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– @veterinariando_ Promover a sedação, analgesia e relaxamento muscular Potencializar a ação dos anestésicos Coibir o 2º estágio da anestesia – inibi a excitação involuntária do animal Promover indução e recuperação suaves Diminuir as secreções das vias aéreas e a salivação Diminuir os reflexos autonômicos Suprimir ou prevenir o vômito e a regurgitação • Conhecer as características de cada fármaco • Saber os efeitos no sistema do paciente (cardíacos, respiratórios, renais) • Latência da medicação • Conhecer o tempo de duração do fármaco Estado geral do paciente Grau de sedação e analgesia desejada Qual é o tipo de procedimento cirúrgico Saber qual são os fármacos e equipamentos disponíveis Fazer o planejamento anestésico ❖ Anticolinérgicos ❖ Fenotiazínicos ❖ Butirofenonas ❖ Agonistas de receptores alfa-2 ❖ Benzodiazepínicos ❖ Opioides – ATROPINA E ESCOPOLAMINA MECANISMO DE AÇÃO: são fármacos competitivos de receptores colinérgicos muscarínicos (acetilcolina). Possuem ação vagolítica, bloqueando os efeitos do nervo vago Age no sistema nervoso parassimpático – luta e fuga Reduz secreções, promove midríase, dilata alvéolos pulmonares, reduz motilidade intestinal, aumenta frequência cardíaca INDICAÇÕES → Pacientes com ritmos bradicárdicos (transoperatório ou preventiva) → BAV – bloqueio átrio ventricular → Diminuir secreções EFEITOS ADVERSOS → Midríase (lesão de retina) → Taquicardia – ICC, taquiarritmia → Obstrução de vias aéreas, pois as secreções ficam mais espessas → Diminuição de motilidade intestinal (ruim para equinos) DOSE → Cão e gato: 0,02/0,04 mg/kg → Suínos: 0,06/0,08 mg/kg → Peq. Ruminantes: 0,7 mg/kg VIA DE ADMINISTRAÇÃO → IV, IM e SC → 70% coelhos com presença de atropinase → Felinos e ratos degradam mais rapidamente a atropina do que cães LATÊNCIA → IV: 1min a 5min – provoca elevação de 30 a 40% da frequência cardíaca por 30min DOSE ESCOPOLAMINA → 0,01 a 0,02 mg/kg (equinos) – antiespasmódico • Fenotiazínicos e Butirofenonas • Possuem ação a nível subcortical • Não levam a perda de consciência • Mecanismo de ação: bloqueio dos receptores de dopamina pré e pós- sinápticos Melhor tranquilizante Mais hipotensor VANTAGENS → Tranquilização – redução da ansiedade → Ação antiemética (bloqueia 50% êmese causada pela morfina) → Possui efeito anti-histamínico → Reduz dose agentes anestésico DESVANTAGENS → Promove vasodilatação periférica, agindo em receptores alfa-1 adrenérgico ▪ Hipotensão ▪ Hipotermia → Reduz limiar convulsivo, ou seja, paciente fica mais suscetíveis a ter convulsão → Risco de paralisa peniana, geralmente ocorre em equinos → Reduz a ação de fármacos vasopressores → Promove esplenomegalia, pois ela capta hemácias para dentro do baço ▪ Há diminuição de hematócrito e hemoglobina → Animais braquicefálicos são mais sensíveis LATÊNCIA → IV: 2 a 3min → IM: 5 a 10min DURAÇÃO DE AÇÃO → 2 a 3h DOSE → Cães: 0,02 – 0,05 mg/kg (importante não ultrapassar de 3mg totais) → Gatos: 0,05 – 0,1 mg/kg → Equinos: 0,03 – 0,05 mg/kg → Ruminantes: 0,03 – 0,05 mg/kg → Administração: IV, IM e SC Melhor antiemético Melhor anti-histamínico Anti-histamínico (fenergan) MECANISMO DE AÇÃO → SNC: promove o bloqueio dos receptores de dopamina, histamina e serotonina → SNP: bloqueios de alfa-1 adrenérgico (hipotensão – vasodilatação) São fármacos que possuem poucos efeitos cardiovasculares e respiratórios e que são potentes antieméticos. Fazem parte da neuroleptoanalgesia (tranquilizante + analgésico), porém são pouco utilizadas Melhor tranquilizante para suínos Dose: 1 a 4 mg/kg – IM Pode ser utilizado por cães e gatos, mas não está disponível no BR Dose: 0,1 a 0,4 mg/kg – IV ou IM • São fármacos que possuem rápida absorção • Sua metabolização é hepática e excreção renal • MECANISMOS DE AÇÃO: são fármacos que estimulam os receptores alfa adrenérgicos, tanto no SNC como no SNP → Os fármacos alfa 2 – adrenérgicos, não são tão seletivos quanto ao tipo de receptor, por isso acabam agindo também em receptores alfa 1 – adrenérgicos → Promovem a redução da liberação de noradrenalina e com isso