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1 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 08/04/2021 Drogas capazes de interagir com drogas do sistema nervoso autônimo que se relaciona com as fibras viscerais. O sistema nervoso autônomo faz parte da divisão eferente, periférico. Sendo, oriundo de fibras da região tóraco lombar que vão em direção ao gânglio cervical superior, médio, inferior, ao gânglio celíaco, ao gânglio mesentérico superior e inferior. Fibra pré ganglionar parassimpática vem da região craniana e da região sacral, assim a fibra pré ganglionar deve ser bem longa e as pós ganglionares curtas. Fibras pré ganglionares simpáticas são curtas e as pós são longas, conectadas ao órgão. No gânglio as fibras pré ganglionares de ambos os sistemas liberam acetilcolina que atua nos receptores nicotínicos neuronais acoplados a canais iônicos. A diferença fisiológica é pós ganglionar entre o sistema simpático e parassimpático. No sistema parassimpático, as fibras pós ganglionares curtas quando estimuladas liberam acetilcolina, que atua sobre os receptores muscarínicos. No sistema simpático a fibra longa pós ganglionar quando estimulada secreta noradrenalina que atua sobre os receptores adrenérgicos. A adrenalina é liberada pelas células cromafins da medula da suprarrenal quando estas são estimuladas por um neurônio que libera acetilcolina na medula. A acetilcolina interage com um receptor nicotínico, estimulando a célula cromafins a liberar adrenalina. Os simpaticomiméticos são fármacos que atuam sobre os mesmos receptores adrenérgicos. Os neurônios somáticos, moto-neurônio do tipo alga, libera acetilcolina na fenda muscular que interage com o receptor nicotínico, promovendo a contração. Como atuam as substâncias adrenérgicas? A noradrenalina, adrenalina e dopamina se ligam a receptores acoplados a proteína G. Receptores β 1 e β 2 geralmente estão acoplados a proteína Gs. A proteína Gs normalmente acoplada a Adenil ciclase e AMPc. A adrenalina ao se ligar ao receptor β, ativa proteína Gs. Ao ativar a proteína Gs, a Adenil ciclase é ativada e converte ATP em AMPc. O aumento do AMPc intracelular vai causar uma alteração diferente em cada tecido. No fígado, o aumento do AMPc ativa a conversão do glicogênio em glicose, aumentando a liberação de glicose. Assim, a adrenalina e o glucagon atuam sobre receptores diferentes, mas ambos promovem a ativação da proteína Gs que leva ao aumento de AMPc. Então, no fígado tanto o glucagon quanto a adrenalina aumentam a glicogenólise. No coração, o aumento do AMPc leva ao aumento da concentração de cálcio intracelular. O aumento do cálcio aumenta a força e a velocidade contração, então Simpaticomiméticos Sistema nervoso Sistema nervoso periférico Divisão eferente Sistema autonômico Simpático Parassimpático Sistema somático Divisão aferente Sistema nervoso central Encéfalo Medula espinhal 2 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 se tem inotropismo, cronotropismo batmotropismo positivos. No músculo liso, o aumento do AMPc leva ao relaxamento do musculo liso pela abertura de um canal de potássio regulado por AMPc. Receptor β3 está associado a atividade lipolítica nos adipócitos. O receptor α1 está sempre acoplado a proteína Gq. Então quando o receptor é ativado ele ativa a proteína Gq que ativa a enzima fosfolipase C. A enzima converte fosfolipídios em diacilglicerol e em trifosfato de Inositol. Isso faz com que a atividade intracelular seja aumentada. Assim, o receptor α1 possui efeito estimulatório. O receptor α2 está sempre acoplado a proteína Gi. Então, este receptor tem sua atividade oposta aos receptores β, uma vez que a proteína Gi quando é ativada ela inibe a Adenil ciclase, impedindo que a via de aumento do AMPc ocorra. Assim, o receptor α2 possui efeito inibitório. Efeitos do sistema simpático Olhos – midríase (receptor α1) e visão para longe, além de ter aumento da produção do humor aquoso (receptores βs). Inibe a secreção salivar devido a ativação de α1 que causa vasoconstrição. Coração – inotropismo positivo, cronotropismo positivo, batmotropismo positivo e dromotropismo positivo. Então a adrenalina e noradrenalina são capazes de aumentar a força de contração, FC excitabilidade cardíaca e a