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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA 2019-1 Profª Ilíada Rainha de Souza Quais os objetivos do estudo da Variabilidade Genética? OBJETIVOS 1. Conceituar mutações e polimorfismos, diferenciando-os; 2. Explicar a mutação como fonte de variabilidade; 3. Identificar os diferentes tipos de mutações (ou polimorfismos); 4. Explicar as consequências das mutações e/ou polimorfismos na expressão gênica: funcionais e não funcionais; 5. Citar as aplicações dos polimorfismos na área biológica e da saúde. 6. Descrever os sistemas de reparo de DNA: BER e NER Bibliografias recomendadas: • NUSSBAUM, R.L.; McINNES, R.R. e WILLARD, H.F. Thompson e Thompson: Genética Médica. 6ª, 7ª ou 8ª ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2002, 2008 e 2016. Capítulo 6 no XEROX ou no Moodle (pag 69-82; 2002). • STRACHAN, T. E READ, A. P. Genética Molecular Humana. 4ª ed. Artmed. Porto Alegre, 2013. Capítulo 13 (Biblioteca). • Griffiths e colaboradores. Introdução à Genética. 2009 e 2016, 9ª e 11ª ed. Cap. 15 e 16. MUTAÇÃO - Classificada em categorias: Mutação Gênica: ✓Alterações em genes individuais Mutação Genômica: ✓Alteração do número de cromossomos (cromossomos intactos = aneuploidias) Mutação Cromossômica: ✓Alteração na estrutura de cromossomos (deleções, translocações, duplicações, inversões) MUTANTE: ✓ organismo que apresenta um novo fenótipo resultante da presença da mutação. MUTAÇÃO ocorre em: Células Somáticas = células do indivíduo com replicação mitótica Células Germinais = células do indivíduo com replicação meiótica Mutações em células germinativas são passadas de uma geração para outra. Mutações em células somáticas, adquiridas ao longo da vida não são hereditárias! Podem levar ao câncer Para pensar... MUTAÇÃO ocorre em: Células Somáticas = células do indivíduo com replicação mitótica Células Germinais = células do indivíduo com replicação meiótica Espontânea: decorrentes do funcionamento celular normal, na ausência de reparo. Induzida: exposição do organismo à agentes mutagênicos, que podem ser: ✓ (1) físicos, como radiação; ✓ (2) químicos, como substâncias tóxicas; ✓ (3) biológicos, como vírus. De que maneira pode ocorrer? Outras maneiras de conceituar MUTAÇÃO: ✓ Alteração do material genético ✓Processo de alteração da sequência de DNA ✓Alteração na sequência de nucleotídeos Mas, quando ocorrem mutações deletérias ou patogênicas, elas podem ser: Dominantes: quando a presença de um alelo mutado é suficiente para provocar uma doença; Recessivas: quando são necessários dois alelos mutados para provocar uma doença. Mutações A maioria das mutações presentes no genoma de uma pessoa é NEUTRA ou quase neutra (não causam efeitos drásticos sobre o fenótipo) Mutação: Bom ou Ruim? Como temos esta imensa variedade de formas, cores, espécies?! Outras maneiras de conceituar MUTAÇÃO: ✓ Alteração do material genético ✓Processo de alteração da sequência de DNA ✓Alteração na sequência de nucleotídeos Ou ainda: ✓É a fonte de variabilidade genética ✓É quem possibilita a adaptação a novos ambientes ✓É quem gera material para evolução 1988 – cientistas norte- americanos criaram→ HUGO= Human Genome Organization 1990 – o Congresso EUA propôs o HGP = Human Genomic Project, com previsão de execução de 15 anos. A GENOTIPAGEM: Identificação dos genes e de seus alelos na molécula do DNA O SEQUENCIAMENTO DO DNA: Identificação da sequência dos nucleotídeos O PROJETO GENOMA HUMANO REALIZOU: ... E PROPICIOU: In:http://www.scienceworld.wolfram.com/ biography (The International HapMap Project, phase I, phase II e phase III), Projetos sobre a diversidade do genoma nas diversas populações, que levaram à