Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO BRASIL INTRODUÇÃO A MÉTODOS QUANTITATIVOS NA ANÁLISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS – ANÁLISE DE RISCOS DE ACIDENTES E GERENCIAMENTO DE RISCOS Jose Gemal – 24/10/2011 Impactos ambientais – atributos usados na prática ATRIBUTOS E RESPECTIVAS QUALIFICAÇÕES DE IMPACTOS ATRIBUTO QUALIFICAÇÃO Natureza Positiva ou negativa Forma de ocorrência Direta ou indireta (quando depende de outros impactos diretos) Abrangência Local ou regional Probabilidade de ocorrência Certa ou potencial (dependendo da eficácia da prevenção/controle) Duração Temporário ou permanente Possibilidade de reversão Reversível ou irreversível Possibilidade de mitigação Sim ou não Possibilidade de potencialização (existência de sinergias positivas ou negativas) Sim ou não Caráter estratégico Sim ou não Magnitude ou intensidade Alta, média ou baixa Importância relativa Alta, média ou baixa Escopo básico dos estudos de impacto ambiental REUNIÕES E PALESTRAS PARA DISTINTOS GRUPOS E ENTIDADES ( PARTES INTERESSADAS) CARACTERIZAÇÃO do Empreendimento DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – AID/AII Identificação e Avaliação dos IMPACTOS AMBIENTAIS MEDIDAS MITIGADORAS e PROGRAMAS AMBIENTAIS / GERENCIAMENTO RISCOS •Meio Físico • Clima • Geologia • Hidrologia • Solos •Meio Biótico • Flora • Fauna •Meio Sócio Econômico • Emprego&renda • Qualidade Vida • Uso do Solo • Infra-estruturas • Objetivos • Justificativas • Alternativas • Legislação • Planos e Programas ESTUDOS ESPECIAIS • Análise de Riscos • Emissões Atmosféricas • Dispersão das Emissões • Arqueologia • Populações tradicionais Principais impactos/riscos E&P off-shore – Res. CONAMA 23/94 •Possíveis cenários de acidentes - Perfuração/Produção Offshore � •Contaminação potencial do mar por derramamento de óleo �Blowout �Vazamentos de tanques e/ou equipamentos �Falhas em linhas de transferência de óleo �Colisão de embarcações • Incêndios e explosões com consequências específicas- fatalidades, danos a instalações e impactosambientais • Danos decorrentes de emissões, efluentes e descartes de rejeitos em operação normal � qualidade do ar, GHG e poluentes secundários � qualidade da água ( zona de mistura+ ) � biodiversidade Bases conceituais da análise de riscos • Acidente – Evento específico não planejado e indesejável, de fato sempre uma seqüência de eventos que geram conseqüências indesejáveis. • Análise de riscos – Estudo quantitativo de riscos numa instalação industrial, baseado em técnicas de identificação de estimativa de freqüências e conseqüências, análise de vulnerabilidade e na estimativa do risco. • Freqüência – Número de ocorrência de um evento por unidade de tempo. • Estimativa de conseqüências – Estimativa do comportamento de uma substância química quando de sua liberação acidental no meio ambiente. Bases conceituais da análise de riscos • Perigo – Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com potencial para causar danos às pessoas, à propriedade, ao meio ambiente ou à combinação desses. • Risco – Medida de danos à vida de humana, resultante da combinação entre a freqüência de ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (conseqüências). • Risco individual – Risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza da injúria que pode ocorrer e o período de tempo em que o dano pode acontecer. • Risco social – Risco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos de um ou mais acidentes Bases conceituais da análise de riscos • Concentração letal 50 (LC50) – Concentração calculada e estatisticamente obtida de uma substância no ar que ingressa no organismo por inalação e que, em condições bem determinadas, é capaz de causar a morte de 50% de um grupo de organismos de uma determinada espécie. É normalmente expressa em ppm (partes por milhão), devendo também ser mencionado o tempo de duração da exposição do organismo à substância. Bases conceituais da análise de riscos • Dano – Efeito adverso à integridade física de um organismo. • Dispersão atmosférica – Mistura de um gás ou vapor com o ar. Esta mistura é o resultado da troca de energia turbulenta, a qual é função da velocidade do vento e do perfil da temperatura ambiente. • Dose letal 50 (DL50) – Quantidade calculada e estatisticamente obtida de uma substância administrada por qualquer via, exceto a pulmonar e que, em condições bem determinadas, é capaz de causar a morte de 50% de grupo de organismos de determinada espécie. • Bases conceituais da análise de riscos • Estabilidade atmosférica – Medida do grau de turbulência da atmosfera, normalmente definida em termos de gradiente vertical de temperatura. A atmosfera é classificada, segundo Pasquill, em seis categorias de estabilidade, A a F, sendo A mais instável, F mais estável e D neutra. A classificação é realizada a partir da velocidade do vento, radiação solar e percentual de cobertura de nuvem. A condição neutra corresponde a um gradiente vertical de temperatura da ordem de 1°C para cada 100m de altitude. Bases conceituais da análise de riscos •� Efeito dominó Evento decorrente da sucessão de outros eventos parciais indesejáveis, cuja magnitude global é o somatório dos eventos individuais. � Erro humano Ações indesejáveis ou omissões decorrentes de problemas de seqüenciamento, tempo (timing), conhecimento, interfaces e/ou procedimentos, que resultam em desvios de parâmetros estabelecidos ou normais e que colocam pessoas, equipamentos e sistemas em risco. Bases conceituais da análise de riscos • Limite Inferior de Inflamabilidade (LII ou LFL) – Mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações de gás abaixo do LII não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. Esta condição é denominada de “mistura pobre”. • Limite Superior de Inflamabilidade (LSI ou UFL) – Máxima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do produto, a partir de uma fonte de ignição. Concentrações acima do LSI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra. Esta condição é denominada “mistura rica”. Bases conceituais da análise de riscos • Incêndio – Tipo de reação química na qual os vapores de uma substância inflamável combinam-se com o oxigênio do ar atmosférico e uma fonte de ignição, causando liberação de calor. • Incêndio em nuvem (flashfire) – Incêndio de uma nuvem de vapor onde a massa envolvida não é suficiente para atingir o estado de explosão. É um fogo extremamente rápido onde todas as pessoas que se encontram dentro da nuvem recebem queimaduras letais. • Incêndio em poça (pool fire) – Incêndio que ocorre numa poça de produto, a partir de um furo ou rompimento de um tanque, esfera, tubulação, etc.; onde o produto estocado é lançado ao solo, formando uma poça que se incendeia, sob determinadas condições. Bases conceituais da análise de riscos – tipologia de eventos • BLEVE – Originalmente expressão da língua inglesa Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion. Fenômeno decorrente da explosão catastrófica de um reservatório, quando um líquido nele contido atinge uma temperatura bem acima da sua temperatura de ebulição à pressão atmosférica com projeção de fragmentos e de expansão adiabática. Bases conceituais da análise de riscos – tipologia de eventos • Bola de fogo (fireball) – Fenômeno que se verifica quando o volume de vapor inflamável, inicialmente comprimido num recipiente, escapa repentinamente para a atmosfera e, devido à despressurização, forma um volume esférico de gás, cuja superfície externa queima, enquanto a massa interna eleva- se por efeito da redução da densidade provocada pelo aquecimento.Bases conceituais da análise de riscos • Explosão de vapor não-confinada (UVCE) – A explosão de vapor não-confinado (UVCE-Unconfined VapourCloud Explosion) é a rápida combustão de uma nuvem de vapor inflamável ao ar livre, seguida de uma grande perda de conteúdo, gerada a partir de uma fonte de ignição. Neste caso, somente uma parte da energia