condução elétrica no coração. Aumentam a frequência respiratória e produzem broncodilatação Reduzem o peristaltismo Fechamento de esfíncteres Aumento da glicogenólise hepática Contração dos esfíncteres da uretra. São muitos os efeitos do sistema nervoso simpático que pode ser obtido com uma droga não adrenérgica se essa droga for uma droga não seletiva, ou seja, capaz de atuar em todos os receptores. Por isso, é necessário conhecer os receptores, para se saber os efeitos esperados por eles e para saber como evitar o efeito, caso seja indesejado. Existem medicamentos que são específicos para um dado receptor, então pode-se ativá-lo ou inativa-lo dependendo do desejo terapêutico. Os fármacos simpaticomiméticos são divididos em catecolaminas e não catecolaminas. Em que, as catecolaminas são os hormônios presentes no nosso próprio metabolismo. Síntese de adrenalina A adrenalina ou epinefrina é derivada da tirosina. A tirosina é levada pelo sangue aos locais de biossíntese das catecolaminas através de um transportados de aminoácidos, que utiliza o gradiente de sódio. A enzima tirosina hidroxilase faz a oxidação da tirosina em diidroxifenilalanina (L-DOPA), intermediário. Essa etapa de oxidação da tirosina à L-DOPA, é a etapa que limita a velocidade na produção de todas as catecolaminas. A enzima DOPA descarboxilase (ou L-aminoácido descarboxilase) converte a L-DOPA em dopamina ao catalisar uma reação de descarboxilação. Nos neurônios dopaminérgicos cerebral, a dopamina formada no plasma é transportada de modo ativo por uma proteína transportadora, a transportadora de monoaminas vesicular (VMAT) para dentro das vesículas pré-sinápticas, onde ficam armazenadas. Com a estimulação da célula nervosa, as vesículas de armazenamento da dopamina fundem-se com a membrana plasmática, liberando assim dopamina na fenda sináptica para ligar-se com os seus receptores. Para interromper o sinal produzido pelo neurotransmissor, devemos remover a dopamina da fenda sináptica. A maior parte da dopamina presente na fenda sináptica é transportada de volta à célula pré- sináptica pelo transportador de dopamina. Uma vez dentro da célula pré-sináptica, a DA pode ser reciclada em vesículas para uso subsequente na neurotransmissão (VMAT), ou pode ser degradada pela ação das enzimas: monoamino oxidase (MAO) e catecol-O-metil transferase (COMT). Através da ação sequencial da COMT e da MAO produzimos o ácido homovanílico (HVA), que é secretado na urina. 3 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 A dopamina β-hidroxilase é expressa nos neurônios noradrenérgicos cerebral, e representa a diferença enzimática entre os neurônios dopaminérgicos e os noradrenérgicos. Essa enzima é responsável por converter a dopamina em norepinefrina no interior das vesículas. Os neurônios noradrenérgicos não possuem a enzima feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT), que é responsável por transformar a norepinefrina em epinefrina, essa enzima é exclusiva das células cromafins. Logo, nenhum neurônio, nem central nem periférico, é capaz de produzir adrenalina. A adrenalina por ter radicais hidroxila não consegue atravessar a barreira hematoencefálica, assim, não há adrenalina atuando no SNC. Adrenalina não existe no cérebro humano porque ela não atravessa a BHE e ela não pode ser fabricada no cérebro. A norepinefrina pode ser recaptada da fenda sináptica,e ser armazenada nas vesículas pré-sinápticas, esse processo chama-se recaptação. Os transportadores de norepinefrina (NET), que são dependentes do gradiente de Na+, removem a norepinefrina da fenda sináptica para dentro dos neurônios noradrenérgicos. Algumas drogas como a cocaína, anfetamina e os antidepressivos tricíclicos bloqueiam a recaptação da norepinefrina para os terminais nervosos, levando assim a um crescimento da concentração extracelular de norepinefrina. A consequência é a prolongação da ação pós-sináptica da norepinefrina nos receptores, sendo responsável pelos efeitos psico estimulantes e de euforia causados pelos antidepressivos e especialmente a cocaína. Assim como as outras catecolaminas, a norepinefrina (fenda sináptica) é metabolizada pela COMT citoplasmática ou pela MAO intramitocondrial. Sendo a MAO envolvida no processo de