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ADI 5814 MC-AgR-AgR

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Ementa e Acórdão
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE 
RORAIMA 
ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS 
AGDO.(A/S) :GOVERNADORA DO ESTADO DE RORAIMA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA 
Ementa: PROCESSO CONSTITUCIONAL. 
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. DESPROVIMENTO.
1. As prerrogativas processuais dos entes 
públicos, tal como prazo recursal em dobro 
e intimação pessoal, não se aplicam aos 
processos em sede de controle abstrato. 
2. Agravo regimental não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do 
Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do 
Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento, por maioria 
de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto 
do Relator, vencidos os Ministros Dias Toffoli (Presidente) e Marco 
Aurélio.
Brasília, 6 de fevereiro de 2019.
 MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 69FA-0697-3D00-2C0B e senha 900F-CC6D-3D16-C0A0
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 42
Relatório
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE 
RORAIMA 
ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS 
AGDO.(A/S) :GOVERNADORA DO ESTADO DE RORAIMA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA 
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1. A Assembleia Legislativa do Estado de Roraima interpõe 
agravo regimental contra decisão monocrática que não conheceu do 
recurso, na presente ação direta de inconstitucionalidade, pelos seguintes 
fundamentos: 
Trata-se de agravo regimental interposto em face de 
decisão monocrática que deu parcial provimento à medida 
cautelar da presente ação direta de inconstitucionalidade, que 
tem por objeto a Lei Orçamentária do Estado de Roraima. 
Nota-se que a decisão agravada foi publicada no Diário de 
Justiça eletrônico em 09/05/2018, tendo como termo final para 
interposição do recurso o dia 30/05/2018, conforme Certidão de 
Decurso de Prazo (peça nº 82 dos autos eletrônicos). 
A petição de agravo regimental foi apresentada 
eletronicamente, perante o Supremo Tribunal Federal, em 
06/06/2018, o que não atende ao requisito da tempestividade, de 
acordo com os arts. 224, §2, e 1070 do CPC.
É importante assinalar que o envio da decisão por correio 
possui mero caráter informativo às partes, não cumprindo 
função para contagem de prazo.
Diante do exposto, não conheço do presente recurso em 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 8301-68C1-A594-33CD e senha 35F7-E5DD-7448-00F7
Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) :ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE 
RORAIMA 
ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS 
AGDO.(A/S) :GOVERNADORA DO ESTADO DE RORAIMA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA 
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR):
1. A Assembleia Legislativa do Estado de Roraima interpõe 
agravo regimental contra decisão monocrática que não conheceu do 
recurso, na presente ação direta de inconstitucionalidade, pelos seguintes 
fundamentos: 
Trata-se de agravo regimental interposto em face de 
decisão monocrática que deu parcial provimento à medida 
cautelar da presente ação direta de inconstitucionalidade, que 
tem por objeto a Lei Orçamentária do Estado de Roraima. 
Nota-se que a decisão agravada foi publicada no Diário de 
Justiça eletrônico em 09/05/2018, tendo como termo final para 
interposição do recurso o dia 30/05/2018, conforme Certidão de 
Decurso de Prazo (peça nº 82 dos autos eletrônicos). 
A petição de agravo regimental foi apresentada 
eletronicamente, perante o Supremo Tribunal Federal, em 
06/06/2018, o que não atende ao requisito da tempestividade, de 
acordo com os arts. 224, §2, e 1070 do CPC.
É importante assinalar que o envio da decisão por correio 
possui mero caráter informativo às partes, não cumprindo 
função para contagem de prazo.
Diante do exposto, não conheço do presente recurso em 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 42
Relatório
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
decorrência da intempestividade.
2. Alega a Agravante que a decisão não deve ser mantida. 
Sustenta que a Assembleia Legislativa do Estado possui natureza de 
pessoa jurídica de direito público e que, portanto, seus prazos deveriam 
ser contados em dobro e a partir de intimação pessoal, de acordo com os 
arts. 182 e 183 do CPC e dos arts. 81, inciso II e 104, § 4º ambos do RISTF. 
Requer seja dado provimento ao presente agravo.
3. É o relatório.
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
decorrência da intempestividade.
2. Alega a Agravante que a decisão não deve ser mantida. 
Sustenta que a Assembleia Legislativa do Estado possui natureza de 
pessoa jurídica de direito público e que, portanto, seus prazos deveriam 
ser contados em dobro e a partir de intimação pessoal, de acordo com os 
arts. 182 e 183 do CPC e dos arts. 81, inciso II e 104, § 4º ambos do RISTF. 
Requer seja dado provimento ao presente agravo.
3. É o relatório.
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 42
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 
Ementa: PROCESSO CONSTITUCIONAL. 
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. DESPROVIMENTO.
1. As prerrogativas processuais dos entes 
públicos, tal como prazo recursal em dobro 
e intimação pessoal, não se aplicam aos 
processos em sede de controle abstrato. 
2. Agravo regimental não provido.
1. O Agravo Regimental não merece provimento.
2. A jurisprudência do Supremo tribunal Federal se firmou 
no sentido de não haver, em sede de controle normativo abstrato, 
prerrogativas processuais provenientes das regras de processo de 
natureza subjetiva. Conforme entendimento expresso pelo Min. Celso de 
Mello, no julgamento da ADI 2.674, “o processo de fiscalização normativa 
abstrata ostenta, ordinariamente, posição de autonomia em relação aos institutos 
peculiares aos processos de índole meramente subjetiva”.
3. Dessa forma, não merecem prosperar as alegações trazidas 
pela requerente acerca da aplicabilidadedas prerrogativas processuais de 
entes públicos a processo em sede de fiscalização normativa abstrata. 
Nessa linha, confiram-se os seguintes julgados relativos ao não cabimento 
de prazo recursal em dobro:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código DDED-5840-133E-7413 e senha 869E-0607-719C-BB8C
Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (RELATOR): 
Ementa: PROCESSO CONSTITUCIONAL. 
AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. DESPROVIMENTO.
1. As prerrogativas processuais dos entes 
públicos, tal como prazo recursal em dobro 
e intimação pessoal, não se aplicam aos 
processos em sede de controle abstrato. 
2. Agravo regimental não provido.
1. O Agravo Regimental não merece provimento.
2. A jurisprudência do Supremo tribunal Federal se firmou 
no sentido de não haver, em sede de controle normativo abstrato, 
prerrogativas processuais provenientes das regras de processo de 
natureza subjetiva. Conforme entendimento expresso pelo Min. Celso de 
Mello, no julgamento da ADI 2.674, “o processo de fiscalização normativa 
abstrata ostenta, ordinariamente, posição de autonomia em relação aos institutos 
peculiares aos processos de índole meramente subjetiva”.
3. Dessa forma, não merecem prosperar as alegações trazidas 
pela requerente acerca da aplicabilidade das prerrogativas processuais de 
entes públicos a processo em sede de fiscalização normativa abstrata. 
Nessa linha, confiram-se os seguintes julgados relativos ao não cabimento 
de prazo recursal em dobro:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 42
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM FACE DE 
DECISÃO EXTINTIVA DE ADI. INTERPOSIÇÃO 
EXTERMPORÂNEA. INAPLICABILIDADE, AOS 
PROCESSOS DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE, DE PRERROGATIVAS 
PROCESSUAIS DA FAZENDA PÚBLICA, DENTRE ELAS A 
CONTAGEM DE PRAZO EM DOBRO. AGRAVO NÃO 
CONHECIDO” (ADI 5.449-AgR/RR, Rel. Min. Alexandre de 
Moraes, grifo nosso). 
