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Ácidos nucleicos e cromossomos

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1 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
Ácidos Nucleicos E Cromossomos 
Os ácidos nucleicos transportam as informações 
genéticas. 
Até 1940, sabia-se que os cromossomos possuíam um 
componente molecular característico – o DNA. Mas 
não havia como demonstrar se o DNA carregava a 
informação genética ou não. Nessa época, supunha-se 
que os genes eram compostos por aminoácidos 
porque pareciam ser as únicas moléculas complexas 
para transportar as informações genéticas. 
Hipótese Um Gene – Uma Enzima: 
✓ Abordaram a natureza do gene investigando 
como eles atuam nas células. 
✓ Pesquisas sustentam a hipótese de que os genes 
atuavam controlando a síntese de enzimas 
específicas. 
✓ Na época, todas as enzimas conhecidas eram 
proteínas (hoje sabe-se que o RNA também pode 
atuar como enzima) e, por isso, o problema era 
como os genes participavam da síntese de 
proteínas. 
✓ A hipótese mais simples sugeria que a informação 
genética contida nos genes determinava a ordem 
dos 20 diferentes aminoácidos contidos nas 
cadeias polipeptídicas das proteínas. 
✓ Contudo, não parecia possível que as proteínas 
realizassem múltiplas tarefas. 
✓ Na verdade, todo o conhecimento daquela época 
apontava para a conclusão oposta de uma 
proteína, uma função. 
O DNA pode transportar a especif ic idade 
genética: 
✓ Muitos bioquímicos acreditavam que os genes 
eram proteínas. 
✓ Mas em 1944, após muitas pesquisas, Avery e o 
Rockefeller Institute revelaram que o princípio 
ativo genético era o DNA. 
✓ Fizeram experimentos mostrando que a atividade 
transformadora de suas frações ativas altamente 
purificadas era destruída pela 
desoxirribonuclease, uma enzima recém-
purificada que degradava especificamente 
moléculas de DNA, reduzindo-as a seus blocos, os 
nucleotídeos, mas que não exerce nenhum efeito 
sobre a integridade de moléculas de proteína ou 
RNA. 
✓ Em contrapartida, a adição de ribonuclease – que 
degrada RNA – ou de várias enzimas proteolíticas 
– que degradam proteínas – não apresentava 
qualquer influência sobre a atividade 
transformadora. 
A dupla-hél ice: 
✓ Os cientistas queriam resolver o padrão de 
difração por raios X do DNA. 
✓ Em 1950, fotografias sugeriam que a estrutura 
básica do DNA era helicoidal e que ela era 
composta por mais de uma cadeia 
polinucleotídica – duas ou três. 
 
✓ Em 1952, químicos orgânicos mostraram que os 
nucleotídeos do DNA eram unidos por ligações 
fosfodiéster 3’-5’. 
 
✓ A solução correta – uma dupla-hélice 
complementar – foi encontrada em 1953. 
✓ Essa estrutura apoiou-se na dedução da 
configuração estereoquímica mais favorável 
compatível com os dados de difração de raios X 
de Wilkins e Franklin. 
✓ Na dupla-hélice, as duas cadeias do DNA são 
mantidas unidas por ligações de hidrogênio – 
ligação química não covalente fraca – entre os 
pares de bases das fitas opostas. 
O pareamento de bases é muito específ ico: 
• Adenina (purina) pareia apenas com a Timina 
(pirimidina). 
• Guanina (purina) pareia apenas com a Citosina 
(pirimidina). 
Na dupla-hélice de DNA, o número de resíduos A 
deve ser igual ao número de resíduos T; o número de 
G deve ser igual ao número de C. 
A sequência de bases das duas cadeias de uma 
determinada dupla-hélice apresenta uma relação de 
complementaridade. Logo, a sequência de qualquer 
 
2 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
fita de DNA define, exatamente, a sequência de sua 
fita complementar. 
As duas fitas entrelaçadas de estruturas 
complementares sugeriam que uma fita servia como a 
base específica (molde) sobre a qual a outra fita era 
sintetizada. 
 
Estudos 
mostraram que 
as proporções 
exatas dos 4 
nucleotídeos 
variam de uma 
espécie para 
outra. Ou seja, é 
o arranjo 
preciso dos 
nucleotídeos 
em uma 
molécula de 
DNA que 
confere sua 
especificidade 
genética. 
 
