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Aula 06 - Profº Carlos Roberto e Márcio Damasceno

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Aula 06 - Profº Carlos
Roberto e Márcio
Damasceno
Discursivas p/ Banco do Brasil
(Escriturário) Sem Correção - 2021 -
Pré-Edital
Autores:
Carlos Roberto, Marcio
Damasceno, Paulo Ferreira
Aula 06 - Profº Carlos Roberto e
Márcio Damasceno
1 de Março de 2021
00774823100 - Juliana Souza Ferreira
 
 
 
 
 
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Introdução ................................................................................................................................................ 2 
Primeira rodada de temas .......................................................................................................................... 3 
Tema 1................................................................................................................................................... 3 
Proposta de solução ............................................................................................................................... 3 
Tema 2 ..................................................................................................................................................5 
Proposta de solução ...............................................................................................................................5 
Tema 3.................................................................................................................................................. 6 
Proposta de solução ............................................................................................................................... 7 
Tema 4 ................................................................................................................................................. 8 
Proposta de solução .............................................................................................................................. 9 
Segunda rodada de temas ....................................................................................................................... 11 
Tema 5 ................................................................................................................................................ 11 
Abordagem teórica .............................................................................................................................. 11 
Tema 6 ................................................................................................................................................ 14 
Abordagem teórica .............................................................................................................................. 15 
Tema 7 ................................................................................................................................................. 18 
Abordagem teórica .............................................................................................................................. 18 
Tema 8 ................................................................................................................................................20 
Abordagem teórica .............................................................................................................................. 21 
Prática ..................................................................................................................................................... 23 
 
 
Carlos Roberto, Marcio Damasceno, Paulo Ferreira
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INTRODUÇÃO 
Olá, meus nobres alunos. Bem-vindos à nossa segunda rodada de temas. 
Meus nobres, esperamos que nesta aula você já comece a perceber a sua evolução em relação aos textos 
produzidos na aula anterior. Cada aula é uma etapa transposta e uma vitória alcançada. Mas, junto a essa 
conquista, vem o compromisso e a responsabilidade de escrever textos cada vez melhores. 
Para que isso aconteça, é essencial que você incorpore os ensinamentos transmitidos e, efetivamente, passe 
a aplicá-los. Nesse sentido, é fundamental que você treine, escreva textos manuscritos, conforme 
conversamos nas aulas anteriores. 
Aos alunos do curso com correção: vocês poderão escolher para envio qualquer dos temas desta aula. 
Contudo, não é obrigatório escolher um tema agora, caso prefiram aguardar os temas da próxima rodada. 
Bons estudos! 
Instagram: profmarciodamasceno 
Prof. Marcio 
 
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PRIMEIRA RODADA DE TEMAS 
Tema 1 
Inédita 
Texto Motivador I 
“A evolução da humanidade está demarcada por três “eras” bem definidas: a primeira, onde predominou a 
estrutura econômica baseada na agricultura; a segunda, assentada na mecanização e industrialização com 
a Revolução Industrial; e a terceira, que está mudando nosso mundo mais rápido do que ele jamais foi 
modificado, a automação e consequente informatização da sociedade.” 
Texto Motivador II 
Os serviços financeiros no Brasil e no mundo estão passando por um momento bastante importante e 
assistiremos uma grande transformação dessa indústria nos próximos anos. As novas tecnologias estão 
elevando o nível de experiência dos consumidores bancários e, ao mesmo tempo, criando disrupções e 
desfragmentando a cadeia de valor tradicional dos bancos. Além disso, há diversos novos entrantes, como: 
players de nicho, fintechs e até mesmo empresas de tecnologia que querem ocupar um espaço do mercado 
(e até então eram fontes de receitas seguras para as instituições financeiras tradicionais). 
Tendo por base os textos motivadores apresentados, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o 
seguinte tema: 
A IMPORTÂNCIA DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO RAMO BANCÁRIO 
Proposta de solução 
Como não há delimitação dos tópicos questionadores, há a necessidade de definir os pontos semânticos antes 
de iniciarmos a produção do texto. Vamos lá! 
1) Assunto: Mercado Financeiro 
2) Tema: Inovação Tecnológica 
3) Tese: Cientes dessa realidade, as empresas têm continuamente investido em inovações 
tecnológicas [Tema], com o intuito de aumentar a satisfação dos atuais e conquistar novos 
clientes [Tese]. 
4) Tópico I: a mudança do perfil do cliente nos últimos anos 
5) Tópico II: é essencial investir em inovação para aumentar a satisfação do cliente 
6) Tópico III: principais inovações que impulsionam a revolução digital no setor bancário 
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O mercado financeiro [assunto] é ambiente caracterizado por grande 
competitividade, motivo pelo qual as instituições estão em constante busca pela sua 
evolução. Cientes dessa realidade, as empresas têm continuamente investido em inovações 
tecnológicas [tema], com o intuito de aumentar a satisfação dos atuais e conquistar novos 
clientes [tese]. 
Não se pode ignorar o fato de que o perfil do cliente de serviços bancários tem mudado 
nos últimos anos. Basta observar que, atualmente, transações feitas por “mobile banking” 
e “internet banking” já representam mais da metade das transações bancárias. Assim, os 
bancos tradicionais, com produtos e serviços padronizados e desprovidos de estruturas de 
interação digital, já não conseguem suprir as necessidades de uma nova geração de clientes 
ávidos por ferramentas capazes de proporcionar-lhes mais agilidade, comodidade e 
personalização.[Tópico I] 
Considerando esse paradigma, o setor bancário percebeu ser essencial investir em 
inovação para transformar a forma como as pessoas se relacionam com o seu banco. 
Trabalhando com produtos e serviços muito similares, destacar-se-á a instituição 
financeira que oferecer o melhor atendimento e a prestação de serviços mais eficiente. Para 
alcançar esse objetivo, é fundamental o emprego de novas tecnologias capazes de 
proporcionar mais comodidade e, de forma geral, uma melhor experiência ao usuário. 
[Tópico II] 
Não é à toa que, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor 
bancário é o segmento com maiores investimentos em tecnologia, com recursos que 
corresponderam a cerca de 20 bilhões no ano de 2018. Reflexo disso é o fato de os clientes 
dos bancos atentos a essa nova realidade já possuírem diversas ferramentas tecnológicas 
à sua disposição, a exemplo das plataformas digitais, do “mobile banking”. Digno de 
realce também é o crescente do uso da autenticação biométrica, reconhecimento facial, 
tecnologias de “Open Banking”, inteligência artificial, entre outros. [Tópico III] 
Face ao exposto, observa-se que a inovação tecnológica é uma condição para o sucesso 
das empresas bancárias. Trata-se de um elemento essencial para que a instituição 
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financeira possa satisfazer os seus clientes, cada vez mais exigentes e ávidos por 
ferramentas simples, eficazes, seguras e customizadas. 
 