“NÃO HÁ PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO 
PROCESSO DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE – Não se aplica ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a 
possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva. ” (RTJ 181/535, Rel. 
Min. Celso de Mello)
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
PRAZOS RECURSAIS. As normas gerais disciplinadoras dos 
feitos de índole subjetiva, de ordinário, não se aplicam às 
ações da espécie, de natureza objetiva, nas quais, ademais, não 
se cuida de interesse jurídico da Fazenda Pública. Assim, nas 
ações da espécie não cabem prazos recursais em dobro (art. 
188 do CPC), privilégio de que não goza nenhuma das partes 
nelas envolvidas, a saber: o requerente; o órgão requerido, 
responsável pela edição do ato normativo impugnado; o 
Advogado-Geral da União; e o Procurador-Geral da República. 
Agravo regimental não conhecido. ” (ADI 1.797-AgR/PE, Rel. 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM FACE DE 
DECISÃO EXTINTIVA DE ADI. INTERPOSIÇÃO 
EXTERMPORÂNEA. INAPLICABILIDADE, AOS 
PROCESSOS DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE, DE PRERROGATIVAS 
PROCESSUAIS DA FAZENDA PÚBLICA, DENTRE ELAS A 
CONTAGEM DE PRAZO EM DOBRO. AGRAVO NÃO 
CONHECIDO” (ADI 5.449-AgR/RR, Rel. Min. Alexandre de 
Moraes, grifo nosso). 
“NÃO HÁ PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO 
PROCESSO DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE – Não se aplica ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a 
possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva. ” (RTJ 181/535, Rel. 
Min. Celso de Mello)
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
PRAZOS RECURSAIS. As normas gerais disciplinadoras dos 
feitos de índole subjetiva, de ordinário, não se aplicam às 
ações da espécie, de natureza objetiva, nas quais, ademais, não 
se cuida de interesse jurídico da Fazenda Pública. Assim, nas 
ações da espécie não cabem prazos recursais em dobro (art. 
188 do CPC), privilégio de que não goza nenhuma das partes 
nelas envolvidas, a saber: o requerente; o órgão requerido, 
responsável pela edição do ato normativo impugnado; o 
Advogado-Geral da União; e o Procurador-Geral da República. 
Agravo regimental não conhecido. ” (ADI 1.797-AgR/PE, Rel. 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 42
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
Min. Ilmar Galvão, grifo nosso)
4. No que se refere à inexistência do dever de intimação 
pessoal, veja-se:
EMENTA Agravo regimental. Arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. Intimação pessoal 
da Fazenda Pública. Inaplicabilidade. Processo de natureza 
objetiva. Intempestividade. Recurso não subscrito pelo 
Governador do Estado. Ilegitimidade recursal. Precedentes. 
Agravo do qual não se conhece. 1. A jurisprudência desta Corte 
é pacífica no sentido de que as normas processuais destinadas a 
resguardar os interesses da Fazenda Pública não são aplicáveis 
aos processos de índole objetiva. Precedentes: ADI 2674-MC-
AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 
13/6/16; ADI 2130 AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 
Tribunal Pleno, DJ de 14/12/01; ADI 1797 MC-AgR-ED, Relator 
o Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ de 29/06/01. 2. 
Considerando a remansosa jurisprudência do Tribunal, 
reiterada recentemente pelo Plenário, é inaplicável ao controle 
concentrado a exigência de intimação pessoal dos entes 
públicos (art. 183 do CPC/2015), a revelar a intempestividade 
do recurso. 3. O agravo também é insuscetível de 
conhecimento, pois, embora alegadamente interporto pelo 
Governador do Estado do Piauí, foi assinado unicamente por 
Procurador do Estado, e não pelo Chefe do Poder Executivo 
estadual, único legitimado a instaurar os processos objetivosde 
constitucionalidade e a interpor os respectivos recursos. 
Precedentes. 4. Agravo regimental do qual não se conhece. 
(ADPF 205 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, grifo nosso). 
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGADA OMISSÃO 
QUANTO À NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO 
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO DE DECISÃO PROFERIDA 
EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
REAFIRMAÇÃO DOS ARGUMENTOS ESGRIMIDOS 
3 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
Min. Ilmar Galvão, grifo nosso)
4. No que se refere à inexistência do dever de intimação 
pessoal, veja-se:
EMENTA Agravo regimental. Arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. Intimação pessoal 
da Fazenda Pública. Inaplicabilidade. Processo de natureza 
objetiva. Intempestividade. Recurso não subscrito pelo 
Governador do Estado. Ilegitimidade recursal. Precedentes. 
Agravo do qual não se conhece. 1. A jurisprudência desta Corte 
é pacífica no sentido de que as normas processuais destinadas a 
resguardar os interesses da Fazenda Pública não são aplicáveis 
aos processos de índole objetiva. Precedentes: ADI 2674-MC-
AgR-ED, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 
13/6/16; ADI 2130 AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 
Tribunal Pleno, DJ de 14/12/01; ADI 1797 MC-AgR-ED, Relator 
o Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, DJ de 29/06/01. 2. 
Considerando a remansosa jurisprudência do Tribunal, 
reiterada recentemente pelo Plenário, é inaplicável ao controle 
concentrado a exigência de intimação pessoal dos entes 
públicos (art. 183 do CPC/2015), a revelar a intempestividade 
do recurso. 3. O agravo também é insuscetível de 
conhecimento, pois, embora alegadamente interporto pelo 
Governador do Estado do Piauí, foi assinado unicamente por 
Procurador do Estado, e não pelo Chefe do Poder Executivo 
estadual, único legitimado a instaurar os processos objetivos de 
constitucionalidade e a interpor os respectivos recursos. 
Precedentes. 4. Agravo regimental do qual não se conhece. 
(ADPF 205 AgR-segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, grifo nosso). 
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ALEGADA OMISSÃO 
QUANTO À NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DO 
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO DE DECISÃO PROFERIDA 
EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
REAFIRMAÇÃO DOS ARGUMENTOS ESGRIMIDOS 
3 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 42
Voto - MIN. ROBERTO BARROSO
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO REGIMENTAL. 
Balda que não se configura, posto haver o acórdão embargado 
ressaltado que as normas processuais destinadas a resguardar 
os interesses da Fazenda Pública não são aplicáveis a ações de 
índole objetiva. Impossibilidade de apreciação dos demais 
argumentos do embargante, uma vez que manifestados 
inoportunamente. Embargos rejeitados” (ADI 1797 MC-AgRED, 
Relator o Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, grifo nosso). 
5. Diante do exposto, mantenho a decisão agravada por seus 
próprios fundamentos e nego provimento ao agravo regimental. 
É como voto.
4 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO REGIMENTAL. 
Balda que não se configura, posto haver o acórdão embargado 
ressaltado que as normas processuais destinadas a resguardar 
os interesses da Fazenda Pública não são aplicáveis a ações de 
índole objetiva. Impossibilidade de apreciação dos demais 
argumentos do embargante, uma vez que manifestados 
inoportunamente. Embargos rejeitados” (ADI 1797 MC-AgRED, 
Relator o Ministro Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, grifo nosso). 
