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LIVRO FILOSOFIA Prezado aluno(a) Este livro apresenta, de forma mais completa, os temas e pensamentos filosóficos que vamos trabalhar na apostila e nas aulas. Trata-se de um material complementar que irá nos auxiliar na resolução dos exercícios do portal e na compreensão dos temas debatidos em aula. Bem-vindo à Filosofia! Prof. Vicente dos Santos Schneider FILOSOFIA O QUE É E COMO SURGIU? Você já ouviu falar nessa palavra? Vamos ver o seu significado? A palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: Filos, que significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como sabedoria ou conhecimento. O significado da palavra quer dizer “amor à sabedoria”. ... mas quando a filosofia surgiu? E porque ela surgiu? Antes da filosofia, as pessoas esplicavam os fenomenos naturais a partir da mitologia, ou seja, criavam deuses, personagens e estórias para justificar os acontecimentos. Vejamos alguns exemplos: Para explicar o movimento das ondas do mar quando ocorriam fortes tempestades os gregos criaram um mito para justificar e explicar este fenômeno. Esse mito ficou conhecido como Poseidon, o divo dos mares. Ele tinha o poder de movimentar o mar conforme sua vontade. Vejamos outro exemplo... Para explicar e justificar a existências dos raios e relâmpagos, a sociedade grega criou e passou a venerar Zeus. Os gregos acreditavam que esse mito exercia a autoridade sobre todos os deuses por ser o guardião dos raios. TA, MAS ONDE ENTRA A FILOSOFIA NESSA HISTÓRIA? A filosofia entra em cena quando a explicação mitológica se tornou insuficiente e ineficiente para responder as novas realidades que surgiam na Grécia antiga. Quando os homens começaram a buscar novas explicações para os fenômenos, já não fazia mais sentido acreditar em mitos e fantasias. Nessa busca por novas explicações surgiu a filosofia. É IMPORTANTE LEMBRARMOS: Estamos falando da Grécia de 600 e 500 antes de cristo. E quais foram as condições que contribuíram para essa transição da mitologia para a filosofia? Calendário: A criação de um calendário teve como base o estudo dos movimentos naturais dos astros, podendo calcular as estações do ano, os dias, as horas e suas subdivisões deram aos gregos um grande ganho de capacidade de abstração desmistificando o tempo. O homem não precisava aguardar a vontade dos deuses pois, o evento temporal chegaria segundo o previsto no calendário. Viagens: Foi estabelecido um sistema de comércio do excedente dos produtos gregos com produtos de outros povos e civilizações. Com isso, através de viagens comerciais descobriu-se novas culturas, novos mitos e tradições. Isso gerou alguns questionamentos: a certeza de que existiam outras formas e se organizar em sociedade e outras formas de explicar os fenômenos, desmistificando assim, a verdade absoluta das explicações. Vida Urbana: A sociedade grega era dividida em 3 classes sociais: os escravos (prisioneiros de guerra), os metecos (pequenos comerciantes) e os cidadãos (a elite econômica). Quem trabalhava eram os escravos e os metecos, já os cidadãos eram os responsáveis pela elaboração das leis e por estabelecer a ordem política da sociedade. Esta elite formada por cidadãos passou a destinar parte do seu tempo para aprimorar seus discursos, desenvolver a capacidade artística e buscar o conhecimento. Neste módulo, aprendemos quais os fatores que influenciaram para o surgimento da filosofia. No próximo vamos estudar alguns dos principais filósofos da Grécia Antiga. OS SOFISTAS Mitologia e Filosofia Mitologia e filosofia são caminhos que buscam contar a origem do mundo e das coisas. Em certos momentos da história, a ideia de superar a mitologia era vista como uma evolução e que seguir a razão era o caminho certo. As diferenças de abordagem e metodologia são inúmeras, para começar a diferenciá-las é preciso saber o conceito de cada uma. Mitologia, ou conjunto de mitos, é a narrativa que explica a origem do mundo e da humanidade. O mito explica a origem das coisas no passado através de alianças e rivalidade entre divindades. Contém três funções: a função explicativa, umas causas no passado em quais os efeitos permanecem; a função organizativa que legitima um sistema de permissões e proibições; e a função compensatória que busca mostrar que os erros do passado foram corrigidos. A filosofia estuda os problemas relacionados ao conhecimento, existência e verdade. Somente após certas mudanças na sociedade como o invento da moeda e da democracia que o mítico passou a ser questionado e a maneira de pensar mudou os critérios, começando a dar ênfase para os argumentos mais racionais. A filosofia tem a conotação de conhecimento seguro, de verdade. As principais diferenças são: a mitologia narra coisas passadas, não se importa com contradições e o incompreensível, e narra à origem através das rivalidades e alianças das divindades; enquanto a filosofia busca passar a ideia de como e por que do passado, presente e futuro, como as coisas são no todo, explica a origem das coisas por elementos e causas naturais, e não aceita explicações incompreensíveis, exige coerência e lógica. Fonte: portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/mitologia-e-filosofia-as-diferentes- explicacoes-na-origem-das-coisas/49686 