degradação da norepinefrina no neurônio noradrenérgico, inibidores da MAO elevam o nível neuronal de norepinefrina. A síntese da epinefrina ocorre principalmente na medula adrenal, pois contém a enzima feniletanolamina-N-metiltransferase (PNMT). A enzima PNMT metila a norepinefrina em seu grupo amino resultando na epinefrina. Na fenda sináptica a norepinefrina e a epinefrina podem se ligar aos receptores adrenérgicos, que são divididos nos subtipos α e β. E dentro desses dois subtipos, ainda temos o α1 e α2 e o β1, β2 e β3. A norepinefrina excita principalmente os receptores α, e com menos intensidade os receptores β. E a epinefrina excita principalmente os receptores β, e com menos intensidade os receptores α. Quando a noradrenalina ou a adrenalina se ligam aos receptores α2, acoplados a proteína Gi, ocorre feedback negativo, e as vesículas de noradrenalina param de liberar neurotransmissor na fenda sináptica. Controle do mecanismo de retroalimentação da liberação de norepinefrina (NE). O receptor α2 pré- sináptico inibe o influxo de Ca2+ em resposta à despolarização da membrana por meio de uma ação das subunidades βγ da proteína G associada aos canais de cálcio voltagem-dependentes. Enzimas Neurônio dopaminérgico Tirosina hidroxilase Aminoácido descarboxilase Neurônio de noradrenalina Tirosina hidroxilase Aminoácido descarboxilase Dopamina β carboxilase Células cromafins – glândula adrenal Tirosina hidroxilase Aminoácido descarboxilase Dopamina β carboxilase PNMT 4 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 Como aumentar a condução adrenérgica? A condução simpática pode ser aumentada ao utilizar drogas agonistas de β e α1, drogas antagonistas de α1, drogas inibidoras da COMT e da MAO. As drogas são classificadas conforme a sua ação: - Ação direta: droga que imita a noradrenalina ou a própria adrenalina. - Ação indireta: droga que aumente a quantidade de noradrenalina. - Ação mista: droga que faz ação direta e ação indireta. Receptor Órgão Efeitos α1 Vasos periféricos Vasoconstrição Glândulas salivares Xerostomia Músculo radial da íris Midríase Musculo eretor do pelo Piloereção β1 Coração Inotropismo + e cronotropismo + Coração Aumenta a velocidade de condução do nó AV Célula justa glomerular Estimula a secreção de renina α2 Neurônio pré sináptico Diminui a secreção da noradrenalina SNC Diminuição da atividade elétrica Células beta pancreáticas Inibição da secreção de insulina Plaquetas Agregação Trato gastrointestinal Diminuição da motilidade β2 Miométrio Relaxamento Músculo brônquico Broncodilatação Vasos profundos Vasodilatação Fígado Glicogenólise e gliconeogênese Músculo esquelético Glicogenólise e captação de K+ Nervo motor terminal (somático) Tremor β3 Tecido adiposo Lipólise Medicamentos Simpaticomiméticos catecolaminas Rápido início de ação Breve duração (segundos) 5 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 Não são administrados por via oral (não tem como ser absorvido por ser grande e muito polar). Podem ser administrador por via venosa, subcutânea, inalatória. Não ultrapassam a barreira hematoencefálicas Para se manter o efeito das catecolaminas deve-se fazer a administração contínua desta. Em UTI, catecolaminas geralmente são feitas em dripping, exemplo choque cardiogênico. Existem situações em que a catecolamina tem q eu ser feita em bollus, como na parada cardíaca, choque anafilático. Principais catecolaminas A adrenalina tem maior afinidade em β1 e β2 → aumento da FC e queda da PA. A adrenalina é predominantemente taquicardizante, e ela causa resposta bifásica na PA, podendo ter queda ou aumento. Isso está explicado por uma questão de dose dependente. A adrenalina só vai atuar em α1 e em α2 quando ela estiver em altas concentrações. β1 – aumenta frequência cardíaca β2 – vasodilatação profunda em vasos, reduzindo a PA. α1 - vasoconstrição periférica. A noradrenalina tem maior afinidade em α1 e α2 → vasoconstrição periférica, levando ao aumento da PA, barorreceptores ativados, liberam acetilcolina que faz diminuir a FC. O efeito da noradrenalina é predominantemente vasopressor, e a resposta na FC é bifásica (altas doses eleva a FC). Assim, a menor dose eficaz de adrenalina e a menor dose eficaz de noradrenalina irão resultar em efeitos