 
Pol imerases que sintetizam o DNA : 
Percebeu-se que era necessária uma enzima 
polimerizadora específica para catalisar a ligação dos 
blocos que compõem o DNA. 
Identificaram um único polipeptídeo – a DNA-
polimerase I (DNA Pol I), capaz de catalisar a síntese 
de novas fitas de DNA. 
✓ A DNA Pol I promove a união dos nucleotídeos 
precursores por meio de ligações fosfodiéster 3’-
5’. 
✓ Ela atua apenas na presença de DNA, o qual é 
necessário para ditar a ordem dos quatro 
nucleotídeos no produto polinucleotídico. (ela 
depende de um molde de DNA para determinar a 
sequência do DNA que ela está sintetizando). 
Não há dúvida de que o DNA é o molde que promove 
sua própria formação. 
 
3 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
 
Separação das f itas durante a repl icação do 
DNA: 
Pesquisadores separaram as moléculas-filhas de DNA 
mostrando que as duas fitas da dupla-hélice serão 
permanentemente separadas uma da outra durante a 
replicação do DNA. 
A replicação do DNA é um processo semiconservativo 
no qual as fitas da dupla-hélice permanecem intactas 
(conservadas) durante o processo de replicação que 
distribui uma fita parental para cada uma das duas 
moléculas-filhas (por isso semiconservativa). 
Existiam dois outros modelos que foram derrubados: 
• Modelo conservativo: sugeria que ambas as fitas 
parentais permaneciam jutas e as duas fitas novas 
de DNA formariam uma molécula de DNA 
inteiramente nova. 
• Modelo dispersivo: sugeria que as fitas de DNA 
eram quebradas frequentemente a cada 10 pares 
de bases utilizadas para iniciar a síntese de regiões 
de DNA também curtas. Os fragmentos de DNA 
seriam ligados subsequentemente formando as 
fitas de DNA completas. Esse modelo originaria 
fitas de DNA compostas tanto por DNA parental 
como por DNA novo. 
 
Definição da informação genética do DNA: 
A informação genética do DNA é definida pela 
sequência de seus quatro nucleotídeos. 
A principal preocupação dos geneticistas moleculares 
era sobre como a informação genética do DNA atuava 
para ordenar os aminoácidos durante a síntese 
proteica. 
Como todas as cadeias de DNA eram capazes de 
formar dupla-hélice, a essência de sua especificidade 
genética deveria residir nas sequências lineares de 
seus quatro nucleotídeos. 
 
O DNA não pode ser o molde que ordena 
diretamente os aminoácidos durante a síntese 
proteica: 
Embora o DNA tenha a informação para o 
sequenciamento dos aminoácidos, estava claro que a 
dupla-hélice não poderia ser o molde para a síntese 
proteica – estudos mostraram que a síntese proteica 
ocorria no citoplasma (em células eucariotas), ou seja, 
onde não havia DNA cromossômico, excluindo o 
papel direto do DNA neste processo. Por isso, 
precisava existir uma segunda molécula portadora de 
informações. Essa molécula seria transportada para o 
citoplasma para atuar como molde na síntese proteica. 
Estudos demonstraram que o RNA se localizava 
basicamente no citoplasma e a partir daí imaginaram 
que fitas simples de DNA atuavam como moldes para 
cadeias complementares de RNA, quando não 
estavam servindo como molde para as fitas 
complementares de DNA. 
RNA é semelhante ao DNA: 
O RNA também é uma molécula longa e não 
ramificada; com 4 tipos de nucleotídeos unidos por 
ligações fosfodiéster 3’-5’. 
 
4 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
 
Diferenças entre RNA e DNA: 
✓ Modificação no componente açúcar: DNA é a 
desoxirribose e o RNA contém ribose – idêntica a 
desoxirribose exceto pela presença de um grupo 
hidroxila (OH) extra no carbono 2’. 
✓ O RNA contém a pirimidina uracila (similar a 
timina) no lugar da timina do DNA. 
 