5. Diante do exposto, mantenho a decisão agravada por seus 
próprios fundamentos e nego provimento ao agravo regimental. 
É como voto.
4 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 42
Antecipação ao Voto
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Presidente, 
a hipótese não é rigorosamente a mesma, mas muito próxima. É um 
recurso extraordinário interposto pela Assembleia Legislativa do Estado 
de Roraima contra decisão monocrática minha que não conhecia do 
recurso extraordinário, por intempestividade, aplicando a jurisprudência 
– que considero consolidada – da Casa.
Eu ouvi e acho que os argumentos que Vossa Excelência traz são 
relevantes e substanciosos. Acho até que qualquer solução aqui seria 
razoável. Porém, Presidente, eu verifiquei que esta jurisprudência é uma 
jurisprudência consolidada de muitos anos e que tem precedentes de 
quase todos os Ministros da Casa: Ministro Celso de Mello, eu mesmo, 
Ministra Cármen Lúcia, Ministro Teori Zavascki, Ministro Alexandre de 
Moraes, Ministro Gilmar Mendes. Em certas matérias, a menos que haja 
uma mudança relevante na compreensão do direito na situação de fato, 
não vejo muita razão para alterarmos uma jurisprudência consolidada. 
De modo que, entendendo e louvando as razões de Vossa Excelência, não 
me animo a multiplicar as hipóteses de prazo em dobro. O processo 
brasileiro já é tão prolongado, já temos uma cultura de procrastinação que 
precisamos enfrentar, de modo que, pedindo todas as vênias a Vossa 
Excelência, estou aqui mantendo a jurisprudência, no sentido de que, em 
processo objetivo, não se contam em dobro os prazos da Fazenda Pública. 
Por via de consequência, estou negando provimento, no meu caso, que é 
a ADI 5.814/RR-MC. E no caso de Vossa Excelência, Ministro Dias Toffoli, 
eu, igualmente, estou desprovendo o agravo regimental, pedindo todas as 
vênias a Vossa Excelência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - Presidente, 
a hipótese não é rigorosamente a mesma, mas muito próxima. É um 
recurso extraordinário interposto pela Assembleia Legislativa do Estado 
de Roraima contra decisão monocrática minha que não conhecia do 
recurso extraordinário, por intempestividade, aplicando a jurisprudência 
– que considero consolidada – da Casa.
Eu ouvi e acho que os argumentos que Vossa Excelência traz são 
relevantes e substanciosos. Acho até que qualquer solução aqui seria 
razoável. Porém, Presidente, eu verifiquei que esta jurisprudência é uma 
jurisprudência consolidada de muitos anos e que tem precedentes de 
quase todos os Ministros da Casa: Ministro Celso de Mello, eu mesmo, 
Ministra Cármen Lúcia, Ministro Teori Zavascki, Ministro Alexandre de 
Moraes, MinistroGilmar Mendes. Em certas matérias, a menos que haja 
uma mudança relevante na compreensão do direito na situação de fato, 
não vejo muita razão para alterarmos uma jurisprudência consolidada. 
De modo que, entendendo e louvando as razões de Vossa Excelência, não 
me animo a multiplicar as hipóteses de prazo em dobro. O processo 
brasileiro já é tão prolongado, já temos uma cultura de procrastinação que 
precisamos enfrentar, de modo que, pedindo todas as vênias a Vossa 
Excelência, estou aqui mantendo a jurisprudência, no sentido de que, em 
processo objetivo, não se contam em dobro os prazos da Fazenda Pública. 
Por via de consequência, estou negando provimento, no meu caso, que é 
a ADI 5.814/RR-MC. E no caso de Vossa Excelência, Ministro Dias Toffoli, 
eu, igualmente, estou desprovendo o agravo regimental, pedindo todas as 
vênias a Vossa Excelência.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu vou apenas registrar meu voto divergente, no caso da relatoria de 
Vossa Excelência, no sentido de dar provimento ao agravo para que se 
considere tempestivo o recurso interposto.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código B930-A136-5284-B944 e senha 4FC7-8F83-B82C-CA7D
Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu vou apenas registrar meu voto divergente, no caso da relatoria de 
Vossa Excelência, no sentido de dar provimento ao agravo para que se 
considere tempestivo o recurso interposto.
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Com a devida vênia 
a eventuais posições divergentes, tenho que a solução da controvérsia se 
ampara nos fundamentos constantes do alentado voto da eminente 
Ministra CÁRMEN LÚCIA. 
Penso que a posição de S. Exa. contempla as peculiaridades 
condizentes com o Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão 
proferido pelos tribunais de justiça em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
De fato, esta CORTE, inicialmente, se viu compelida a decidir se 
seria cabível a interposição do RE em tais contextos. Replico o seguinte 
trecho do voto do Ilustre relator da emblemática Reclamação 383/SP, 
importante precedente para o desate dessa questão. Consignou o ilustre 
Ministro MOREIRA ALVES que: 
 
“(...) nas ações diretas de inconstitucionalidade estaduais, 
em que lei municipal ou federal seja considerada 
inconstitucional em face de preceito da Constituição estadual 
que reproduza preceito central da Constituição federal, nada 
impede que nessa ação se impugne, como inconstitucional, a 
interpretação que se dê ao preceito de reprodução existente na 
Constituição do Estado por ser ela violadora da norma 
reproduzida, que não pode ser desrespeitada, na federação, 
pelos diversos níveis de governo . E a questão virá a esta Corte, 
como, aliás, tem vindo, nos vários recursos extraordinários 
interpostos em ações diretas de inconstitucionalidade de leis 
locais em face da Constituição Federal ajuizadas nas Cortes 
locais, a questão da impossibilidade jurídica dessas arguições 
(RREE 91740, 93088 e 92169, que foram todos conhecidos e 
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06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: Com a devida vênia 
a eventuais posições divergentes, tenho que a solução da controvérsia se 
ampara nos fundamentos constantes do alentado voto da eminente 
Ministra CÁRMEN LÚCIA. 
Penso que a posição de S. Exa. contempla as peculiaridades 
condizentes com o Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão 
proferido pelos tribunais de justiça em ação direta de 
inconstitucionalidade. 
De fato, esta CORTE, inicialmente, se viu compelida a decidir se 
seria cabível a interposição do RE em tais contextos. Replico o seguinte 
trecho do voto do Ilustre relator da emblemática Reclamação 383/SP, 
importante precedente para o desate dessa questão. Consignou o ilustre 
Ministro MOREIRA ALVES que: 
 
“(...) nas ações diretas de inconstitucionalidade estaduais, 
em que lei municipal ou federal seja considerada 
inconstitucional em face de preceito da Constituição estadual 
que reproduza preceito central da Constituição federal, nada 
impede que nessa ação se impugne, como inconstitucional, a 
interpretação que se dê ao preceito de reprodução existente na 
Constituição do Estado por ser ela violadora da norma 
reproduzida, que não pode ser desrespeitada, na federação, 
pelos diversos níveis de governo . E a questão virá a esta Corte, 
como, aliás, tem vindo, nos vários recursos extraordinários 
interpostos em ações diretas de inconstitucionalidade de leis 
locais em face da Constituição Federal ajuizadas nas Cortes 
locais, a questão da impossibilidade jurídica dessas arguições 
(RREE 91740, 93088 e 92169, que foram todos conhecidos e 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
providos).”