descoberta de sequências de variantes de DNA entre os indivíduos de diferentes populações (INTERNATIONAL HAPMAP CONSORTIUM 2003; 2005; 2007; 2009). OS PROJETOS HAPMAP VARIABILIDADE GENÉTICA INTERÉTNICA E INTERINDIVIDUAL VARIABILIDADE GENÉTICA INTERÉTNICA E INTERINDIVIDUAL O genoma humano (n) tem 3.000.000.000 de pares de bases (pb); 1 SNP (variante) a cada 300 a 500 pb; logo tem cerca de 10.000.000 a 5.000.000 SNPs por genoma. Curiosidade: O cientista e empresário Craig Venter (Celera) foi o primeiro a ter o genoma completo sequenciado e comparado à sequência de referência obtida através de doadores anônimos. Variantes encontradas: • 3,2 milhões de SNPs • 849 mil in/dels • 90 inversões grandes • 62 variantes com alto número de cópias • 12.290.978 nucleotídeos diferentes PROJETOS HAPMAP Variações genéticas – São divididas em dois grandes grupos: Mutações – variações presentes em frequência muito baixa (< que 1%). Polimorfismos – variações genéticas encontradas em pelo menos 2% dos indivíduos de uma amostra populacional aleatória, sendo a frequência alélica igual ou maior que 1%. CONCEITOS Mutação Polimorfismo Frequência do alelo é ≥ 0,01 (1%) na população APÓS SEQUENCIAMENTO DO GENOMA HUMANO, UMA DAS MANEIRAS DE SE CLASSIFICAR AS SEQUÊNCIAS DO DNA GENÔMCO FOI A SEGUINTE: Promotores Intron 1 Intron 2 Início da Transcrição Início da Tradução Parada de Tradução Transcrição Splicing Transcrito primário Transcrito maduro Início da Tradução Tradução Parada de Tradução Proteína Cauda Poli A (adenilada) Sítio doador Sítio aceptor Quepe 5’ (5’ CAP) Enhancers Estrutura do Gene dos Eucariotos Polimorfismo de Nucleotídeo Único (Devido a Substituições) SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) Polimorfismos de SNPs Determinado Locus (posição do cromossomo) haverá variabilidade entre indivíduos Polimorfismos de SNPs Determinado Locus (posição do cromossomo) haverá variabilidade entre indivíduos ✓A variabilidade de SNPs ocorre não somente entre pessoas de grupos étnicos diferentes, mas também entre pessoas de um mesmo grupo étnico. ✓ Estudos populacionais mostraram que a variabilidade intra-populacional muitas vezes é maior que a variabilidade inter-populacional => espécie humana “única raça” Os três genes diferem no tamanho da sequência, mas os produto gênicos (proteínas) têm tamanho semelhantes, pois geralmente as variações ao tamanho diferenciado dos íntrons. HPRT= hipoxanthine phosphoribosiltransferase (G→ GMP) Exemplo de tamanho de genes com Éxons e Íntrons SNPs – Polimorfismos de um único nucleotídeo POR QUE ESTUDAR OS SNPs? Os SNPs podem muitas vezes alterar a função ou a transcrição dos genes aos quais pertencem. Ex: gene que forma a cadeia beta da hemoglobina ->HBB). HBB*A (alelo *A: mais frequente) HBB*S (alelo *S: segundo mais frequente em populações afrodescendentes) ALELOS SÃO VARIANTES DE UM MESMO GENE Nomenclatura= letras do nome do gene + * + letra do alelo TIPOS DE MUTAÇÃO DE PONTO NA REGIÃO CODIFICADORA SINÔNIMA SENTIDO TROCADO SEM SENTIDO INSERÇÃO E DELEÇÃO CAUSAM ALTERAÇÕES NO QUADRO DE LEITURA (frameshift) UMA DELEÇÃO DE G CAUSA O TÉRMINO PREMATURO DA CADEIA E UMA INSERÇÃO DE G OBLITERA O CÓDON DE FINALIZAÇÃO INSERÇÃO DELEÇÃO NOS EXEMPLOS ACIMA: MUTAÇÕES GÊNICAS EM REGIÕES CODIFICANTES Mutação silenciosa ou sinônima - não altera aminoácido (devido ao código degenerado) Mutação com sentido trocado não conservativa - altera aminoácido, com alteração da função da proteína. Mutação com sentido trocado conservativa - troca de aminoácido sem alteração da função da proteína. Mutação sem sentido – surge um stop códon Mutação de janela de leitura ou frameshift - deleção ou inserção de nucleotídeos em número diferente de 3 e seus