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OUTRAS PUBLICAÇÕES DA EDITORA DINCE ADQUIRA AGORA: (85) 3231.6298 / 9.8632.4802 (WhatsApp) DEPEN Departamento Penitenciário Nacional AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PENAL (Nível médio) Teoria esquematizada, dicas e questões de provas CESPE/CEBRASPE. APOSTILA DE DEMONSTRAÇÃO LÍNGUA PORTUGUESA Prof. Augusto Sá ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO Prof. Valdeci Cunha RACIOCÍNIO LÓGICO Prof. Oscar Queiroz INFORMÁTICA Nestor Dias ATUALIDADES Prof. Ávila Regadas DIREITO CONSTITUCIONAL Prof. Valdeci Cunha DIREITO ADMINISTRATIVO Walber Siqueira DIREITO PENAL Vanques de Melo DIREITO PROCESSUAL PENAL Vanques de Melo DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL Valdeci Cunha LEGISLAÇÃO ESPECIAL Vanques de Melo EXECUÇÃO PENAL Vanques de Melo DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL Vanques de Melo CADERNO DE PROVAS ANTERIORES 2020 Copyright 2020 – DIN.CE Edções Ténicas. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem autorização expressa e por escrito dos autores e da editora. AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PENAL – 1.134p. Capa: Irisena Diagramação: Irisena Ilustração: Irisena Impressão: Gráfica DIN.CE Editoração Gráfica: Arisson Acabamento: Antônio / Jailson Revisão: Autores Supervisão editorial: Vanques de Melo _______________________ NOTA DA EDITORA: LEIA COM ATENÇÃO As informações e opiniões apresentadas nesta apostila são de inteira responsabilidade dos autores e/ou organizadores das respectivas matérias. A Editora DIN.CE se responsabiliza apenas pelos vícios do produto no que se refere à sua edição, considerando a impressão e apresentação. Vícios de atualização, revisão ou opiniões são de responsabilidade do(s) autor(res) ou organizador(res), respondendo este(s) pelas sanções previstas na lei. Ressalta-se, ainda, que o conteúdo apresentado nesta apostila tem como objetivo auxiliar ao candidato na preparação ao cargo almejado. Todo o seu conteúdo é abordado de forma objetiva e resumido, o que nem sempre é suficiente para lograr o êxito almejado, qual seja, a aprovação. Sendo assim, sugerimos ao candidato que, na medida do possível, busque outras fontes de consulta. No mais, em decorrência do pouco tempo para a realização da prova, possíveis erros de digitação ou de atualização possam ter ocorridos, isto se dá em decorrência da impossibilidade de uma revisão mais criteriosa, visto que tal serviço demandaria uma média de 30 dias para ser concluído. Assim, a editora disponibilizará em seu site www.editoradince.com.br, aba “Apostilas (Atualizações)” possiveis correções e/ou atualizações. No que diz respeito algumas disciplinas constarem exclusivamente no CD, isso se justifica tendo em vista trata-se de conteúdos basbante amplo e coloca-las na apostila no formato impresso tornaria bastante volumoso o material, além de encarecê-lo bastante. Por fim, disponibilizamos abaixo nossos meios de comunicação para sanar possíveis falhas. Rua Barão do Rio Branco, 1620 – Centro CEP: 60.025-060 - Fortaleza - Ceará http://www.editoradince.com.br/ https://www.editoradince.com.br/interna.php?cod=58228 PREZADO(A) CONCURSANDO(A), Você está adquirindo um produto elaborado por professores que atuam em cursinhos preparatórios nas respectivas áreas, portanto, confiável e de procedência. Todavia, por se tratar de apostila, é um material resumindo, porém, de significativa importância. No entanto, sugerimos, como forma de melhor preparo, a leitura de outras fontes tais como livros específicos, resumos e exercícios. Nosso objetivo é prepara-lo(a) para uma aprovação. Possíveis falhas de impressão ou mesmo de digitação podem ocorrer, assim, caso seja constatado ou mesmo tenha dúvida em algum conteúdo ou gabarito, entre em contato pelo o e-mail dos professores ou diretamente pelo da editora din.ce@hotmail.com que lhe responderemos imediatamente. 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(Salmo, 1.2 e 2) Por isso vos digo que todas as coisas que pedires, orando, crede receber e tê-las-ei (Marcos, 11.24) mailto:din.ce@hotmail.com http://www.editoradince.com.br/ mailto:in.ce@hotmail.com LÍNGUA PORTUGUESA 1 www.editoradince.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Contem dicas e provas do CESPE comentadas Prof. Augusto Sá Licenciatura Plena em língua Portuguesa e Inglesa. augustosa@hotmail.com CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ..................................................................... 1 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais ............... 25 3 Domínio da ortografia oficial. ....................................... 41 3.1 Emprego das letras............................................. 41 3.2 Emprego da acentuação gráfica. ........................ 34 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. ............. 33 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e outros elementos de sequenciação textual. ................... 43 4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais 53 5 Domínio da estrutura morfossintática do período. ....... 51 5.1 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. ............................................... 65 5.2 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. ............................................... 67 5.3 Emprego dos sinais de pontuação. .................... 88 5.4 Concordância verbal e nominal. ......................... 79 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase. ................ 76 5.6 Colocação dos pronomes átonos ....................... 48 6 Reescritura de frases e parágrafos do texto. .............. 25 6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto . 25 6.2 Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade. ......................................................... 27 7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.2 Adequação do formato do texto ao gênero. ....................................... 96 IMPORTANTE!!! NÃO DEIXE DE LER! Concursando, comece os seus estudos resolvendo algumas provas da CESPE. Elas foram comentadas item por item de cada questão. Esses comentários são o direcionamento de que você precisa para conseguir resolver as outras questões dessa organizadora. Boa sorte. Prof. Augusto Sá P. S. Qualquer dúvida: augustosa@hotmail.com INTERPRETAÇÃO DE TEXTO As questões do CESPE-UNB de interpretação de textos, em sua maioria, são simples. Há três grupos básicos de questões: as de referência, as de inferência e as de reescrituras. As de referência são simples de resolver: basta uma leitura atenta do cotexto para se saber onde se localiza o referente. Quanto à questão de ter que se determinar se houve anáfora (nela, oreferente está antes) e/ou catáfora (nela, o referente está depois) não há uma requisição tão frequente desses pormenores. Às vezes, há itens, ou alternativas que requisitam tal especificação. As questões de inferências se limitam na maior parte das vezes a simplesmente serem reescrituras de momentos do texto, ou de uma dada passagem do texto. Nessa hora, é muito mais necessário atenção à leitura do que o texto disse, para ver se é possível admitir tal possibilidade de reedição do texto. Pouquíssimas são as questões que, de fato, sejam de fato para se inferir algo. Lembrando que inferir não é reescrever, mas sim saber o que avaliar o que tal passagem do texto tem como pré- argumento a permitir que tal afirmação seja veiculada, ou avaliar se tal argumento é uma decorrência possível de ser afirmada tão somente em função do contexto. As questões de reescrituras interpretativas são questões que tratam de brincar com as noções de paráfrases (reescrever), perífrases (reescrever ampliando o volume de texto) e resumos (reescrever diminuindo o volume de texto), nada além disso. Nessa hora, há muito mais uma reedição do texto utilizando sinônimos e/ou antônimos e expressões equivalentes ou não, para que você confira se é ou não aquilo mesmo que editado no original. Mas, a propósito, nem a definição desses três itens são necessárias. A banca apresenta essas questões na maior parte dos casos junto a questões que seriam as de ―inferências‖, mas na verdade são de meras reescrituras. Então, o recado é voltar ao texto atentamente e conferir o que foi efetivamente dito. Não viagem na maionese, pensando mil coisas. Não façam isso. Antônio Carlos Alves, http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/dicas PROVAS /SEGRE/CESPE/2013 Texto para as questões de 1 a 4 1 Quando meus amigos e colegas viram meu nome na lista de aprovados no vestibular para Letras, todos me fizeram a mesma pergunta: ―Mas você vai ser professor?