total irá se desenvolver sobre a forma de ondas de pressão e a maior parte na forma de radiação térmica. Bases conceituais da análise de riscos • Explosão – Processo onde ocorre uma rápida e violenta liberação de energia, associado a uma expansão de gases acarretando o aumento da pressão acima da pressão atmosférica. • Explosão de vapor confinada (CVE) – A explosão de vapor confinado (CVE-Confined Vapour Explosion) é o fenômeno causado pela combustão de uma mistura inflamável num ambiente fechado, com aumento na temperatura e na pressão internas, gerando uma explosão. Esse tipo de explosão pode ocorrer com gases, vapores e pós. Neste caso, grande parte da energia manifesta-se na forma de ondas de choque e quase nada na forma de energia térmica. Bases conceituais da análise de riscos • Processo de Avaliação de riscos – Processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para tomada de decisão, através de critérios comparativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento. Inicia-se normalmente por uma APR/APP – Análise Preliminar de Riscos ou Perigos – O risco,na análise quantitativa,é definido pelo produto da frequência de ocorrência de um evento pelo número de fatalidades – R= FxNF; a análise de frequencias utiliza bancos de dados de falhas,monta árvores de falhas para calcular a probabilidade de cada sequencia que leva ao evento de topo.a análise de vulnerabilidade utiliza modelos matemáticos que permitem determinar fatalidades e danos a instalações/propriedades e ao meio ambiente Bases conceituais da análise de riscos • APR/APP - Análise preliminar de riscos ou perigos – Processo usado na prática para identificar, inicialmente, os cenários de acidentes típicos de cada tipo de empreendimento; – Nesta etapa realiza-se uma análise histórica, utilizando bancos de dados de acidentes ( ver INEA e CETESB) para efeito de caracterização dos cenários que devem ser considerados ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGOS (APP) SISTEMA: SUBSISTEMA: FLUX.: PERIGOS (1) CAUSAS (2) MODO DE DETECÇÃO (3) EFEITOS (4) Cat. Cat. Cat. Recomenda ções (8) CENÁRI O (9)Freq.(5) Cons. (6) Risco (7) Bases conceituais da análise de riscos • Análise preliminar de riscos – categorias da matriz de APP ou APR TABELA 3.1 - CLASSES DE FREQÜÊNCIA CLASSE DENOMINAÇÃO DEFINIÇÃO (falhas/ano) DESCRIÇÃO A Freqüente > 10-2 esperado ocorrer mais do que 1 vez durante a vida útil da planta B Razoavelmente provável 10-2 a 10-3 esperado ocorrer até 1 vez durante a vida útil da planta C Pouco provável 10-3 a 10-4 não esperado ocorrer durante a vida útil da planta D Remoto 10-4 a 10-6 E Extremamente remoto < 10-6 TABELA 3.2 - CLASSES DE SEVERIDADE CLASSE DENOMINAÇÃO DEFINIÇÃO I Catastrófica possibilidade de fatalidade de público externo/ severa degradação ambiental II Crítica possibilidade de fatalidade de público interno/ possibilidade de ferimentos no público externo/ danos significativos ao meio ambiente III Marginal possibilidade de ferimentos no público interno/ danos materiais na instalação IV Insignificante nenhum dano pessoal/pequenos danos materiais na instalação IV III II I A - B C D E TOTAL RISCO 1 INSIGNIFICANTE 2 MARGINAL 3 MODERADO 4 CRÍTICO 5 CATASTRÓFICO SEVERIDADE F R E Q Ü Ê N C I A Bases conceituais da análise de riscos • Análise preliminar de riscos –planilha típica APR – BV STEEL WORKS / MAN FERROSTAAL Sistema: Planta de Coque Subsistema: Preparação do Coque Área : Estocagem, Mistura, Moagem e Transferência Perigo Causa Efeito Categ. Freq. Categ. Sever. Classe de Risco Observações e Recomendações Incêndio em pilhas de carvão Manuseio indevido no empilhamento do material, associado à ocorrência de períodos de estiagem e baixa umidade relativa do ar Condições de baixa umidade relativa do ar associadas a um incêndio florestal na área em torno. Formação de incêndio de baixa taxa de queima, com formação de confinamento de núcleos de calor que são de difícil acesso e podem durar dias. Formação de pluma