Aspectos Gerais do Sistema Urinário

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Lucas Dominguez 2019.2 
 
ASPECTOS GERAIS DO SISTEMA URINÁRIO 
TRANSCRIÇÃO AULA 31/03 – PROF. ANA PAULA 
- O sistema urinário não é composto apenas pelo rim -> Ele vai ser composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. 
- Os rins têm a função de fazer a filtração do sangue e produzir a urina, que vai ser conduzida até a bexiga pelos ureteres e lá fica 
armazenado esperando o momento de sua eliminação, que acontece através da uretra. 
RIM 
- São localizados no retroperitônio. 
- Tem uma face côncava e uma face convexa -> Na face côncava é onde está o hilo, por onde temos a penetração do ureter e 
entrada de vasos e nervos do rim. 
- É dividido em regiões -> Região Cortical, Região Medular e por fora do rim vai ser envolto por uma Capsula frouxamente aderida, 
formada por tecido conjuntivo denso. 
- Na região medular existe a presença de pirâmides, as Pirâmides Renais, (temos em torno de 10 a 18 pirâmides por rim) -> O 
vértice dessas pirâmides é voltado para os Cálices Renais, formando um abaulamento nesses cálices, conhecido como Papila Renal 
(papila é a região em que o cálice e o vértice se encontram). Já na parte da base dessas pirâmides, temos a saída de Raios 
Medulares que vão penetrar na região cortical. Lembrando que entre as pirâmides nós temos as Colunas Renais. 
- Cada pirâmide, juntamente com cada tecido cortical circundante, forma um Lobo Renal -> A cada pirâmide eu terei um lobo 
renal! 
- Cada raio medular, com seu tecido circundante, vai formar um Lóbulo Renal -> “Lóbulo é um filhote do lobo”. 
Pirâmides: 
- Área Crivosa: É a área no vértice da pirâmide, que é cheia de orifícios -> Vai ser através desses orifícios que a urina vai gotejar e 
vai ser coletada pelos cálices renais! 
• Os ductos coletores vão levar a urina coletada dos néfrons para a área crivosa. 
Néfrons: 
- Os néfrons representam a unidade funcional e estrutural dos rins. 
- Vão ser compostos pela Cápsula de Bowman, Túbulo Contorcido Proximal, Alça de Henle e Túbulo Contorcido Distal -> Néfron 
acaba no túbulo distal. 
- O néfron, juntamente com o ducto coletor, vai formar dos Túbulos Uriníferos -> Lembrando que eles têm origens embrionárias 
diferentes. Além disso, é um ducto coletor para vários néfrons. 
• O ducto coletor ainda vai ser muito importante funcionalmente, pois ele ainda pode fazer modificações na composição 
da urina. 
Lobo e Lóbulo Renal: 
- Artérias Interlobais: Separam os lobos renais -> Essas artérias são importantes para a delimitação e separação dos lobos. 
• Essas artérias vêm entre os lobos e se abrem quando chegam nos raios medulares -> Passam na base dos raios medulares 
(entre a base da pirâmide e os raios)! 
- Quando chegam na base da pirâmide, elas se abrem, formando as Artérias Arqueadas ou Artérias Arciformes. 
- Lembrando que as artérias arciformes que vêm de cada lado da pirâmide, ao se encontrarem no centro, não vão se comunicar -
> Vão surgir outras artérias, chamadas de Artérias Interlobulares. 
 
Lucas Dominguez 2019.2 
 
- As artérias interlobulares têm a função, além de levar sangue, de delimitar o tamanho dos lóbulos renais -> Um lóbulo renal vai 
ser delimitado por duas artérias interlobulares! 
- Saindo das artérias interlobulares, temos a primeira arteríola, que é a Arteríola Aferente (traz sangue para o néfron), que fica 
entre o capilar glomerular e a Arteríola Eferente. 
- Lembrando que ao redor dos túbulos do néfron vão existir capilares peritubulares, que vão trabalhar na reabsorção! 
• Toda vez que temos a passagem de sangue de um capilar para o outro, sem passar pelo coração, chamamos isso de um 
Sistema Porta -> Vai passar do capilar glomerular para o capilar peritubulares -> Esse é o Sistema Porta Renal! 
• Existe também a possibilidade de ter mais outro capilar -> Os Vasos Retos, presentes apenas nos néfrons justamedulares! 
Néfrons: 
- Existem dois tipos de néfrons -> Um é o néfron cortical e o outro é o néfron 
justamedular. O néfron cortical, além de ter a maior parte dele na região superior 
córtex, ele tem uma alça de Henle curta. Já o justamedular já está mais próxima 
da região medular e sua alça de Henle é longa e profunda (fica realmente 
profunda na medula) -> Independente de ser justamedular ou cortical, ele vai ter 
as mesmas estruturas, além de as estruturas estarem sempre nas mesmas regiões 
(cápsula no córtex, túbulo proximal no córtex, etc). 
- Como o néfron justamedular é muito profundo, isso vai dar uma função 
importante para ele -> Ele é o único néfron capaz de produzir uma urina 
concentrada! Apesar disso, temos mais néfrons corticais. Temos muito mais 
néfrons corticais, apenas 15% dos nossos néfrons são justamedulares. 
- Existem teorias para isso, sendo a principal a teoria evolutiva -> No momento 
em que precisamos sair do meio aquático para o meio terrestre, a gente precisou 
ser capaz de fazer a conservação de água (só somos capazes de viver na terra se 
conseguirmos fazer essa conservação de água) e por isso nossos néfrons 
precisaram evoluir -> Podemos dizer, então, que o néfron cortical é como se fosse 
o nosso “néfron primitivo” (mais antigo), enquanto o justamedular é o nosso mais novo, aquele que evoluiu para que nós 
possamos viver na terra -> Apesar de ser em pouca quantidade, quando estudamos a fisiologia renal, nós estudamos esse tipo de 
néfron! 
- Ou seja, o néfron cortical é capaz de filtrar a urina, mas ele não é capaz de fazer modificações nessa urina para produzir o que 
chamamos de urina concentrada, que é aquela urina mais amarelada e em volume menor. 
- Quando falamos de néfrons justamedulares, esses capilares que encontramos ao seu redor nessa região mais profunda, são 
chamados de Vasos Retos -> Não estão presentes nos néfrons corticais! 
- Em síntese, temos: 
• Se for Cortical: Saindo da artéria interlobular, temos a arteríola aferente, o capilar glomerular e a arteríola eferente. Após 
a eferente, temos os capilares peritubulares. 
• Se for Justamedular: Após as arteríolas eferentes, na realidade vamos encontrar os vasos retos. 
 
 
Referências: 
- Junqueira; Carneiro. Histologia. 
- Gartner, L. P.; HIATT, J. L. Tratado de Histologia em cores.