‖ A pergunta, 4 embora bem-intencionada, não era feita como quem soubesse que há, na área, muitas ramificações e profissões possíveis (que eu poderia não ser professor e, sim, pesquisador, revisor, 7 tradutor), mas, sim, como quem me pergunta se eu iria mesmo colocar a cabeça dentro da boca de um leão. De certa forma, é assim que é ser professor no Brasil, 10 conforme aprendi anos mais tarde, no meu primeiro concurso, pleiteando uma vaga no município. A prática me ensinou definitivamente o que era sugerido naquela pergunta dos meus 13 amigos: o salário não é bom, a rotina é cansativa, as reuniões pedagógicas são constantes, a necessidade de atualizar-se é diária e a docência, a relação com os alunos, é impactante. 16 Isso se dá especialmente quando lidamos com alunos problemáticos. Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas 19 também não estava preparado por ela no meu primeiro dia à frente de uma sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-me professor muito depois de receber o 22 diploma com a habilitação. Acho que posso dizer que fui lapidado com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz quatro anos desde aquele primeiro dia. 25 Porém já tenho as minhas certezas: ser professor poderia ser muito mais confortável, poderia ser muito menos estafante, mas vale todos os momentos. E isso aprendi no dia 28 da minha estreia: já lá conheci a incrível sensação de passar conhecimento útil para alguém e ver que essas novas informações foram apreendidas. mailto:augustosa@hotmail.com mailto:augustosa@hotmail.com http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/dicas 2 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material 31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não 34 fazem ideia da emoção que causa. Escolhi ser professor e escolho diariamente colocar-me nessa posição desvalorizada, mal paga, cansativa, mas recompensadora como poucas outras 37 profissões são capazes de possibilitar. André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações). 01. Acerca das relações de sentido estabelecidas no texto e de aspectos gramaticais, assinale a opção correta. A Seria introduzido erro de concordância no texto, se a forma verbal ―fazem‖ (R.34) fosse substituída por faz. B O trecho ―que os outros julgam louca‖ (R.33) constitui uma oração coordenada. C Os pronomes ―mesma‖ (R.3) e ―mesmo‖ (R.7) exercem a mesma função sintática. D As relações de sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidas, se o trecho ―É mesmo comparável‖ (R.31-32) fosse substituído por: O mesmo é comparável. E A correção gramatical do texto seria mantida caso o termo ―Então‖ (R.31) fosse substituído por Agora. TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA Gabarito: PROVAS CESPE POLÍCIA FEDERAL/AGENTE/CESPE/2012 1 Dizem que Karl Marx descobriu o inconsciente três décadas antes de Freud. Se a afirmação não é rigorosamente exata, não deixa de fazer sentido, uma vez que Marx, em 4 O Capital, no capítulo sobre o fetiche da mercadoria, estabelece dois parâmetros conceituais imprescindíveis para explicar a transformação que o capitalismo produziu na 7 subjetividade. São eles os conceitos de fetichismo e de alienação, ambos tributários da descoberta da mais-valia — ou do inconsciente, como queiram. 10 A rigor, não há grande diferença entre o emprego dessas duas palavras na psicanálise e no materialismo histórico. Em Freud, o fetiche organiza a gestão perversa do desejo 13 sexual e, de forma menos evidente, de todo desejo humano; já a alienação não passa de efeito da divisão do sujeito, ou seja, da existência do inconsciente. Em Marx, o fetiche da 16 mercadoria, fruto da expropriação alienada do trabalho, tem um papel decisivo na produção ―inconsciente‖ da mais-valia. O sujeito das duas teorias é um só: aquele que sofre e se indaga 19 sobre a origem inconsciente de seus sintomas é o mesmo que desconhece, por efeito dessa mesma inconsciência, que o poder encantatório das mercadorias é condição não de sua riqueza, 22 mas de sua miséria material e espiritual. Se a sociedade em que vivemos se diz ―de mercado‖, é porque a mercadoria é o grande organizador do laço social. Maria Rita Kehl. 18 crônicas e mais algumas. São Paulo: Boitempo, 2011, p. 142 (com adaptações). Com relação às ideias desenvolvidas no texto acima e a seus aspectos gramaticais, julgue os itens subsequentes. 1. Com correção gramatical, o período ―A rigor (...) histórico‖ (R.10-11) poderia, sem se contrariar a ideia original do texto, ser assim reescrito: Caso se proceda com rigor, a análise desses conceitos, verifica-se que não existe diferenças entre eles. 2. A informação que inicia o texto é suficiente para se inferir que Freud conheceu a obra de Marx, mas o contrário não é verdadeiro, visto que esses pensadores não foram contemporâneos. 3. A expressão ―dessas duas palavras‖ (R.11), como comprovam as ideias desenvolvidas no parágrafo em que ela ocorre, remete não aos dois vocábulos que imediatamente a precedem — ―mais-valia‖ (R.8) e ―inconsciente‖ (R.9) —, mas, sim, a ―fetichismo‖ (R.7) e ―alienação‖ (R.8). 4. Depreende-se da argumentação apresentada que a autora do texto, ao aproximar conceitos presentes nos estudos de Marx e de Freud, busca demonstrar que, nas sociedades ―de mercado‖, a ―divisão do sujeito‖ (R.14) se processa de forma análoga na subjetividade dos indivíduos e na relação de trabalho. COMENTÁRIOS: 1. Resposta: Errada Não proposta da troca há um erro de concordância, o sujeito do verbo existir é DIFERENÇAS, portanto deveria se escrever EXISTEM. 2. Resposta: Errada O texto em momento algum faz menção ao fato de Freud ter lido O CAPITAL de Marx.3. Resposta: Certa Pois a autora retoma essas duas palavras, respectivamente, nas linhas 12 e 14. 4. Resposta: Errada Pois a divisão do sujeito é apresentada em Freud e em Marx o sujeito é o um só. Texto 1 Imagine que um poder absoluto ou um texto sagrado declarem que quem roubar ou assaltar será enforcado (ou terá a mão cortada). Nesse caso, puxar a corda, afiar a faca ou 4 assistir à execução seria simples, pois a responsabilidade moral do veredicto não estaria conosco. Nas sociedades tradicionais, em que a punição é decidida por uma autoridade superior a 7 todos, as execuções podem ser públicas: a coletividade festeja o soberano que se encarregou da justiça — que alívio! A coisa é mais complicada na modernidade, em que 10 os cidadãos comuns (como você e eu) são a fonte de toda autoridade jurídica e moral. Hoje, no mundo ocidental, se alguém é executado, o braço que mata é, em última 13 instância, o dos cidadãos — o nosso. Mesmo que o condenado seja indiscutivelmente culpado, pairam mil dúvidas. Matar um condenado à morte não é mais uma festa, pois é difícil celebrar 16 o triunfo de uma moral tecida de perplexidade. As execuções acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas: há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada 19 como um progresso: os povos civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um corolário da incerteza ética de nossa cultura. 22 Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo, frustrados, zelamos pela LÍNGUA PORTUGUESA 3 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material prisão daqueles que não se impõem as mesmas renúncias. 25 Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós. Nesse caso, a execução do 28 condenado é usada para limpar nossa alma. Em geral, a justiça sumária é isto: uma pressa em suprimir desejos inconfessáveis de quem faz justiça. Como psicanalista, apenas gostaria que a 31 morte dos culpados não servisse para exorcizar nossas piores fantasias — isso, sobretudo, porque o exorcismo seria ilusório. Contudo é possível que haja crimes hediondos nos quais não 34 reconhecemos nada de nossos desejos reprimidos. Contardo Calligaris. Terra de ninguém – 101 crônicas. São Paulo: Publifolha, 2004, p. 94-6 (com adaptações). Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens de 5 a 11. 5. Suprimindo-se o emprego de termos característicos da linguagem informal, como o da palavra ―coisa‖ (R.9) e o do trecho ―(como você e eu)‖ (R.10), o primeiro período do segundo parágrafo poderia ser reescrito, com correção gramatical, da seguinte forma: Essa prática social apresenta-se mais complexa na modernidade, onde a autoridade jurídica e moral submete-se à opinião pública. 6. No período ―Nesse caso (...) estaria conosco‖ (R.3-5), como o conector ―ou‖ está empregado com sentido aditivo, e não, de exclusão, a forma verbal do predicado ―seria simples‖ poderia, conforme faculta a prescrição gramatical, ter sido flexionada na terceira pessoa do plural: seriam. 7. De acordo com o texto, nas sociedades tradicionais, os cidadãos sentem-se aliviados sempre que um soberano decide infligir a pena de morte a um infrator porque se livram das ameaças de quem desrespeita a moral que rege o convívio social, como evidencia o emprego da interjeição ―que alívio!‖ (R.8). 8. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a oração ―se alguém é executado‖ (R.12), que expressa uma hipótese, poderia ser escrita como caso se execute alguém, mas não, como se caso alguém se execute. 