completamente diferentes. Agora, se for feita altas doses de qualquer uma das duas elas apresentarão os mesmos efeitos. Isoproterenol possui ação “seletiva” sobre os receptores β1 e β2 → FC (β1: aumento da FC) e PA (β2: queda da PA) Então, adrenalina em baixas doses possui ação idêntica ao isoproterenol, mas em altas doses possui efeito parecido com a noradrenalina. Dopamina é mais uma molécula que temos no nosso e que nós encontramos no mercado. O nome comercial mais conhecido é o revivan®. A dopamina tem maior afinidade em β1, β2 e D, atuando em baixas doses sobre esses receptores. No entanto, em altas doses, menor afinidade, atua sobre os receptores α. Então em altas doses, pode desempenhar os mesmos efeitos da adrenalina e noradrenalina. Dobutamina (dobutrex®) é a única droga realmente seletiva. A dobutamina atua apenas sobre os receptores β1 → aumenta a FC, aumenta contratilidade, leve aumento da PA. Os efeitos do uso das drogas variam conforme a afinidade pelos receptores. Com a dose mínima eficaz de noradrenalina observa-se o aumento da pressão arterial (linha verde) e redução da frequência cardíaca (linha preta). Isso acontece porque na dose mínima eficaz a noradrenalina só está atuando sobre receptor α1 (vasoconstrição periférica). Quando a dose mínima eficaz aumenta 100 vezes ocorre a sensibilização de receptores β1 e β2, além de atuar em α1. Por isso, a pressão aumenta e a frequência aumenta. Assim, a noradrenalina é muito utilizada na UTI em pacientes que estão em choque, com queda de PA. E, na parada cardíaca utiliza-se a adrenalina. Com a dose mínima eficaz de adrenalina observa-se o aumento da frequência cardíaca e diminuição da pressão arterial. β1 – aumenta frequência cardíaca β2 – vasodilatação profunda em vasos, reduzindo a PA. Agora, quando a dose de adrenalina é maior ocorre o aumento da frequência cardíaca e da PA, uma vez que passa a atuar em receptor α1. Conforme a adrenalina vai sendo metabolizada seu efeito vai acabando, não tendo concentração suficiente para estimular receptor α1 irá ocorrer apenas o estimulo para os receptores β. Assim, 6 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 observa-se a queda brusca na PA e manutenção da FC alta. Representação esquemática dos efeitos cardiovasculares de infusões intravenosas de epinefrina, norepinefrina e isoprenalina em humanos. A norepinefrina (agonista predominantemente α) causa vasoconstriçãoe pressão sistólica e diastólica aumentadas, com uma bradicardia reflexa. A isoprenalina (agonista β) é um vasodilatador, mas produz expressivo aumento de força e frequência cardíacas. A pressão arterial média cai. A epinefrina combina ambas as ações. Agonista Receptor Uso terapêutico Adrenalina α1, α2, β1 e β2 Asma aguda Parada cardiorrespiratória (batmotropismo) Choque anafilático Anestésicos locais (associados) Noradrenalina α1, α2, β1 Tratamento do choque cardiogênico Isoproterenol β1 e β2 Asma (broncodilatador) O uso mais comum da adrenalina é na parada cardiorrespiratória, podendo ser usada via intravenosa ou transtot (tubo orotraqueal). Anafilaxia – liberação maciça de histamina que promove vasodilatação (H2), levando a queda da PA, e aumento da permeabilidade vascular (edema) e broncoconstrição (H1). Quando se administra a adrenalina (2 ampolas, por exemplo). A adrenalina atua em β2, fazendo broncodilatação, e em α1, devido a alta dose, levando a vasoconstrição (reduz o edema, diminui a permeabilidade vascular). 1 mg de adrenalina para 0,5 L de soro fisiológico para estancar sangramento bucal e/ou epistaxe. Noradrenalina é utilizada basicamente na UTI para o tratamento de choque cardiogênico. O choque cardiogênico corresponde a uma falência contrátil, o coração perde a capacidade de contrair. Qualquer choque corresponde a uma falha hemodinâmica. Uma hemorragia, uma vasodilatação, ou uma hipovolemia por um mecanismo qualquer, leva a diminuição da resistência. Pela lei de OHM, caso reduza a resistência, aumenta o DC, se a pressão estiver fixa. Como no choque a pressão não está fixa, ao ter queda da resistência também haverá queda do débito cardíaco. Então as causas de um choque podem ser muitas, todo choque tem um ponto em comum, falta sangue para tecidos nobres. Possíveis causas de choque