Tema 2 
Inédito 
“Uma moeda virtual como a bitcoin permite-nos transferir dinheiro sem intermediários. Utiliza uma 
tecnologia chamada blockchain que constrói um registo partilhado e público das transações, criando relação 
de confiança entre vendedor e comprador e eliminando assim a necessidade de um processo de verificação 
por terceiros” 
Tendo como base o texto motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
MOEDAS VIRTUAIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS. 
Proposta de solução 
Pontos semânticos: 
1) Assunto: mercado financeiro 
2) Tema: moedas virtuais 
3) Tese: é necessário ter cautela para atuar no mercado de moedas virtuais; 
4) Tópico I: vantagens 
5) Tópico II: desvantagens 
6) Fechamento 
O mercado financeiro [assunto] tem passado por transformações causadas pelos 
avanços tecnológicos dos últimos anos, como, por exemplo, o surgimento das moedas 
virtuais ou criptomoedas [tema], espécies de moeda utilizadas para a aquisição de bens e 
serviços na internet. Essa inovação gerou entusiasmo em muitos investidores, contudo, 
antes de entrar nesse mercado, é recomendável conhecer, em profundidade, as suas 
vantagens e desvantagens, como forma de evitar perdas financeiras [tese]. 
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As vantagens das moedas virtuais decorrem, principalmente, do seu caráter 
descentralizado, que propicia maior liberdade e menos burocracia nas transações. Outra 
vantagem é o seu funcionamento “peer-to-peer”, ou seja, pode ser trocada de um 
computador para outro sem qualquer interferência de bancos comerciais ou centrais. 
Assim, essas moedas podem ser transferidas entre pessoas, por exemplo, por meio de um 
celular, sem precisar de intermediário para completar a operação. Dessas características 
decorre o fato de possuírem menor custo de transação, outra vantagem comumente 
apontada. 
Por outro lado, há uma série de desvantagens. A primeira delas é a intensa 
volatilidade, visto que a operação com finalidade especulativa está sujeita a riscos 
incalculáveis. O próprio “bitcoin”, primeira moeda virtual, já experimentou dia de elevada 
alta seguido de considerável baixa. Há também o problema da segurança, pois as moedas 
virtuais não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não 
têm garantia de conversão para moedas soberanas, tampouco são lastreadas em ativo real 
de qualquer espécie. Há, também, a questão do anonimato, fator que dificulta a 
identificação dos criminosos, propiciando a comercialização de mercadorias ilícitas com a 
utilização das moedas virtuais. 
Em face dos aspectos analisados, deve-se ponderar que, devido à existência de 
vantagens e desvantagens, é necessária cautela por parte dos investidores. Assim, o 
cidadão que operar nesse mercado, atraído pela possibilidade de ganhos 
extraordinários, deve estar ciente dos elevados riscos, eventuais fraudes ou outras 
condutas de negócio inadequadas, que podem resultar, também, em expressivas 
perdas patrimoniais. 
 