há a redução da atividade simpática (diminuição de catecolaminas e outros hormônios de estresse) Efeitos Sedação – depressão do sistema nervoso central Relaxamento muscular Promovem uma discreta analgesia visceral Ataxia Hiperglicemia – pois inibe a liberação de insulina (atividade transitória) Promovem a diminuição da motilidade intestinal Pode ocorrer prolapso peniano Ptose palpebral e ptose labial Abaixamento de cabeça Efeitos simpatolíticos Bloqueio atrioventricular – interrupção da transmissão do impulso dos átrios aos ventrículos, ou seja, há um atraso para que ocorra a despolarização e repolarização do ventrículo Promovem inotropismo negativo – diminuição da força de contração cardíaca Hipertensão arterial transitória principalmente quando age em alfa 1 – isso ocorre pois os fármacos alfa 2 – adrenérgicos promovem uma vasoconstrição importante, fazendo com que a pressão arterial aumente. Para compensar isso o organismo do paciente reduz a frequência cardíaca (bradicardia compensatória) Bradicardia – ocorre devido a hipertensão arterial, é um mecanismo compensatório do organismo do paciente Hipotensão arterial – devido ao efeito simpatolítico Depressão respiratória Salivação e êmese Há redução do débito cárdico de 20 – 30% – É o fármaco mais utilizado no Brasil, pois tem um bom custo-benefício Possui um efeito sedativo mais prolongado do que os analgésicos Dose: 0,2 a 1 mg/kg (cão, gato, cavalo) Dose: 0,03 – 0,1 mg/kg (ruminantes) – muito sensíveis LATÊNCIA → IV: imediata → IM: 3 a 5min DURAÇÃO DA AÇÃO → 30 a 40min Efeito dose-dependente – quanto maior a dose, maior o efeito É um fármaco específico de equinos É considerada um potente sedativo e analgésico Dose: 5 a 20 mcg/ kg - IV Dose: 10 a 40 mcg/kg – IM LATÊNCIA → IV: imediata → IM: 3 a 5min DURAÇÃO DA AÇÃO → 45 a 90min Efeito dose-dependente É o isômero ativo da medetomidina Possui alta especificidade dos receptores adrenérgicos, sendo 1620x mais específica para receptores alfa 2 do que para receptores alfa 1 É o mais recente fármaco dessa classe e pode ser usado em cães, gatos e animais silvestres • É o reversor mais utilizado no país • Reverte melhor os efeitos da xilazina (pois a xilazina é menos específica para receptores alfa) • Podem promover excitação, mioclonia e taquicardia • Possui melhor efeito sobre fármacos alfa 2 agonistas (puro), como a dexmedetomidina • Possui menores efeitos colaterais • Seu efeito é imediato • Possui efeito sedativo (depressão do SNC) e hipnótico (induz o sono) • Em outras espécies de animais, com exceção dos primatas os benzodiazepínicos promovem excitação paradoxal • São considerados anticonvulsivantes de curta duração • Amnesia retrógrada • Miorrelaxante • Possui alta ligação as proteínas plasmáticas – pacientes com quadros de hipoproteinemia, precisam ter a dose do fármaco reduzida para não terem efeito exacerbados • Sofre biotransformação pelo citocromo P450 – cuidado ao administrar em gatos, pois eles não metabolizam facilmente • MECANISMO DE AÇÃO – facilitação da transmissão gabaérgica (GABA é um neurotransmissor inibitório do SNC), dessa maneira haverá uma ação inibitória do sistema nervoso central → Mecanismo inibitório dos sistemas adrenérgicos e noradrenérgicos de alerta e vigília → Produz sono semelhante ao fisiológico Efeitos cardiovasculares Hipotensão leve e dose-dependente – (Diazepam + , Midazolam ++) Não há alteraçãode ritmo e frequência cardíaca O débito cardíaco se mantem estável É um bom fármaco para animais cardiopatas, mas não é um bom MPA pois promove excitação Efeito respiratório Diminui o volume corrente, ou seja, diminui a quantidade de ar inspirado ou expirado Tomar cuidado com apneia com a administração por via intravenosa Uso em anestesia É usado na indução da anestesia ou na anestesia dissociativa Reduz a dose do anestésico Pode ser associado com: cetamina, Propofol, etomidado Dose: 0,1 – 1 mg/kg – IV (evitar IM pois é oleoso) Dose: 0,05 mg/kg em equinos É metabolizado em metabolitos ativos: desmetildiazepam e nordiazepam, com meia vida de eliminação de 3,6h cão e 21h gato A eliminação ocorre por meio