cardiogênico (coração com débito baixo):- Queda de volume real (desidratação e hemorragia) - Volume aparente (vasodilatação, choque neurogênico, choque anafilático) Exemplos de medicamentos para o choque cardiogênico: dobutamina (seletiva de β1), dopamina (vasodilatação dos capilares mesentéricos para fazer o rim funcionar) e noradrenalina (paciente em choque teve melhora do fluxo periférico, melhora da atividade cardíaca, mas a PA continua baixa; assim, se faz noradrenalina em dripping). Geleia de nitroglicerina – vasodilatador muito potente! O choque neurogênico ocorre devido a uma falha no sistema que promove vasoconstrição, assim há vasodilatação, ocorre redução drástica do retorno venoso, PA baixa. As catecolaminas são metabolizadas pela MAO e pela COMT, então elas não são metabolizadas pelo rim, pelo fígado. Simpaticomiméticos não catecolaminas Rápido/lento início de ação Duração de ação moderada a longa São administradas por via oral Ultrapassam a barreira hematoencefálica Ação direta/indireta/mista 7 AV1 – Farmacologia – Prof.º Ney – 4º período – Fernanda Pereira – 2021.1 Drogas que se ligam ao receptor α2 são antagonistas de α1 porque são agonistas de um receptor inibitório. Agonistas α1 adrenérgicos Agonistas α1 adrenérgicos de ação seletiva, ligam-se aos receptores α1 adrenérgico, ativam a proteína Gq, ativando a fosfolipase C e aumento de DAG e IP3, consequentemente, os efeitos serão: Midríase Xerostomia Vasoconstrição periférica Fechamento de esfíncteres Exemplos: Nafasolina, oxametasolina, fenilefrina. Tratamento de congestão ocular. Tratamento de congestão nasal. Receptores α1 começam a fazer down regulation, diminuem a sensibilidade para aquele medicamento, isso acontece no Neosoro®. Não se pode usar agonistas α1 em crianças menores de 8 anos. O medicamento atravessa a barreira hematoencefálica, não possui muita seletividade, pode estimular α2 e levar a redução da liberação de noradrenalina, levando a queda da pressão arterial. Agonistas α2 adrenérgicos Ação adrenérgica, mas o efeito é simpaticolítico. Clonidina (Atensina®); Dexmedetomidina (Precedex®); Metildopa (Aldomet®) Esses agentes causam queda da pressão sanguínea, em parte por inibição da liberação de norepinefrina e em parte por uma ação central. A metildopa, desenvolvida como um fármaco hipotensor (nos dias atuais, praticamente obsoleto, exceto durante a gravidez), dá origem à formação do falso mediador metilnorepinefrina. Agonista Receptor Uso terapêutico Fenilefrina α1 Descongestionante nasal Midriático Descongestionante ocular Nafazolina Oxametasolina α1 Descongestionante nasal Clonidina Metildopa α2 Hipertensão arterial sistêmica Dexmedetomidina α2 Sedativo em UTI Agonistas β2 adrenérgicos Simpaticomiméticos não catecolaminas ação direta Salmeterol (serevent®, seretid®) Metaproterenol (alupent®) Fenoterol (berotec®) Clembuterol (pulmonil®) - uso veterinário Terbutalina (bricanyl®) Salbutamol (aerolin®) Formoterol (alenia®) Simpaticomiméticos não catecolaminas ação mista/indireta Anfetamina Cocaína Tiramina Efedrina Metaraminol Simpaticomiméticos não catecolaminas ação direta Agonista Receptor Uso terapêutico Formoterol Salbutamol Terbutalina Albuterenol Metaproterenol Fenoterol Clembuterol Salmeterol 2 Asma Relaxamento uterino Os agonistas seletivos β2 adrenérgicos são medicamentos que se ligam aos receptores β2 adrenérgicos com isto ativa-se proteína Gs e leva a ativação de Adenil ciclase, que aumenta AMPc. O AMPc, então, irá provocar os efeitos: aumento da atividade cardíaca, relaxamento do musculo uterino e relaxamento do musculo liso brônquico. Assim, o uso clinico será baseado nesses efeitos. O agonista seletivo β2 também pode causar ativação de β2 no musculo esquelético. Então, usos mais importantes são o tratamento da asma brônquica, uma vez que é broncodilatador. Evitar parto prematuro, evitar aborto, pode-se utilizar o próprio Aerolin® por via oral. Reações adversas: taquicardia (desconforto continuo), alteração da glicemia. Fosfodiesterase degrada o AMPc. Drogas que inibem a fosfodiesterase aumentam o AMPc e aumentam os efeitos dos agonistas β2 adrenérgicos. Exemplos de inibidores de fosfodiesterase: xantina, caseína, Coca- cola®.
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