Para que serve a filosofia? Para entendermos para que serve a filosofia precisamos primeiramente entender o que de fato é a filosofia. “A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Diferentemente da ciência, não se baseia em experimentos ou na observação, mas apenas no pensamento. E diferentemente da matemática, não possui métodos formais de prova. A filosofia é feita simplesmente por meio do questionamento, da apresentação de ideias e da busca de argumentos possíveis contra elas, e da pergunta sobre como os nossos conceitos realmente funcionam”. (Thomas Nagel) Thomas Nagel desassociou a filosofia da exatidão da ciência e da matemática, uma vez que ela tem total relação com a subjetividade dos pensamentos. A filosofia não é e nunca será exata, pois trata essencialmente do profundo de tudo que se passa em nossa mente: conceitos, pensamentos, ideias, ideais, etc. Certo, mas para que ela serve? Com a filosofia conseguimos identificar o motivo pelo qual as coisas mudam, porque não é o suficiente ter um conhecimento técnico e/ou especializado, mas é essencial ter o que chamamos de conhecimento global para que assim possamos compreender melhor o mundo no qual estamos inseridos. Podemos dizer também que a filosofia é uma espécie de educação que tem ultrapassado as fronteiras cognitivas e todos os outros conhecimentos adquiridos convencionalmente, pois ela nos leva a refletir sobre tudo, a questionar, a debater e até a oferecer soluções. A filosofia nos faz sair da escuridão do comodismo e ir encontrar a luz da sabedoria das soluções. Ela nos faz entender o que é tido como inútil e perceber com clareza o que é útil. A filosofia serve para entendermos com clareza os conceitos usados no dia a dia, na ciência, nas artes, na religião, etc. Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/para-que-serve-a- filosofia/48590 OS SOFISTAS Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império romano, que deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou "virtude", aplicado a áreas como música, política, matemática e atleticismo. Entre os principais sofistas conhecidos estão Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo. O termo "sofista" tem sua origem no idioma grego, a partir da palavra "sophistēs",significando "sabedoria" e "sábio" respectivamente. Com o tempo a palavra passou a designar a sabedoria nos assuntos tipicamente humanos, em oposição aos assuntos da natureza, até chegar a designar um tipo especifico de profissional, o sofista. Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se dá na medida em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de que a sabedoria seria recebida dos deuses, baseando-se na hipótese de que, assim como nas atividades físicas, a prática da virtude, por meio da retórica e da oratória, poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e virtuosos. O foco de seus ensinamentos era prático, direcionado a estratégias de argumentação e oratória, para que os estudantes atingissem o ápice da excelência em suas atividades, independente de quais fossem estas atividades. MÉTODO SOFISTA A doutrina sofística tinha como objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade retórica, do conhecimento de doutrinas divergentes. Os Sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia, levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloqüência e sagacidade mental, ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados. Transmitindo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses (argumentos) dos adversários. A parir dessas concepções, não haveria uma verdade única, absoluta. Tudo seria relativo ao homem, ao momento, a um conjunto de fatores e circunstâncias. E foi devido a essas características que a palavra sofismo ganhou o sentido de impostor, o fabricante de uma realidade fictícia, perdendo o sentido Etimologicamente, do termo sofista que significa sábio. Etimologicamente, o termo sofista significa sábio. Entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido de impostor, devido, sobretudo, às criticas de Platão.Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Sempre levando em consideração os interesses dos alunos pagantes, davam aulas de eloqüência e de habilidade mental, ensinando conhecimento útil para o sucesso dos negócios públicos e privados. As lições dos sofistas não tinham como objetivo o estabelecimento de uma verdade única, mas, sim, o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade oratória, do conhecimento das doutrinas divergentes; enfim, todo um jogo de raciocínios que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários. É preciso lembrar que o momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento dos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembléias democráticas, que, por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam necessidade de aprender a arte de argumentar em publico para, manipulando as assembléias, fazerem prevalecer seus interesses individuais e de classe. Para eles, o essencial, todo esforço intelectual tinha por fim algo lucro imediato; vencer um adversário, ganhar uma causa judicial, convencer um auditório. Para isto, tudo era válido. A única norma lógica e