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Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
1 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
2 
 
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Semana do Edital foi preparado com 
muito carinho para que você possa conhecer os 
conteúdos queridinhos da FGV! 
Nós deciframos os principais mistérios da prova! 
Não conte com a sorte, conte com o Ceisc. 
Esperamos você durante as aulas da Semana do 
Edital! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
3 
 
1ª FASE OAB | 39° EXAME 
Processo Penal 
5 conteúdos favoritos da FGV 
 
 
Sumário 
 
Conheça a 2ª Fase de Penal......................................................................................4 
1. Ação Penal .............................................................................................................. 5 
2. Competência ......................................................................................................... 8 
3. Provas ................................................................................................................. 11 
4. Prisão .................................................................................................................. 19 
5. Recursos ............................................................................................................. 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ceisc.com.br/quiz/teste-vocacional-2afase-ceisc
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
5 
 
1. Ação Penal 
 
 
 
1.1. Conceito 
Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso 
concreto. 
• Condições da ação: 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.1. Espécies da ação penal 
*Para todos verem: esquema 
Espécies
Pública
Condicionada
Representação
Requisição do 
Ministro da 
Justiça
Incondicionada
Privada
Personalíssima Exclusiva
Subsidiária da 
pública
Possibilidade 
jurídica do pedido
Legitimidade da 
parte
Interesse
Justa causa
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
6 
 
1.1.2. Ação Penal Pública 
• Manejada pelo Ministério Público através de denúncia; 
• Incondicionada; 
• Condicionada à representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP) 
ou requisição. 
 
1.1.3. Ação Penal Privada 
• Manejada por advogado através da queixa-crime; 
• Personalíssima; 
• Somente uma pessoa pode entrar com a ação; 
• A única situação está prevista no art. 236 do Código Penal; 
• Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP). 
 
Atenção: 
Art. 24, CPP 
§ 2o. Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse 
da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
1.2. Princípios 
 
 
 *Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÚBLICA
Obrigatoriedade: tendo elementos e 
de autoria e materialidade, o 
Ministério Púbico é obrigado a 
entrar com a ação penal
Indisponível: o Ministério Público 
não pode desistir da ação penal 
proposta
PRIVADA
Conveniência e oportunidade: 
renúncia
Disponível: perdão
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
7 
 
1.3. Institutos aplicáveis a ação penal privada 
*Para todos verem: esquemas 
 
 
 
 
 
 
1.4. Perdão 
• Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram; 
• Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias). 
 
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 
 
1.5. Principais artigos do CPP 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido 
os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado 
em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as 
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão 
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer 
hora. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
 
RENÚNCIA
Antes do início 
da ação penal 
Ato unilateral
Quando ofertado 
a um, atinge os
demais
PERDÃO
Após o início 
da ação penal 
Ato bilateral
Quando ofertado 
a um, atinge os 
demais
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
8 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou 
em parte. 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará 
a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da 
verdade. 
Art. 185 (...) 
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento 
em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do 
membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a 
publicidade do ato. 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento 
das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência 
ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que 
a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
I – prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso 
integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o 
deslocamento; 
II – viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante 
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância 
pessoal; 
III – impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não 
seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 
deste Código;IV – responder à gravíssima questão de ordem pública. 
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos 
em qualquer fase do processo. 
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, 
serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea 
nomeada pela autoridade. 
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes. 
2. Competência 
• Limite da jurisdição; 
• Advém de uma regra legal. 
 
 *Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
MATÉRIA
ABSOLUTA 
IMPRORROGÁVEL
PESSOA
ABSOLUTA 
IMPRORROGÁVEL
LUGAR
RELATIVA 
PRORROGÁVEL
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
9 
 
2.1. Guia de competência 
*Para todos verem: esquema 
 
• Prefeito: Tribunal de Justiça; 
• Governador: Superior Tribunal de Justiça; 
• Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal; 
• Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime; 
• Promotor em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime. 
 