Apesar dessas diferenças, os polirribonucletídeos 
podem formar hélices complementares como a dupla-
hélice do DNA. 
O RNA é encontrado normalmente como uma 
molécula de fita simples. 
Caso o RNA forme hélices de dupla-fita, é provável 
que essas sejam compostas por duas partes da mesma 
molécula de RNA de fita simples. 
O dogma central: 
“o DNA cromossômico funcionava como molde para a 
síntese de moléculas de RNA, as quais, 
subsequentemente, deslocavam-se parao citoplasma 
e determinavam a sequência dos aminoácidos nas 
proteínas.” 
 
✓ A seta circundando o DNA significa que o DNA é 
o molde para a sua própria replicação. 
✓ A seta entre o DNA e o RNA indica que a síntese 
de RNA (transcrição) é feita a partir de um molde 
de DNA. 
✓ A síntese de proteínas (tradução) é coordenada 
por um molde de RNA. 
Nem se imaginava na época que o DNA pudesse ser 
sintetizado a partir de um molde de RNA. 
A descoberta do RNA transportador (tRNA): 
A elucidação do processo de síntese proteica 
necessitou do desenvolvimento de extratos livres de 
células, capazes de gerar proteínas a partir de 
aminoácidos precursores com o direcionamento de 
moléculas de RNA fornecidas. 
Os ribossomos – pequenas partículas contendo RNA 
no citoplasma de todas as células e ativamente 
envolvidas na síntese proteica – foram identificados 
como o sítio celular de síntese proteica. 
Mas antes de sua incorporação às proteínas, os 
aminoácidos são primeiramente ligados a moléculas 
de RNA transportadores. 
Os tRNA correspondem a 10% de todo o conteúdo de 
RNA em uma célula. 
Cada tRNA contém uma sequência de bases 
adjacentes (anticódon) que se liga especificamente a 
sequências sucessivas de bases (códons) sobre o 
molde de RNA, durante a síntese proteica. 
 
Imaginou-se que o RNA ribossomal (rRNA) seria o 
molde capaz de direcionar a ordem dos aminoácidos. 
Mas após observações, constatou-se que possuem 
muitas semelhanças que impediria a formação de 
diferentes moldes de RNA produzidos a partir de um 
grande número de genes diferentes. Portanto, 
nenhum dos rRNAs apresentava características de um 
molde de RNA. 
A descoberta do RNA mensageiro (mRNA): 
 O RNA de T4 ordena os aminoácidos e serve como 
molde de RNA para a síntese proteica – após se ligar 
aos ribossomos já existentes, o RNA de T4 se desloca 
através de sua superfície, posicionando suas bases de 
modo que possam se ligar aos tRNA-aminoácidos 
precursores apropriados para a síntese proteica. 
Visto que essa molécula carreia a informação existente 
no DNA até os ribossomos, locais da síntese proteica, 
ela é denominada RNA mensageiro (mRNA). 
✓ Apenas uma pequena porcentagem do RNA 
celular total é mRNA. 
✓ Esse RNA apresenta grande variação de tamanho 
e a composição nucleotídica necessária para 
codificar as várias diferentes proteínas 
encontradas em uma determinada célula. 
✓ Apenas uma porção do mRNA está ligada em um 
determinado momento a um ribossomo, por isso, 
uma única molécula de mRNA pode ser lida 
simultaneamente por vários ribossomos. 
✓ A maioria dos ribossomos é encontrada como 
parte de polirribossomos – conjuntos de 
ribossomos traduzindo o mesmo mRNA. 
 
5 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
 
 
Síntese enzimática de RNA sobre moldes de DNA: 
RNA-polimerases: enzima que sintetiza/transcreve RNA a 
partir de moldes de DNA. 
✓ Atuam somente na presença de DNA – DNA serve 
como molde para a síntese de RNA de fita simples 
✓ Utilizam os nucleotídeos ATP, GTP, CTP e UTP 
como precursores. 
✓ Fazem o RNA utilizar os segmentos apropriados 
do DNA cromossômico como seus moldes. 
 
Fig: síntese enzimática de RNA sobre um molde de 
DNA, catalisada pela RNA-polimerase. 
O DNA posiciona os ribonucleotídeos precursores – as 
bases de RNA varia em função da adição de moléculas 
de DNA com proporções variáveis de AT/GC. 
 