9. O termo ―Essa discrição‖ (R.18) refere-se apenas ao que está expresso na primeira oração do período que o antecede. 10. Na condição de psicanalista, o autor do texto adverte que a punição de infratores das leis é uma forma de os indivíduos expurgarem seus desejos inconfessáveis, ressalvando, no entanto, que, quando se trata de crime hediondo, tal não se aplica. 11. Na linha 24, considerando-se a dupla regência do verbo impor e a presença do pronome ―mesmas‖, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra ―as‖ da expressão ―as mesmas renúncias‖. COMENTÁRIOS: 5. Resposta: Certa Inclusive daria um tom mais formal ao texto. 6. Resposta: Errada O sujeito de SERIA são 3 orações: puxar a corda, afiar a faca e assistir à execução o que exige o verbo no singular. 7. Resposta: Errada Pois a expressão QUE ALÍVIO refere-se ao fato de o soberano se encarregar da justiça, ele é o executor, e não ao sentimento de segurança. 8. Resposta: Certa SE ALGUÉM É EXECUTADO está na voz passiva analítica com a conjunção SE, e a proposta CASO SE EXECUTE está na passiva sintética com a conjunção CASO e o SE é pronome apassivador, e a segunda proposta da afirmativa SE CASO ALGUÉM SE EXECUTE está na voz reflexiva o que comprometeria a coerência textual. 9. Resposta: Correta O período que o antecede é AS EXECUÇÕES ACONTECEM EM LUGARES FECHADOS, DIANTE DE POUCAS PESSOAS: HÁ UMA ESÉCIE DE VERGONHA, e ESSA DISCRIÇÃO refere-se apenas à primeira oração: AS EXECUÇÕES ACONTECEM EM LUGARES FECHADOS, DIANTE DE POUCAS PESSOAS. 10. Resposta: Errada O texto diz É POSSÍVEL QUE HAJA CRIMES HEDIONDOS… determinando uma hipótese. 11. Resposta: Errada Pois AS MESMAS RENÚNCIAS é o sujeito do verbo impor. Com base no poema acima, julgue os itens subsequentes 12. Considerando-se as relações entre os termos da oração, verifica-se ambiguidade no emprego do adjetivo ―pensativos‖ (v. 40), visto que ele pode referir- se tanto ao termo ―vossos mortos‖ (v.38) quanto ao núcleo nominal ―olhos‖ (v.40). 13. No poema, que apresenta uma denúncia de atos de abuso de poder, foram utilizados os seguintes recursos que permitem que a poeta se dirija diretamente a um interlocutor: emprego de vocativo nos versos 1, 9 e 33 e de verbos na segunda pessoa do plural, todos no imperativo afirmativo. 14. O emprego do pronome possessivo em ―seus rutilantes vestidos‖ (v.12) evidencia que essa expressão corresponde à vestimenta usada por autoridades em eventos solenes. 15. No verso 23, a forma verbal ―nascidas‖, apesar de referir-se a todas as expressões nominais que a antecedem, concorda apenas com a mais próxima, conforme faculta regra de concordância nominal. 16. Os trechos ―Por sentenças, por decretos‖ (v.29) e ―Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos‖ (v.35- 4 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material 36) exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o meio empregado na ação representada pelo verbo a que se referem. COMENTÁRIOS: 12. Resposta: Errada Pois PENSATIVOS na posição em que se encontra na oração só pode se referir a OLHOS. 13. Resposta: Certa Se considerarmos que a expressão TODOS na afirmativa refira-se apenas aos seguintes verbos: LEVANTAI-VOS, SAÍ, VEDE E CONSIDERAI. Resposta: Errada Se considerarmos que a expressão TODOS se referir a todos os verbos do poema. 14. Resposta: Errada Pois são as autoridades que são SOLENES. 15. Resposta: Correta Pois se refere à MASMORRAS, FORTALEZAS, PESO E SEPULTURAS. 16. Resposta: Correta Pois os elementos destacados pela afirmativa também podem ser entendidos como meio com relação à modificação do verbo. SEGRE/CESPE/2013 Texto para as questões de 1 a 4 1 Quando meus amigos e colegas viram meu nome na lista de aprovados no vestibular para Letras, todos me fizeram a mesma pergunta: ―Mas você vai ser professor?‖ A pergunta, 4 embora bem-intencionada, não era feita como quem soubesse que há, na área, muitas ramificações e profissões possíveis (que eu poderia não ser professore, sim, pesquisador, revisor, 7 tradutor), mas, sim, como quem me pergunta se eu iria mesmo colocar a cabeça dentro da boca de um leão. De certa forma, é assim que é ser professor no Brasil, 10 conforme aprendi anos mais tarde, no meu primeiro concurso, pleiteando uma vaga no município. A prática me ensinou definitivamente o que era sugerido naquela pergunta dos meus 13 amigos: o salário não é bom, a rotina é cansativa, as reuniões pedagógicas são constantes, a necessidade de atualizar-se é diária e a docência, a relação com os alunos, é impactante. 16 Isso se dá especialmente quando lidamos com alunos problemáticos. Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas 19 também não estava preparado por ela no meu primeiro dia à frente de uma sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-me professor muito depois de receber o 22 diploma com a habilitação. Acho que posso dizer que fui lapidado com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz quatro anos desde aquele primeiro dia. 25 Porém já tenho as minhas certezas: ser professor poderia ser muito mais confortável, poderia ser muito menos estafante, mas vale todos os momentos. E isso aprendi no dia 28 da minha estreia: já lá conheci a incrível sensação de passar conhecimento útil para alguém e ver que essas novas informações foram apreendidas. 31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não 34 fazem ideia da emoção que causa. Escolhi ser professor e escolho diariamente colocar-me nessa posição desvalorizada, mal paga, cansativa, mas recompensadora como poucas outras 37 profissões são capazes de possibilitar. André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações). 01. Acerca das relações de sentido estabelecidas no texto e de aspectos gramaticais, assinale a opção correta. A Seria introduzido erro de concordância no texto, se a forma verbal ―fazem‖ (R.34) fosse substituída por faz. B O trecho ―que os outros julgam louca‖ (R.33) constitui uma oração coordenada. C Os pronomes ―mesma‖ (R.3) e ―mesmo‖ (R.7) exercem a mesma função sintática. D As relações de sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidas, se o trecho ―É mesmo comparável‖ (R.31-32) fosse substituído por: O mesmo é comparável. E A correção gramatical do texto seria mantida caso o termo ―Então‖ (R.31) fosse substituído por Agora. 02. Com base nas ideias desenvolvidas no texto, verifica- se que o autor A justifica que a desvalorização e a baixa remuneração dos professores fizeram que a maioria deles decidisse ser professor que finge fazer seu trabalho. B partilha da ideia de que ser professor é encarar o desafio de ―colocar a cabeça dentro da boca de um leão‖. C apresenta um histórico da profissão de professor e dos desafios enfrentados por esse profissional em seu cotidiano. D sugere que o salário de professor é baixo porque a rotina docente é muito leve e as reuniões pedagógicas são escassas. E considera muito pouco gratificante a profissão de professor, mesmo considerando motivadora a atribuição de transmissão de informação útil a outras pessoas. 03. Com referência a aspectos gramaticais do texto, assinale a opção correta. A A conjunção ―Porém‖ (R.25) estabelece relação de subordinação sintática entre o parágrafo que ela inicia e o anterior. B O sentido do texto não seria contrariado se, em lugar de ―estafante‖ (R.27), tivesse sido empregado o adjetivo cansativo. C Se o termo ―bem-intencionada‖ (R.4) fosse substituído por bem-vinda, não haveria alteração do sentido original do texto. D Na linha 13, o sinal de dois-pontos introduz uma sequência de orações subordinadas adjetivas. E O termo ―também‖ (R.19) assume valor de negação, porque está antecedido da conjunção ―mas‖ (R.18). 04. Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir A ―há‖ (R.5) por existe. B ―muitas‖ (R.5) por bastante. C ―conforme‖ (R.10) por conquanto. D ―se dá‖ (R.16) por ocorre. E ―embora‖ (R.4) por contudo. 