Tema 3 
“O nome do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de 
automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas inicialmente 
investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas, o nome inicial se 
consagrou. A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. 
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Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na casa de 
bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de 
corrupção que envolve a companhia. No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 
2014, perante a Justiça Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas 
lideradas por doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal 
recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras.” 
Fonte : http://www.mpf.mp.br/para-o-cidadao/caso-lava-jato/entenda-o-caso 
. 
Tendo como base o texto motivador acima, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
LAVAGEM DE DINHEIRO: DEFINIÇÃO, FASES, PAPEL DESEMPENHADO PELO COAF E PELAS 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. 
Proposta de solução 
Agora, vocês já sabem: vamos definir os pontos semânticos que serão utilizados no texto! 
1) Assunto: Lei 9.613/1998; 
2) Tema: “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores; 
3) Tese: o Coaf é um órgão essencial no combate ao crime de “lavagem” de dinheiro; 
4) Tópico I: conceito do crime de “lavagem” de dinheiro; 
5) Tópico II: fases; 
6) Tópico III: missão do Coaf; 
7) Fechamento. 
O crime de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores [tema], regulado pela 
Lei 9.613/1998 [assunto], ganhou, recentemente, grande notoriedade com a Operação 
Lava Jato, a qual evidenciou grandes esquemas envolvendo empresas privadas, políticos 
e estatais. No Brasil, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) é um órgão 
essencial na prevenção e no combate a esse crime [tese]. 
Inicialmente, destaque-se que o crime conhecido popularmente como “lavagem” de 
dinheiro refere-se a práticas econômico-financeiras que têm por finalidade dissimular ou 
esconder a origem ilícita de determinados ativos financeiros ou bens patrimoniais, de 
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forma que esses ativos aparentem ter origem lícita ou que, pelo menos, a origem ilícita seja 
difícil de demonstrar ou provar. [Tópico I] 
O referido crime é, normalmente, dividido em três fases, quais sejam: a colocação, que 
consiste em introduzir os recursos obtidos de forma ilícita no sistema econômico; a 
ocultação, na qual se realizam várias transações financeiras para mudar a forma e 
dificultar a perseguição do dinheiro; e a integração, representada pela introdução dos 
recursos no sistema econômico, para que pareça ser oriundo de uma operação legal. [Tópico 
II] 
Ao se falar em “lavagem” de dinheiro, faz-se necessária menção ao Coaf, órgão cuja 
missão é produzir inteligência financeira e promover a proteção dos setores econômicos 
contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. O Coaf recebe, examina e 
identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades 
competentes para instauração de procedimentos. Além disso, coordena a troca de 
informações, para viabilizar ações rápidas e eficientes no combate à ocultação ou 
dissimulação de bens, direitos e valores, e regula os setores econômicos para os quais não 
haja órgão regulador ou fiscalizador próprio, aplicando penalidades administrativas 
quando cabível. [Tópico III] 
Por fim, considerando os grandes prejuízos provocados pela utilização de recursos 
oriundos de atividades criminosas, é necessário que as instituições financeiras passem 
informações que considerem suspeitas ao Coaf, que se encarregará de analisá-las e emitir 
relatório. Somente com a participação de todos os envolvidos, será possível alcançar 
resultados significativos no combate a esse crime. 
 
Tema 4 
COMUNICADO Nº 33.455, DE 24 DE ABRIL DE 2019 
Divulga os requisitos fundamentais para a 
implementação, no Brasil, do Sistema Financeiro Aberto 
(Open Banking). 
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A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em reunião realizada em 23 de abril de 2019, aprovou a 
divulgação dos requisitos fundamentais para a implementação, no Brasil, do Sistema Financeiro Aberto (Open 
Banking), que abrangem o objetivo, a definição, o escopo do modelo, a estratégia de regulação e as ações para 
sua implementação. 
[...] 
7. No tocante ao processo de implementação do Open Banking estão previstos a publicação de atos normativos 
e também iniciativas de autorregulação. Quanto aos atos normativos, a expectativa é que o Banco Central do 
Brasil submeta a consulta pública as minutas, no segundo semestre de 2019, propondo a definição, entres 
outros aspectos, de escopo, abrangência, responsabilidades, requisitos mínimos para operacionalização do 
modelo, controles internos, gerenciamento de riscos e condições mínimas para a relação contratual que venha 
a ser estabelecida entre instituições autorizadas e terceiros não autorizados, além do próprio cronograma de 
implementação. 
[...] 
10. A implementação do modelo ocorrerá em fases estabelecidas em cronograma, observada a ordem do escopo 
dos dados, produtos e serviços apresentada nos itens I a IV do parágrafo 5 deste Comunicado. 
[...] 
14. Por fim, com base nos requisitos apresentados neste Comunicado, a expectativa é de que o modelo de Open 
Banking descrito seja implementado a partir do segundo semestre de 2020. 
Fonte : http://www.in.gov.br/web/dou/-/comunicado-n%C2%BA-33.455-
de-24-de-abril-de-2019-85378506. Acesso em: 06/06/2019 
Tendo como base o texto motivador acima, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
OPEN BANKING: COMPETITIVIDADE NO SETOR FINANCEIRO E COMODIDADE PARA O CLIENTE 
Proposta de solução 
1) Assunto: mercado financeiro; 
2) Tema: “open banking”; 
3) Tese: o “open banking” proporciona aumento de competitividade no setor financeiro e 
maior comodidade para o cliente; 
4) Tópico I: competitividade no setor financeiro; 
5) Tópico II: comodidade para o cliente; 
6) Fechamento. 
O “Open Banking” [tema] tem-se destacado mundialmente no contexto das inovações 
introduzidas no mercado financeiro [assunto]. Trata-se do compartilhamento de dados, 
produtos e serviços pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas, a 
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critério de seus clientes, em se tratando de dados a eles relacionados. Por meio de abertura 
e integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação, esse modelo é 
capaz de proporcionar o aumento de competitividade no setor financeiro e uma maior 
comodidade para o cliente [tese]. 
Atualmente, cada Instituição Financeira (IF) constrói e gerencia seus próprios 
sistemas e aplicativos. Com isso, uma IF não enxerga o relacionamento do cliente com 
outra e tem dificuldades para competir por esse cliente oferecendo melhores serviços. Com 
o “Open Banking”, os aplicativos se conectam diretamente às plataformas das IFs e 
acessam os dados dos correntistas, a partir de sua permissão, tornando o uso de aplicativos 
financeiros mais integrados e convergentes. Isso permitirá o oferecimento de produtos e 
serviços sob medida e com melhores condições para os clientes dos concorrentes, 
representando um aumento na competividade no setor, que gera claros ganhos ao cliente, 
o qual poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas. [Tópico I] 
Também haverá o aumento da comodidade. O uso de uma plataforma integrada torna 
possível que, em um único aplicativo, o usuário realize uma operação que outrora 
demandaria uma série de outras providências. Uma vez disponíveis as informações do 
cliente a todos os “players” do mercado, ele poderá ter acesso aos diferentes serviços das 
diversas instituições financeiras e escolher a que oferecer as melhores condições. Além 
disso, poderá gerir toda a sua vida financeira e seus relacionamentos com as diferentes 
entidades por meio de uma única plataforma, outra clara contribuição para o aumento da 
comodidade para o cliente. [Tópico II] 
Diante do exposto, percebe-se que essa iniciativa tem como objetivo aumentar a 
eficiência no mercado de crédito e de pagamentos no Brasil, mediante promoção de 
ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo. Para que isso se torne possível, é 
necessário empenho das diversas Ifs, principalmente, no que se refere a aspectos de 
tecnologia e de segurança. 
 