Especificamente sobre o prazo em dobro para os entes públicos no 
referido contexto, tive a oportunidade de externar minha visão 
doutrinária a Vossas Excelências. Na ADI 5.449-AgR, julgada em 
ambiente virtual (Dje de 21/11/2017), afirmei:
“(...) Em virtude da natureza objetiva do processo de 
fiscalização da constitucionalidade das leis e atos normativos, 
os princípios e regras processuais a que estão submetidas as 
ações diretas de inconstitucionalidade genérica, interventiva e 
por omissão e a ação declaratória de constitucionalidade não 
são os mesmos que regem os demais processos jurisdicionais. O 
processo de fiscalização abstrata da constitucionalidade do 
ordenamento jurídico necessita de um conjunto próprio de 
regras processuais, sendo, portanto, o direito processual 
constitucional um direito processual autonômo, regido por 
princípios próprios, em que são afastados os interesses 
meramente subjetivos. (Constituição do Brasil Interpretada e 
Legislação Constitucional, p. 2.204, 9ª ed., 2013, Atlas)”
Logo, como destacado pelo nosso ilustre Decano, no RE 1.103.079 
(DJe de 26/2/2018), “a norma inscrita no art. 188 do CPC/73, hoje 
reproduzidano art. 183, do CPC/15, não se aplica ao processo objetivo de 
controle abstrato de constitucionalidade (...)”, compreensão já edificada 
por esta SUPREMA CORTE na ADI 1.797, em que se ressaltou que às 
ações diretas de inconstitucionalidade, dada a natureza objetiva desses 
procedimentos, não se observam as normas gerais reguladoras dos 
processos de ordem subjetiva, uma vez que, naquelas lides, sobreleva a 
dimensão política da atividade institucional, sendo, portanto, 
“instrumento básico de defesa objetiva da ordem normativa inscrita na 
Constituição.” (ADI 416-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe de 
3/11/2014).
Como visto, o STF, atento a essas distinções, consignou que a 
2 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
providos).”
Especificamente sobre o prazo em dobro para os entes públicos no 
referido contexto, tive a oportunidade de externar minha visão 
doutrinária a Vossas Excelências. Na ADI 5.449-AgR, julgada em 
ambiente virtual (Dje de 21/11/2017), afirmei:
“(...) Em virtude da natureza objetiva do processo de 
fiscalização da constitucionalidade das leis e atos normativos, 
os princípios e regras processuais a que estão submetidas as 
ações diretas de inconstitucionalidade genérica, interventiva e 
por omissão e a ação declaratória de constitucionalidade não 
são os mesmos que regem os demais processos jurisdicionais. O 
processo de fiscalização abstrata da constitucionalidade do 
ordenamento jurídico necessita de um conjunto próprio de 
regras processuais, sendo, portanto, o direito processual 
constitucional um direito processual autonômo, regido por 
princípios próprios, em que são afastados os interesses 
meramente subjetivos. (Constituição do Brasil Interpretada e 
Legislação Constitucional, p. 2.204, 9ª ed., 2013, Atlas)”
Logo, como destacado pelo nosso ilustre Decano, no RE 1.103.079 
(DJe de 26/2/2018), “a norma inscrita no art. 188 do CPC/73, hoje 
reproduzida no art. 183, do CPC/15, não se aplica ao processo objetivo de 
controle abstrato de constitucionalidade (...)”, compreensão já edificada 
por esta SUPREMA CORTE na ADI 1.797, em que se ressaltou que às 
ações diretas de inconstitucionalidade, dada a natureza objetiva desses 
procedimentos, não se observam as normas gerais reguladoras dos 
processos de ordem subjetiva, uma vez que, naquelas lides, sobreleva a 
dimensão política da atividade institucional, sendo, portanto, 
“instrumento básico de defesa objetiva da ordem normativa inscrita na 
Constituição.” (ADI 416-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJe de 
3/11/2014).
Como visto, o STF, atento a essas distinções, consignou que a 
2 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
recorribilidade na via extraordinária não tem o condão de convolar a 
natureza objetiva do processo de controle abstrato de constitucionalidade 
deflagrado na origem em demanda subjetivada, na qual se remete a 
contextos jurídicos concretos e individualizados, em que se justifica a 
elasticidade do prazo recursal à Fazenda Pública, que atua, nessas 
circunstâncias, no interesse coletivo em contraposição ao interesse individual 
(CUNHA, Leonardo Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo, 13ª ed. Rio 
de Janeiro, Forense, 2016, p. 29).
Nessa quadra litigiosa, vigora o interesse secundário da 
Administração Pública, centrado no resguardo do erário, o que exige, no 
cumprimento dessa finalidade, o deferimento de vantagens com fulcro no 
princípio da igualdade aristotélica, “justificadas pelo excessivo volume de 
trabalho, pelas dificuldades estruturais da Advocacia Pública e pela 
burocracia inerente à sua atividade, que dificulta o acesso aos fatos, 
elementos e dados da causa que reforça a desigualdade da Fazenda 
Pública e os particulares, justificando a existência de prerrogativas 
processuais em favor do Poder Público”, leciona CUNHA (Id. 2016, p. 33).
Por sua vez, nos processos objetivos, não há conflito de interesses 
entre as partes nem se encontram particulares nos polos, o que, por si só, 
já revela a prescindibilidade do gozo do prazo dobrado pautado na 
isonomia.
Embora haja interesse público, na presente questão reverbera o 
interesse de grau primário, descrito primorosamente pelo eminente 
Ministro BARROSO como “a razão de ser do Estado e sintetiza-se nos fins 
que cabe a ele promover: justiça, segurança e bem-estar social. Estes são 
os interesses de toda a sociedade”, ao passo que o “interesse público 
secundário é o da pessoa jurídica de direito público que seja parte em 
uma determinada relação jurídica quer se trate da União, do Estado-
membro, do Município ou das suas autarquias. Em ampla medida, pode 
ser identificado como o interesse do erário, que é o de maximizar a 
3 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
recorribilidade na via extraordinária não tem o condão de convolar a 
natureza objetiva do processo de controle abstrato de constitucionalidade 
deflagrado na origem em demanda subjetivada, na qual se remete a 
contextos jurídicos concretos e individualizados, em que se justifica a 
elasticidade do prazo recursal à Fazenda Pública, que atua, nessas 
circunstâncias, no interesse coletivo em contraposição ao interesse individual 
(CUNHA, Leonardo Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo, 13ª ed. Rio 
de Janeiro, Forense, 2016, p. 29).
Nessa quadra litigiosa, vigora o interesse secundário da 
Administração Pública, centrado no resguardo do erário, o que exige, no 
cumprimento dessa finalidade, o deferimento de vantagens com fulcro no 
princípio da igualdade aristotélica, “justificadas pelo excessivo volume de 
trabalho, pelas dificuldades estruturais da Advocacia Pública e pela 
burocracia inerente à sua atividade, que dificulta o acesso aos fatos, 
elementos e dados da causa que reforça a desigualdade da Fazenda 
Pública e os particulares, justificando a existência de prerrogativas 
processuais em favor do Poder Público”, leciona CUNHA (Id. 2016, p. 33).
Por sua vez, nos processos objetivos, não há conflito de interesses 
entre as partes nem se encontram particulares nos polos, o que, por si só, 
já revela a prescindibilidade do gozo do prazo dobrado pautado na 
isonomia.