múltiplos. SEQUENCIA CODIFICANTE 5’ 5’ 5’ 5’ 5’ 5’ 3’ 3’ 3’ 3’ 3’ 3’ Observe com atenção a figura abaixo de uma sequência gênica e responda as questões: Há duas sequências sense (5’ → 3’) de DNA, A e B, respectivamente, uma anterior e outra posterior à ocorrência de umevento mutacional (inserção de nucleotídeo) sobre o sexto (6º) códon da primeira sequência (TCA). Esta alteração resultou na presença de um nucleotídeo, cuja base nitrogenada é uma Guanina (G), entre os nucleotídeos com Citosina e Adenina do códon TCA. 1- O que você espera como consequência deste evento na formação do 6º e dos quatro próximos códons (7º, 8º,9º e 10º) em relação a sequência de nucleotídeos? 2-Qual a sequência de aminoácidos que resultará deste evento após a tradução? Como se denomina este evento mutacional? ? ? ? ? ? Ginserção ? ? ? ? CÓDIGO GENÉTICO Turmas C – A - B CONTINUAÇÃO... Exemplos de mutações: Anemia falciforme http://www.biobras.com.br/adam/encyclopedia/ency/article/000527.htm# A anemia falciforme ou siclemia se caracteriza por uma alteração nos glóbu- los vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspe- cto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem dificultando a passa- gem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos. 1º) Anemia falciforme (pag. 164 a 167, 6ªed. e pag. 250 a 253, 7ªed.) Estrutura da Hemoglobina... Hb Site: https://www.youtube.com/watch?v=wvTv8TqWC48 Proteína alterada pode causar doença: anemia falciforme Hemoglobinas difusas no citoplasma da hemácia Hemoglobinas continuam difusas no citoplasma, após hipóxia. Hemoglobinas difusas no citoplasma da hemácia Hemoglobinas se ligam umas às outras no citoplasma, formando um feixe, após hipóxia. Proteína alterada pode causar doença: anemia falciforme Hemoglobinas difusas no citoplasma da hemácia Hemoglobinas continuam difusas no citoplasma, após hipóxia. Hemoglobinas difusas no citoplasma da hemácia Hemoglobinas se ligam umas às outras no citoplasma, formando um feixe, após hipóxia. ANEMIA FALCIFORME: SUBSTITUIÇÃO DE NUCLEOTÍDEO Sequência de amino- ácidos da cadeia β da Hb A, normal Sequência de amino- ácidos da cadeia β da Hb S, falciforme A alteração de um único aminoácido na cadeia β deve-se a uma substituição de um único nucleotídeo no gene, que alterou o códon. Início da sequência codificante não considerando ATG 3’ 5’ 5’ 3’ 3’ 5’ 5’ 3’ Fita molde Fita sense Fita molde Fita sense CÓDIGO GENÉTICO Anemia falciforme • Considerada uma das doenças mais comuns no Brasil, ela afeta principalmente pessoas afrodescendentes. • Cerca de 1 em 8 afro-brasileiros tem o chamado traço falcêmico (são heterozigotos). • Os principais sintomas são: dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos, dores articulares, fadiga intensa, palidez e icterícia (cor amarelada na pele, mucosas e olhos), atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, cálculos biliares, problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais e priapismo (ereção persistente). • O diagnóstico é feito através de testes hematológicos, estudo da hemoglobina e de um de seus genes. À medida que a população toma consciência da gravidade dessa doença e de sua alta prevalência, mais deverá buscar diagnóstico precoce por meio do Teste do Pezinho em recém nascidos. FIBROSE CÍSTICA 2º) EXEMPLO: DELEÇÃO DE NUCLEOTÍDEOS A FIBROSE CÍSTICA ou MUCOVISCIDOSE é uma condição com herança autossômica recessiva que acarreta um funcionamento anormal das glândulas que produzem o muco, suor, saliva, lágrima e suco digestivo, gerando diversas intercorrências ao longo da vida dos portadores como obstrução das passagens de ar do pulmão pelo acúmulo de muco espesso e pegajoso, e alterações pancreáticas. Esta