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PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 1 Cardiopatias congênitas cianóticas Principais cardiopatias cianóticas: 1. Tetralogia de Fallot 2. Atresia tricúspide 3. Transposição dos grandes vasos 4. Ventrículo único 5. Defeito de septo atrioventricular Cianose central: Por baixo DC Por mistura de sangue Por somatório dessas duas etiologias Os principais sinais clínicos de baixo debito sistêmico são: Taquipneia progressiva Cansaço as mamadas Palidez cutânea Sudorese acentuada Taquicardia tentativa de compensar o baixo DC Redução da amplitude dos pulsos centrais e periféricos Hipotensão arterial sistêmica sinal + grave, já perdeu todos os mecanismo fisiológicos de compensação Quanto ao fluxo pulmonar: Hiperfluxo pulmonar: Quando chega muito volume de sangue no coração, aumenta a pressão hidrostática na troca entre o sangue e o alvéolo, havendo extravasamento de liquido para dentro do alvéolo. Com isso forma-se infiltrados algodonosos no pulmão Na imagem, observamos a área cardíaca aumentada + congestão pulmonar PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 2 Hipofluxo pulmonar: Diminuição do fluxo de sangue. Logo, não vai haver troca adequada entre sangue e alvéolo Alvéolos distendidos + área cardíaca aumentada Cianose central ao nascimento: Exame físico completo Aferição da pressão sanguínea nos quatro membros RX de tórax ECG Teste da hiperóxia: Diferenciar cardiopatia congênita, peneumopatia neonatal e hipertensão pulmonar persistente do RN Nesse teste, vamos hiperoxigenar o paciente por um período e depois colher uma gasometria Teste positivo: PO2 > 250 mmHg: excluídas as cardiopatias congênitas criticas Teste negativo: PO2 < 100 mmHg: provável cardiopatia congênita cianótica com fluxo pulmonar canal-dependente (atresia pulmonar) ou circulação em paralelo (transposição das grandes artérias). Pedir ECO PO2 entre 100 e 250 mmHg: possível cardiopatia congênita com shunt misto (ex: tronco arterial comum, ventrículo único sem estenose pulmonar. Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo). Pedir ECO PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 3 Caso ocorra diferença entre a PO2 pré e pós-ductal acima de 20mmHg, deve-se suspeitar de hipertensão pulmonar persistente do RN O RN que apresentar teste de hiperóxia negativo tem grande chance de ser portador de cardiopatia com fluxo pulmonar ou sistêmico dependente do canal arterial, devendo receber prostaglandinas E1 ou E2 até que se realiza o diagnóstico Cardiopatias dependentes de canal: Fluxo pulmonar dependente de canal arterial (ex: atresia pulmonar) As principais manifestações clínicas de cardiopatias com fluxo pulmonar dependente do canal arterial são: o Cianose acentuada, não responsiva à oferta de oxigênio o Trama vascular pulmonar diminuída Fluxo sistêmico dependente de canal arterial (ex: atresia aórtica) As principais manifestações clínicas de cardiopatias com fluxo sistêmico dependente do canal arterial são: o Taquidispneia progressiva culminando com sinais de choque o Cianose periférica discreta (saturação > 90%) o Hiperfonese acentuada de 2° bulha pulmonar o Área cardíaca geralmente aumentada o Trama vascular pulmonar bastante aumentada Circulação em paralelo (ex: transposição de grandes artérias) As principais manifestações clínicas de cardiopatias com circulação em paralelo: o Cianose, geralmente muito acentuada e de início precoce, logo após o nascimento o Taquidispneia em grau progressivo, decorrente de aumento do fluxo pulmonar o Hiperfonese da 2° bulha no foco pulmonar o Área cardíaca normal ou pouco aumentada o Trama vascular pulmonar aumentada Tratamento imediato: 1. Uso imediato de prostaglandina E1 (acesso venoso calibroso, preferencialmente central) 2. Ventilação oxigenação