Em cada síntese enzimática, a razão AU/GC do RNA 
era aproximadamente similar à razão AT/GC do DNA. 
✓ Durante a transcrição, somente uma das duas fitas 
de DNA é utilizada como molde para a síntese do 
RNA – as mensagens transportadas pelas duas fitas 
complementares codificam polipeptídeos 
diferentes. 
✓ A síntese de RNA sempre inicia na extremidade 5’ 
e termina na extremidade 3’ do nucleotídeo. 
✓ O mRNA é sintetizado no núcleo e depois esse 
RNA já deixa o núcleo sendo observado no 
citoplasma. 
 
Fig: demonstração de que o RNA é sintetizado no 
núcleo e transportado para o citoplasma. 
 
 
6 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
Estabelecimento do código genético: 
Existem 20 aminoácidos e apenas 4 bases. Por isso, 
trincas de nucleotídeos ao longo de uma cadeia de 
DNA codifica aminoácidos sucessivos ao longo de 
determinada cadeia polipeptídica. 
• grupos de 3 nucleotídeos são usados para 
especificar aminoácidos individuais. 
• Há exata correspondência entre grupos 
específicos de três bases (códons) e aminoácidos 
específicos. 
• A maioria dos aminoácidos são codificadas por 
mais de uma trinca de nucleotídeos. 
• Os grupos de nucleotídeos UUU, assim, devem 
especificar fenilalanina. 
 
Dos 64 códons possíveis (4 x 4 x 4), 61 são utilizados 
para especificar os 20 aminoácidos que compõem as 
proteínas, e três são utilizados como sinais para a 
terminação da cadeia. 
Estabelecimento da direção da síntese proteica : 
Como uma cadeia polinucleotídica comanda a síntese 
de um polipeptídeo? 
As cadeias polinucleotídicas (DNA e RNA) são 
sintetizadas por adição à extremidade 3’ da cadeia 
crescente (crescimento na direção 5’->3’). 
E quanto à cadeia polipeptídica em crescimento? Ela 
é montada na direção aminoterminal para 
carboxiterminal, ou na direção oposta? 
A síntese proteica ocorre na direção da extremidade 
amino para a extremidade carboxiterminal, ou seja, 
novos aminoácidos são adicionados à extremidade 
carboxila da cadeia polipeptídica crescente. 
Sinais de iníc io e de término: 
✓ Também são codificados no DNA. 
✓ A tradução inicia e termina em posições internas 
do mRNA, por isso, deve haver sinais no DNA (e 
nos mRNAs produzidos) para iniciar e terminar a 
tradução. 
✓ Códons sem sentido: códons que não promovem 
a adição de aminoácidos específicos. São eles: 
UAA, UAG e UGA. 
✓ Mais tarde foi descoberto que esses códons atuam 
como sinais de parada da tradução (códons de 
terminação). 
✓ Todas as cadeias polipeptídicas são iniciadas pelo 
aminoácido metionina, mas a trinca (AUG) que 
codifica essas metioninas iniciais também codifica 
os resíduos de metionina localizados em posições 
internas da proteína. 
✓ A posição do AUG em relação ao início do mRNA 
é o determinante essencial, com o primeiro AUG 
sempre sendo selecionado como o sítio de início 
da tradução. 
A Era da Genômica: 
✓ A matriz genética representada pela sequência 
nucleotídica poderia determinar o fenótipo. 
✓ Ao comparar as sequencias de aminoácidos 
preditas codificadas por genes semelhantes de 
diferentes organismos, pode-se frequentemente 
identificar regiões importantes de uma proteína. 
✓ A comparação de diferentes genomas também 
pode oferecer informações importantes a respeito 
de sequencias de DNA que não codificam 
proteínas. 
✓ A identificação de sequencias que dirigem a 
expressão gênica, a replicação do DNA, a 
segregação cromossômica e a recombinação 
pode ser facilitada pela comparação de 
sequencias genômicas. 
✓ A genômica comparativa entre diferentes 
indivíduos do mesmo organismo tem o potencial 
de identificar mutações que levam a doenças. 
 