condição é decorrente de mutações no gene regulador de condutância transmembranar - CFTR. Em 70% dos pacientes a mutação observada é uma deleção de 3 pares de bases que resulta na perda da fenilalanina na posição 508 da proteína. F508del ou ΔF508 = deleção da fenilalanina da posição 508. ( causado pela herança de um único gene) Exemplo clínico de Distúrbio monogênico Doença autossômica recessiva Ex: Fibrose Cística (FC) É uma desordem do transporte de íons epitelial causada pela deficiência do gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmenbrane Factor). Localização e estrutura do gene CFTR Fibrose Cística (FC) O gene CFTR está situado no braço longo do cromossomo 7 (7q31.2) e é composto por 27 éxons e cerca de 190.000 pb. Exemplo clínico de Distúrbio monogênico ( causado pela herança de um único gene) , com seus éxons e íntrons Região codificante dos éxons forma a CADEIA POLIPEPTÍDICA, com seus aminoácidos Padrões de Herança nas Populações Humanas Base molecular Fibrose Cística (FC) Classe I Proteina ausente Mutação que cria um novo sítio de splice no Intron 4 (G→T) Classe IV Alteração do canal de Cloro Arg334Trp Classe II Processamento alterado F508 507 508 509 IIe Phe Gly ATC TTT GGT Ser1255Pro Classe III Regulação deficiente Exemplo clínico Distúrbios monogênicos Aumento das concentrações de Na+ e Cl- no suor – transporte anormal de eletrólitos através das membranas epiteliais apicais. Classe I – Proteína ausente Classe II – Defeito de processamento Classe III – Regulação defeituosa Classe IV – Alteração de canal de Cl- Mutações Primeira mutação identificada – deleção de uma fenilalanina na posição 508 na primeira dobra de ligação de ATP. 70% dos alelos alterados em populações euro-descendentes têm esta deleção Fenótipos idênticos ou similares podem ser causados por alelos diferentes MUTAÇÕES NO DNA: ETRANSIÇÕES TRANSVERSÕES TIPOS DE MUTAÇÃO AAGGCAAACCTACTGGTCTTATGT AAGGCAAATCTACTGGTCTTATGT AAGGCAAACCTACTGCTCTTATGT SEQUÊNCIA ORIGINAL TRANSIÇÃO TRANSVERSÃO TIPOS DE MUTAÇÃO DELEÇÃO INSERÇÃO INVERSÃO AAGGCAAACCTACTAAAGGGTCTTATGT SEQUÊNCIA ORIGINAL AAGGCAAACCTACTGGTCTTATGT AAGGCAACTGGTCTTATGT ACCTA AAGGCAAACCTACTGGTCTTATGT AAGGTTTGCCTACTGGTCTTATGT TTCCAAACGGATGACCAGAATACACAAACG 5’ 5’ 3’ 3’ ...CGTTTG... Frequência e estimativas das taxas de mutações: A taxa de mutação de um gene é expressa pelo número de novas mutações por locus, por geração. Bactéria: 1mutação / 108pb Humano: 1 mutação/109pb (100.000.000 pb) (1.000.000.000 pb) Estas frequências relacionam-se à: - Acuracidade da maquinária de replicação do DNA - Eficiência do Sistema de Reparo (humanos) - Exposição à agentes mutagênicos - Proporcionalidade do tamanho do gene Há “HOTSPOTS “– regiões preferenciais de mutação !!. DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação* Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 Distrofia Muscular Duchene Ligada ao X recessiva DMD (distrofina) 3,5 – 10,5 x 10-5 Hemofilia A Ligada ao X recessiva F8 (fator VIII de coagulação) 3,2 – 5,7 x 10-5 Neurofibroma- tose, tipo 1 Autossômica Dominante NF1 (neurofibromina) 4 – 10 x 10-5 * =Taxa de mutação é estimada por locus, por geração (mutações novas que não estavam presentes nos genitores). Exemplo: 1 em 100.000 = 1 x 10-5 ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 Distrofia Muscular Duchenne Ligada ao X recessiva DMD (distrofina) 3,5 – 10,5 x 10-5 ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA PADRÃO DE HERANÇA GENE ou LOCUS (proteína) Taxa de mutação Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 Distrofia Muscular Duchenne Ligada ao X recessiva DMD (distrofina) 3,5 – 10,5 x 10-5 Hemofilia A Ligada ao X recessiva F8 (fator VIII de coagulação) 