de fumaça. Perda do estoque de material básico para a coqueria, com possibilidade de interrupção da atividade B III A As condições meteorológicas locais não favorecem a ocorrência desse cenário. Entretanto é recomendável a execução de acero em torno do pátio de estocagem. Também deve ser observada a distribuição do sistema fixo de combate a incêndios. Ênfase na distribuição de hidrantes da grade de vias de acesso para permitir a atuação das viaturas de emergência. Incêndio em correia transportadora Travamento de um ou mais roletes de suporte da correia, durante a operação de transporte. Deficiência do sistema de manutenção regular (inspeção e lubrificação) Operação da esteira com sobrecarga, em associação com o item anterior. Interrupção do fluxo de matéria prima para a coqueria rompimento da correia e queda de porções do material transportado. Propagação do incêndio para as áreas vizinhas (acidente de localização randômica, com área de impacto definida ao longo de um trajeto). C II A Estabelecer sistema de inspeção regular e manutenção preventiva, notadamente no período de alta pluviosidade, que gera carreamento dos lubrificantes dos rolamentos. Sinalizar os trechos do trajeto onde a esteira cruzar áreas de circulação regular de pedestres ou veículos Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - Análise de frequencias - árvores de falhas 5,16E-10/ano 1,06E-02/ano 4,86E-08/ano 1,06E-02 3,65E-03 3,65E-03 3,65E-03 REF. LEES-A14/7 1,05E-02 1,00E-04 2,88E-06 REF. EIREDA pg. 331 REF. LEES-A14/7 REF. LEES-A14/6 Vazamento de Propano por ruptura da esfera Aumento de pressão na interior da esfera Falha na indicação do instrumento de nível Falha do instrumento de pressão (pressostato) de alívio Falha no relé de acionamento Falha no desligamento da bomba de transferência da terceira válvula Falha na aberturaFalha na abertura da segunda válvula do trip Falha do dispositivo de segurança Falha na abertura da válvula de alívio de alívio E E OU Bases conceituais da análise de riscos • • A Análise de Árvores de Eventos (AAE) é uma ferramenta probabilística, que representa os possíveis desdobramentos de um cenário acidental em diversas tipologias acidentais (incêndio em poça, incêndio em nuvem, jato de fogo, explosão em nuvem não confinada – ‘UVCE’-, etc.), de acordo com o sucesso ou insucesso dos seus condicionantes. • As Árvores de Eventos partem de um evento iniciador (Evento Topo de Árvores de Falhas) e através da combinação ou sucessão de falhas mecânicas ou humanas, e de eventos externos, evolui até diversas tipologias acidentais possíveis. Desse modo, torna-se possível inferir as condições e probabilidades de ocorrência do evento final. Para que um evento iniciador evolua até um determinado cenário acidental final, é necessário que uma seqüência de diversas condições seja satisfeita. • Uma vez definida a estrutura da árvore, são atribuídos valores para a probabilidade de cada um dos condicionantes (que pode ser a probabilidade de falha de um dispositivo ou sistema de segurança, a probabilidade de detecção e contenção de um vazamento, de ignição de poça ou de formação e incêndio de uma nuvem, por exemplo) e calcula-se a freqüência resultante de cada uma das seqüências deeventos da árvore. • Avaliação de riscos - Análise de frequencias - árvores de eventos Bases conceituais da análise de riscos VAZAMENTO DE GÁS INFLAMÁVEL EVENTO INICIADOR: PEQUENO VAZAMENTO (FISSURA) Referência: I II I V V VAZAMENTO CENÁRIO ACIDENTAL Horizontal jato de fogo Probab. 0,50 horizontal FISSURA Sim Probab. 0,020 Vertical (90 o ) jato de fogo Probab. 0,50 vertical Não Sim m < 10t Sim UVCE Probab. 