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SEGUNDA RODADA DE TEMAS 
Tema 5 
“Segundo a Strategy&, a adaptação ou reinvenção das estruturas de middle e back office age como 
ferramenta facilitadora da transformação digital, agilizando o serviço a um nível de custo adequado. 
Nesse sentido, bancos variam em termos de maturidade digital de acordo com o nível de automação e 
digitalização dos processos. Nenhum banco ainda atingiu o nível máximo de maturidade digital, que 
significaria ter procedimentos de gestão de risco automatizados, segmentação dinâmica de clientes, ofertas 
focadas de produtos e serviços, integração total entre os canais e ferramentas complexas de CRM. 
Entretanto, existem diversas iniciativas em andamento, e alguns bancos que já se encontram em fases 
bastante evoluídas. O Wells Fargo, por exemplo, possui elevado nível de integração entre seus sistemas, o 
que leva aosmenores custos de processamento em aprovações de crédito aos consumidores. 
Paralelamente, o Bank of America, procurou obter uma segmentação de clientes refinada, o que permite a 
realização de prospecção e marketing mais focados e consequentemente um melhor aproveitamento da 
base de clientes. A próxima figura representa o nível de maturidade de alguns bancos reconhecidos 
internacionalmente, e quais os seus principais atributos de diferenciação nesse sentido.” 
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2014. Disponível em: 
https://issuu.com/revistaciab/docs/pesquisa_febraban_de_tecnolo
gia_ban 
. 
Tendo como base o texto motivador acima, redija um texto dissertativo sobre os bancos na era digital, 
respondendo, necessariamente: 
a) principais desafios dos bancos na era digital; 
b) quais as características de um banco digital; 
c) a diferença entre banco digital e digitalizado. 
Abordagem teórica 
1. Principais desafios dos bancos na era digital. 
A elevação na expectativa dos consumidores, como efeito de experiências em outros mercados e indústrias, 
bem como a elevação da educação financeira da população, acompanhada pela crescente bancarização tem 
como consequência imediata o aumento do nível de exigência sobre as instituições financeiras. 
Esse novo cliente tem perfil mais participativo, proativo e que espera que o banco tenha uma visão ampla 
de seu relacionamento, atue de forma antecipatória e consultiva, antevendo a ocorrência de possíveis 
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problemas e sugerindo caminhos. Desejam também a disponibilização de serviços bancários em qualquer 
lugar e a qualquer momento, bem como soluções mais convenientes e de forma cada vez mais rápida. 
Além disso, o aumento da transparência e a redução das barreiras de mudança (portabilidade) fazem com 
que o cliente esteja cada vez mais sensível a um aumento de preços das tarifas bancárias, taxas de 
administração, etc. Some-se a isso, o aumento da presença de instituições não bancárias, oferecendo 
produtos e serviços diferenciados, principalmente, pelo emprego de novas tecnologias. Assim, conquistar e 
manter o cliente satisfeito é uma tarefa desafiadora para os bancos. 
Esse é o cenário para o qual os bancos devem estar preparados na era digital. 
Para ocupar uma posição estratégica favorável, o primeiro passo é entender os interesses e necessidades 
dessa nova geração de consumidores e o que eles esperam dos serviços financeiros. Uma vez 
compreendido, a empresa deve ser capaz de oferecer soluções completas para os clientes, adequada às 
suas necessidades dos clientes, observando, necessariamente, a existência de segmentos e perfis 
específicos. 
Fundamental observar as novas tecnologias (Big Data, associação com fintechs, etc.) e, com base nelas, 
oferecer produtos e serviços que resolvam problemas reais, criando vínculos com os clientes cada vez mais 
fortes. Nessa área, são desafios a utilização de dados a fim de extrair informações relevantes, adquirir visão 
ampla do relacionamento com o cliente, simplificar processos e agir de forma informativa e proativa, 
subsidiando a tomada de decisão por parte do cliente. 
Igualmente importante é avaliar a forma de se comunicar com o cliente. Para atender à nova geração os 
bancos devem disponibilizar canais de atendimento eficazes que vão muito além dos convencionais 
(telefone e visita à agência, limitados ao tão conhecido e criticado “horário bancário”). É necessário que o 
banco se preocupe em prover aplicativos e/ou plataformas virtuais integrados aptos a proporcionar canais 
de atendimento 24 horas por dia, atendendo os seus clientes em suas demandas, bem como invista na 
abertura de canais de relacionamento mais intuitivos, capazes de melhorar a experiência do cliente e 
aproximá-los da empresa. 
O aumento da complexidade das demandas implicará em processos mais complexos ensejando a 