 
 
 
Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e Governador, 
há dois critérios para foro de prerrogativa: 1) Esteja no cargo/diplomado; 2) Crime tenha relação 
com o cargo. 
*Para todos verem: esquema 
 
 
• Militar Eleitoral; 
• Comum (Estadual ou Federal). 
 
 
*Para todos verem: esquema 
 
• Regra: lugar de consumação | teoria do resultado; 
• Exceção: JECRIM | teoria da atividade. 
O autor tem foro por 
prerrogativa de função?1
Se a resposta for não à pergunta 
1, passamos a analisar em qual 
justiça será julgado.
2
Território/jurisdição3
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
10 
 
Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em 
consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da atividade. 
• Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu; 
• Mais de um domicílio: prevenção; 
• Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar 
conhecimento. 
*Para todos verem: esquema 
 
 
2.2. Causas de modificação da competência 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Ainda, o Código de Processo Penal prevê: 
 
 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de 
cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento 
frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local 
do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á 
pela prevenção. 
PREVENÇÃO
Quando incerta dívida
Crime permanente (sequestro)
Infração continuada
CONEXÃO
Intersubjetiva: simultaneidade, 
concurso ou reciprocidade 
Objetivas: material ou probatória
CONTINÊNCIA
Concurso de pessoas ou uma 
pessoa em concurso de crimes
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
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2.3. Como resolver questões sobre modificação de competência? 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
Atenção: no processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente 
o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver 
residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. 
 
2.4. Justiça Federal 
• Tribunal Regional Federal: Revisão Criminal. 
• Não é recurso, é ação autônoma de impugnação. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 3. Provas 
 
 
 
 
 
 
 
3.1. Conceito doutrinário 
Elementos produzidos pelas partes ou determinados pelo juiz, dentro de um processo 
estabelecido, visando à formação do convencimento do julgado quanto a atos, fatos e 
circunstâncias que interessam para a decisão da causa. 
Júri + outro crime
Tudo vai à Júri, exceto crime 
eleitoral, crime militar e ato 
infracional
Conexão e continência
Lugar do crime mais grave
Infrações da mesma 
categoria
Lugar de maior número de 
infrações
Juiz Federal
1. Nunca julga 
contravenção 
2. Julga crimes 
(crime político)
3. Bens, interesses ou 
serviços da União, autarquia 
e empresa pública
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
12 
 
Liberdade de provas: vige como regra, conforme art. 155 do CPP abaixo transcrito, no 
processo penal a ampla liberdade probatória. 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas. 
 
A exceção à ampla liberdade está no parágrafo único e refere-se ao estado das pessoas. 
Vejam: 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. 
 
3.2. Objetivo da prova 
Formar a convicção do juiz ou tribunal acerca dos elementos necessários para a decisão 
da lide. 
 
3.3. Princípios gerais da prova 
a) Princípio da autorresponsabilidade das partes: as partes assumem as 
consequências de sua inatividade, erro e atos intencionais. 
b) Princípio da audiência contraditória: toda prova admite a contraprova, não sendo 
admissível a produção por uma parte sem o conhecimento da outra. 
c) Princípio da aquisição ou comunhão da prova: a prova pertence ao processo. Não 
há prova de uma ou de outra parte. 
d) Princípio da oralidade: necessário haver predominância da palavra falada. Os 
depoimentos devem ser orais. 
e) Princípio da concentração: deve-se buscar concentrar toda a produção de prova na 
audiência. Audiência UNA (art. 400 do CPP). 
f) Princípio da publicidade: os atos judiciais (entre os quais a produção de prova) são 
públicos. Excepcionalmente admite-se o segredo de justiça para alguns casos, legalmente 
estipulados. (art. 93, IX, da CF) 
g) Princípio do livre convencimento motivado: as provas não recebem, previamente, 
um valor pela lei. Deve o julgador ter liberdade para valorá-las, limitando-se apenas aos fatos 
e circunstâncias constantes nos autos. 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
13 
 