0,980 Probab. CALCULADO 0,01 Não incêndio 0,99 em nuvem m >10t Sim UVCE 0,10 Não incêndio 0,90 em nuvem Não dispersão Probab. CALCULADO da nuvem OBS.: III IGNIÇÃO RETARDADAIGNIÇÃO IMEDIATA PERCENTUAL PESSOAS EXPOSTAS DIA/NOITE CONFINAMENTO ORIENTAÇÃO DO JATO (Função da área da nuvem) (Função da área da nuvem) • Avaliação de riscos - Análise de frequencias - árvores de eventos Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - Análise de vulnerabilidade – Estudo realizado com base em modelos matemáticos para a previsão dos impactos sobre as pessoas, instalações e meio ambiente; baseado em limites de tolerâncias estabelecidas através de parâmetros PROBIT ( nem todos que recebem certos níveis de impacto morrem) para os efeitos de sobrepressão advindas de explosão, radiação térmica decorrente de incêndios e efeitos tóxicos advindos da exposição a uma alta concentração de substâncias químicas por curto período de tempo. Bases conceituais da análise de riscos • Análise de vulnerabilidade – funções PROBIT Exemplo fatalidades radiação térmica EFEITO FLUXO TÉRMICO (kW/m2) 1. 50% de fatalidade por queimaduras, para 20 segundos de exposição 37,5 1. 1% de fatalidade em 33 segundos de exposição 2. queimaduras de primeiro grau em 10 segundos de exposição 12,5 1. Ferimentos por queimadura em um minuto de exposição 5,0 CONCENTRAÇÕES PARA EXPOSIÇÃO EM UMA NUVEM TÓXICA DE CLORO EFEITO CONCENTRAÇÃO (mg/m3) 1. 50% de letalidade em 10 minutos de exposição 150 (50 ppm) 1. 1% de letalidade em 30 minutos de exposição 60 (20 ppm) 1. Lesões significativas, com irritação imediata nas vias respiratórias (IDLH) 30 (10 ppm) Exemplo nuvem de cloro Região 1 Aplicar probabilidad e 0,75 Fonte do Vazamento Curva de 50% de probabilid ade de fatalidade Curva de 1% de probabilid ade de fatalidade Região 2 Aplicar probabilida de 0,25 Padrão CETESVB Bases conceituais da análise de riscos TIPOLOGIAS ACIDENTAIS, NÍVEIS DE EXPOSIÇÃO E EFEITOS ESPERADOS CENÁRIO ACIDENTAL NÍVEL DE EXPOSIÇÃO EFEITOS ESPERADOS Incêndios (jato e poça) Exposição à radiação térmica de 5,0 kW/m2 • Ocorrência de queimaduras e ferimentos consideráveis ao homem Exposição à radiação térmica de 12,5 kW/m2 • 1% de fatalidade por queimaduras, para 30 segundos de exposição Exposição à radiação térmica de 37,5 kW/m2 • 50% de fatalidade por queimaduras, para 20 segundos de exposição Incêndio em nuvem Área ocupada pela nuvem de vapor inflamável (delimitada pelo Limite Inferior de Inflamabilidade - LEL) • 100% de fatalidade por queimaduras Nuvem tóxica Exposição às concentrações tóxicas para tempo mínimo de exposição de 10 minutos Exposição ao IDLH • 50% de fatalidade por toxicidade • 1% de fatalidade por toxicidade • Danos à saúde por intoxicação Bola de fogo / BLEVE Zona de 100% Fatalidade – Raio da Bola Zona de 1% Fatalidade • 100% de fatalidade por queimaduras • 1% de fatalidade por queimaduras UVCE - explosão de nuvem não confinada – Efeito de Sobrepressão 0,07 bar • Pequenos danos em edificações comuns, normalmente, quebra de vidros e janelas 0,1 bar • Ocorrência de danos reparáveis às estruturas e probabilidade de 1% de fatalidade 0,3 bar • Ocorrência de danos graves às estruturas e probabilidade de 50% de fatalidade • Análise de vulnerabilidade – resumo funções PROBIT Bases conceituais da análise de riscos • Curva F-N – Curva referente ao risco social determinada pela plotagem das freqüências acumuladas de acidentes com as respectivas conseqüências expressas em numero de fatalidades. • Curva de iso-risco – Curva referente ao risco individual determinada pela interseção de pontos com os mesmos valores de risco de uma mesma instalação industrial. Também conhecida como “contorno de risco”. • Avaliação de riscos - expressão final dos riscos quantitativos Bases conceituais da análise de riscos Risco social (fatalidades/ano) = Freqüência (eventos/ano) x Conseqüências (fatalidades/ evento) • A freqüência refere-se a um certo intervalo de tempo, o qual é normalmente tomado como um ano, de modo que o risco é obtido em uma base anual. Em se tratando de risco de acidentes, a conseqüência mais importante é a fatalidade de seres humanos, embora ocorram outros tipos de conseqüências (ferimentos, destruição de residências, etc.). • Para uma instalação industrial qualquer, onde possam ocorrer N eventos acidentais, cada um