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AQUISIÇÃO DA POSSE

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–
 
 
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o 
momento em que se torna possível o 
exercício, em nome próprio, de qualquer dos 
poderes inerentes à propriedade. 
 Dessa forma, considera-se adquirida a 
posse quando a realidade demonstrar 
que o agente passou a exercitar, na 
prática, qualquer dos poderes de 
usar, gozar ou fruir, dispor da coisa, 
ou mesmo reivindicá-la. 
quem pode adquirir a posse de um bem? 
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida 
I - pela própria pessoa que a pretende ou por 
seu representante; 
II - por terceiro sem mandato, dependendo 
de ratificação. 
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros 
ou legatários do possuidor com os mesmos 
caracteres. 
Art. 1.207. O sucessor universal continua de 
direito a posse do seu antecessor; e ao 
sucessor singular é facultado unir sua posse à 
do antecessor, para os efeitos legais 
 Nessas ambas dicções legais, parece 
que a intenção do legislador foi 
assimilar o conceito de sucessor 
universal ao herdeiro. O sucessor 
universal continua a posse do 
antecessor. 
 Desse modo, se a posse do autor da 
herança era viciada, continuará 
viciada com o herdeiro. Tal situação 
pode levar a iniquidades. (...) 
 Por outro lado, no tocante ao 
adquirente singular, este poderá unir 
sua posse à do antecessor, se lhe for 
conveniente 
 Nesta última hipótese, a exemplo do 
que se dá com o legatário ou 
donatário (sucessores singulares), é 
facultada a possibilidade de união das 
posses. 
.Art. 1.208. Não induzem posse os atos de 
mera permissão ou tolerância assim como 
não autorizam a sua aquisição os atos 
violentos, ou clandestinos, senão depois de 
cessar a violência ou a clandestinidade. 
 Atos de permissão, tolerância, ou 
com uso de violência ou 
clandestinidade configura a detenção 
e não a posse 
 Quando cessada a violência ou 
clandestinidade - Posse 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até 
prova contrária, a das coisas móveis que nele 
estiverem. 
 Principio da gravitação jurídica da 
posse – o acessório segue o principal 
 Ex: Assim, se BRUNO passa a agir 
como se proprietário fosse de uma 
determinada casa, reconhecendo-se, 
portanto, a sua posse, passa-se 
também a presumir que todos os 
móveis que a guarnecem também 
estejam sob sua posse. 
É aquela que se realiza independentemente 
da Translatividade, sendo, portanto, em regra, 
unilateral, visto que independe da anuência do 
antigo consumidor 
não há relação de causalidade entre a posse 
atual e a anterior 
Efetiva-se unicamente por vontade do 
adquirente sem que haja colaboração de 
outrem. 
Se o modo de aquisição é originário, a posse 
apresenta-se escoimada dos vícios que 
anteriormente a contaminavam. 
Assim, se o antigo possuidor era titular de 
uma posse de má-fé, por havê-la adquirido 
clandestinamente ou a non domino, por 
exemplo, tais vícios desaparecem ao ser ele 
esbulhado. 
Neste caso, inexistindo qualquer relação 
negocial com o esbulhador, este se 
transforma em titular de uma nova situação 
de fato. 
Se realiza independente de qualquer negócio 
jurídico. 
Tipos: 
a) Apropriação de bem: 
É aquela pela qual o possuidor, passa a ter 
condições de dispor dele livremente, 
excluindo a ação de terceiros e 
exteriorizando assim seu domínio. 
O possuidor tem o bem nas mãos 
Trata de uma apreensão unilateral 
Recai sobre: 
 Coisas abandonadas- res derelictarea 
 Por não serem de ninguém – res 
nullius 
 Ou sobre bens de outrem, porém, 
sem o consentimento deste por 
meio dos vícios de violência e 
clandestinidade. 
 Configurase, também nesse caso, a 
aquisição da posse, embora tenha 
ocorrido violência ou clandestinidade, 
porque, se o primitivo possuidor 
omitir-se, não reagindo incontinenti 
em defesa de sua posse ou não a 
defendendo por meio dos interditos 
(CC, art. 1.210, caput, e § 1º; CPC, art. 