3.4. Sistemas de valoração da prova 
1 – Sistema da certeza moral, da íntima convicção do juiz: permite que o juiz avalie a 
prova com ampla liberdade, decidindo ao final de acordo com sua livre convicção, sem 
necessidade de fundamentar a decisão. 
Cuidado! 
Como regra, não mais existe em nosso processo penal, prevalece no Tribunal do Júri – 
jurados não fundamentam a decisão. 
2 – Sistema da verdade legal, tarifado de provas: a lei atribui o valor a cada prova, 
cabendo ao juiz simplesmente fazer um cálculo aritmético. Não há convicção pessoal do 
julgador na valoração do contexto probatório, mas sim uma obediência estrita ao sistema de 
pesos e valores imposto pela lei. 
3 – Sistema do livre convencimento motivado, da persuasão racional do juiz: o juiz tem 
ampla liberdade na valoração das provas, mas deve fundamentar seu convencimento. 
Este é o sistema adotado pelo art. 93, IX, CF e art. 155 do CPP. 
 
3.5. Elementos informativos e prova: diferenças 
Anteriormente tal diferenciação era trabalhada tão somente pela doutrina, sendo que a 
partir da reforma de 2008 passou a constar também na lei (art. 155 do CPP). 
a) Elementos informativos: são aqueles obtidos na fase investigatória, sem a 
participação dialética das partes; caracterizam-se por não haver contraditório e ampla defesa 
quandoda sua produção. Presta-se para a fundamentação de medidas cautelares e também 
para a formação da opinio delicti do titular da ação penal. 
b) Provas: as provas têm seu regime jurídico ligado ao contraditório judicial, são 
aquelas produzidas com a participação do acusador e do acusado e mediante a direta e 
constante supervisão do julgador. 
Cuidado! Exceção: provas cautelares, não repetíveis e antecipadas, embora sejam 
produzidas na fase investigatória, podem ser utilizadas para fundamentar sentença 
condenatória, pois em relação a elas o contraditório é diferido. 
 
3.6. Ônus da prova 
Conceito: é o encargo que tem a parte de provar, pelos meios que em direito são 
admitidos, a veracidade do fato alegado. 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
14 
 
Prova da alegação incumbe a quem a fizer: 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao 
juiz de ofício: [...] 
 
3.7. Prova emprestada 
É aquela que foi produzida em um processo e depois será carreada para outro. Isso pode 
acontecer por certidão ou qualquer outro meio de autenticação para produzir efeitos como 
prova em outro processo. 
A prova emprestada sempre será considerada uma prova documental, ainda que no 
processo original tenha sido testemunhal ou, até mesmo, pericial. Não se admite prova 
emprestada carreada de inquérito policial. Primeiro porque ela não esteve sujeita ao crivo 
do contraditório, segundo porque nem prova ela é, e sim mero elemento informativo. 
 
3.8. Prova ilegal 
É ilegal toda vez que sua obtenção caracterize violação de normas legais ou de princípios 
gerais do ordenamento, de natureza processual ou material. 
Prova ilegal é gênero que tem como espécies: 
a) Provas ilícitas (obtidas por meios ilícitos): quando for obtida em violação a regra de 
direito material; em regra, a obtenção da prova ilícita é obtida fora do processo; é 
extraprocessual. 
Exemplo: confissão mediante tortura; prisão de traficante e apreensão de celular com 
últimas chamadas, mensagens. 
Na prova ilícita tem-se o chamado direito de exclusão, surgiu no Direito americano e 
se materializa através do desentranhamento e da inutilização da prova. 
b) Provas legítimas (obtidas por meios ilegítimos): sua obtenção viola uma regra de 
direito processual; além disso, em regra, a ilegalidade ocorre no momento de sua produção no 
processo; é intraprocessual. 
Exemplo: juntada e leitura de documentos no plenário do júri com menos de três dias 
úteis de antecedência. 
Prova ilegítima deve ser analisada através da teoria das nulidades. 
 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
15 
 
3.9. Prova ilícita por derivação 
Meios probatórios que, não obstante, produzidos em momento posterior, encontram-se 
afetados pelo vício da ilicitude originário, que a ele se transmite contaminando-os por efeito de 
repercussão causal. 
Teoria dos frutos da árvore envenenada. 
Essa teoria é adotada no Brasil (STF – RHC no 90.376/RJ). 
 
