Buscar

Diabetes Mellitus

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIABETES MELLITUS
O diabetes mellitus (DM) é uma das endocrinopatias mais comuns em pequenos animais, sendo resultante da incapacidade das ilhotas pancreáticas em secretar insulina (diabetes mellitus insulino dependente, ou tipo 1) ou da ação ineficiente da insulina nos tecidos (diabetes mellitus não insulino dependente, ou tipo 2), levando a hiperglicemia e glicosúria, associadas a sinais clínicos clássicos de poliúria, polidpsia, polifagia e perda de peso. Acomete 5% dos cães, e é menos comum em gatos. Aproximadamente 80% dos gatos diabéticos apresentam diabetes mellitus tipo 2, e são em sua maioria obesos. 
As células utilizam a glicose como fonte de energia, e a insulina é responsável pela regulação glicêmica, sendo produzida pelo pâncreas. Para a entrada da glicose na célula, é preciso que a insulina se ligue aos seus receptores que levarão a abertura da membrana celular para à entrada da glicose presente na circulação. 
A etiologia da doença é multifatorial, e doenças como pancreatitie, insulinite, obesidade, infecções, antagonismos hormonais, doenças intercorrentes, fármacos, hiperlipidemia, predisposição genética e outros, predispõem seu desenvolvimento. 
As manifestações clínicas ocorrem devido à deficiência da insulina, absoluta ou relativa. O aumento glicêmico leva a extrapolação da capacidade renal em reabsorver glicose, resultando em glicosúria, e esta cria uma diurese osmótica, causando poliúria seguida por polidpsia compensatória para prevenir a desidratação. A diminuição de glicose nos tecidos causa perda de peso, visto que o corpo utilizará outras fontes de energia, como proteína e gordura. A polifagia resulta da falha no eixo hipotálamo-hipófise em gerar saciedade, devido à incapacidade da glicose em entrar nas células do centro da saciedade. Como a utilização da glicose no animal com deficiência de insulina é deprimida, este será forçado a mobilizar gordura de seus depósitos corporais para fornecimento de energia. Pode ocorrer lipidose hepática decorrente da mobilização lipídica, e consequentemente hepatomegalia. A oxidação de ácidos graxos gera corpos cetônicos, resultando em cetonemia e cetunúria. 
Seu diagnóstico deve ser baseado em uma ótima anamnese de um exame físico associado à variedade de sinais clínicos característicos. Quando a concentração de glicose sérica excede seu limiar renal de reabsorção, os sinais clínicos começam a se manifestar, junto com hiperglicemia (valores de glicose acima dos valores de referência) e glicosúria. 
A hiperglicemia em situações de estresse pode ser distinguida através do teste de frutosamina. A frutosamina é uma proteína glicoslisada resultante de uma reação não enzimática e irreversível entre a glicose e as proteínas séricas, que reflete a glicemia entre uma a duas semanas anteriores. A sua concentração sérica não é afetada por hiperglicemias agudas, como acontece em situações de estresse. 
O diabetes mellitus é uma doença complexa e progressiva, muito comum em cães e gatos. Seu tratamento tem como objetivo a diminuição dos sinais clínicos, já que tal enfermidade não possui cura.

Continue navegando