Embora haja interesse público, na presente questão reverbera o 
interesse de grau primário, descrito primorosamente pelo eminente 
Ministro BARROSO como “a razão de ser do Estado e sintetiza-se nos fins 
que cabe a ele promover: justiça, segurança e bem-estar social. Estes são 
os interesses de toda a sociedade”, ao passo que o “interesse público 
secundário é o da pessoa jurídica de direito público que seja parte em 
uma determinada relação jurídica quer se trate da União, do Estado-
membro, do Município ou das suas autarquias. Em ampla medida, pode 
ser identificado como o interesse do erário, que é o de maximizar a 
3 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
arrecadação e minimizar as despesas.” (ACO 2178 – TA, DJe de 
13/11/2013).
Essa dicotomia entre os processos demanda, deste Tribunal, vigília 
constante, a fim de “evitar tentativas de aplicação contra naturam das regras 
do processo civil a situações em que elas não podem ser aplicadas (...)”, nos 
termos do magistério de VITALINO CANAS, a quem se reportou o 
eminente Ministro CELSO DE MELLO no ARE 915.768 (DJe de 1º/8/2016), 
que assentou: “o Plenário do Supremo Tribunal Federal veio a assinalar, 
(...) que os prazos recursais , em sede de controle normativo abstrato, são 
singulares, não se lhes aplicando, em consequência, a norma 
excepcional inscrita no art. 188 do CPC/73.” (grifos originais).
Diante de tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao Agravo. É 
como voto.
 
4 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
arrecadação e minimizar as despesas.” (ACO 2178 – TA, DJe de 
13/11/2013).
Essa dicotomia entre os processos demanda, deste Tribunal, vigília 
constante, a fim de “evitar tentativas de aplicação contra naturam das regras 
do processo civil a situações em que elas não podem ser aplicadas (...)”, nos 
termos do magistério de VITALINO CANAS, a quem se reportou o 
eminente Ministro CELSO DE MELLO no ARE 915.768 (DJe de 1º/8/2016), 
que assentou: “o Plenário do Supremo Tribunal Federal veio a assinalar, 
(...) que os prazos recursais , em sede de controle normativo abstrato, são 
singulares, não se lhes aplicando, em consequência, a norma 
excepcional inscrita no art. 188 do CPC/73.” (grifos originais).
Diante de tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao Agravo. É 
como voto.
 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 42
Antecipação ao Voto
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN - Senhor Presidente, 
eminentes Pares, eu irei juntar declaração de voto, por meio da qual 
examinei a matéria.
Também aqui peço vênia a Vossa Excelência. Entendo que o 
tratamento isonômico, em matéria de controle concentrado, de uma parte, 
parece-me consentâneo com a orientação jurisprudencial de numerosos 
precedentes desta Corte. Por outro lado, é também uma decorrência de 
um eixo fundamental do texto constitucional, que é o princípio 
republicano. Estou citando, nesta dimensão da fiscalização abstrata, o 
precedente da lavra do eminente Ministro Celso de Mello, na ADI 2.130; 
e, portanto, pedindo vênia a Vossa Excelência, eu também estou votando 
pelo não provimento, acompanhando o Ministro Luís Roberto Barroso no 
feito que foi apregoado e que consta em lista, da relatoria de Sua 
Excelência. E, no outro, estou-me permitindo acompanhar a Relatora, não 
acompanhando a divergência.
Agradeço a Vossa Excelência.
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E633-9C97-E0C3-7CB7 e senha B9ED-0D22-CCDC-5C6C
Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
ANTECIPAÇÃO AO VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN - Senhor Presidente, 
eminentes Pares, eu irei juntar declaração de voto, por meio da qual 
examinei a matéria.
Também aqui peço vênia a Vossa Excelência. Entendo que o 
tratamento isonômico, em matéria de controle concentrado, de uma parte, 
parece-me consentâneo com a orientação jurisprudencial de numerosos 
precedentes desta Corte. Por outro lado, é também uma decorrência de 
um eixo fundamental do texto constitucional, que é o princípio 
republicano. Estou citando, nesta dimensão da fiscalização abstrata, o 
precedente da lavra do eminente Ministro Celso de Mello, na ADI 2.130; 
e, portanto, pedindo vênia a Vossa Excelência, eu também estou votando 
pelo não provimento, acompanhando o Ministro Luís Roberto Barroso no 
feito que foi apregoado e que consta em lista, da relatoria de Sua 
Excelência. E, no outro, estou-me permitindo acompanhar a Relatora, não 
acompanhando a divergência.
Agradeço a Vossa Excelência.
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código E633-9C97-E0C3-7CB7 e senha B9ED-0D22-CCDC-5C6C
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 42
Voto - MIN. EDSON FACHIN
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN: Trata-se de agravo 
regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo 
regimental em medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade, 
por entender intempestivo o recurso. 
A discussão dos autos cinge-se a saber se o fato de tratar-se de uma 
ação direta de inconstitucionalidade, ajuizada pela Governadora do 
Estado de Roraima, afasta a aplicação da norma do Código de Processo 
Civil que estabelece o prazo em dobro para o ente federativo e demais 
entidades de direito público a ele vinculadas recorrer. Assim está posta, 
no atual Código de Processo Civil, a norma do artigo 183:
“Art. 183 A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da 
intimação pessoal.”
Não se trata de discussão inédita no Plenário deste Supremo 
Tribunal Federal. Há diversas decisões desta Corte, tanto em sua 
composição plenária, quanto na de suas duas turmas, as quais afirmam a 
tese de que não se reconhece a prerrogativa do prazo em dobro dos entes 
federativos e membros do Ministério Público, quando se tratar de 
processo objetivo, tendo em vista que nele não há propriamente o 
envolvimento de interesse subjetivo público a ser resguardado. Nesse 
sentido, confiram-se os seguintes precedentes: 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZOS RECURSAIS. As 
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 1921-BA4B-AA9F-1561 e senha CC65-3644-9699-20A5
Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN: Trata-se de agravo 
regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo 
regimental em medida cautelar em ação direta de inconstitucionalidade, 
por entender intempestivo o recurso. 
A discussão dos autos cinge-se a saber se o fato de tratar-se de uma 
ação direta de inconstitucionalidade, ajuizada pela Governadora do 
Estado de Roraima, afasta a aplicação da norma do Código de Processo 
Civil que estabelece o prazoem dobro para o ente federativo e demais 
entidades de direito público a ele vinculadas recorrer. Assim está posta, 
no atual Código de Processo Civil, a norma do artigo 183:
“Art. 183 A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público gozarão de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da 
intimação pessoal.”