926), os vícios que comprometiam o 
ato detentivo do turbador ou 
esbulhador desaparecem, e terá ele 
obtido a posse, que, embora injusta 
perante o esbulhado, é merecedora 
de proteção em face de terceiros 
que não têm melhor posse 
Obs: bens moveis – ocupação 
Bens imóveis –pelo seu uso 
b) Exercício de direito 
Representa uma posse de direito 
Consiste na manifestação externa do direito 
que pode ser objeto da relação possessória 
– servidão, uso 
Se constituída pela passagem de um 
aqueduto por terreno alheio, por exemplo, 
adquire o agente a sua posse se o dono do 
prédio serviente permanece inerte. O art. 
1.379 do Código Civil proclama que “o 
exercício incontestado e contínuo de uma 
servidão aparente” pode, preenchidos os 
demais requisitos legais, conduzir à usucapião. 
Uma pessoa da em comodato permanente a 
outrem, essa circunstância indica que essa 
pessoa se encontra no exercício de um dos 
poderes inerentes ao domínio, o de 
disposição, portanto, fácil é deduzir que 
adquiriu a posse do bem, uma vez que já 
desfrutava 
Exemplo de apreensão de coisa: o cultivo de 
um campo abandonado. Exemplo de 
exercício de direito: a passagem constante de 
água por um terreno alheio, capaz de gerar 
a servidão de águas 
O exercício do direito não se confunde com 
gozo. Ter o exercício de um direito é poder 
usar esse direito, é ter-lhe a utilização, a 
realização do poder que ele contém. 
O locatário, por exemplo, adquire a posse da 
coisa locada quando assume o exercício 
desse direito. O mesmo sucederá com todos 
aqueles que sejam titulares de direitos 
exercidos sobre coisas corpóreas 
É aquela que requer a existência de uma 
pessoa anterior, que é transmitida ao 
adquirente, em virtude de um título jurídico, 
com a anuência do possuidor primitivo, sendo 
portanto, bilateral. 
adquire-se a posse por modo derivado 
quando há consentimento de precedente 
possuidor, ou seja, quando a posse é 
transferida — o que se verifica com a 
transmissão da coisa. 
A aludida transmissão pode decorrer de 
tradição e da sucessão inter vivos e mortis 
causa. 
Pode ser por atos gratuitos ou onerosos ( 
inter vivos e mortis causa) 
Inter vivos: compra e venda. 
Mortis Causa: Testamento, legado. 
OBS: deve haver a transferência do antigo 
para o novo possuidor. Exige-se para o ato: 
art. 104 do CC. 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
O modo de aquisição derivada pode ser : 
a) TRADIÇÃO: 
 É a entrega ou transferência da coisa, sendo 
que, para tanto, não há necessidade de uma 
expressa declaração de vontade; basta que 
haja a intenção de que a tradição seja 
realizada 
presssupõe um acordo de vontades, um 
negócio jurídico de alienação, quer a título 
gratuito, como na doação, quer a título 
oneroso, como na compra e venda. 
TIPOS DE TRADIÇÃO: 
- EFETIVA OU MATERIAL = é aquela que se 
manifesta por uma entrega real do bem, 
como sucede quando o vendedor passa ao 
comprador a coisa vendida. 
Ex: TRADITIO LONGA MANU. ( O 
transmitente da posse leva o adquirente a um 
local do imóvel que está entregando 
mostrando-lhe e apontando-lhe a área e seus 
imites. O objeto é mostrado e posto à 
disposição do adquirente.) 
-SIMBÓLICA = é uma forma espiritualizada da 
tradição, substituindo-se a entrega do bem 
por atos indicativos do propósito de transmitir 
posse. 
Estes não foram materialmente entregues, 
mas o simbolismo do ato é indicativo do 
propósito de transmitir a posse, significando 
que o adquirente passa a ter a disponibilidade 
física da coisa 
Ex: Entrega das chaves de um apt 
- FICTA OU CONSENSUAL = apresenta-se 
sob 2 formas: Traditio Brevi Manu e 
Constituto Possessório. Não há exteriorização 
da Tradição. 
• TRADITIO BREVI MANU = quando uma 
pessoa que já tem a posse direta da coisa, 
como o locatário, e adquire o seu domínio 
não precisando que seja repassado ao dono 
para ser feito a entrega. 