 
Referência: Watson Biologia Molecular do Gene 7ed 
cap 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
A Estrutura do DNA 
✓ O DNA é a molécula genética primordial que 
contém toda a informação hereditária nos 
cromossomos. 
✓ Os átomos do DNA são mantidos unidos por 
ligações covalentes. 
✓ A estrutura fundamental do DNA é uma dupla-
hélice. Todos os genes apresentam basicamente a 
mesma forma tridimensional. 
✓ As diferenças entre dois genes encontram-se na 
ordem e no número de seus quatro nucleotídeos 
constituintes ao longo das fitas complementares. 
✓ A orientação precisa dos pares de bases varia 
levemente para cada par de base, influenciada 
pela sequência local de DNA. 
✓ Não existe uma estrutura genérica para o DNA. 
Estrutura do DNA: 
O DNA é composto por duas cadeias 
polinucleotídicas enroladas uma ao redor da outra na 
forma de uma dupla-hélice. 
O esqueletode cada fita da hélice é composto por 
resíduos alternados de açúcar e fosfato; as bases 
projetam-se para o interior, mas estão acessíveis 
através das fendas maior e menor. 
 
 
O Nucleotídeo: 
Consiste em um fosfato ligado a um açúcar, conhecido 
como 2’-desoxirribose, ao qual uma base está ligada. 
✓ O açúcar é chamado de 2’-desoxirribose porque 
não possui um grupo hidroxila na posição 2’ 
(apenas dois hidrogênios). 
✓ As posições no açúcar são designadas com 
apóstrofos, para distingui-las das posições das 
bases. 
✓ Apenas o açúcar e a base, ligados, são chamados 
de nucleosídeos. 
✓ A adição de um grupo fosfato (ou mais) a um 
nucleosídeo dá origem a um nucleotídeo. 
✓ Assim, um nucleotídeo é formado por uma ligação 
glicosídica entre a base o açúcar, e uma ligação 
fosfoéster, entre o açúcar e o ácido fosfórico. 
 
Fig: formação de nucleotídeo pela remoção da água. 
Os números dos átomos de carbono na 2’-
desoxirribose estão marcados em vermelho. 
 
 
Os nucleotídeos são ligados entre si nas cadeias 
polinucleotídicas por meio do grupo 3’-hidrolixa da 2’-
desoxirribose de um nucleotídeo e o fosfato ligado ao 
grupo 5’-hidroxila do outro nucleotídeo. É uma ligação 
fosfodiéster. 
✓ As ligações fosfodiéster criam o esqueleto 
repetitivo de açúcar-fosfato da cadeia 
polinucleotídica, uma característica regular do 
DNA. 
✓ A ordem das bases ao longo da cadeia 
polinucleotídica é irregular. 
✓ Essa irregularidade, junto com o comprimento 
extenso, constituem a base do enorme conteúdo 
informacional do DNA. 
✓ As cadeias de DNA apresentam um grupo 5’-
fosfato ou um grupo 5’-hidroxila livre em uma 
extremidade, e um grupo 3’-fosfato ou 3-‘hidroxila 
livre na outra extremidade. 
 
8 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
✓ Convencionou-se escrever as sequencias de DNA 
da extremidade 5’ (à esquerda) para a 
extremidade 3’, geralmente com um 5’-fosfato e 
uma 3’-hidroxila. 
As Bases: 
Cada base apresenta uma forma tautomérica 
preferencial. 
As bases do DNA são anéis heterocíclicos planos, 
compostos por átomos de carbono e hidrogênio. 
Classificam-se em dois tipos: 
• Purinas: Adenina e Guanina – derivam da estrutura 
de dois anéis. 
• Pirimidinas: Citosina e Timina – são variações da 
estrutura de um único anel. 
 
 
Fig: as linhas pontilhadas indicam os sítios de ligação 
das bases aos açúcares. 
 
Cada uma das bases existe em dois estados 
tautométricos alternativos, os quais estão em 
equilíbrio entre si. 
A capacidade de formar tautômeros alternativos é 
uma frequente fonte de erros durante a síntese do 
DNA. 
 