da conjugação com o ácido glicurônico pela urina Dose: 0,2 – 0,5 mg/kg – IV ou IM Possui meia vida mais curta Causa maior hipnose Em doses elevadas pode causar hipotensão • Usado principalmente em animais silvestres, pois seu tempo de recuperação é muito importante principalmente para controle de temperatura corporal • Dose: 0, 05 mg/kg – IV • Período hábil de 60min • Foi descobertos por populações antigas o ópio da papoula • Acreditava-se que promovia excitação • Qualquer espécie animal pode receber opioide • São bons sedativos • São analgésicos considerados potentes → Opioides potentes: morfina, metadona, fentanil → Opioides fracos: tramadol, codeína, butorfanol • São medicamentos de baixo custo e com vários agentes disponíveis • MECANISMO DE AÇÃO – se ligam de forma reversível a receptores específicos de opioide no SNC e medula espinhal → Agem na nocicepção, percepção e liberação de serotonina Agonista: morfina, metadona, meperidina, tramadol, codeína, fentanil, remifentanil Agonistas parciais: buprenorfina Agonistas-antagonistas: Butorfanol e nalbufina Antagonistas: naloxana Efeitos adversos Promovem depressão respiratória Pode ocorrer excitação, euforia e disforia – principalmente em gatos e cavalos Promovem sedação Pode ocorrer bradicardia, por estímulo do nervo vago Pode ocorrer hipotensão por liberação de histamina → 2 opioides que podem liberar histamina: meperidina (contraindicada por via IV) e a morfina Por agir no centro termorregulador pode deixar o paciente ofegante Náusea, salivação e defecação seguida de constipação Dose: 0,1 – 1 mg/kg – quanto maior a dose, maior a analgesia (maior os efeitos colaterais) Epidural: 0,1 mg/kg (12 – 24h) retenção urinaria LATÊNCIA → 5 10min – IM → 30seg – IV PICO DE AÇÃO → 5min – IV Duração de 2 a 6 horas Possui uma boa estabilidade cardiovascular Promove uma boa analgesia, porém leva ao vômito Ocorre liberação de histamina Reduz a motilidade gastrointestinal Dose: 1 – 4 mg/kg Latência: 5 a 10min – IM Duração de 1 a 2 horas Ocorre a liberação de histamina, não podendo ser administrada IV e nem em mastocitoma (paciente com risco de anafilaxia) É um analgésico fraco, porém promove boa sedação Dose: 0,1 – 0,5 mg/kg Latência: 5 a 10min – IM e 15 a 30seg – IV Pico de ação é de 5min por via IV e 10min por via IM Duração de 6h Promove uma boa sedação Faz depressão do sistema cardiovascular Efeito antagonista em receptores NMDA – receptores importantes para controle de dor crônica Dose: 2 – 5 mg/kg Latência: 5 a 10min IM e por via IV é preciso ter precaução Duração de 8h É um analgésico de efeito moderado Atua também inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina Dose: 2 – 5 mcg/kg Por via IV a administração deve ser lenta Latência de 30seg Pico de duração: 3min Duração de ação por via IV é de 15 a 30min e por via IM é de 20 a 40min Promove bradicardia Possui uma boa ação analgésica Menor depressão cardiorrespiratória quando aplicado IM É um bom sedativo Usado no trans-anestésico Infusão continua: efeito cumulativo Não possui efeito cumulativo Infusão continua: 0,1 – 0,5 mcg-kg/min Promove bradicardia Não possui metabolização hepática • Dose: 0,04 mg/kg • Antagonista de todos os receptores opiáceos • É utilizado no tratamento de overdose • Não possui efeitos deletérios e nem analgésicos Cálculo de dose 1. Cão de 10kg - Fazer um MPA com Acepromazina numa dose de 0,05 mg/kg e Tramadol numa dose de 3 mg/kg concentração: 50 mg/ml 10 X 3 = 0,6 ml 50 – concentração: 0,2% (necessário transformar para mg/ml, nesse caso é só multiplicar por 10) 10 x 0,05 = 0,25 ml 2 2. Gato 3kg – Fazer MPA com Dexmedetomidina numa dose de 7mcg/kg e Meperidina numa dose de 3mg/kg concentração: 0,5 mg/ml A dose está em micrograma, é necessário transforma a dose ou a concentração. Nesse caso eu vou transformar a concentração para micrograma Concentração: 0,5 x 1000 = 500 mcg 3 x 7 = 0,042 ml 500 concentração: 100mg/2ml Preciso saber a concentração para 1 ml, é só fazer uma regrinha de 3 100 mg ----- 2 ml X mg ------- 1ml X = 50 mg 3 x 3 = 0,18 ml 50
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