05. Assinale a opção em que foram atendidas as regras de emprego ou de omissão do sinal indicativo de crase. A Devido a rachadura abaixo de uma das janelas, à frente da escola havia sido totalmente restaurada. LÍNGUA PORTUGUESA 5 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material B Naquela escola, o professor experimentou a incrível sensação de transmitir conhecimento útil à pessoas em formação. C A escolha de ser professor é comparável a ação de colocar a cabeça dentro da boca de um leão. D Com relação a constante necessidade de atualização, o professor manifestou seu desagrado ao diretor da escola. E Perguntaram àquela professora se ela iria mesmo colocar a cabeça dentro da boca de um leão. 06. Assinale a opção em que foram empregados corretamente os sinais de pontuação. A As pessoas, que dão valor, apenas, ao lado material da vida, não sabem, o que de valor há na vida. B Propõem-se situações semelhantes às do cotidiano nas quais o estudante terá a experiência, próxima da realidade, com que irá deparar-se. C A riqueza de um povo se revela por sua cultura pois, por meio dela podem-se perceber os valores que fundamentam as práticas de uma comunidade. D Os artefatos produzidos, têm seu valor econômico, mas é preciso também, levar em consideração seu valor simbólico. E De fato, enfrentaremos uma situação constrangedora, que será difícil de ser contornada; contamos, pois, com a colaboração de todos para superarmos este desafio. Texto 1 Quando, por exemplo, digo que utilizei uma linha de crédito de uma instituição ou que fiz uma compra parcelada, o meu estado emocional é muito diferente daquele que 4 experimento ao dizer que contraí uma dívida em uma instituição financeira. Na primeira fala, enquadrei a situação como um ganho e, na outra, como uma perda. 7 Quando nos encontramos em situações que são percebidas por nós como favoráveis e seguras, tendemos a relaxar e ficamos menos críticos e racionais, ao contrário do 10 que ocorre em situações desconfortáveis e arriscadas, nas quais ficamos imediatamente mais cautelosos. Essa reação gerada pela nossa percepção pode ter implicações sérias na nossa 13 conduta. Como, em geral, não gostamos e não sabemos lidar bem com perdas, tentamos evitá-las ou diminuí-las ao máximo. Adriana Spacca Olivares Rodopoulos. Internet: (com adaptações) 07. No que concerne às ideias desenvolvidas no texto, assinale a opção correta. A Depreende-se do texto que, por meio da linguagem, expressamos não só nosso ponto de vista em relação a fatos, mas também nosso estado emocional. B Segundo a autora do texto, as pessoas são cautelosas apenas em situações de risco. C De acordo com o texto, as pessoas que vivenciam muitas situações favoráveis e seguras são menos críticas. D A autora do texto esclarece que, atualmente, não contrai dívidas em instituições financeiras porque, sempre que o fez, ficou emocionalmente abalada. E Das informações expressas no texto infere-se que pagamentos parcelados não constituem dívidas com instituição financeira. 08. Mantêm-se o sentido e a correção gramatical do texto ao se substituir A ―que experimento ao dizer‖ (R. 3-4) por: experimentado quando digo. B ―enquadrei a situação como um ganho e, na outra, como uma perda‖ (R. 5-6) por: considerei a situação um ganho e, a outra, uma perda. C ―que são percebidas por nós como favoráveis e seguras‖ (R.7-8) por: onde julgamos favoráveis e cautelosas. D ―tentamos evitá-las ou diminuí-las‖ (R.14) por: buscamos evitar ou diminuir implicações sérias. E ―que utilizei uma linha de crédito‖ (R.1-2) por: que foi utilizado por mim uma linha de crédito. 09. Com relação ao tipo de linguagem adequadoa um expediente oficial, assinale a opção correta. A O redator de um expediente oficial deve utilizar todos os recursos convenientes para que o texto seja compreendido. Na hipótese de o destinatário da comunicação oficial ser pessoa com baixo grau de escolarização, por exemplo, pode-se empregar linguagem coloquial. B Os textos oficiais devem ser redigidos conforme a norma padrão da língua, isto é, devem primar pelo preciosismo, por meio do emprego de linguagem rebuscada e polida. C O tipo de linguagem empregado em comunicações oficiais é denominado padrão oficial de linguagem. D Em geral, a linguagem empregada em comunicações oficiais deve ser própria do meio em que circula, isto é, restrita aos seus usuários. E O emprego imotivado de linguagem técnica deve ser evitado em correspondências oficiais. Gabarito: 1 PROVAS COMENTADA Leia o texto abaixo para responder às questões 01 e 02. . TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA TIPOLOGIA TEXTUAL GÊNEROS TEXTUAIS A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto, foi criado o quadro abaixo, pautando-se no estudo de Luiz Antônio Marcushi. Tipos textuais Gêneros textuais Designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas. São os textos materializados encontrados em nosso cotidiano. Esses apresentam características sócio- comunicativas definidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal. Narração Carta pessoal, Carta comercial, 6 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material Descrição Argumentação Injunção Exposição Bilhete, Diário pessoal, Agenda, Anotações Romance, Resenha Blog, E-mail, Bate-papo (Chat), Orkut, Vídeo-conferência, Second Life (Realidade virtual), Fórum, Aula expositiva, virtual, Reunião de condomínio, Debate, Entrevista, Lista de compras, Piada, Sermão Cardápio, Horóscopo, Instruções de uso, Inquérito policial, Telefonema, etc. 1. Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Ex.: um romance, um conto, uma poesia, uma crônica literária. 2. Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Ex.: uma notícia de jornal, uma bula de medicamento. TEXTO LITERÁRIO TEXTO NÃO-LITERÁRIO Conotação, Figurado, Subjetivo, Pessoal Denotação Claro, Objetivo Informativo TIPOS DE COMPOSIÇÃO: 1. Descrição: Descrever é representar verbalmente um objeto, uma pessoal, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. Ex.: Ele descia a ladeira e vinha só. De cor era branco, de tez era pálido — dessa brancura descorada de criança que não come vitamina, filho de imigrante pobre que não herdou as cores rosadas da gente da terra velha e não adquiriu ainda o moreno igualitário da terra nova. Num pé só, calçava um acalcanhado sapato de lona. No outro, uma tira negra encordoada, que há tempos fora uma atadura. Vestia uma jardineira azul, que na certa pertencera a um menino mais velho, pois a barra das calças arrastava atrás; os bracinhos nus, ao frio da manhã sem sol, de tão arrepiados eram ásperos, azulados. Crônica Menino Pequeno, de Raquel de Queiroz 2. Narração: É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A Narração envolve: I. Quem? Personagem; II. Quê? Fatos, enredo; III. Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; IV. Onde? O lugar da ocorrência; V. Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; VI. Por quê? A causa dos acontecimentos; Ex.: TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E OUTROS ELEMENTOS DESEQUENCIAÇÃO TEXTUAL. Palavras como preposições, conjunções e pronomes possuem a função de criar um sistema de relações, referências e retomadas no interior de um texto; garantindo unidade entre as diversas partes que o compõe. Essa relação, esse entrelaçamento de elementos no texto recebe o nome de Coesão Textual. Há, portanto, coesão, quando seus vários elementos estão articulados entre si, estabelecento unidade em cada uma das partes, ou seja, entre os períodos e entre os parágrafos. Tal unidade se dá pelo emprego de conectivos ou elementos coesivos, cuja função é evidenciar as várias relações de sentido entre os enunciados. Veja um exemplo de um texto coeso: ―O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo que o Brasil não vai atender ao governo interino de Honduras, que deu prazo de dez dias para uma definição sobre a situação do presidente deposto Manuel Zelaya, abrigado na embaixada brasileira desde que retornou a Tegucigalpa, há uma semana. Caso contrário, o governo de Micheletti ameaça retirar a imunidade diplomática da embaixada brasileira no país, segundo informou comunicado da chancelaria hondurenha divulgado na noite de sábado, em Tegucigalpa‖. (Jornal O Globo – 27/09/2009) Quando um conectivo não é usado corretamente, há prejuízo na coesão. Texto excluído – disponível somente na apostila completa 04. Assinale a afirmação falsa: REGRA ANTIGA REGRA NOVA A Antiibérico Anti-ibérico B Auto-observação Auto-observação C Contra-almirante Contra-almirante D Micro-ondas Microondas 05. Assinale o item falso. A) Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante: hiper-requintado, inter-racial, inter- LÍNGUA PORTUGUESA 7 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material regional, sub-bibliotecário, super-racista, super- reacionário, super-resistente, super-romântico B) Nos demais caos não se usa o hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. C) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum- navegação, pan-americano. D) Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, Interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo E) Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, NUNCA se usa o hífen: alémmar, alémtúmulo, aquémmar, exaluno, exdiretor, exhospedeiro, exprefeito, expresidente, pósgraduação, préhistória, prévestibular, próeuropeu, recémcasado, recémnascido, semterra 06. Assinale o item que traz a informação VERDADEIRA. A) Não se deve usar o hífen com os sufixos de origem tupiguarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoréguaçu, anajámirim, capimaçu. B) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio- São Paulo. C) Deve-se usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: Gira-sol, madre- silva, manda-chuva, para-quedas, para-quedista, ponta-pé D) Para clareza gráfica,se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele não deve ser repetido na linha seguinte. Ex.: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. Ex.: O diretor recebeu os ex- alunos. GABARITO COMENTADOS 01. GABARITO b Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. 