Não se trata de discussão inédita no Plenário deste Supremo 
Tribunal Federal. Há diversas decisões desta Corte, tanto em sua 
composição plenária, quanto na de suas duas turmas, as quais afirmam a 
tese de que não se reconhece a prerrogativa do prazo em dobro dos entes 
federativos e membros do Ministério Público, quando se tratar de 
processo objetivo, tendo em vista que nele não há propriamente o 
envolvimento de interesse subjetivo público a ser resguardado. Nesse 
sentido, confiram-se os seguintes precedentes: 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZOS RECURSAIS. As 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
normas gerais disciplinadoras dos feitos de índole subjetiva, de 
ordinário, não se aplicam às ações da espécie, de natureza 
objetiva, nas quais, ademais, não se cuida de interesse jurídico 
da Fazenda Pública. Assim, nas ações da espécie não cabem 
prazos recursais em dobro (art. 188 do CPC), privilégio de que 
não goza nenhuma das partes nelas envolvidas, a saber: o 
requerente; o órgão requerido, responsável pela edição do ato 
normativo impugnado; o Advogado-Geral da União; e o 
Procurador-Geral da República. Agravo regimental não 
conhecido. (ADI 1.797, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 22.11.2000)
E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA POR 
GOVERNADOR DE ESTADO - DECISÃO QUE NÃO A 
ADMITE, POR INCABÍVEL - RECURSO DE AGRAVO 
INTERPOSTO PELO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO - 
ILEGITIMIDADE RECURSAL DESSA PESSOA POLÍTICA - 
INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO DE CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO, DO ART. 188 DO CPC - RECURSO 
DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. O ESTADO-MEMBRO 
NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER EM SEDE 
DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. (…) NÃO HÁ 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO PROCESSO DE 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. - Não se aplica, ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a 
possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva. (ADI 2.130/SC, Rel. 
Min. Celso de Mello, DJ 14.12.2001)
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
normas gerais disciplinadoras dos feitos de índole subjetiva, de 
ordinário, não se aplicam às ações da espécie, de natureza 
objetiva, nas quais, ademais, não se cuida de interesse jurídico 
da Fazenda Pública. Assim, nas ações da espécie não cabem 
prazos recursais em dobro (art. 188 do CPC), privilégio de que 
não goza nenhuma das partes nelas envolvidas, a saber: o 
requerente; o órgão requerido, responsável pela edição do ato 
normativo impugnado; o Advogado-Geral da União; e o 
Procurador-Geral da República. Agravo regimental não 
conhecido. (ADI 1.797, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 22.11.2000)
E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA POR 
GOVERNADOR DE ESTADO - DECISÃO QUE NÃO A 
ADMITE, POR INCABÍVEL - RECURSO DE AGRAVO 
INTERPOSTO PELO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO - 
ILEGITIMIDADE RECURSAL DESSA PESSOA POLÍTICA - 
INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO DE CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO, DO ART. 188 DO CPC - RECURSO 
DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. O ESTADO-MEMBRO 
NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER EM SEDE 
DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. (…) NÃO HÁ 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO PROCESSO DE 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. - Não se aplica, ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a 
possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva. (ADI 2.130/SC, Rel. 
Min. Celso de Mello, DJ 14.12.2001)
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTEMPESTIVIDADE 
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZO RECURSAL EM 
DOBRO: INAPLICABILIDADE. MUNICÍPIO: CONTAGEM 
DO PRAZO A PARTIR DA PUBLICAÇÃO NO ÓRGÃO 
OFICIAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 
PROVIMENTO. (ARE 873.738, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJe 
03.08.2015)
 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CARIMBO COM A 
DATA DE PROTOCOLO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
ILEGÍVEL. ENTIDADE PÚBLICA. PRAZO PARA RECORRER. 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO 
QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O carimbo do protocolo no 
recurso extraordinário deve ser claro o suficiente para permitir 
a verificação da data de interposição. 2. Não se aplica o 
privilégio do art. 188 do Código de Processo Civil nos processos 
de controle concentrado de constitucionalidade. (AI 633.998/RS-
AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 
de 23/10/09) 
EMENTA: RECURSO. Embargos de declaração. Caráter 
infringente. Embargos recebidos como agravo. Controle 
abstrato de constitucionalidade de lei local em face de 
Constituição estadual. Processo de cunho objetivo. Prazo 
recursal em dobro. Inaplicabilidade. Recurso extraordinário não 
conhecido. Agravo regimental improvido. Precedentes. São 
singulares os prazos recursais das ações de controle abstrato de 
constitucionalidade, em razão de seu reconhecido caráter 
objetivo. (RE 579.760/RS-ED, Segunda Turma, Relator o 
Ministro Cezar Peluso, DJe de 20/11/09) 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTEMPESTIVIDADE 
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZO RECURSAL EM 
DOBRO: INAPLICABILIDADE. MUNICÍPIO: CONTAGEM 
DO PRAZO A PARTIR DA PUBLICAÇÃO NO ÓRGÃO 
OFICIAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 
PROVIMENTO. (ARE 873.738, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJe 
03.08.2015)
 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CARIMBO COM A 
DATA DE PROTOCOLO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
ILEGÍVEL. ENTIDADE PÚBLICA. PRAZO PARA RECORRER. 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO 
QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O carimbo do protocolo no 
recurso extraordinário deve ser claro o suficiente para permitir 
a verificação da data de interposição. 2. Não se aplica o 
privilégio do art. 188 do Código de Processo Civil nos processos 
de controle concentrado de constitucionalidade. (AI 633.998/RS-
AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 
de 23/10/09) 
EMENTA: RECURSO. Embargos de declaração. Caráter 
infringente. Embargos recebidos como agravo. Controle 
abstrato de constitucionalidade de lei local em face de 
Constituição estadual. Processo de cunho objetivo. Prazo 
recursal em dobro. Inaplicabilidade. Recurso extraordinário não 
conhecido. Agravo regimental improvido. Precedentes. São 
singulares os prazos recursais das ações de controle abstrato de 
constitucionalidade, em razão de seu reconhecido caráter 
objetivo. (RE 579.760/RS-ED, Segunda Turma, Relator o 
Ministro Cezar Peluso, DJe de 20/11/09) 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. INAPLIBILIDADE DO 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO ÂMBITO DO 
CONTROLE ABSTRATO DE NORMAS. PRECEDENTES. 
AGRAVO IMPROVIDO. I – O Supremo Tribunal Federal fixou 
o entendimento de que o prazo recursal em dobro, previsto no 
art. 188 do CPC, não se aplica aos processos de controle abstrato 
de normas, mesmo para efeito de interposição de recurso 
extraordinário dirigido a esta Corte. II - Agravo regimental 
improvido.(AI 788.453/SC, Relator o Ministro Ricardo 
Lewandowski, DJ de 18/3/10) 
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - 
ACÓRDÃO QUE CONFIRMA INDEFERIMENTO DE MEDIDA 
CAUTELAR - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE 
DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS 
DO "FUMUS BONI JURIS" E DO "PERICULUM IN MORA" - 
INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO - RECURSO 
IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário contra decisões 
que concedem ou que denegam medidas cautelares ou 
provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - 
precisamente porque fundados em mera verificação não 
conclusiva da ocorrência do "periculum in mora" e da 
relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte 
interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de 
constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, 
às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição 
da República. Precedentes. (RE 375.525, Relator o Ministro 
Celso de Mello, DJ de 3/11/09) 
A questão posta nos autos implica análise do âmbito de proteção do 
princípio republicano. As prerrogativas legalmente reconhecidas aos 
entes federativos, bem como suas respectivas autarquias e fundações de 
direito público, pela legislação infraconstitucional impõem interpretação 
rigidamente circunscrita às razões pelas quais foram concebidas e de 
modo que não sejam tomadas como privilégios especiais ou símbolos de 
4 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. INAPLIBILIDADE DO 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO ÂMBITO DO 
CONTROLE ABSTRATO DE NORMAS. PRECEDENTES. 
