conteúdo; 
Prognóstico reservado (depedendo do caso) 
+ comum em partos gemelares 
Mais casuística 
 
Abomaso rotaciona totalmente para a esquerda; 
Fica retido entre o rúmen e o gradil costal 
Ocupa o lugar do rúmen no antímero esquerdo 
 
DIAGNÓSTICO: 
- Som de “ping” na percussão característico a partir do oitavo espaço intercostal do lado 
esquerdo em casos de deslocamentos à esquerda e do lado direito em casos de DAD e 
vólvulo se traduz em um procedimento louvável para o diagnóstico 
- Mucosas hipocoradas- isquemia periférica – quando tem acometimento de 
órgãos, o fluxo sanguíneo se concentra nesses órgãos. 
- Pode ocorrer hipotermia: menor qtd de sangue na área, a temperatura também 
diminui 
- Anamnese e histórico 
- US 
- Palpação retal 
 
TRATAMENTO: 
Restaurar a posição do abomaso; 
Geralmente cirúrgico: A literatura ressalta que as técnicas cirúrgicas mais empregadas 
para correção da patologia são a omentopexia e a omentoabomasopexia ambas pela fossa 
paralombar direita e a abomasopexia pelo flanco esquerdo 
Rolamento: é elencada como um dos métodos conservativos de tratamento do 
deslocamento à esquerda, não obstante, apresenta altos índices de recidivas (cerca de 
50% dos casos), podendo ainda culminar em complicações ao animal como deslocamento 
à direita (DAD) ou vôlvulo abomasal (VA) 
@veteriris 
 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS: 
• OMENTOPEXIA: é realizada com o animal em estação, onde ocorre a fixação direta 
do abomaso ao flanco direito via retração dorso caudal do omento maior. Pode-se 
associar a omentoplexia à piroplexia em que o piloro e o omento caudal a este é fixado 
ao peritônio e a musculatura transversa abdominal 
 
• TÉCNICA FECHADA: muita chance de dar errado 
 
• ABOMASOPEXIA 
 
PROFILAXIA 
- Dieta contendo fibras 
- Conforto 
- Evitar estresse

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