adequadas: manter SpO2 entre 85 e 90% o Aumentar oferta de O2 quando SpO2 < 80% o Diminuir oferta de O2 quando SpO2 > 90% 3. Solicitar ECO para confirmação do diagnóstico PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 4 Existem duas situações em que se deve iniciar imediatamente o uso de PGE1, mesmo antes da confirmação do diagnóstico de cardiopatia: Quando o RN apresenta cianose acentuada não responsiva ao uso de oxigênio (teste de hiperóxia negativo) Quando o RN apresenta quadro de choque sem boa resposta as medidas iniciais de tratamento Principal efeito colateral da PG = apneia Obs: a PG vai fazer relaxamento da musculatura vascular. Quando o bebe respira, o canal arterial sofre uma constrição, fechando o vaso de forma irreversível. A PG propicia o relaxamento do canal, mantendo o canal pérvio Manter canal arterial aberto até confirmação ado tipo da malformação cardíaca Iniciar prostaglandina até ecocardiograma confirmar se a alteração é ou não dependente do canal Tetralogia de Fallot 1. CIV 2. Aorta dextroposta 3. Obstrução da via de saída do VD (estenose pulmonar valvar ou infundibular) 4. Hipertrofia ventricular direita Tratamento: Cateterismo cardíaco: antes da cirurgia de correção definitiva (estenose de ramos pulmonares periféricos, anomalias de coronárias) Paliativa: anastomose sistêmico-pulmonar Cirurgia corretiva dentro dos primeiros 18 meses de vida Obstrução infudibular grave com cianose Obstrução infudibular leve Obstrução infundibular moderada Estabilizar clinicamente Com crise hipoxêmica Sem crise hipoxêmica Anastomose sistêmica pulmonar Correção cirúrgica PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 5 Anastomose sistêmica pulmonar = shunt Blabock Taussig Atresia de tricúspide É uma doença extremamente grave A criança só consegue nascer viva se ela tiver um CIV Resulta em um ventrículo direito disfuncionante, hipoplásico Vai haver roubo de circulação do ventrículo esquerdo para o pulmão para fazer a troca gasosa Transposição de grandes vasos Aorta sai do VD e tronco pulmonar do VE Discordância átrio-ventricular Concordância átrio-ventricular Sobrevida depende da existência de CIV, CIA ou PCA PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 6 Manifestações clínicas: Cianose, geralmente muito acentuada e de início precoce, logo após o nascimento Taquidispneia em grau progressivo, decorrente de aumento do fluxo pulmonar Hiperfonese da 2° bulha no foco pulmonar Área cardíaca normal ou pouco aumentada Trama vascular pulmonar aumentada Tratamento: Atriosseptostomia por balão Por via de cateterismo, rasga o átrio e o septo Correção pela técnica de Jatene Retira as coronárias da aorta e reimplanta nas pulmonares, corta o vaso e troca de lugar com o outro Jatene Defeito de septo atrioventricular Classificação: DSAV parcial DSAV intermediário DSAV total – grande defeito interatrial e interventricular e por valva AV única. Associado a síndrome de down PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 7 Achados semiológicos: Hiperfonese de B2 no foco pulmonar (hipertensão de artéria pulmonar) Sopro holossistolico de regurgitação, mais intenso no 4-5° espaço intercostal esquerdo, entre os focos mitral e tricúspide, irradiando-se na direção do hemitórax direito Tratamento: DSAV parcial = cirurgia eletiva DSAV total: ICC ou HAP = cirurgia precoce Estável = cirurgia (3-6m) Refaz o septo, geralmente com pericárdio suíno ou bovino PAPM V – Isadora Nunes – Med 101 8 Ventrículo único: Os ventrículos únicos de melhor prognostico são os de ventrículo esquerdo predominante, pois terá melhor força de contratilidade e o direito tem a parede mais fina e é mais disfuncionante nesses casos Não desenvolve o ventrículo direito, sendo necessário que o VE supra
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