Art. 157. [...] § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo 
quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as 
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
 
3.9.1. Limitações a prova ilícita 
Fonte independente: 
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, 
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos 
e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao 
fato objeto da prova. 
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta 
será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. 
 
3.10. Princípio do nemo tenetur se detegere 
O acusado não é obrigado a produzir prova contra si mesmo; muitos doutrinadores dizem 
que esse princípio é o direito ao silêncio; mas o silêncio é uma forma desse princípio; esse 
é o princípio que veda a autoincriminação. 
O direito ao silêncio ou de ficar calado – art. 5o, LXIII, CF. 
Direito de não praticar qualquer comportamento ativo que possa lhe incriminar. 
 
3.11. Provas em espécie 
Exame de corpo de delito: obrigatoriedade (ainda que haja confissão do acusado). 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando 
se tratar de crime que envolva: 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal na OAB 
16 
 
I – violência doméstica e familiar contra mulher; 
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 
 
Impossibilidade do ECD. Supressão pela prova testemunhal. 
 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
 
Atenção! Questões pontuais: 
• O EDCL poderá ser feito em qualquer dia e horário. 
• A autópsia deverá ser feita pelo menos seis horas após a morte, salvo se os peritos 
entenderem (e isso deverá constar do auto) que ela pode ser realizada antes. 
• Os cadáveres serão fotogravados na posição em que se encontrarem. 
 
ECDL e lesão corporal: se o primeiro for incompleto, poderá ser feito outro. Se o exame 
tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser 
feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime. A falta de exame 
complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal. 
Perícia de laboratório: os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de 
nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou 
microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
Crimes com rompimento de obstáculo ou escalada: os peritos, além de descrever os 
vestígios, indicarão com que instrumentos, por quais meios e em que época presumem ter sido 
o fato praticado. 
Incêndios: os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo 
que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu 
valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato. 
Exame grafotécnico: 
 
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, 
observar-se-á o seguinte: 
I – A pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, 
se for encontrada; 
II – Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa 
reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre 
cuja autenticidade não houver dúvida; 
III – A autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que 
existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se 
 Semana do Edital | 39º Exame de Ordem 
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17 
 
daí não puderem ser retirados; 
IV – Quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, 
a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a 
pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em 
que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. 
 
Segundo a melhor doutrina, a previsão do inciso IV não foi recepcionada pela 
Constituição Federal, pois ele fere o princípio do nemo tenetur se detegere. 
Perito: é um auxiliar da Justiça, compromissado,portador de um conhecimento técnico 
e sem impedimentos. Espécies: 
• Oficial – 1 (concursado) 
• Louvado ou não oficial – 2 
 
Não podem ser peritos: 
 
Art. 279. Não poderão ser peritos 
I – Os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos nos I e IV do art. 69 
do Código Penal; 
II – Os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o 
objeto da perícia; 
III – os analfabetos e os menores de 21 anos. 
 
Atenção! 
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição 
dos juízes. 
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
 
Assistente técnico: serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, 
ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente 
técnico. O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos 
exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão. 
ECDL e o juiz: 
 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou 
em parte. 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará 
a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da 
verdade. 
 
Interrogatório: alterações trazidas pela Lei no 11.719/2008. Reforçou a natureza de ser 
um meio de defesa. Passou a ser o último ato de instrução (dentro da audiência una – art. 400 
do CPP). O STF passou a entender que esse procedimento se aplica aos processos de sua 
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18 
 
competência originária. No caso de mutatio libelli pode o juiz proceder a novo interrogatório. O 
interrogatório é ato não preclusivo (qualquer tempo). 
 
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido 
fundamentado de qualquer das partes. 
 