necessidade de reflexão sobre a alteração nos seus processos internos, que devem ser flexíveis para se 
alinharem às mutáveis necessidades desses clientes. 
Por fim, também, é necessário que o banco planeje soluções eficientes e capazes de serem reproduzidas em 
grande escala, de modo a reduzirem os seus custos e se tornarem mais competitivas face ao atual cenário. 
2. Banco Digital 
As instituições bancárias estão passando por um momento de intensa mudança. Atualmente, os modelos 
tradicionais de bancos estão sendo reconsideradas, principalmente no que se refere à burocracia e o 
formalismo ainda presentes nessas instituições. 
Como forma de atender às demandas da nova geração de usuários do sistema bancário, surgiu a figura 
do banco digital. A proposta é que o usuário tenha disponível todos os serviços oferecidos por um banco 
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sem precisar se deslocar até uma agência física, podendo resolver todas as questões por meio do mobile 
banking ou por internet banking. 
Segundo a Febraban, são requisitos para ser considerado um banco digital: 
1. Processo não presencial, com captura digital de documentos e informações e coleta eletrônica de 
assinaturas; 
2. Acesso a canais eletrônicos para todas as consultas e contratação de produtos; 
3. Resolução de problemas por múltiplos canais sem necessidade da ida à agência. 
Assim, por exemplo, o processo de abertura de uma conta é totalmente remota (não presencial): todos os 
documentos necessários são coletados digitalmente, inclusive a assinatura. Esclarecimentos, consultas ou 
problemas encontrados são realizados por meio de canais eletrônicos, sem a necessidade do cliente se 
dirigir à uma agência bancária. 
Um banco digital tem como diretriz a criação de pacotes de produtos financeiros flexíveis e alinhados com 
os perfis dos seus clientes, buscando otimizar ao máximo a experiência do usuário como forma de 
construir relacionamentos duradouros. Cada vez mais, busca-se novas formas de interação com o cliente, 
como aplicativos e redes sociais. 
Assim, ser digital vai muito além de possuir canais online, um aplicativo de celular ou internet banking. 
É um conceito mais amplo. O banco digital se caracteriza por apresentar uma proposta de valor onde a 
maioria dos seus produtos e serviços são disponibilizados de forma digital. Trata-se de um modelo de 
operação com infraestrutura capaz de responder às demandas dos seus clientes de forma rápida e de se 
adaptar e integrar as novas tecnologias do mercado. 
Em resumo, podemos falar que um banco digital possui o foco em relacionamento personalizado, soluções 
preditivas, observando os problemas e oferecendo soluções de maneira antecipada e na produção de 
informações, oferecendo dicas de investimento, educação financeira online, informações sobre o cenário 
econômico, etc. 
Alguns desses bancos já nasceram digitais, ou seja, nunca possuíram uma agência física. Pelo fato de terem 
uma estrutura mais enxuta, com custos fixos menores, os bancos digitais conseguem oferecer aos seus 
clientes tarifas inferiores, tornando o sistema financeiro mais dinâmico, competitivo e eficiente. Para se ter 
uma ideia, pessoas, manutenção, materiais, transporte e gastos com segurança representam mais da 
metade das despesas administrativas no sistema bancário. 
3. Bancos digitalizados 
Percebendo a evolução, como forma de satisfazer aos seus clientes para evitar perdê-los para a 
concorrência, muitos bancos tradicionais passaram a adaptar os seus serviços para a plataforma digital. 
Nessecaso, pode-se afirmar que a conta digital de um banco tradicional sofreu um processo de 
“digitalização”, uma adaptação do produto tradicional para uma plataforma atual. 
Já no caso das contas que nasceram digitais, todos os processos internos da conta, assim como os recursos 
ofertados aos clientes, são pensados para operar digitalmente, feita totalmente para funcionar de forma 
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remota sem que o cliente precise ir a uma agência física. Enquanto isso, os bancos tradicionais, ainda que 
busquem “digitalizar” os seus produtos e serviços têm em seu DNA a infraestrutura de tecnologia, cultura 
organizacional, entre outros, formada em épocas anteriores, nas quais ainda não havia esse foco. Por isso, 
para eles é mais difícil equiparar-se aos bancos que já nasceram digitais. 
Dessa forma, a principal diferença entre essas empresas é que as fintechs oferecem de forma natural 
recursos que os bancos tradicionais ainda estão se adaptando para poder ofertar, como por exemplo: acesso 
a todos os serviços da conta corrente via aplicativo, contratação de seguros, crédito, empréstimos sem 
precisar sair de casa, com mais comodidade e menos burocracia. 
Resumindo as principais diferenças, segue ilustração retirada da pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 
2014: 
 