Sr configura quando o possuidor de uma 
coisa alheia (o locatário,v. g.) passa a possuí-
la como própria. É o que sucede quando o 
arrendatário, por exemplo, que exerce posse 
com animus nomine alieno, adquire o imóvel 
arrendado, dele tornando-se proprietário. Pelo 
simples efeito da declaração de vontade, 
passa ele a possuir com animus domini. 
POSSE ------------------------------------------- 
PROPRIEDADE 
• CONSTITUTO POSSESSÓRIO: ( Art. 1267, 
§ ÚNICO do CC) 
É o contrário da Traditio Brevi Manu. Ocorre 
quando o possuidor de um bem móvel, 
imóvel ou semovente o possui em nome 
próprio e passa a possuí-lo em nome alheio. 
Ocorre a última modalidade quando o 
vendedor, por exemplo, transferindo a 
outrem o domínio da coisa, conserva-a, 
todavia, em seu poder, mas agora na 
qualidade de locatário. A referida cláusula tem 
a finalidade de evitar complicações 
decorrentes de duas convenções, com duas 
entregas sucessivas. 
Deve ser expresso ou resultar das claúsulas 
estipuladas. Não pode ser presumida. 
PROPRIEDADE---------------------------------------
-------POSSE 
b) A ACESSÃO: 
é aquele modo pelo qual, a posse pode ser 
continuada pela soma de tempo do atual 
possuidor com o de seus antecessores 
Essa conjunção de posses abrange a 
sucessão e a união. 
 SUCESSÃO: Aberta a sucessão, a 
posse da herança passa logo ao 
herdeiros legítimos ou 
testamentários, sem que haja 
necessidade de qualquer ato seu. ( 
art. 1.784 do CC). A posse continua a 
mesma, com vícios e tudo. 
SUCESSÃO UNIVERSAL 
A sucessão ocorre no caso da sucessão 
universal 
Art. 1.203 do CC “salvo prova em contrário, 
entende-se manter a posse o mesmo caráter 
com que foi adquirida.” 
Esse tipo de posse é imperativo e obrigatório. 
Art. 1,207, 1ª parte do CC. 
 UNIÃO: Se dá na hipótese da 
SUCESSÃO SINGULAR. (Compra e 
Venda, Legado etc.) 
A união ocorre no caso da sucessão singular 
Ou seja, quando o objeto adquirido constitui 
coisa certa ou determinada. 
O adquirente constitui uma nova posse, 
embora receba a posse de outrem. 
Art. 1.207, 2ª parte do CC. Ex: uma posse de 
5 anos pode ser unida a mais 5 anos = 
Usucapião Ordinária. 
ART. 1.207 do CC. 
O SUCESSOR UNIVERSAL CONTINUA DE 
DIREITO A POSSE DO SEU ANTECESSOR; E 
AO SUCESSOR SINGULAR É FACULTADO 
UNIR SUA POSSE À DO ANTECESSOR, 
 
Art. 1.205, I e II do CC. 
a) pela própria pessoa que a pretende desde 
que encontre no pleno gozo de sua 
capacidade de exercício ou de fato e que 
pratique o ato gerador da relação 
possessória, instituindo a exteriorização do 
domínio. 
A posse pode ser adquirida pela própria 
pessoa que a pretende, desde que capaz. 
Se não tiver capacidade legal, poderá 
adquiri-la se estiver representada ou assistida 
por seu representante (art. 1.205, I). 
b) por representante legal ( pais, tutor ou 
curador) ou procurador ( representante 
convencional, munido de mandato com 
poderes especiais) do que ser possuidor, caso 
em que se requer a concorrência de duas 
vontades: a do representante e a do 
representado. 
c) Por terceiro sem procuração ou mandato, 
caso em que a “ aquisição da posse fica na 
dependência da ratificação da pessoa em 
cujo interesse foi praticado o ato. “ 
Será mantida a posse, dentro de concepção 
objetiva, quando o possuidor mantém o 
comportamento de exteriorização do 
domínio. 
Não precisa estra sempre nas mãos, mas o 
possuidor deve zelar 
Essa conduta se dará por conduta do próprio 
agente ou de seus prepostos e 
representantes. 
Haverá conservação da posse até que não 
haja manifestação voluntária em contrário 
Depois de adquirida a posse gera efeitos que 
põem ser primários – ações possessórias 
Ou secundários – frutos oriundos da posse.

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