Ausência de interrogatório: nulidade relativa ou nulidade absoluta? Prevalece que se 
trata de nulidade absoluta, cujo prejuízo é presumido. Tal prejuízo é de ordem constitucional 
– ampla defesa. 
Prova testemunhal: 
• O depoimento deverá ser oral, não sendo possível trazer por escrito; 
• É possível, todavia, consultar apontamentos; 
• Não poderá a testemunha se eximir da obrigação de depor; 
• As testemunhas não poderão ouvir o depoimento uma das outras; 
• São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, 
quiserem dar o seu testemunho. 
 
Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes 
mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 
206. 
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das 
indicadas pelas partes. 
§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se 
referirem. 
§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que 
interesse à decisão da causa. 
 
Dispensa e proibição: 
 
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, 
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o 
cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, 
salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do 
fato e de suas circunstâncias. 
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício 
ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, 
quiserem dar o seu testemunho. 
 
Procedimento: não mais vige o sistema presidencialista. Atualmente o sistema é o do 
crossexamination (inspiração americana). 
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 Processo Penal na OAB 
19 
 
Perguntas diretas pelas partes às testemunhas: 
 
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não 
admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a 
causa ou importarem na repetição de outra já respondida. 
 
 
4. Prisão 
*Para todos verem: esquema 
 
4.1. Temporária (só cabível na fase do Inquérito Policial) 
• 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias; 
• Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. 
 
4.2. Flagrante 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal (próprio) ; 
II - acaba de cometê-la (próprio); 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio); 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração (presumido). 
Observações! Juiz, MP e Família devem ser IMEDIATAMENTE comunicados: 
• Em 24 horas; 
• Deve ser expedida a nota de culpa; 
• Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia); 
• Falta de testemunha não impede o flagrante; 
Prisões 
cautelares
Preventiva
Art. 311, 312, 313 e 
318-A do CPP
Temporária Lei 7.960/89
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• Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização 
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a 
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. 
 
4.3. Preventiva 
• Cabe na fase do IP ou da Ação Pena; 
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz; 
• Quando ilegal deve ser relaxada (art. 5º, LXV da CF); 
• Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP); 
• Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP. 
 
Cabível: 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
• Deve ser revista a cada noventa dias; 
• Possível ser ser domiciliar (art.318 do CPP); 
• Direito da Mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do 
CPP). 
P
re
v
e
n
ti
v
a
Ordem Pública;
Ordem Econômica;
Assegurar a aplicação da Lei Penal;
Conveniência da Instrução Criminal;
Descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de 
outras medidas cautelares;
Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta 
não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la.
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21 
 
5. Recursos 
 
Recurso é o meio processual adequado para impugnar decisões judiciais dentro de uma 
mesma relação jurídica, provocando o reexame das questões. 
No processo penal os prazos são contados nos termos do artigo 798 do CPP, de forma 
contínua, não se interrompendo pelos sábados, domingos ou feriados, portanto, diferente do 
processo civil. Por exemplo, se a intimação da sentença penal condenatória ocorrer numa 
quinta-feira e tivermos que interpor o recurso de apelação (prazo de 5 dias – art. 593 do CPP), 
o primeiro dia será sexta, o segundo sábado, o terceiro domingo, o quarto segunda e o último 
dia será terça-feira. 
Outra questão importante quando se trata de processo penal é a proibição de reformatio 
in pejus quando estivermos diante de um recurso exclusivo da defesa, nos termos do art. 617, 
parte final, do CPP. Portanto, fique atento na sua prova, quando somente a defesa interpor 
recurso, o julgamento não poderá prejudicar de forma alguma o acusado. 
Para auxiliar no conhecimento das hipóteses recursais, segue uma tabela, indicando a 
base legal e algumas informações importantes, vejamos: 
 
*Para todos verem: quadro comparativo 
 
Recurso Base legal Prazo Dicas importantes 
 
 
 
Recurso em 
sentido estrito 
 
 
 
 Arts. 581 a 592 
do CPP 
 
 Súmula nº 707 
do STF 
 
 
 