Figura 1: Diferenças entre banco digitalizado e banco digital – eventos críticos 
Feita essa revisão, acredito que tenhamos visto os principais pontos necessários à resolução da questão. 
Mãos à obra. 
 
Tema 6 
“A estabilização monetária propiciada pelo Plano Real afetou de modo profundo a conformação do Sistema 
Financeiro Nacional: além das reformas institucionais, que culminaram com a implementação do 
Sistema de Metas para a Inflação e a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 
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101/2000), foram necessários ajustes profundos no setor financeiro, tanto sob controle privado quanto sob 
controle de Estados e da União, a serem examinados na sequência do presente texto. 
A partir do final da década de 90, ampliaram-se os estímulos à criação ou ao desenvolvimento de 
mecanismos para tornar o crédito mais acessível a segmentos da população com menor poder aquisitivo ou 
habitantes de regiões afastadas. Surgiram as sociedades de crédito ao microempreendedor, foram 
ampliadas as opções de crédito consignado e permitida a ampliação da prestação de serviços financeiros 
sob a forma de agentes financeiros ou correspondentes bancários, entre outras iniciativas. 
Outro fato marcante na configuração do Sistema Financeiro Nacional foi a adoção do novo sistema de 
pagamentos brasileiro, em abril de 2002, que deu maior velocidade à transferência de recursos entre os 
agentes econômicos e aumentou a eficiência do sistema, para evitar os riscos sistêmico e de crédito.” 
ESTRELA, M.A.; ROSEK, R.J.; ORSI, R.V.; SCHNEIDER, V.M. (2006), Moeda, Sistema 
Financeiro e Banco Central – Uma Abordagem Prática e Teórica sobre o 
Funcionamento de uma Autoridade Monetária no Mundo e no Brasil. Brasília, 2006. 
Considerando que o texto acima tem caráter meramente motivador, redija um texto dissertativo sobre o 
Sistema Financeiro Nacional, destacando a sua finalidade e estrutura. 
Abordagem teórica 
1. O Sistema Financeiro Nacional 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por um conjunto de entidades e instituições privadas ou 
públicas que promovem a intermediação financeira, isto é, o encontro entre credores e tomadores de 
recursos1. Em outras palavras, é ele o responsável por fazer a ligação entre os agentes superavitários e os 
deficitários. É por meio desse sistema, os diversos agentes econômicos (pessoas, as empresas e o governo) 
circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e realizam seus investimentos. 
Essa é a principal finalidade do SFN. Contudo, há outras. Uma delas prevista no art. 192 da nossa 
Constituição, qual seja, promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da 
coletividade. Também são finalidades a fiscalização e a diversificação de riscos. 
O SFN possui três grandes ramos: 
1. Moeda, crédito, capitais e câmbio: é considerado o principal ramo do SFN. Lida diretamente com quatro 
tipos de mercado: monetário, de crédito, de capitais e de câmbio; 
2. Seguros privados: o ramo do SFN para quem busca seguros privados, contratos de capitalização e 
previdência complementar aberta. 
 
1 Definição disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn. Acesso em: 09/06/2019. 
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3. Previdência fechada: trata das entidades de previdência fechada. 
Nesses ramos, o SFN organiza-se por agentes normativos, supervisores e operadores. 
Os órgãos normativos determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema. As entidades 
supervisoras trabalham para que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos 
órgãos normativos. E por fim, os operadores são as instituições que ofertam serviços financeiros, no papel 
de intermediários. 
No ramo da moeda, crédito, capitais e câmbio, o órgão normativo é o Conselho Monetário 
Nacional (CMN). Ele é responsável pela formulação da política da moeda e do crédito, ou seja, é a instância 
de coordenação da política macroeconômica do governo federal. É no CMN em que se decide a meta para 
a inflação, as diretrizes para o câmbio e as normas principais para o funcionamento das instituições 
financeiras, entre outras atribuições. 
Como órgãos supervisores desse ramo, tem-se Banco Central do Brasil (BCB) e a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM). O BCB é uma autarquia federal cuja missão assegurar a estabilidade do poder aquisitivo 
da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. A CVM também é uma autarquia federal e é 
responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários. 
Os órgãos operadores desse ramo são: 
 Sob a supervisão do BCB: bancos e caixas econômicas, administradoras de consórcios, cooperativas de 
crédito, corretoras e distribuidoras2, instituições de pagamento3 e demais instituições não bancárias;4 
 Sob a supervisão da CVM: bolsas de valores e bolsas de mercadorias e futuros. 
No ramo de seguros privados, tem-se como órgão normativo o Conselho Nacional de Seguros Privados 
(CNSP) e como órgão supervisor a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o órgão responsável pelo 
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. 
Como entidades operadoras, subordinadas à Susep, tem-se as seguradoras e resseguradores, as entidades 
abertas de previdência e as sociedades de capitalização. 
Por fim, no ramo da previdência fechada tem-se como órgão normativo o Conselho Nacional de Previdência 
Complementar (CNPC) e como órgão supervisor a Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (Previc), autarquia responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de 
previdência complementar (fundos de pensão). Como entidade operadora, tem-se as entidades fechadas 
de previdênciacomplementar, organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos 
e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos 
 
2 A depender de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM. 
3 As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme diretrizes estabelecidas 
pelo CMN. 
4 As instituições não bancárias são as que não podem receber depósito à vista nem podem criar moeda por meio de operações de 
crédito. Atuam com ativos não monetários como letras de câmbio, debêntures, ações, CDBs, etc. 
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associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas 
instituidores. 
Por fim, resumido tudo que vimos, segue uma visualização dos ramos e entidades do SFN, disponível no site 
do Banco Central5: 
 
Feita essa revisão, acredito que tenhamos visto os principais pontos necessários à resolução da questão. 
Mãos à obra. 
 