dando origem a M seqüências de acidentes independentes, podemos generalizar a equação acima, escrevendo: onde R é o risco social médio da unidade (tradicionalmente, expressa em mortes por ano) e Fnm e Cnm representam, respectivamente, a freqüência anual e o número de mortes da m-ésima sequência de acidente do n-ésimo evento iniciador. • Avaliação de riscos - expressão final dos riscos quantitativos nmm nmn CFR ∑∑= Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - expressão final dos riscos quantitativos Curva F-N típica 1 10 100 1.000 10.000N (mortes) 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 F (ocor./ano) REGIÃO DE RISCO TOLERÁVEL REGIÃO DE RISCO INACEITÁVEL Região ALARP Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - expressão final dos riscos quantitativos Risco Individual • O Risco Individual pode ser definido como o risco a qual está submetida uma pessoa situada em um determinado ponto da circunvizinha de uma instalação, considerando a natureza do dano que pode ocorrer e o período de tempo em que este pode acontecer. Eles são obtidos em função da posição do indivíduo e da sua probabilidade de sofrer um dano em decorrência de acidentes na instalação analisada. • O risco individual é apresentado através de curvas de iso-risco, também denominado contornos de risco individual, que possibilita visualizar geograficamente os níveis de risco individual nas imediações da instalação. Esses contornos são resultado da ligação de pontos de mesmo nível de risco individual. Assim, o contorno de um determinado nível de risco individual representará a freqüência esperada de um evento capaz de causar um dano em um local específico. • As figuras a seguir exemplificam o contorno de iso-risco decorrente de acidentes em dutos e na instalação industrial. Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - expressão final dos riscos quantitativos - risco individual,curva de iso-riscos -300 -200 -100 0 100 200 300 1e-09 1e-08 1e-07 1e-06 1e-05 1e-04 Distance I n d i v i d u a l R i s k [ / y e a r ] Dutos 1.00e-05 1.00e-06 1.00e-08 1.00e-07 1.00e-04 Instalações de processo Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - risco individual voluntário x involuntário no mundo VOLUNTÁRIOS INVOLUNTÁRIOS ATIVIDADE RISCO (FATALIDADES/ANO) ATIVIDADE RISCO (FATALIDADES/ANO) Pilotar motocicleta 2000E-5 Atropelamento (EUA) 500E-7 Fumar 20 cigarros/dia 500E-5 Atropelamento (Reino Unido) 600E-7 Praticar corrida de carro 120E-5 Enchentes (EUA) 22E-7 Dirigir carro 17E-5 Terremotos (Califórnia) 17E-7 Beber 1 garrafa de vinho/dia 7,5E-5 Tornados (EUA) 22E-7 Praticar alpinismo 4E-5 Tempestades (EUA) 8E-7 Praticar futebol 4E-5 Relâmpagos (Reino Unido) 1E-7 Tomar pílulas anticoncepcionais 2E-5 Queda de aviões (EUA) 1E-7 Queda de aviões (Reino Unido) 0,2E-7 Explosão em vaso de pressão (EUA) 0,5E-7 Vazamento numa usina de energia atômica (EUA) 1E-7 Enchente nos diques (Holanda) 1E-7 Mordida de animais venenosos 2E-7 Transporte de petróleo e produtos químicos (EUA) 0,5E-7Transporte de petróleo e produtos químicos (Reino Unido) 0,2E-7 Leucemia 800E-7 Influenza 2000E-7 Bases conceituais da análise de riscos • Avaliação de riscos - risco individual médio no Brasil CAUSAS RISCO INDIVIDUAL (fatalidades/ano) Dirigir carro 5,2 E-4 Atropelamento 7,3 E-5 Afogamento 5,0 E-5 Leucemia 2,3 E-5 Eletrocussão 7,2 E-6 Descarga atmosférica 4,5 E-6 Incêndio 2,8 E-6 RISCOS INDIVIDUAIS MÉDIOS NO BRASIL Fonte: IBGE, Banco de Dados Natrontec Banco de dados NATRONTEC Bases conceituais da análise de riscos • Aceitabilidade ou tolerabilidade • Os riscos situados na região entre as curvas limites dos riscos intoleráveis e negligenciáveis, denominada ALARP (As Low As Reasonably Praticable), embora situados abaixo da região de intolerabilidade, devem ser reduzidos tanto quanto praticável. • Para o risco individual foram estabelecidos os seguintes limites: – Risco máximo tolerável: 1 x 10-5 ano-1; – Risco negligenciável: < 1 x 10-6 ano-1. • Para