AGRAVO IMPROVIDO. I – O Supremo Tribunal Federal fixou 
o entendimento de que o prazo recursal em dobro, previsto no 
art. 188 do CPC, não se aplica aos processos de controle abstrato 
de normas, mesmo para efeito de interposição de recurso 
extraordinário dirigido a esta Corte. II - Agravo regimental 
improvido.(AI 788.453/SC, Relator o Ministro Ricardo 
Lewandowski, DJ de 18/3/10) 
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - 
ACÓRDÃO QUE CONFIRMA INDEFERIMENTO DE MEDIDA 
CAUTELAR - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE DE 
DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS 
DO "FUMUS BONI JURIS" E DO "PERICULUM IN MORA" - 
INVIABILIDADE DO APELO EXTREMO - RECURSO 
IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário contra decisões 
que concedem ou que denegam medidas cautelares ou 
provimentos liminares, pelo fato de que tais atos decisórios - 
precisamente porque fundados em mera verificação não 
conclusiva da ocorrência do "periculum in mora" e da 
relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte 
interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de 
constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em conseqüência, 
às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição 
da República. Precedentes. (RE 375.525, Relator o Ministro 
Celso de Mello, DJ de 3/11/09) 
A questão posta nos autos implica análise do âmbito de proteção do 
princípio republicano. As prerrogativas legalmente reconhecidas aos 
entes federativos, bem como suas respectivas autarquias e fundações de 
direito público, pela legislação infraconstitucional impõem interpretação 
rigidamente circunscrita às razões pelas quais foram concebidas e de 
modo que não sejam tomadas como privilégios especiais ou símbolos de 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
distinção entre instituições, agrupadas em classes ou categorias distintas.
Trata-se o princípio republicano de um dos pilares fundamentais da 
Constituição, pois porta uma decisão estruturante do Estado constituído. 
Princípio constitucional assim também considerado pelo art. 34, VII, “a”, 
da CRFB, a ele se confere a função primordial de interpretação do Texto 
Constitucional.
O princípio republicano encontra, na proibição de tratamentos 
discriminatórios e na vedação da instituição de privilégios odiosos, uma 
de suas mais importantes emanações. Cuida-se, portanto, de princípio 
normativo vinculante e informador do caminho hermenêutico a ser 
percorrido pelo intérprete na aplicação das normas constitucionais.
A natureza jurídica do processo de controle abstrato de 
constitucionalidade impõe considerar, isonomicamente, as prerrogativas 
de todos os atores potencialmente legitimados para o debate. O 
Ministério Público e os entes federativos elencados no rol do artigo 103, I 
a IX, da CRFB, quando atuam como legitimados, nos processos de 
controle abstrato de constitucionalidade, devem fazê-lo nas mesmas 
condições e com iguais oportunidades que o fazem todos os demais 
legitimados.
Em seu voto na ADI 2.130, o Ministro Celso de Mello registra:
É preciso ter em perspectiva que, em sede de fiscalização 
abstrata, o exercício jurisdicional do poder de controle 
destinado a preservara supremacia da Constituição põe em 
evidência a dimensão essencialmente política em que se projeta 
a atividade institucional do Supremo Tribunal Federal, pois, no 
processo de indagação constitucional, reside a magna 
prerrogativa outorgada a esta Corte de definir os limites das 
competências estatais, de determinar o alcance dos direitos e 
garantias fundamentais e de decidir, em ultima análise, sobre a 
5 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
distinção entre instituições, agrupadas em classes ou categorias distintas.
Trata-se o princípio republicano de um dos pilares fundamentais da 
Constituição, pois porta uma decisão estruturante do Estado constituído. 
Princípio constitucional assim também considerado pelo art. 34, VII, “a”, 
da CRFB, a ele se confere a função primordial de interpretação do Texto 
Constitucional.
O princípio republicano encontra, na proibição de tratamentos 
discriminatórios e na vedação da instituição de privilégios odiosos, uma 
de suas mais importantes emanações. Cuida-se, portanto, de princípio 
normativo vinculante e informador do caminho hermenêutico a ser 
percorrido pelo intérprete na aplicação das normas constitucionais.
A natureza jurídica do processo de controle abstrato de 
constitucionalidade impõe considerar, isonomicamente, as prerrogativas 
de todos os atores potencialmente legitimados para o debate. O 
Ministério Público e os entes federativos elencados no rol do artigo 103, I 
a IX, da CRFB, quando atuam como legitimados, nos processos de 
controle abstrato de constitucionalidade, devem fazê-lo nas mesmas 
condições e com iguais oportunidades que o fazem todos os demais 
legitimados.
Em seu voto na ADI 2.130, o Ministro Celso de Mello registra:
É preciso ter em perspectiva que, em sede de fiscalização 
abstrata, o exercício jurisdicional do poder de controle 
destinado a preservar a supremacia da Constituição põe em 
evidência a dimensão essencialmente política em que se projeta 
a atividade institucional do Supremo Tribunal Federal, pois, no 
processo de indagação constitucional, reside a magna 
prerrogativa outorgada a esta Corte de definir os limites das 
competências estatais, de determinar o alcance dos direitos e 
garantias fundamentais e de decidir, em ultima análise, sobre a 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
própria substância do poder.” (ADI 2.130/SC, Rel. Min. Celso 
de Mello, DJ 14.12.2001)
A jurisprudência desta Suprema Corte, consolidada desde os anos 
2000, tem prestigiado, portanto, compreensão republicana de que, nos 
processos de controle abstrato, e em virtude de sua natureza política, 
todos os legitimados encontram-se em situação isonômica quanto ao 
interesse público perseguido, de modo que não se aplicam as 
prerrogativas próprias da legislação infraconstitucional direcionadas aos 
processos de índole subjetiva. 
Assim sendo, entendo deva ser mantida esta compreensão porque, 
de onde vejo a questão posta para o debate, não há razões 
suficientemente robustas para justificar uma virada jurisprudencial nesta 
temática.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo, por entender que a 
decisão agravada estava correta ao afirmar a intempestividade do agravo 
interno interposto.
É como voto.
6 
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Supremo Tribunal Federal
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
própria substância do poder.” (ADI 2.130/SC, Rel. Min. Celso 
de Mello, DJ 14.12.2001)
A jurisprudência desta Suprema Corte, consolidada desde os anos 
2000, tem prestigiado, portanto, compreensão republicana de que, nos 
processos de controle abstrato, e em virtude de sua natureza política, 
todos os legitimados encontram-se em situação isonômica quanto ao 
interesse público perseguido, de modo que não se aplicam as 
prerrogativas próprias da legislação infraconstitucional direcionadas aos 
processos de índole subjetiva. 
Assim sendo, entendo deva ser mantida esta compreensão porque, 
de onde vejo a questão posta para o debate, não há razões 
suficientemente robustas para justificar uma virada jurisprudencial nesta 
temática.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo, por entender que a 
decisão agravada estava correta ao afirmar a intempestividade do agravo 
interno interposto.
É como voto.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber: Senhor Presidente, eminentes 
pares, a questão se circunscreve à aplicabilidade da prerrogativa prevista 
no art. 188 do CPC/1973 (atual art. 183 do CPC/2015). Entendo, com a 
devida vênia dos que pensam de modo diverso, que essa prerrogativa 
não é aplicável quando se trata de recurso interposto em ação direta de 
inconstitucionalidade.