5 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn 
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Tema 7 
“Fechamento de agências bancárias cresce no ano. O avanço dos canais eletrônicos e a busca por eficiência têm 
levado os bancos a reduzir a rede física de atendimento. No ano passado, foram fechadas 929 agências no país 
apenas nos primeiros 5 meses, segundo o Banco Central (BC).” 
Fonte : http://www.valor.com.br/financas 
Tendo como base o texto motivador acima, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema: 
Internet banking, mobile banking e o futuro das agências físicas 
Abordagem teórica 
1. Internet banking e mobile banking 
Conforme já comentado em vários outros temas, o uso de dispositivos tecnológicos individuais 
revolucionou o modo como os consumidores se relacionam com empresas. Isso ocorre de modo ainda mais 
intenso no ramo bancário, revolucionado pelo advento dos bancos digitais, fintechs, etc. 
Uma das tecnologias aplicadas ao setor bancário é o internet banking. Consiste no ambiente bancário na 
internet, acessível por meio de um computador ou notebook. Acessando o website do banco, o cliente pode 
realizar uma série de operações antes realizadas somente presencialmente nas agências bancárias. 
Já quando os serviços bancários são acessados pelo celular ou um dispositivo móvel, estar-se-á diante do 
famoso mobile banking, cujo acesso pode ser feito pelo navegador ou através de um aplicativo específico. 
A comodidade é hoje um dos elementos norteadores do comportamento dos consumidores, que desejam 
fazer das suas tarefas juntos à rede bancária uma experiência prática e rápida. Nesse contexto, tem se 
observado um aumento expressivo no uso dessas formas de interação com o banco. 
Para que se tenha uma ideia da expansão dessas tecnologias, vejamos alguns dados divulgados na pesquisa 
FEBRABAN de Tecnologia Bancária 20196. 
Os canais digitais se consolidam como os meios mais usados pelos clientes: transações bancárias cresceram 
8% no total e, nos canais digitais, 16%. Destaca-se o crescimento de 24% do mobile banking no total de 
transações bancárias. Digno de destaque também é o fato de o mobile banking já corresponder ao dobro do 
volume movimentado por internet banking. 
Sobre essas informações, acompanhe os gráficos constante da pesquisa acima referenciada: 
 
6Disponível em : 
https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20Febraban%202019_Pesquisa%20
de%20Tecnologia%20Banc%C3%A1ria.pdf 
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De cada 10 transações, 6 são realizadas no internet banking e mobile banking 
Ainda de acordo com a pesquisa, entre 2017 e 2018 as transações bancárias com movimentação financeira 
cresceram 33% nos canais digitais. Só no mobile banking, o avanço foi de 80%. 
Além disso, em 2018, foram feitos 2,5 bilhões de pagamentos de contas e transferências (inclui DOC e TED) 
pelo mobile banking, que assumiu a preferência do brasileiro nestes tipos de transações e, pela primeira vez, 
superou o internet banking. 
Esses dados demonstram o aumento da confiança dos clientes no uso do mobile banking, antes visto com 
desconfiança por muitos clientes. 
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Outro dado interessante é o número de contas abertas por meio do mobile banking. Observou-se um 
crescimento de 56% (de 1,6 milhão em 2017 para 2,5 milhões em 2018), evidenciando a preocupação dos 
bancos em simplificar a vida do cliente. 
Assim, o que percebe é uma tendência de os clientes não mais precisarem comparecer a uma agência para 
realizarem operações bancárias, como a abertura de uma conta. Inclusive, os principais bancos vêm 
ampliando os seus serviços de banco digital para aumentar a eficiência. 
Nesse sentido, é natural que os bancos reduzam o número de agências físicas, como oportunidade para 
reduzirem custos e aplicarem essa economia para financiar os investimentos em tecnologia da informação. 
Houve queda no número de agências, que passou de 23,4 mil em 2016 para 21,8 mil em 2017 e 21,6 mil em 
2018. 
Isso não quer dizer que as agencias físicas irão desaparecer. Elas estão se transformando em locais 
especializados e voltados ao relacionamento e operações mais complexas. O crescimento do número de 
transações pelos canais virtuais libera as agências de inúmeros processos administrativos, de modo que elas 
poderão direcionar sua atividade para a orientação ao cliente e a realização de negócios. 
Observa-se que, para transferência de valores altos, negociação de empréstimos, financiamentos, decisões 
de investimento as pessoas ainda preferem comparecer a uma agência bancária para concretizar o negócio. 
Assim, existe uma barreira cultural que a tecnologia não superou e que tende a perdurar, pelo menos, no 
curto prazo. 
 