02. GABARITO e E) Não se usa hífen nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducaçao, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. 03. GABARITO D D) Contrariando a regra geral o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o (a mesma vogal o que contraria a regra geral): coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante 04. Gabarito d REGRA ANTIGA REGRA NOVA Microondas Micro-ondas REGRA ANTIGA: Os elementos MICRO, MACRO e MINI não admitem o hífen: macrorregião, microcomputador, miniconselho. REGRA NOVA: Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal: contra- almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas, micro- ônibus, semi-internato, semi-interno 05. GABARITO E Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex- diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós- graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém- casado, recém-nascido, sem-terra 06. B A) Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. CUIDADO ESSA REGRA MUDOU TOTALMENTE EM RELAÇÃO À ANTIGA. C) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: Girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé D) Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Ex.: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. Ex.: O diretor recebeu os ex-alunos. ORTOGRAFIA OFICIAL CONCEITO Ortografia (deriva das palavras gregas ortho = “correcto) + graphos = "escrita") é a parte da Gramática que trata do emprego da grafia correta das letras e dos sinais gráficos. São diversas as regras que tratam da grafia de palavras. Analisaremos, aqui, as mais importantes. ALGUMAS REGRAS BÁSICAS Emprego das letras K, W e Y Em palavras estrangeiras aportuguesadas, o K foi substituído por c ou qu; o W, por u ou v; o Y, por i: Ex.: Uísque, Iorque, sanduíche, vermute, Válter, Osvaldo, jóquei, guarani, viquingue. Usa-se a letra H Hábito, hérnia, hesitar, ah!, oh!, Bahia (cuidado! baiano), Não se usa-se a letra H Ontem, úmido, ume, iate, ombro, erva (cuidado! herbívoro, herbicida), inverno (cuidado! hibernal), reaver (re + haver), desonesto (des + honesto), turboélice (turbo + hélice). Emprego do I Texto excluído – disponível somente na apostila completa 8 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material O PRONOME CONCEITO: Pronome é a palavra que substitui o substantivo ou acompanha o substantivo, definindo-lhe os limites de significação. Ex: Meu irmão comprou um livro, mas não o leu. Meu pronome que acompanha o subst. irmão. O pronome que substitui o substantivo livro. CLASSIFICAÇÃO: a) Pronomes pessoais: representam as três pessoas gramaticais. Pessoa Gramatical Reto Oblíquo Átono Tônico 1ª do singular eu me mim, comigo 2ª do singular tu te ti, contigo 3ª do singular ele/ ela se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela 1ª do plural nós nos nós, conosco 2º do plural vós vos vós, convosco 3º do plural eles/elas se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas. As formas alomórficas de O, A, OS, AS Transformam-se em LO, LA, LOS, LAS: após formas verbais terminadas em R, S, Z. — Você fez o exercício? — Sim, fi-lo. — Você fez a questão? — Sim, fi-la. — Pedro quis a refeição? — Sim, qui-la. — É preciso enfeitar as mesas. — Sim, é preciso enfeitá-las TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA QUESTÕES COMENTADAS 01. Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode NÃO estar no gerúndio é: a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente; b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras; c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar; d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros; e) O atleta viajou, completando sua missão. COMENTÁRIO: O verbo "vir" faz o particípio e o gerúndio de uma única forma: "vindo". 02. Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antônio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando do campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no: a) mais-que-perfeito do indicativo; b) imperfeito do indicativo; c) futuro do pretérito; d) imperfeito do subjuntivo; e) presente do subjuntivo. COMENTÁRIO: O tempo verbal usado para se referir a uma ação no passado que aconteceu antes de outra ação também no passado se chama pretérito-mais-que-perfeito. ┌Pret. Perfeito Quando o árbitro apitou, a bola já entrara. Pret. Mais-Que-Perfeito┘ O tempo MAIS-QUE-PERFEITO como o próprio nome diz: MAIS que o PERFEITO; ou seja, um acontecimento anterior a outro também no passado. A bola havia entrado antes de o árbitro ter apitado; ambas ações já aconteceram. VERBO: IMPERATIVO 03. ―recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália.‖; se em lugar da terceira pessoa, o autor do texto empregasse a segunda pessoa do singular, as formas convenientes dos verbos seriam: a) recusa / não troca; b) recusas / não trocas; c) recusa / não troques; d) recuse / não troca; e) recuses / não trocas. COMENTÁRIO: RECUSE/ NÃO TROQUE Esses verbos pedem para você fazer ou não fazer algo; estamos, desse modo, diante do modo imperativo, o qual na 3ª pessoa advém do modo subjuntivo: que eu recuse, que tu recuses, que você recuse →recuse o convite; que eu troque, que tu troques, que você troque→ não troque seu número. A questão pede para passar para a 2ª pessoa do singular: para o imperativo afirmativo, você usa o presente do indicativo menos a letra s; eu recuso, tu recusas → recusa teu convite. para o imperativo negativo, você utiliza o presente do subjuntivo sem alterações: que eu troque, que tu troques → não troques teu convite com ninguém. Gabarito: EXERCÍCIOS COMENTADO Verbo: reconhecimento do tempo de modo verbais. 01. ... os nobres enviavam marinheiros mundo afora ... LÍNGUA PORTUGUESA 9 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que os do grifado acima está na frase: (A) ... todas tratam o colecionismo como algo mais que um simples passatempo de adolescentes. (B) Mas não pense que todo colecionador... (C) Quem passa da adolescência... (D) Os portos de Roterdã e Amsterdã enchiam-se de coisas maravilhosas e exóticas. (E) Sem elas, até mesmo a paisagem de alguns países seria diferente. COMENTÁRIO ENVI A VA M Radica l V. T. DMT* DNP* * *Desinência Modo Temporal do Pretérito Imperfeito do Indicativo para os verbos de 1ª conjugação. Em se tratando da 2ª e 3ª conjugações a DMT é IA. ** Desinência Número Pessoal (A)tratam: presente do indicativo. (B) não pense: imperativo negativo. (C) passa: presente do indicativo. (D) enchiam-se: pretérito imperfeito do indicativo. (E) seria: futuro do pretérito. VOZES VERBAIS 02. Ele não é emitido por motores... Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma verbal correta passa a ser (A) emitia. (B) emitem. (C) tinham emitido. (D) serão emitidos. (E) é para ser emitido. COMENTÁRIO Ele não é emitido por motores... Esta oração está na voz passiva, você deve passá-la para a ativa. Siga os passos: conte os verbos, verifique o tempo e o modo verbal, encontre o sujeito (que será o OBJETO DIRETO, na ATIVA), encontre o agente da passiva (que será o SUJEITO, na ATIVA). É EMITIDO: 2 verbos na passiva, 1 na ativa. Eliminam- se, desse modo, os itens C, D, E. É EMITIDO: verbo no presente do indicativo. A resposta deve trazer o verbo no mesmo tempo e modo. Eliminam- se, portanto, os itens A, C, D. MODO VERBAL 03. Até o fim do século, dizia-se, seria preciso usar máscaras de oxigênio nas cidades... O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto, (A) prolongamento de um fato que se realiza até o momento presente. (B) declaração real com um limite determinado de tempo. (C) ideia aproximada da realização de um fato atual. (D) possibilidade de realização de um fato a partir de certa condição. (E) afirmação categórica a partir de uma situação anterior. COMENTÁRIO SERIA: RIA é a DMT do Futuro do Pretérito. Este é um futuro que tem um pé no passado. Só chega a se realizar se você tivesse feito algo no passado. É também conhecido como Futuro Condicional, pois está depende de uma condição para se realizar. Mais um pouco... Emprega-se o futuro do pretérito para assinalar: Um fato futuro em relação a outro no passado o "Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria. (Álvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanhã). Uma ironia ou um pedido de cortesia: o Daria para fazer silêncio! o Poderia fazer o favor de sair!? Verbo 04. O verbo corretamente flexionado está grifado na frase: (A) As tropas americanas não conteram