A propósito, enfatizo que a jurisprudência desta Suprema Corte 
consolidou-se no sentido da inaplicabilidade das normas disciplinadoras 
dos feitos de natureza subjetiva às ações diretas de inconstitucionalidade, 
que têm caráter objetivo:
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZOS RECURSAIS. As 
normas gerais disciplinadoras dos feitos de índole subjetiva, 
de ordinário, não se aplicam às ações da espécie, de natureza 
objetiva, nas quais, ademais, não se cuida de interesse 
jurídico da Fazenda Pública. Assim, nas ações da espécie não 
cabem prazos recursais em dobro (art. 188 do CPC), privilégio 
de que não goza nenhuma das partes nelas envolvidas, a 
saber: o requerente; o órgão requerido, responsável pela edição 
do ato normativo impugnado; o Advogado-Geral da União; e o 
Procurador-Geral da República. Agravo regimental não 
conhecido.” (ADI 1797 AgR, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, 
Tribunal Pleno, julgado em 22/11/2000, DJ 23-02-2001 PP-00083 
EMENT VOL-02020-01 PP-00080)
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA POR 
GOVERNADOR DE ESTADO - DECISÃO QUE NÃO A 
ADMITE, POR INCABÍVEL - RECURSO DE AGRAVO 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
06/02/2019 PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE 5.814 RORAIMA
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber: Senhor Presidente, eminentes 
pares, a questão se circunscreve à aplicabilidade da prerrogativa prevista 
no art. 188 do CPC/1973 (atual art. 183 do CPC/2015). Entendo, com a 
devida vênia dos que pensam de modo diverso, que essa prerrogativa 
não é aplicável quando se trata de recurso interposto em ação direta de 
inconstitucionalidade.
A propósito,enfatizo que a jurisprudência desta Suprema Corte 
consolidou-se no sentido da inaplicabilidade das normas disciplinadoras 
dos feitos de natureza subjetiva às ações diretas de inconstitucionalidade, 
que têm caráter objetivo:
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PRAZOS RECURSAIS. As 
normas gerais disciplinadoras dos feitos de índole subjetiva, 
de ordinário, não se aplicam às ações da espécie, de natureza 
objetiva, nas quais, ademais, não se cuida de interesse 
jurídico da Fazenda Pública. Assim, nas ações da espécie não 
cabem prazos recursais em dobro (art. 188 do CPC), privilégio 
de que não goza nenhuma das partes nelas envolvidas, a 
saber: o requerente; o órgão requerido, responsável pela edição 
do ato normativo impugnado; o Advogado-Geral da União; e o 
Procurador-Geral da República. Agravo regimental não 
conhecido.” (ADI 1797 AgR, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, 
Tribunal Pleno, julgado em 22/11/2000, DJ 23-02-2001 PP-00083 
EMENT VOL-02020-01 PP-00080)
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA POR 
GOVERNADOR DE ESTADO - DECISÃO QUE NÃO A 
ADMITE, POR INCABÍVEL - RECURSO DE AGRAVO 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
INTERPOSTO PELO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO - 
ILEGITIMIDADE RECURSAL DESSA PESSOA POLÍTICA - 
INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO DE CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO, DO ART. 188 DO CPC - RECURSO 
DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. O ESTADO-MEMBRO 
NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER EM SEDE 
DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. (...) NÃO HÁ 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO PROCESSO DE 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. - Não se aplica, ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, 
a possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva.” (ADI 2130 AgR, 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado 
em 03/10/2001, DJ 14-12-2001 PP-00022 EMENT VOL-02053-03 
PP-00485)
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PERANTE 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL (CF, art. 125, § 2º) – 
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS INTERPOSTOS, EM 
REFERIDO PROCESSO DE CONTROLE ABSTRATO, PELO 
ESTADO DO AMAZONAS, POR SUA ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA E PELO PROCURADOR-GERAL DO ESTADO – 
DECISÃO DO RELATOR QUE NÃO CONHECEU DOS 
MENCIONADOS APELOS EXTREMOS, POR 
INTEMPESTIVOS – INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO 
OBJETIVO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO DE 
CONSTITUCIONALIDADE, DA NORMA EXCEPCIONAL 
INSCRITA NO ART. 188 DO CPC, MESMO PARA EFEITO DE 
2 
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ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
INTERPOSTO PELO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO - 
ILEGITIMIDADE RECURSAL DESSA PESSOA POLÍTICA - 
INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO DE CONTROLE 
NORMATIVO ABSTRATO, DO ART. 188 DO CPC - RECURSO 
DE AGRAVO NÃO CONHECIDO. O ESTADO-MEMBRO 
NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER EM SEDE 
DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. (...) NÃO HÁ 
PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO PROCESSO DE 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. - Não se aplica, ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedente. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, 
a possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva.” (ADI 2130 AgR, 
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado 
em 03/10/2001, DJ 14-12-2001 PP-00022 EMENT VOL-02053-03 
PP-00485)
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PERANTE 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL (CF, art. 125, § 2º) – 
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS INTERPOSTOS, EM 
REFERIDO PROCESSO DE CONTROLE ABSTRATO, PELO 
ESTADO DO AMAZONAS, POR SUA ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA E PELO PROCURADOR-GERAL DO ESTADO – 
DECISÃO DO RELATOR QUE NÃO CONHECEU DOS 
MENCIONADOS APELOS EXTREMOS, POR 
INTEMPESTIVOS – INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO 
OBJETIVO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO DE 
CONSTITUCIONALIDADE, DA NORMA EXCEPCIONAL 
INSCRITA NO ART. 188 DO CPC, MESMO PARA EFEITO DE 
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ADI 5814 MC-AGR-AGR / RR 
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
DIRIGIDO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – A 
QUESTÃO DA LEGITIMIDADE ATIVA (E RECURSAL) DO 
PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO E DE SEU PROCURADOR-
GERAL, EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO CONCENTRADA DE 
CONSTITUCIONALIDADE – RECURSOS DE AGRAVO 
IMPROVIDOS. NÃO HÁ PRAZO RECURSAL EM DOBRO NO 
PROCESSO DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. - Não se aplica, ao processo 
objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma 
inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, 
unicamente, ao domínio dos processos subjetivos, que se 
caracterizam pelo fato de admitirem, em seu âmbito, a 
discussão de situações concretas e individuais. Precedentes. 
Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, 
a possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, 
ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa 
especial nos processos de índole subjetiva. (...)” (RE 658375 
AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, 
julgado em 25/03/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-077 
DIVULG 23-04-2014 PUBLIC 24-04-2014)
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CARIMBO COM A 
DATA DE PROTOCOLO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
ILEGÍVEL. ENTIDADE PÚBLICA. PRAZO PARA RECORRER. 
CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO 
QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O carimbo do protocolo no 
recurso extraordinário deve ser claro o suficiente para permitir 
a verificação da data de interposição. 2. Não se aplica o 
privilégio do art. 188 do Código de Processo Civil nos 
processos de controle concentrado de constitucionalidade.” 
(AI 633998 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira 
Turma, julgado em 25/08/2009, DJe-200 DIVULG 22-10-2009 
PUBLIC 23-10-2009 EMENT VOL-02379-11 PP-02362)
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ADI 5814 MC-AGR-AGR

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