Tema 8 
Mapa de Fintechs – Brasil (maio de 2018) 
“Nos últimos 8 meses, o número de Fintechs no país subiu de 309 para 377, um aumento de 22%, o que mostra 
que o ritmo de crescimento do setor continua acelerado. No ano passado, o incremento no número de fintechs 
havia sido de cerca de 40%. 
[...] 
Os segmentos com maior quantidade de fintechs são basicamente os mesmos do levantamento anterior: 
 “Pagamentos e Remessas” representa 25% do total, com 96 startups; 
 “Gestão Financeira Empresarial”, com 17% do total, tem 63 startups; 
 “Empréstimos” representa 15% do total, com 56 startups; 
 “Gestão Financeira Pessoal” representa 8% do total, com 30 startups; 
 “Crowdfunding” e “Wealth Management“, cada um correspondendo a 7% do total, com 25 startups cada. 
 Um número que chama a atenção é o de fintechsoferecendo serviços de Banco Digital. Neste segmento, 
o que mais cresceu nos últimos meses, entram tanto os neo-banksbrasileiros, como Inter, Neon e Agibank, assim 
como as empresas de meio de pagamentos que oferecem contas pré-pagas com uma experiência totalmente 
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digital, como o caso do Nubank. Isto demonstra o potencial de oferta de uma experiência digital para serviços 
bancários, para as gerações mais conectadas.” 
Tendo como base o texto motivador acima, redija um texto dissertativo acerca das fintechs, mencionando 
necessariamente os seguintes pontos: 
a) fintechs e competividade no mercado; 
b) fintechs e inclusão financeira; 
c) fintechs e bancos tradicionais: inimigos ou aliados. 
Abordagem teórica 
1. Fintech 
O nome fintech surgiu da união das palavras em inglês financial (finanças) e technology (tecnologia). De 
acordo com o Banco Central, as fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros 
por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por 
meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor. 
Seu surgimento se deu num cenário de escassez de crédito e juros elevados nos produtos bancários e 
tiveram como proposta serem uma alternativa para as instituições financeiras tradicionais, oferecendo 
serviços menos burocráticos, mais baratos, mais práticos e rápidos, viabilizados pelo uso intenso da 
tecnologia. Criadas sob uma plataforma digital, apresentam operações enxutas, realizadas de forma online, 
sob medida para os clientes da era digital. 
No Brasil, há várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, 
investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio e multisserviços. Assim, soluções 
antes oferecidas exclusivamente por instituições bancárias tradicionais, agora estão disponíveis em meio 
digital nas mais variadas plataformas. 
O surgimento das fintechs possui uma série de pontos positivos: acelera o ritmo de inovação, aumenta a 
competitividade no segmento bancário e oportuniza o acesso ao crédito a pessoas, até então, à margem do 
sistema financeiro. 
Isso ocorre por vários motivos. A inovação faz parte do DNA dessas empresas; aliás, esse é um dos grandes 
objetivos dessas empresas. 
O custo de um empregado bancário, as despesas para manutenção de uma agência, os investimentos em 
segurança e outros pontos tornam o funcionamento de uma instituição financeira muito oneroso. As 
fintechs, por disporem de estrutura física bastante enxuta, sendo que, em alguns casos inexiste agência 
física para atender aos clientes, possuem custos operacionais muito menores se comparadas com as 
instituições financeiras tradicionais. Soma-se a isso o uso da tecnologia, que eleva a eficiência dos processos 
e tornam mais baratos os serviços por elas ofertados. Assim, é nítido o aumento da competitividade. 
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As inovações tecnológicas que as fintechs estão proporcionando ao consumidor podem ajudar as 
instituições financeiras a ganharem mais escala, ampliando a qualidade e incluindo novos clientes que 
estejam à margem do sistema bancário tradicional. Essa inclusão também pode ocorrer pela redução das 
taxas bancárias e pela redução da burocracia necessária para obter alguns produtos ou serviços bancários. 
Um dos casos mais conhecidos de impulso à bancarização no país é o do Banco Digital Maré, criado em 2016 
para atender cerca de 200 mil moradores de 17 comunidades que compõem o Complexo da Maré, zona 
norte do Rio de Janeiro, onde não há agências bancárias. O Banco Maré possui um aplicativo que permite 
aos usuários comprar no comércio local e também pagar suas contas e fazer transferências, por meio de QR 
Code7. 
Outa iniciativa de destaque é a da fintech Ewally, desenvolvedora de um aplicativo que permite pagar 
contas, transferir dinheiro, fazer cobranças e recarga, sem comprovação de renda. 
Em síntese, de acordo com o BCB, são benefícios advindos da entradas das fintechs 
- Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito; 
- Rapidez e celeridade nas transações; 
- Diminuição da burocracia no acesso ao crédito; 
- Criação de condições para redução do custo do crédito; 
- Inovação; 
- Acesso ao Sistema Financeiro Nacional. 
Importante também observar a modificação do relacionamento das fintechs com os bancos tradicionais. Se, 
no seu início, alimentava-se um discurso de oposição aos bancos tradicionais, atualmente, observa-se um 
movimento crescente de integração entre estes dois tipos de agentes, com o objetivo de aproveitar o que 
cada uma delas tem de melhor. Assim, as fintechs não devem ser vistas como ameaças, e sim como 
oportunidade de renovação. 
Assim, vislumbra-se a possibilidade de se estabelecer uma relação simbiótica: de um lado, as fintechs 
podem se beneficiar da confiança dos clientes na marca, credibilidade e da experiência dos bancos, 
sobretudo no que se refere à regulamentação e à carteira de clientes devidamente constituída, enquanto os 
bancos podem encontrar na estrutura das fintechs modelos modernos e disruptivos de prestação dos 
serviços, expandindo a oferta de soluções e serviços com mais celeridade no mercado e, 
consequentemente, reforçando sua competitividade8. 
 
 
 
7Disponível em: https://portal.febraban.org.br/noticia/3211/pt-br. Acesso em: 10/06/2019. 
8 A relação entre bancos e fintechs no mercado de serviços financeiros. Disponível em: 
https://www.conexaofintech.com.br/fintech/a-relacao-entre-bancos-e-fintechs/. Acesso em: 10/06/2019. 
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PRÁTICA 
Caro aluno, agora é com você! Treine bastante com os temas expostos, lembrando-se sempre de aplicar o 
conhecimento acumulado nas aulas anteriores, tanto sob o ponto de visto da estrutura, quanto dos aspectos 
gramaticais. 
Lembrem-se de nos encaminhar seu texto, se assim desejarem, por meio da área do aluno, de forma 
manuscrita digitalizada, conforme explicado na aula 00 do curso. 
Para a sua redação, é importante especificar o número do texto escolhido no campo apropriado. Você pode 
nos encaminhar um arquivo único (em PDF) ou colar as imagens digitalizadas dentro de um documento em 
Word. 
As questões discursivas serão devolvidas exclusivamente ao aluno, por meio da área destinada ao curso no 
site do Estratégia Concursos. 
Desejamos um excelente trabalho a todos vocês! 
 
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