3,2 – 5,7 x 10-5 ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 Distrofia Muscular Duchene Ligada ao X recessiva DMD (distrofina) 3,5 – 10,5 x 10-5 Hemofilia A Ligada ao X recessiva F8 (fator VIII de coagulação) 3,2 – 5,7 x 10-5 Neurofibroma- tose, tipo 1 Autossômica Dominante NF1 (neurofibromina) 4 – 10 x 10-5 ESTIMATIVAS DE TAXAS DE MUTAÇÃO PARA GENES HUMANOS SELECIONADOS DOENÇA HERANÇA LOCUS (proteína) Taxa de mutação* Acondroplasia Autossômica Dominante FGFR3 (receptor 3 do fator de crescimento de fibroblasto) 0,6 – 1,4 x 10-5 Aniridia Autossômica Dominante AN2 (Pax6) 0,3 – 0,5 x 10-5 Distrofia Muscular Duchene Ligada ao X recessiva DMD (distrofina) 3,5 – 10,5 x 10-5 Hemofilia A Ligada ao X recessiva F8 (fator VIII de coagulação) 3,2 – 5,7 x 10-5 Neurofibroma- tose, tipo 1 Autossômica Dominante NF1 (neurofibromina) 4 – 10 x 10-5 * =Taxa de mutação é estimada por locus, por geração (mutações novas que não estavam presentes nos genitores) Nomenclaturas NOMENCLATURA PARA DESCRIÇÃO DAS MUTAÇÕES (Antonarakis et al. ,1998) 1. SUBSTITUIÇÃO DE AMINOÁCIDOS 2. SUBSTITUIÇÃO DE NUCLEOTÍDEO 3. DELEÇÕES E INSERÇÕES NOMENCLATURA PARA DESCRIÇÃO DAS MUTAÇÕES 1. SUBSTITUIÇÃO DE AMINOÁCIDOS Usa-se o código de uma letra para os aminoácidos (aa.) anterior e posterior à mutação, intercalados pela posição de ambos na cadeia peptídica. Código de uma letra: A = alanina; C = cisteína; D= ácido aspártico; E= ácido glutâmico; F= phenilalanina; G= glicina; H= histidina; I= isoleucina; K= lisina; M= metionina; N= asparagina; P= prolina; Q= glutamina; R= arginina; S= serina; T= treonina; V= valina; W= triptofano; Y= tirosina; X= parada (stop). R117H – substituição de arginina na posição 117 pela histidina, (o códon iniciador - metionina - é o códon de número 1). G542X – a glicina no códon 542 é substituída pelo códon de terminação (stop códon). O código de 3 letras também é aceito: Ex.: Arg117His ; Gly542Stop Antonarakis et al. (1998) NOMENCLATURA PARA DESCRIÇÃO DAS MUTAÇÕES Antonarakis et al. (1998) 2. SUBSTITUIÇÃO DE NUCLEOTÍDEO. O primeiro nucleotídeo transcrito do gene é o de posição +1. A base imediatamente precedente é -1. Não há zero. Número do nucleotídeo seguido pela alteração. O códon de iniciação ATG (é a primeira trinca codificante do éxon). Se necessário usar g ou c para designar sequências genômicas de cDNA. 1162G>A - substitui guanina na posição 1162 pela adenina. TAXA DE MUTAÇAO = 0,6 a 1,4 x (10)-5 = 0,6 a 1,4 nt. em 100.000 pb NANISMO = ACONDROPLASIA Exemplo de mutação na espécie humana, com frequência elevada de MUTAÇÃO NOVA - TAXA DE MUTAÇAO = 0,6 A 1,4 X 10(-5) A ACONDROPLASIA é a causa mais comum de nanismo humano, causada por mutações específicas no gene FGFR3. Este gene é um receptor transmembranar de tirosina quinase que se liga aos fatores de crescimento de fibroblastos (FGF). Esta condição apresenta herança autossômica dominante, sendo as mutações G1138A presente em ~98% dos afetados e G1138C presente em 1-2% dos afetados. A descrição da mutação está de acordo com a nomenclatura: G1138A - a Guanina da posição 1138 foi substituída pela Adenina-TRANSIÇÃO (1) G1138C - a Guanina da posição 1138 foi substituída pela Citosina-TRANSVERSÃO (2) Ambas as mutações resultam na substituição da GLICINA pela ARGININAna posição 380, comprometendo o sítio funcional da proteína (Gly380Arg) Nucleotídeo 1138 = G→ A e G→ C Aminoácido 380 - Glicina→ Arginina (Gly→Arg) Glicina (Gly) Arginina (Arg) GGU – GGC – GGA – GGG CGU – CGC – CGA – CGG – AGA – AGGCÓDONS AMINOÁCIDO (2) (1) CÓDIGO GENÉTICO NOMENCLATURA PARA DESCRIÇÃO DAS MUTAÇÕES ( Antonarakis et al. (1998) 3. DELEÇÕES E INSERÇÕES Use del para deleções e ins para inserções. Como anteriormente, (a) para alterações no DNA , alterações na posição do nucleotídeo ou intervalo vem primeiro, Ex.: 6232-6236del ou 6232-6236delATAAG→ deleção de 5 nucleotídeos (os quais podem ser especificados) começando com nt 6232. 