a aprovação do empreendimento, normalmente deverão ser atendidos os critérios de risco social e individual conjuntamente, ou seja, a curva de risco social e o risco individual deverão estar situados na região negligenciável ou na região ALARP. • Entretanto, nos casos em que o risco social for considerado atendido mas o risco individual for maior que o risco máximo tolerável, a CETESB, por exemplo, após avaliação específica, poderá considerar o empreendimento aprovado, uma vez que o enfoque principal na avaliação dos riscos está voltado aos impactos decorrentes de acidentes maiores, afetando portanto agrupamentos de pessoas, sendo portanto o risco social o índice prioritário nesta avaliação. • Nos estudos de análise de riscos em dutos, normalmente os riscos deverão ser avaliados somente a partir do risco individual, de acordo com os seguintes critérios: – Risco máximo tolerável: 1 x 10-4 ano-1; – Risco negligenciável: < 1 x 10-5 ano-1. • O conceito da região denominada ALARP (As Low As Reasonably Praticable) também se aplica na avaliação do risco individual; assim, os valores de riscos situados na região entre os limites tolerável e negligenciável, também deverão ser reduzidos tanto quanto praticável. Bases conceituais da análise de riscos • Gerenciamento de Riscos e Medidas Mitigadoras - PGR – Dependendo da análise comparativos dos resultados obtidos com os valores dos critérios de tolerabilidade, deverão ser propostas medidas de redução dos riscos da instalação. Essas medidas poderão objetivar tanto a redução da freqüência de ocorrência dos cenários acidentais como da conseqüência através de medidas mitigadoras. – Entretanto, independentemente da adoção dessas medidas, uma instalação que possua substâncias ou processos perigosos deve ser operada e mantida, ao longo de sua vida útil, (bem como desativada) dentro de padrões considerados toleráveis, razão pela qual um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) deve ser implementado e considerado nas atividades, rotineiras ou não, de instalações de processo. – Embora as ações previstas no PGR devam contemplar todas as operações e equipamentos, o programa deve considerar os aspectos críticos identificados no estudo de análise de riscos, de forma que sejam priorizadas as ações de gerenciamento dos riscos, a partir de critérios estabelecidos com base nos cenários acidentais de maior relevância. – O objetivo do PGR é prover uma sistemática voltada para o estabelecimento de requisitos contendo orientações gerais de gestão, com vista à prevenção de acidentes. • Programa de Gerenciamento de Riscos I (Ref. CETESB) • O escopo aqui apresentado se aplica a empreendimentos de médio e grande porte, devendo contemplar as seguintes atividades: – informações de segurança de processo; – revisão dos riscos de processos; – gerenciamento de modificações; – manutenção e garantia da integridade de sistemas críticos; – procedimentos operacionais; – capacitação de recursos humanos; – investigação de incidentes; – plano de ação de emergência (PAE); – auditorias. Bases conceituais da análise de riscos • Referências fundamentais – F. Lees - Risk analysis for the process industriesFRANK P.LEES - Loss Prevention in the Process Industries – Hazard Identification, Assessment and Control – Second Edition – 1996 – CETESB – P4.261 - Manual de Orientação para Elaboração de Estudos de Análise de Riscos – maio/2003 – FEEMA ( INEA) – Instrução Técnica para Elaboração de Estudos de Análise de risco – 2005 – TNO – Effects and Damage • TNO – Methods for Determining and Processing Probabilities – “Red Book” – CPR 12E – Second Edition – 1997 • • TNO – Methods for the Calculation of Physical Effects – “Yellow Book” – CPR 14E – Third Edition – 1997 • • TNO – Methods for the Determination of Possible Damage – “Green Book” – CPR 16E – First Edition – 1989 • • TNO – Guidelines for Quantitative Risk Assessment – “Purple Book” – CPR 18E – First Edition – 1999 – PHAST – DNV Principia
Compartilhar