5 dias (interposição) 
2 dias (razões) 
2 dias (contrarrazões) 
Em regra, a decisão que rejeita a peçaacusatória é recorrível via Recurso no 
sentido estrito. 
No JECRIM utiliza-se apelação. 
No júri caberá RESE para pronúncia e 
desclassificação. 
As hipóteses previstas nos incisos XII, 
XVII, XIX e XXIII do art. 581 do CPP 
são passíveis de Agravo em 
Execução, pois estão revogados 
tacitamente. 
 Atenção: nova hipótese do inc. XXV. 
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Apelação 
 
 
 
 
Arts. 593 a 603 
do CPP 
 
 
 
5 dias (interposição) 
8 dias (razões) 
8 dias (contrarrazões) 
 
Súmula 705 do STF. 
Possibilidade de apresentar razões 
perante o Tribunal de Justiça (razões 
extemporâneas e irregularidade) – art. 
600, §4º do CPP. 
Limitadas as hipóteses de apelação no 
Tribunal do Júri – art. 593, III, do CPP: 
somente em virtudes daqueles 
fundamentos legalmente estabelecidos 
(Súmula 713 do STF). 
 
 
 
 
 
Apelação no 
JECRIM 
 
 
 
Art. 82 da Lei 
9.099/96 
 
10 dias 
(interposição e 
razões em conjunto) 
 
10 dias 
(contrarrazões) 
 
Prazo único. 
Não se aplica o art. 600, §4º do CPP. 
Julgado pela TRC (Turma Recursal 
Criminal). 
Cabimento contra a rejeição da peça 
acusatória. 
 
 
Embargos 
declaratórios 
do CPP 
 
Art. 382 do CPP 
(sentença) 
 
Art. 619 do CPP 
(acórdão) 
 
 
 
2 dias para oposição 
 
Dirimir ambiguidade, contradição ou 
omissão. 
De acordo com a doutrina, os 
embargos do CPP interrompem o prazo 
para eventual recurso cabível. 
 
 
 
Embargos 
declaratórios 
do JECRIM 
 
 
Art. 83 da 
Lei 9.099/95 
 
 
5 dias para oposição 
 
Dirimir obscuridade, contradição ou 
omissão. 
Expressamente, conforme consta na 
Lei, os embargos interrompem o prazo 
para interposição de recurso. 
 
Embargos 
infringentes e 
de nulidades 
 
Art. 609, § único, 
do CPP 
 
10 dias para 
oposição 
 
Recurso privativo da defesa. 
Decisão não unânime e desfavorável ao 
réu. 
 
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Carta 
testemunhável 
 
 
 
Art 639, ss... 
do CPP 
 
 
 
48 horas 
 
Denegar recurso ou quando admiti-lo 
obstar à sua expedição e seguimento. 
Recurso residual, utilizado quando não 
houve recurso próprio. 
(Ex: denegar RESE ou Agravo em 
Execução.) 
 
 
Recurso 
Ordinário 
Constitucional 
em Habeas 
Corpus 
 
 
Art. 102, II, “a” 
e 
105, II, “a” da CF 
 
 
5 dias 
 
Cabível de decisão denegatória de 
Habeas Corpus proferida no âmbito 
dos Tribunais. 
Lembrar que se o habeas corpus for 
denegado por juiz de direito, caberá 
RESE. 
 
 
Recurso 
Ordinário em 
mandado de 
segurança 
 
 
Art. 105, II, “b”, 
da CF e art. 33 
da lei 8.038/90 
 
 
15 dias 
 
Cabível de decisão denegatória de 
mandado de segurança no âmbito do 
TJ’S e TRF’S. 
 
Recurso 
especial 
 
 
Art. 105, III, CF 
 
15 dias 
 
Exigência do prequestionamento da 
matéria objeto de recurso. 
 
 
 
Recurso 
extraordinário 
 
 
 
Art. 102, III, 
da CF 
 
 
15 dias 
 
Exigência do prequestionamento da 
matéria objeto de recurso. 
Demonstração da repercussão 
geral. 
 
 
Agravo em 
Execução 
Penal 
 
Art. 197 da LEP 
 
5 dias 
Súmula 700 do STF 
 
Cabível contra as decisões 
proferidas pelo Juiz da Vara de 
Execução Criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.youtube.com/watch?v=yCnHXxGW4EM
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