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Caso clínico de febre amarela 
 
 
 
Estado Civil :Casado Religião:Catolica Natural:Itauçu-BA Profissão: Agricultor/ Empresario 
 
RH: O+ 
 
ANAMNESE : 
A.C.S.R, sexo masculino, 47 anos, branco, casado, natural e residente de Ituaçu- BA, agricultor e empresário 
no setor cafeeiro. Procurou o serviço de atenção básica em seu município queixando-se de febre e dor de 
cabeça intensa, pulsát il e súbita há 3 dias. 
Além disso, relatou vômitos frequentes- quatro vezes nas últimas 48 horas-, antecedidos por náuseas. 
Refere mialgia, artralgia e cefaleia, de intensidade moderada, aproximadamente (6/10), sem irradiações e 
sem fatores de melhora. Os sintomas apresentados apareceram de forma súbita. 
Paciente relata que há duas semanas viajou à trabalho para a região d o Vale do Mucuri - MG, 
passando por várias cidades do Estado, e hospedando-se na cidade de Ladainha. Relata que visitou 
cachoeiras e lugares de turismo local na mata, além de alimentar -se de algumas comidas típicas da 
região, como o feijão tropeiro. 
Relata que fez uso de paracetamol (2 comprimidos de 500mg) no dia anterior por conta própria, para 
melhorar os sintomas de dor e febre. Nega uso de outros medicamentos. 
Nega alcoolismo e tabagismo. Desconhece o seu calendário vacinal. 
Exame Físico 
Paciente em bom estado geral, alerta, vígil, orientado em espaço e tempo. Refere fraqueza para 
deambulação, alegando mialgia e artralgia. Paciente aparenta palidez e leve icterícia ocular, turgor e 
elasticidade da pele diminuídos. 
Sinais vitais 
FC: 57 bpm; FR: 14 ipm; PA: 100 x 50 mmHg, Temperatura: 37,5ºC. 
Cabeça e pescoço 
Cefaleia de intensidade m oderada (6/10), esclera ictéricas (++/4), linfonodos (submandibulares e 
submentonianos) discretamente palpáveis sem sinais de malignidade. 
Sistema Nervoso 
Nada digno de nota. 
Sistema Respiratório 
Tórax simétrico com expansibilidade preservada, frêmito toracovocal n ormal, som claro pulmonar à 
percussão, murmúrio vesicular preservado sem roncos ou sibilos. 
Sistema Cardiovascular 
Tórax simétrico sem a baulamentos, ictus cordis palpável em 5º espa ço intercostal linha médio-
clavicular esqu erda, bulhas rítmicas e normofonéticas em dois tempos sem sopros. Pu lsos simétricos 
de amplitude normal. 
Abdome 
Abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral ou herniações. Pulsações arteriais 
e peristalse não identificáveis à palpação. Peristalse normal, presente nos quatro quadrantes e 
ausência de sopros em focos arteriais abdominais à ausculta. 
Hepatimetria medindo cerca de 1 0 cm (lobo direito) e 6 cm (lobo esque rdo). Traube livre. Abdome 
timpânico. Fígado e baços palpáveis. Dor na região epigástrica graduada em 4/10, sem 
visceromegalias e sinais de irritação peritoneal. 
Membros 
Mialgia e artralgia (6/10), principalmente em grandes articulações. 
 
EXAMES INDICADOS PARA DIAGNOSTICO 
 
Baseado no q uestionário do p aciente, onde contém suspeita de febre amarela, como diagnostico o 
exame indicado seria RT.PCR que é uma espécie de exame molecular que identifica arboviroses. O 
diagnóstico é confirmado por detecção de antígenos virais ou de RNA viral ou por sorologia (IgM 
positivo).
Pode-se utilizar também, exames de coleta: Transaminase, INR, Hemograma, 
Creatina e 
Ureia
 
Exames Complementares 
 
Pontos de discussão 
•Pela história da moléstia atual, exames físicos e exames complementares qual a suspeita de diagnóst ico 
• Quais os diagnósticos diferenciais? 
• Quais os demais sinais e sintomas que o paciente pode apresentar? 
• Quais as fases que a determinada patologia pode se apresentar? 
• Qual o tratamento indicado para este paciente? 
Discussão 
O diagnóstico do paciente A.C.R.S. é dado pelos exame s laboratoriais, nos quais sã o observados 
leucopenia, linfocitose e plaquetopenia acentuadas nas forma s graves, porém e m casos 
assintomáticos ou oligossíntomáticos o hemograma pode ser normal. Além desse s achados, 
observam-se taxas elevadas das aminotransferases, alterações nos fatores de coagulação 
(principalmente protrombina, fator VII e tromboplastina), diante disto, o paciente apresenta tempo de 
coagulação alterado, logo, uma maior vulnerabilidade a h emorragias. Além do hemograma, a análise 
urinária pode apresentar bilirrunúnia, evidenciando a insuficiência hepática; hematúria; proteinúria 
acentuada, com valores acima de 500 m g/100mL de urina. A manifestação dos sinais e sintomas não 
é motivo suficiente para se desconfiar diretamente de Febre amarela, logo, temos como diagnósticos 
diferenciais a leptospirose, malária, hepatites virais, febre tifoide, mononucleose infecciosa, 
septicemias, púrpura trombocitopenia e acidentes por animais peçonhentos. 
O paciente que se encontra com esta afecção, pode apresentar -se co m congestão conjuntival, 
astenia, episódios hemorrágicos como epistaxe, hematêmese e melena, insuficiência hepatorrenal e 
o sinal de Ferget, que é a diminuição da pulsão acompanhada do aumento da temperatu ra. 
A febre ama rela pode se m anifestar em 5 formas: Assintomática, leve, moderada, grave e maligna. 
Na forma leve, o paciente apresenta um quadro clínico autolimitado com fe bre e cefaleia com duração 
de dois dias; na fase mode rada, os sintomas du ram de dois a quatro dias, com febre, cefaleia, mialgia 
e artralgia, congestão conjuntival, náuseas, astenia e alguns fenôm enos hemorrágicos como a 
epistaxe, podendo h aver ainda a subicterícia; a forma g rave apresenta seus sinais e sintomas se 
manifestam após 5 a 6 dias de incubação de forma abrupta, perdurando cerca de 4 -5 dias com febre 
alta, sina l de Farget, cefaleia intensa, mialgia acentuada, icterícia, epista xe, dor epigástrica, 
hematêmese e m elena; a última forma de manifestação da febre amarela é a maligna, em que o corre 
a toxemia ab rupta, encefalopatia e os demais sintomas da forma grave. Após 5 a 7 dias a insuficiência 
hepatorrenal e a coagulação intravascular disseminada instalam -se, na forma maligna. 
Não existem med icamentos específicos para o tr atamento da febre amarela. Não devem ser utilizados 
anti-inflamatórios e nem á cido acetilsalicílico (AAS). Em casos g raves, o paciente deve se r trata do 
em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para a realização da hidratação endovenosa e reposição 
do sang ue perdido nas hemo rragias, além da realização da diálise, em casos de insuficiência 
hepatorrenal.

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