os ataques da população enfurecida à Biblioteca Nacional. (B) Saqueadores de museus contrabandeiam obras de raro valor arqueológico no mercado internacional. (C) Nazistas se proporam a destruir, em enormes fogueiras, livros considerados perigosos na Alemanha. (D) O problema que sobreviu à invasão americana no Iraque foi a destruição de peças arqueológicas raríssimas. (E) Os invasores do Iraque não antevieram as funestas consequências dos saques, como o contrabando de obras valiosas. COMENTÁRIO (A) conteram: segue o verbo TER: contiveram (B) contrabandeiam: segue os verbos terminados em EAR: passear, frear, arrear, cear, etc. Todos os verbos terminados em -ear têm o acréscimo da letra i, colocada imediatamente antes da terminação verbal (ar), somente nas formas rizotônicas. O verbo passear, então, tem a seguinte conjugação no Presente do Indicativo: Todos os dias eu passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos, vós passeais, eles passeiam; No Presente do Subjuntivo: espero que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que nós passeemos, que vós passeeis, que eles passeiem. Nenhuma outra estrutura verbal de nenhum outro tempo tem a letra i. (C) proporam: segue o verbo PÔR: propuseram (D) sobreviu: segue o verbo VIR: sobreveio (E) antevieram: segue o verbo VER: anteviram Modo Verbal 10 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material 05. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta metros ... O emprego do verbo grifado indica, no contexto, (A) dúvida provável. (B) certeza absoluta. (C) desejo realizável. (D) ação habitual. (E) surpresa real. COMENTÁRIO Uma oração que comece com que traz o verbo no modo subjuntivo. O mundo subjuntivo expressa DÚVIDA, POSSIBILIDADE, PROBALIDADE, DESEJO. 06. As frases abaixo estão transpostas para o plural, mas o verbo grifado NÃO corresponde à sua forma de singular em: (A) o homem tem sua carne = os homens têm sua carne. (B) um desconhecido o vê = uns desconhecidos os veem. (C) um telhado o esconderá = uns telhados os esconderão. (D) assim como o vi aparecer = assim como os vimos aparecerem. (E) e que eu o veja = e que nós os vemos. COMENTÁRIO (E) e que eu o veja = e que nós os VEJAMOS. Vozes Verbais 07. ... a literatura carioca já registrava com frequência o termo samba. Transpondo para a voz passiva, a forma verbal grifada passa a ser, corretamente, (A) registrou. (B) devia registrar. (C) fora registrado. (D) era registrado. (E) seria registrada. COMENTÁRIO ... a literatura carioca já registrava com frequência o termo samba. O verbo destacado está no pretérito imperfeito do indicativo: isso implica que o verbo auxiliar na voz passiva deverá ficar no mesmo tempo e modo. Descartando, por esse motivo, as opções A (que está no pretérito perfeito), C (no pretérito-mais-que-perfeito), E (futuro do pretérito). VOZ ATIVA = a literatura registrava o termo samba. Sujeito VTD Objeto Direto V PASSIVA = o termo samba era registrado pela literatura Suj Paciente Locução Verbal Ag. Passiva Lembre-se de que da ATIVA para a PASSIVA o Objeto Direto vira Sujeito Paciente. TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA ANÁLISE SINTÁTICA DA ORAÇÃO CONCEITO DE ANÁLISE SINTÁTICA A análise sintática examina a estrutura do período, divide e classifica os elementos que o constituem e reconhece a função sintática de cada um desses elementos. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA ORAÇÃO A oração é constituída de termos essenciais, integrantes e acessórios. Os termos essenciais são as vigas-mestras de estrutura oracional: sujeito e predicado. Os termos integrantes completam o sentido da oração: objeto, predicativo, complemento nominal e agente da passiva. Os termos acessórios anexam dados secundários ao verbo e aos ―nomes‖ (substantivos e adjetivos): adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. Além desses há o vocativo, elemento alheio à estrutura da oração. SUJEITO É o ―ser de quem se diz alguma coisa‖. Pode ser: 1. SIMPLES: quando tem um só núcleo. Ex1.: O datilógrafo é o bom! Ex2.: Vendem-se lugares no Céu. TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA QUESTÕES COMENTADAS - PREDICAÇÃO VERBAL Predicação Verbal: VL, VI, VTD, VTI, VTDI 1. ... a quantidade de pesquisas científicas sofreu uma explosão. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... que segue etapas fragmentadas... (B) Um estudo é uma tese... (C) Ele responde a uma pergunta... (D) Fica com a pesquisa... (E) ... que carne ajuda no crescimento das crianças. COMENTÁRIOS: 1.QUEM SOFRE SOFRE ALGO: VERBO TRANSITIVO DIRETO (A) segue: VERBO TRANSITIVO DIRETO (B) é: LIGAÇÃO (C) responde a: VERBO TRANSITIVO INDIRETO LÍNGUA PORTUGUESA 11 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material (D) Fica: LIGAÇÃO. (E) ajuda no: VERBO TRANSITIVO INDIRETO Predicação Verbal: VL, VI, VTD, VTI, VTDI 2. O ensaísta venezuelano Fernando Báez traça um assustador painel histórico da eliminação de bibliotecas... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) Os livros são objetos frágeis. (B) ... e sua obra é um exaustivo inventário da destruição cultural. (C) ... o Iraque concentra peças de numerosas civilizações antigas... (D) ... que estariamentre os primeiros livros da história. (E) ... o primeiro grande ―memoricídio‖ do século XXI aconteceu no lugar... COMENTÁRIOS: Traça: VERBO TRANSITIVO DIRETO + um assustador painel histórico da eliminação de bibliotecas...: OBJETO DIRETO (A) são: V. LIGAÇÃO (B) é: V. LIGAÇÃO (C) concentra: VERBO TRANSITIVO DIRETO (D) estariam: V. LIGAÇÃO (E) aconteceu: VERBO INTRANSITIVO Predicação Verbal: VL, VI, VTD, VTI, VTDI 3. ... e regula a pressão arterial ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... que o verão de 2008 ... é a estação de alforria do sol. (B) ... o sol ascendeu ao posto de aliado da boa saúde ... (C) Quando os raios ultravioleta incidem sobre a derme ... (D) ... que cai na corrente sanguínea ... (E) ... ela filtra dois tipos de raios ultravioleta. COMENTÁRIOS: regula: Quem regula regula algo: VTD é: VL ascendeu: VTI incidem: VI cai: VI filtra: VTD Regência e Predicação Verbal (VI, VL, VTD, VTI, VTDI) 4. Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção... O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase: (A) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la. (B) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação. (C) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se tornou uma espécie de língua global. (D) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade de cada um. (E) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos. COMENTÁRIOS: O verbo ASSISTIR no sentido de presenciar é VERBO TRANSITIVO INDIRETO, isto é, exige complemento através de preposição (no caso A): Ex.: Assistimos ao jogo Ex.: Assistimos à vitória do Ceará. (A) A .... não tem propriamente uma cultura global ..., que possa distingui-la. Os dois verbos são VTD. (B) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação. Os dois verbos são VTD. (C) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se tornou uma espécie de língua global. HAVER: VTD TORNAR-SE: VLIGAÇÃO (D) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade de cada um. Os dois verbos são VTD. (E) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos. Quem discorda discorda de: VTI; o trecho sublinhado desempenha a função sintática de Objeto Indireto. O verbo COMPARAR é VTDI. Predicação Verbal (VL, VI, VTD, VTI, VTDI) 5. Quem acompanhou a trajetória do Programa Nacional do Álcool ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: (A) ... ninguém apostava no seu êxito imediato ... (B) ... com que ele não contava em experiências anteriores do uso do álcool ... (C) ... sabe de seus altos e baixos. (D) ... provocaram a queda das vendas desses veículos ... (E) ... que se tornaram residuais. COMENTÁRIOS: Quem acompanha acompanha algo ou alguém: VTD (A) Quem aposta aposta EM: VTI (B) Quem CONTA CONTA com: VTI (C) Este verbo ora é VTD ora é VTI: neste exemplo é VTI, acompanhado da preposição DE. 12 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material (D) Quem provoca provoca algo: VTD (E) TORNAR-SE: VL Regência e Predicação Verbal 6. O melhor é recorrer ao bom senso. A mesma regência exigida pelo verbo grifado acima está na frase: (A) Estuda seus movimentos e pontos fracos. (B) Não ostentar joias nem outros objetos de valor. (C) que coisas ruins só acontecem com os outros. (D) e andar com bolsas e sacolas junto ao corpo. (E) A observação do movimento também ajuda. COMENTÁRIOS: Que recorre recorre A: VTI (A) Estuda: VTD (B) ostentar: VTD (C) acontecem com: VTI (D) andar: VI (E) ajuda: VTD TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA GABARITO SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Por Exemplo: A menina comprou chocolate. Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação: a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. Por Exemplo: Saímos de manhã e voltamos à noite. b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). Por Exemplo: Não fui à aula porque estava doente. Oração Principal Oração Subordinada c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Por Exemplo: Fui à escola e busquei minha irmã que estava esperando. Oração Coordenada Oração Coordenada Oração Subordinada OBS.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa. ORAÇÕES COORDENADAS Oração coordenada é a que se coloca do lado de outra, sem desempenhar função sintática; são sintaticamente independentes. São ligadas por conectivos ou justapostas, ou seja, separadas por vírgula. Veja: A atriz falou aos jornalistas e despediu-se em seguida. 1ª oração 2ª oração Observe que a 2ª oração não está encaixada na 1ª, não funciona como termo da oração anterior, não se relaciona sintaticamente com nenhuma palavra da 1ª oração. CLASSIFICAÇÃO TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA QUESTÕES COMENTADAS 01. — sinônimo de ignorância, por se basear em hipóteses não demonstráveis. Observa-se no segmento transcrito acima, respectivamente, relação de (A) finalidade e explicação. (B) causa e explicação. (C) explicação e consequência. (D) consequência e causa. (E) consequência e finalidade. COMENTÁRIO: — sinônimo de ignorância, por se basear em ... sinônimo de ignorância, porque se baseia ... consequência causa Se você tem o período assim elaborado: Pedro não veio ao colégio porque estava doente. Oração Principal Or. Subord. Adv. Causal A oração que possui a conjunção (porque) é classificada como a subordinada adverbial causal; e a principal (Pedro não veio ao colégio) é a consequência da subordinada. Lembre-se de que causa e consequência andam sempre juntas. 02. Identifica-se relação de causa e consequência, respectivamente, na frase: (A) O típico destruidor de livros é um erudito que conhece profundamente determinada tradição religiosa ou ideológica... LÍNGUA PORTUGUESA 13 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material (B) O trajeto histórico do livro começa no que hoje é o Iraque. Foi naquela região que apareceram as primeiras evidências da escrita... (C) ... na cidade egípcia de Alexandria que, fundada no século III a.C., tinha provavelmente o maior acervo de livros do mundo antigo. (D) Os danos começaram com os bombardeios, mas a devastação maior se deu quando os primeiros combates cessaram. (E) Contrabandeados para fora do país, livros raros e peças arqueológicas alimentaram o mercado negro internacional. COMENTÁRIO: (A) O típico destruidor de livros é um erudito que conhece profundamentedeterminada tradição religiosa ou ideológica... Oração subordinada Adjetiva Restritiva (B) O trajeto histórico do livro começa no que hoje é o Iraque.(Pois) Foi naquela região que apareceram as primeiras evidências da escrita...Oração coordenada explicativa (C) ... na cidade egípcia de Alexandria que tinha provavelmente o maior acervo de livros do mundo antigo. Oração subordinada Adjetiva Restritiva (iniciada pelo pronome relativo QUE) (D) Os danos começaram com os bombardeios, mas a devastação maior se deu quando os primeiros combates cessaram. Oração coordenada sindética adversativa (iniciada pela conj. Coordenativa adversativa MAS). (E) Contrabandeados para fora do país, livros raros e peças arqueológicas alimentaram o mercado negro internacional. Oração Subordinada Adverbial Causal Reduzida de Particípio. 03. Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, por penetrar em camadas mais profundas. A frase grifada acima introduz, no contexto, noção de (A) causa. (B) condição. (C) consequência. (D) finalidade. (E) temporalidade. COMENTÁRIO: Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, (PORQUE) por penetrar em camadas mais profundas. A frase grifada acima introduz, no contexto, noção de CAUSA: é a causa do envelhecimento da pele. As conjunções causais são: PORQUE, VISTO QUE, UMA VEZ QUE, JÁ QUE, PORQUANTO, COMO; a expressão DEVIDO A também expressa CAUSA: Cheguei atrasado devido à chuva. Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, por penetrar em camadas mais profundas. Acelera o envelhecimento/ porque penetra em camadas mais profundas. A segunda Oração é a causa da ação da 1ª oração. A utilização da recém-inaugurada radiodifusão ajudou a expandir o gênero nacionalmente. Na década de 1940, o samba passa a ser sinônimo de brasileiro e ganha fama internacional, de forma que hoje o mundo inteiro vê o Brasil como berço do carnaval e do samba (sem falar do futebol, é claro!). A utilização da recém-inaugurada radiodifusão ajudou a expandir o gênero nacionalmente. Na década de 1940, o samba passa a ser sinônimo de brasileiro e ganha fama internacional, de forma que hoje o mundo inteiro vê o Brasil como berço do carnaval e do samba (sem falar do futebol, é claro!). Orações: Oração Intercalada 04. (sem falar do futebol, é claro!) A frase entre parênteses constitui, considerando-se o contexto, um comentário (A) que desconsidera o fato de que o esporte possa ser reconhecido como exemplo de valorização de um povo, como é o samba no Brasil. (B) que justifica o reconhecimento internacional de que o povo brasileiro herdou aspectos da cultura negra, inclusive no futebol. (C) cuja intenção é indicar a importância de um tipo de esporte que é mais valorizado do que as manifestações culturais do país, como a música. (D) restritivo, ao afastar uma atividade esportiva que, apesar de popular, não pode ser comparada a um carnaval, quanto à participação popular. (E) pessoal, que coloca o futebol no mesmo nível de importância dos ritmos e manifestações musicais mais populares no Brasil. COMENTÁRIO: ORAÇÃO INTERCALADA Dá-se o nome de oração intercalada ou interferente à oração que se insere em outra, com a finalidade de se fazer um esclarecimento, uma ressalva, uma advertência, um desabafo. Esse tipo de oração é sintaticamente independente e normalmente aparece entre vírgulas, travessões ou parênteses: Ex.: ―Tive (por que não direi tudo?), tive remorsos‖. (M. de Assis) Às vezes, não é apenas uma oração que se insere numa frase, mas um período composto: E ela – não existe quem possa provar o contrário – foi acusada de ladra. A frase entre parênteses constitui, considerando-se o contexto, um comentário pessoal (essa é a natureza da Oração Intercalada: um comentário pessoal), que coloca o futebol no mesmo nível de importância dos ritmos e manifestações musicais mais populares no Brasil. TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA 12. Há relação causa e consequência, respectivamente, no seguinte segmento do texto: 14 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material (A) A história de sua viagem é quase tão conhecida e reverenciada quanto a de Cristóvão Colombo. (B) Tamanha foi a força das revelações de Darwin sobre a origem e a transformação do mundo animal, das plantas e, em especial, da humanidade, que quase ninguém consegue ter uma visão muito clara hoje em dia ... (C) O desenvolvimento da genética, a partir do século XX, ajudou a explicar como funciona a transmissão das características hereditárias. (D) O naturalista sabia que suas ideias cairiam como uma bomba sobre uma sociedade habituada a buscar a verdade nas páginas da Bíblia. (E) À medida que seus estudos sobre a evolução das espécies se desenvolviam, entravam em choque com todos os dogmas religiosos. COMENTÁRIO: Há relação causa e consequência, respectivamente, no seguinte segmento do texto: (A) A história de sua viagem é quase tão conhecida e reverenciada quanto a de Cristóvão Colombo. Relação de Comparação (B) Tamanha foi a força das revelações de Darwin sobre a origem e a transformação do mundo animal, das plantas e, em especial, da humanidade, que quase ninguém consegue ter uma visão muito clara hoje em dia ...Or. Subordinada Adverbial Consecutiva (aquela que expressa consequência). A oração que está em negrito é a CAUSA. (C) O desenvolvimento da genética, a partir do século XX, ajudou a explicar como funciona a transmissão das características hereditárias. Or. Subordinada Substantiva Objetiva Direta: complementa o verbo EXPLICA. (D) O naturalista sabia que suas ideias cairiam como uma bomba sobre uma sociedade habituada a buscar a verdade nas páginas da Bíblia. Or. Subordinada Substantiva Objetiva Direta: complementa o verbo SABIA. (E) À medida que seus estudos sobre a evolução das espécies se desenvolviam, entravam em choque com todos os dogmas religiosos. Or. Subordinada Adverbial Proporcional. Texto No que se refere à queda da desigualdade, podemos mobilizar como vetor de causalidade a preservação das políticas de valorização do salário mínimo. Nesse caso, além dos efeitos benéficos para as ocupações de menos prestígio no setor formal, a positividade igualmente residiu em seus efeitos indiretos sobre