409-410insC→ inserção de C entre nucleotídeos (nt) 409 e 410 (b) para alterações nos aminoácidos, o símbolo vêm primeiro. Ex.: F508del - deleção da fenilalanina na posição 508 (exemplo da fibrose cística). UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CELULAR, EMBRIOLOGIA E GENÉTICA 2018-1 Profª Ilíada Rainha de Souza Sumário das alterações espontâneas normalmente requerem reparo de DNA setas vermelhas: danos oxidativos espontâneos; setas azuis: ataque hidrolítico; setas verdes: metilação não-controlada O tamanho de cada seta indica a frequência relativa de cada evento. Por que há “HOTSPOTS “ (regiões preferenciais) de mutação ? Turma C DESAMINAÇÃO E DEPURINAÇÃO Estas reações hidrolíticas são as duas reações espontâneas mais frequentes que causam danos no DNA da célula. Principais vias de reparo de DNA (1) REPARO POR EXCISÃO DE BASE (BER) Mecanismos que aumentam a taxa de evolução (geram maior número de alelos) 1) Hot spots (pontos quentes mutacionais): formados por citosinas que podem ser metiladas enzimaticamente . C U (reparada por DNA não ter U) metil C T ( pode não ser reparada) desaminação desaminação Alteração espontânea que requer reparo de DNA: dímero entre pirimidinas Dímero entre timinas: tipo de dano introduzido no DNA, em células que são expostas a irradiação ultra- violeta (como na luz solar). Dímero similar é formado entre uma C e uma T vizinhas no DNA. Principais vias de reparo de DNA (2) REPARO POR EXCISÃO DE NUCLEOTÍDEOS (NER) Xeroderma pigmentosum (XP) É uma desordem genética de herança autossômica recessiva. Está associada com a inativação do processo de reparo do DNA, na qual a capacidade normal do organismo para remover o dano causado pela radiação ultravioleta (UV) é deficiente. O Xeroderma pigmentosum apresenta heterogeneidade genética (nove genes conhecidos), e os genes associados codificam proteínas indispensáveis para o reparo de DNA por excisão de nucleotídeos (NER). ✓ 1 - 2 indivíduos a cada 100.000 pessoas. Frequência Sintomas • Curto tempo debaixo do sol pode causar queimaduras e a ferida permanece durante semanas. • Envelhecimento prematuro nas áreas expostas ao sol. • Presença de pigmento preto na pele. • Pele excessivamente seca. • 15%~20% dos pacientes apresentam degeneração do sistema nervoso. • Cegueira em razão de lesões nos olhos ou de cirurgias na região ocular. • Perda de audição (relacionada com a degeneração do sistema nervoso). BOA SEMANA E BOM ESTUDO !!! Não esqueça dos exercícios... Bibliografias: • NUSSBAUM, R.L.; McINNES, R.R. e WILLARD, H.F. Thompson e Thompson: Genética Médica. 6ª, 7ª ou 8ª ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2002, 2008 e 2016 - capítulo 06 no XEROX ou no Moodle (pag 69- 82; 2002). • STRACHAN, T. E READ, A. P. Genética Molecular Humana. 4ª ed. Artmed. Porto Alegre, 2013. Capítulo 13 (Biblioteca).2008 e 2016 http://www.cstl.nist.gov/div831/strbase/str_f13b.htm PARTE DA SEQUÊNCIA DE DNA DO GENE F13B NO CROMOSSOMO 1 http://www.cstl.nist.gov/div831/strbase/str_f13b.htm BOA SEMANA E BOM ESTUDO !!! Não esqueça dos exercícios... Bibliografias: • NUSSBAUM, R.L.; McINNES, R.R. e WILLARD, H.F. Thompson e Thompson: Genética Médica. 6ª, 7ª ou 8ª ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2002, 2008 e 2016 - capítulo 06 no XEROX ou no Moodle (pag 69-82; 2002). • STRACHAN, T. E READ, A. P. Genética Molecular Humana. 4ª ed. Artmed. Porto Alegre, 2013. Capítulo 13 (Biblioteca). 2008 e 2016
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