Dupla-hél ice: 
✓ As duas fitas da dupla-hélice são enroladas uma na 
outra em orientação antiparalela (oposta). 
✓ A orientação 5’-3’ de uma cadeia é antiparalela à 
orientação 5’-3’ da outra fita. 
✓ As duas cadeias interagem uma com a outra pelo 
pareamento entre as bases: a adenina de uma 
cadeia pareia com a timina da outra cadeia e a 
guanina pareia com a citosina da outra cadeia. 
✓ A orientação antiparalela da dupla-hélice é uma 
consequência estereoquímica do modo pelo qual 
a adenina e a timina, e a guanina e a citosina, 
pareiam umas com as outras. 
✓ O pareamento entre a adenina e a timina, e entre 
a guanina e a citosina, resulta em uma relação de 
complementaridade entre a sequência das bases 
nas duas cadeias entrelaçadas e fornece ao DNA 
seu caráter autocodificador. 
✓ Um par de bases G:C possui três ligações de 
hidrogênio. 
✓ Os dois pares de bases apresentam exatamente a 
mesma geometria; a presença de um par de bases 
A:T ou um G:C entre os dois açúcares não 
perturba a disposição dos açúcares, porque a 
distância entre os pontos de ligação do açúcar é a 
mesma para ambos os pares de bases. 
✓ As ligações de hidrogênio entre as bases 
complementares são essenciais para dupla-hélice, 
contribuindo para sua estabilidade 
termodinâmica e para a especificidade do 
pareamento de bases. 
✓ As bases são moléculas planares, relativamente 
insolúveis em água, e tendem a se empilhar umas 
sobre as outras, aproximadamente em posição 
perpendicular à direção do eixo helicoidal. 
✓ A formação de ligações de hidrogênio é 
importante para a especificidade do pareamento 
de bases. 
✓ As vezes, algumas bases podem projetar-se para 
fora da dupla-hélice em um fenômeno conhecido 
como deslocamento de base. Enzimas que 
metilam bases ou removem bases danificadas 
atuam sobre uma base em uma configuração 
extra-helicoidal, possibilitando o encaixe da base 
na fenda catalítica da enzima. 
 
✓ A dupla-hélice possui fendas menor e maior: À 
medida que mais pares de bases se empilham uns 
sobre os outros, o ângulo mais estreito entre os 
açúcares em uma das extremidades dos pares de 
bases gera uma fenda menor, e o ângulo mais 
aberto, na outra extremidade, gera uma fenda 
maior. A fenda maior é rica em informação 
química. 
 
9 Laís Flauzino | BIOLOGIA MOLECULAR | 4°P MEDICINA UniRV 
✓ A dupla-hélice existe em múltiplas conformações. 
✓ O DNA que contém resíduos de purinas e de 
pirimidinas alternados pode formar hélices 
voltadas para a esquerda (levogira) e hélices 
voltadas para a direita (dextrogira). 
As fitas do DNA podem ser separadas (desnaturadas) 
e reassociadas: 
✓ As duas fitas da dupla-hélice são mantidas unidas 
por forças relativamente fracas (não covalentes). 
✓ As fitas da dupla-hélice podem ser separadas 
quando uma solução de DNA é aquecida acima 
de temperaturas fisiológicas (~100°C) ou sob 
condições de pH elevado (desnaturação). 
✓ A separação completa das fitas de DNA por 
desnaturação é reversível. 
Topologia do DNA: 
Os nucleossomos introduzem superenrolamento 
negativo nos eucariotos: 
O DNA do núcleo das células eucarióticas está 
compactado em pequenas partículas, os 
nucleossomos, nos quais quase duas voltas de dupla-
hélice são enroladas ao redor de uma estrutura 
proteica. 
As enzimas topoisomerases alteram o DNA por meio 
da introdução de quebras transientes de fica simples 
ou de dupla-fita no DNA. 
Topoisomerase tipo II: 
✓ Alteram o número de ligação por um fator de dois. 
✓ Promovem quebras temporárias na dupla-fita de 
DNA. 
✓ Necessita de energia da hidrólise do ATP para 
atuar. 
Topoisomerase tipo I: 
✓ Alteram o número de ligação do DNA em um fator 
de um. 
✓ Promovem quebras temporárias de fita simples de 
DNA. 
✓ Não necessitam de ATP. 
As topoisomerases devem clivar uma fita do DNA (ou 
as duas fitas) e religar a fita clivada (ou as fitas). As 
topoisomerases são capazes de promover tanto a 
clivagem como a religação do DNA sem a assistência 
de outras proteínas ou cofatores de alta energia 
porque utilizam um mecanismo intermediário 
covalente, a tirosina-DNA. 
As topoisomerases formam uma ponte enzimática e 
passam segmentos de DNA de um lado para outro. 
 
Referência: Watson Biologia Molecular do Gene 7ed 
cap 4.

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