a economia informal, as aposentadorias do regime geral e o nível de rendimento das camadas mais humildes do funcionalismo público. Também vale lembrar que em muitas localidades brasileiras, em especial nas regiões Norte e Nordeste, uma das poucas formas de circulação da renda monetária provém justamente do rendimento daquelas duas categorias. Assim, mesmo que tal evolução impacte as contas públicas, para fins de nossa análise suas derivações foram notadamente progressistas. Gabarito: REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL REGÊNCIA VERBAL A Regência Verbal se ocupa do estudo da relação entre VERBOS e os termos que os complementam (OBJETO DIRETO ou INDIRETO) ou caracterizam (ADJUNTO ADVERBIAL) Texto excluído – disponível somente na apostila completa EXERCÍCIOS COMENTADOS 01. Quanto à regência verbal, marque a opção correta: A) Meu Deus, esqueci da matéria da prova. B) Ainda bem que eu lembrei a matéria da prova. C) Você não obedeceu as ordens do patrão. D) Paulo namora com Maria, minha amiga de escola. E) Há muito ele aspirava o cargo de diretor. COMENTÁRIO: (A) Meu Deus, esqueci da matéria da prova. Esquecer e Lembrar Quando desacompanhados de pronome oblíquo, são VTD. Ex: Eu esqueci o problema. Quando acompanhados de pronome oblíquo, são VTI. Ex: Eu me esqueci do problema. A forma correta é Meu Deus, esqueci a matéria da prova. Meu Deus, esqueci-me da matériada prova (B) Ainda bem que eu lembrei a matéria da prova. Lembrar Quando desacompanhados de pronome oblíquo, são VTD. Ex: Eu lembrei o problema. Quando acompanhados de pronome oblíquo, são VTI. Ex: Eu me lembrei do problema. (C) Você não obedeceu ÀS ordens do patrão. Artigo que acompanha o substantivo ordens┐ Quem obedece obedece A1 + AS Preposição exigida pelo VTI obedecer┘ (D) Paulo namora Maria, minha amiga de escola. NAMORAR é verbo transitivo DIRETO: não há necessidade da preposição COM. (E) Há muito ele aspirava Ao cargo de diretor. ASPIRAR é verbo transitivo INDIRETO: há necessidade da preposição A. 02. Considere os itens seguintes: I. Os agentes penitenciários haviam deslocado-se para o presídio. II. Há menas confusão na rua. III. Cada um dos agentes prestarão juramento. LÍNGUA PORTUGUESA 15 www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material IV. Todos os agentes devem assistir ao hasteamento da bandeira. Marque a alternativa verdadeira. A) Em I, está correta a colocação do pronome oblíquo átono. B) Em II, está correta a concordância nominal. C) Em III, está correta a concordância verbal. D) Em IV, está correta a regência verbal. COMENTÁRIO: I. Os agentes penitenciários haviam deslocado-se para o presídio. O pronome oblíquo átono NUNCA pode ser colocado depois do verbo no particípio. A forma correta seria: Os agentes penitenciários haviam se deslocado para o presídio. Ou Os agentes penitenciários haviam-se deslocado para o presídio. II. Há menOs confusão na rua. Não existe a palavra MENOS. III. Cada um dos agentes prestarÁ juramento. Sujeito formado por Cada um dos agentes... Pronome Indefinido no singular + Elemento no plural O verbo concorda com o pronome indefinido no singular, obrigatoriamente. Ou seja, ficará no singular. I V. Todos os agentes devem assistir ao hasteamento da bandeira. Assistir no sentido de ver é VTI, exige a preposição A. Ex: Eu assisti ao filme. 03. Assinale a alternativa gramaticalmente correta. A) Não o conheço; como se atreve a falar-me? B) Não lhe conheço; como se atreve a falar-me? C) Não lhe conheço; como te atreves a me falar? D) Não o conheço; como atreves-te a me falar? E) Não conheço tu; como atreve a me falar? COMENTÁRIO: (A) Não o conheço; como se atreve a falar-me? Conhecer é VTD aceita o O como complemento. O O é pronome oblíquo átono da 3ª pessoa, e o SE também pertence a 3ª pessoa. Assim, está havendo fidelidade da pessoa gramatical. (B) Não lhe conheço; como se atreve a falar-me? Conhecer é VTD não aceita o LHE como complemento. (C) Não lhe conheço; como te atreves a me falar? Conhecer é VTD não aceita o LHE como complemento. (D) Não o conheço; como atreves-te a me falar? Conhecer é VTD aceita o O como complemento. O O é pronome oblíquo átono da 3ª pessoa, mas o TE pertence a 2ª pessoa. Assim, não está havendo fidelidade da pessoa gramatical. (E) Não conheço tu; como atreve a me falar? Depois do verbo, o pronome a ser usado é o oblíquo (te), não o pessoal (tu). TEXTO EXCLUÍDO – DISPONÍVEL SOMENTE NA APOSTILA COMPLETA Gabarito OCORRÊNCIA DE CRASE CONCEITO Crase é a fusão de a + a(s) Ex: Ele vai A1 + A2 feira Ele vai à feira. REGRA PRÁTICA Troca-se a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se, antes da masculina, aparecer ao(s), coloca-se o sinal da crase no a(s) antes da feminina. Ex: Ele vai à feira (Ele vai ao banco) Ele visitou a exposição (Ele visitou o salão de arte) CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE A crase é proibida antes das palavras que não apresentam o artigo a(s). a) Antes de masculinos Ex: Ele foi a pé para casa b) Antes de verbos Ex: A torcida começou a gritar. c) Antes de pronomes pessoais (inclusive os de tratamento) Ex: Nada disse a ela nem a Vossa Senhoria. d) Antes dos pronomes esta(s), quem e cuja(s). Ex: Essa é pessoa a quem pedi ajuda. e) Com a no singular + palavra no plural Ex: Ele se refere a acusações mentirosas. f) Entre duas palavras repetidas Ex: Ficamos cara a cara. g) Antes de nomes de cidades sem especificativo Ex: Ele gosta de ir a Fortaleza. Se o nome da cidade estiver caracterizado por um especificativo, ocorre crase. Ex: Ele gosta de ir à ensolarada Fortaleza. CASOS EM QUE OCORRE CRASE a) Locuções adverbiais femininas de: Tempo Ex: Ele chegou à noite e saiu às seis horas. Lugar Ex: Ninguém chegou à cidade. Modo Ex: Ele entrou às escondidas no armazém. 16 LÍNGUA PORTUGUESA www.editoradince.com.br Acesse e veja se há novidades a respeito deste material b) Locuções prepositivas ( à + palavra feminina + de) Ex: Nós ficamos à espera de ajuda. c) Locuções conjuntivas (à + palavra feminina + que ) Ex: O tempo esfria, à medida que escurece. CASOS EM QUE A CRASE É FACULTATIVA a) Antes de pronomes possessivos femininos Ex: A vizinha pediu ajuda à minha mãe A vizinha pediu ajuda a minha mãe b) Antes de nomes de mulher Ex: O juiz fez uma advertência à Paula O juiz fez uma advertência a Paula c) Depois da preposição até Ex: Eu andei até à esquina Eu andei até a esquina CRASE COM PRONOMES DEMONSTRATIVOS E RELATIVOS a) Preposição a + pronome demonstrativo a(s) O pronome demonstrativo a(s) aparece seguido de que ou de. Critério prático: Troca-se por um substantivo masculino o feminino que vem antes do a(s). Só ocorre crase se, com o masculino, aparecer ao(s) antes de que ou de. Ex: Esta casa é igual à que você comprou Este carro é igual ao que você comprou b) Preposição a + aquele(s) Critério prático: Troca-se aquele(s) por este(s). Só ocorre crase se aparecer a antes do este(s). Ex: Ele se refere àquele fato. Ele se refere a este fato Esse critério prático vale também para os demonstrativos aquela(s) e aquilo. c) Crase antes de qual / quais. Critério prático: Troca-se por um substantivo masculino o feminino anterior ao qual / quais. Só ocorre crase se, com o masculino, aparecer ao qual / aos quais. Ex: Estas são as crianças às quais me refiro. Estes são os alunos aos quais me refiro Texto excluído – disponível somente na apostila completa QUESTÕES COMENTADAS 01) ―Essas coisas,(...), escapam certamente à percepção popular...‖ (l. 46) Na passagem acima, existe o emprego correto da crase. Assinale a letra em que ele também deve ser aplicado: A) Ficaram cara a cara o réu e a testemunha B) Sua opinião foi semelhante a que defendi ontem C) Dadas as circunstâncias, atrasamos nosso relatório D) Vimos comunicar a Vossa Senhoria que acatamos a sua decisão E) Pela mente aflita do sertanejo passou a ideia de migrar para o Sul COMENTÁRIO: A) LOCUÇÕES ADVERBIAIS FORMADAS POR PALAVRAS REPETIDAS NÃO HÁ CRASE. B) ... FOI SEMELHANTE A1 + A2 (AQUELA) QUE... TEMOS DOIS A: O PRIMEIRO É UMA PREPOSIÇÃO EXIGIDA PELO ADJETIVO SEMELHANTE; O SEGUNDO A É UM PRONOME DEMONSTRATIVO QUE ANTECEDE O PRONOME RELATIVO QUE. ATENÇÃO!! O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as). Ex1: Sei o que digo. (Sei AQUILO que digo.) Ex2: Comprei uma casa igual A1 + A2 que você comprou. (Comprei uma casa igual à / que você comprou) (Comprei uma casa igual a + aquela que você comprou) A1 → Preposição exigida pelo adjetivo igual. A2 → Pronome Demonstrativo aquela. Ex3: Dentre as pessoas escolhi as que mais interessavam à escola. As – pronome demonstrativo (as = aquelas) Que – pronome relativo C) Dado o, dada a Dada a dificuldade em alugar uma casa, ficaremos no apartamento. Que não se faça confusão com a locução "devido a", apesar da semelhança de significado e uso. DADO sim é um particípio; não
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