intelectual era o êxito. Fonte: https://estudandomais.wordpress.com/2010/12/10/os‐sofistas/ Os Clássicos: Sócrates, Platão e Aristóteles SÓCRATES (469 a.C. -399 a.C.) Foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Ele defendia que deve- se sempre dar mais ênfase à procura do que não se sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente. Sócrates tinha o hábito de debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma descontraída e descompromissada, dialogando com todas as pessoas, o que fascinava jovens. Esquematizando o método de Sócrates: • Sabedoria para ele é a busca da verdade • Buscar a verdade é a certeza de que nunca vamos encontrá-la “EU SÓ SEI QUE NADA SEI” – Quando Sócrates exclama essa frase ele quer dizer que o primeiro passo para buscarmos o conhecimento é assumir que não temos a verdade absoluta. Para Sócrates nós nunca vamos atingir a verdade, mas vamos estar sempre buscando. Método Socrático: INDAGAÇÃO e IRONIA dariam conhecimento à MAIEUTICA que significa NOVO CONHECIMENTO. Sócrates X Sofistas Sócrates desenvolveu um método de pesquisa, chamado maiêutica, que procedia por indagação e ironia. Enquanto os sofistas ensinavam a arte da oratória. Vamos observar algumas diferenças entre Sócrates e os sofistas: O sofista cobra pra ensinar, Sócrates não; O sofista “sabe tudo”. Sócrates diz nada saber; O sofista faz retórica, Sócrates faz dialética; O sofista refuta para ganhar a disputa verbal, Sócrates refuta para purificar a alma de sua ignorância. PLATÃO (428 a.C. – 348 a.C.) • Discípulo de Sócrates • Crítica à democracia grega ateniense, pois os filósofos não tinham participação política (principais obras: A República, Mito da caverna) • Método dialético (tese, antítese, síntese) • Teoria das Ideias: Para Platão, existiam dois mundos. O primeiro era o mundo das ideias, onde tudo era perfeito. O segundo era o mundo real material onde tudo era uma cópia imperfeita das ideias. O que precisamos entender é que Platão valoriza o debate teórico no mundo das ideias deixando em segundo plano a observação do mundo material. Para ele não interessava estudar os objetos, animais e plantas, ou seja, mais importante era estudar o pensamento das pessoas. ARISTÓTELES • Discípulo de Platão Percebemos que diferente de Platão, Aristóteles desenvolveu um método que para a buscar o conhecimento é necessário observar as coisas materiais. Ex: ao tocar em uma chaleira quente se descobre que sua mão pode queimar e a partir disso você desenvolverá uma técnica para que isso não aconteça (usar luva). • Para Aristóteles toda substância era formada por uma essência e um acidente. Exemplo: O homem tem na sua essência a razão (capacidade de raciocínio) e por acidente é magro/alto/baixo. • Diferente de Platão, o Aristóteles valoriza a realidade material e a essência das coisas. MUNDO DOS VALORES: MORAL E ÉTICA No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”. Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. Vamos observar o quadro abaixo: Diferenças entre moral e ética Se for pesquisar no dicionário Aurélio o significado da palavra moral, iremos encontrar a seguinte definição: adj. De acordo com os bons costumes. / Que é próprio para favorecer os bons costumes. / Relativo ao espírito; intelectual (por oposição ao físico, ao material). / S.m. Estado de espírito, disposição de ânimo. / S.f. A parte da filosofia que trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos homensnas relações com seus semelhantes; ética. / Corpo de preceitos e regras para dirigir as ações do homem, segundo a justiça e a equidade natural. / As leis da honestidade e do pudor; moralidade. Se for analisar, a moral não é algo individual, ela vem da cultura de uma sociedade. Um exemplo no Brasil, a poligamia é algo imoral, pois temos uma herança cultural e moral católica, do qual condena a poligamia. A moral estabelece limites, ela determina o que é correto ou não para aquela sociedade e cada ao indivíduo decide seguir ou não. A palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos descrever então que moral são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta moral, que é a orientação para os atos segundo os valores descritos pela sociedade. A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que também significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o sentido etimológico, no qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio social de acordo com o que é bem quisto pela sociedade, já a ética é identificada como uma filosofia moral, onde se busca entender os sentidos dos valores morais. A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada grupo possuem seus próprios valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos dos quais os grupos ou as pessoas justificam suas ações. A configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses, baseando em argumentos universais. A ética tem seu impasse, pois o que é considerado ético para um grupo, não é para outro. Podemos ver nas redes sociais muita discursão sobre a homossexualidade, se é ético e está dentro da moralidade o relacionamento homo afetivo e o quanto a sociedade permite a exposição do mesmo. A verdade que impasse se dar devido o brasileiro vir de uma cultura cristã que sempre impôs que o relacionamento tem como o objetivo principal a procriação e como isso não acontece nos relacionamentos homo afetivos, esses são consideramos por muito imorais e antiéticos. A modernidade vem mudando muitos desses valores éticos, e hoje os indivíduos são considerados pessoas livres, o que leva a um relativismo, do qual a ética pode contornar a situação e conduzir a uma moralidade do qual os fins justificam os meios. O sentido hoje da ética é estabelecer uma universalidade dos valores, sem considerar a influência de uma ordem universal. Todos estão corretos e todos estão errados, vai de acordo com o que é ético para o indivíduo. Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-diferenca-entre- moral-e/43087 FILOSOFIA MEDIEVAL: Thomas de Aquino e Agostinho de Hipona O que foi isso? Foi o pensamento filosófico que predominou na Europa durante a idade média nos séculos V e XV. Esta filosofia passou a ser ensinada nas escolas e por isso também ficou conhecida como “Escolástica”. Este período é marcado pelo domínio da Igreja Católica nas diversas áreas do conhecimento e na filosofia não foi diferente. O grande tema discutido nesse período foi a relação entre Deus e a alma, ou seja, os pensadores estavam tentando comprovar a existência do espirito humano e um criador. Algumas questões levantadas pelos filósofos do período: as relações entre espírito e corpo, Deus e homem. Podemos dizer que a principal marca deste período foi a conciliação entre fé e razão, antes separadas pelos questionamentos do método socrático. Esta filosofia impulsionada pela Escolástica também ficou conhecida como filosofia-cristã que mais tarde passou a ser chamada de teologia, veja: TEO LOGIA Provém do conceito grego “Theos” que significa divindade ou fé como caminho para a verdade. Provém do conceito grego “Logos” que significa estudo sistemático. Definição: Teologia é o estudo da existência de Deus. Vamos conhecer os dois principais filósofos deste período? Thomás de Aquino (1225 – 1274): É considerado o maior pensador cristão da história da humanidade. Foi o grande criador da Escolástica e argumentou seus estudos com base na concordância entre a fé e a razão. Foi venerado pela Igreja Católica e acabou canonizado santo pelo Papa João XXII. Passou a ser conhecido como São Thomás de Aquino. Agostinho de Hipona (354 – 430): Foi um pensador cristão que utilizou a teologia como método para responder suas perguntas. Seus estudos eram voltados para as questões morais e valores. Argumentou que para o ser humano conhecer a sua alma e interioridade era necessário conhecer e aceitar Deus. Neste método, Agostinho elaborou a tese de que o mal não existe, mas sim a ausência do bem/Deus. FILOSOFIA POLÍTICA: MAQUIAVEL (1469 —1527) Quando queremos dizer que alguém é ardiloso, astuto ou pérfido, costumamos dizer que é maquiavélico. O responsável por este termo é um dos filósofos mais importantes da história da filosofia política. Estamos falando de Nicolau Maquiavel. Qual a principal obra de Maquiavel? A obra "O Príncipe" resume o pensamento político de Maquiavel. A obra foi escrita durante algumas semanas, em 1513, durante o exílio de Maquiavel, que tinha sido banido de Florença. O que temos em "O Príncipe" é uma análise lúcida e cortante do poder político, visto por dentro e de perto. A primeira leitura que se fez dos escritos de Maquiavel tomou o livro como um manual de conselhos práticos aos governantes. A premissa de que "os fins justificam os meios" (frase que não é de Maquiavel, no entanto) passou a nortear a compreensão da obra. Daí a reputação de maquiavélico dada ao governante sem escrúpulos. Dizemos que Maquiavel é o fundador do pensamento político contemporâneo, pois foi o primeiro a pintar os fatos "como realmente são" e não mais "como deveriam ser”. FILOSOFIA ILUMINISTA O Iluminismo foi um movimento de intelectuais, pensadores e filósofos que surgiu na França do século XVII e propunha o domínio do pensamento racional sobre o teocentrismo (Deus no centro de todas as explicações) que predominava na Europa desde a época Medieval. Os fins justificam os meios? A essência da obra O Príncipe é reunir um conjunto de recomendações com as quais um governante possa chegar e se manter no poder. Em síntese, a ideia é que mais se abstrai da obra de Maquiavel nos comentários que se fazem a respeito dela é de que nas teses do autor “os fins justificam os meios”, e de que o exercício do poder (como retratado por Maquiavel) se faz com um dirigente que é mais temido do que amado pelos seus comandados. Resumo sobre Maquiavel: Embora seu pensamento não fosse compreendido corretamente, seu objetivo era escrever um livro com recomendações ao príncipe para que este pudesse permanecer mais tempo no poder. Neste sentido, o fim que era a permanência no poder, deveria estar acima daquilo que ele ia fazer para conquistar as pessoas. O príncipe, portanto, deveria ser virtuoso, isto é, saber governar com prudência e capacidade. Antes dos iluministas: Produção cultural e intelectual: concentrada nas mãos da Igreja católica. Poder político: Concentrado nas mãos do rei absolutista. O próprio criava leis, julgava e executava. Inquisição: tribunal eclesiástico instituído pela Igreja católica no começo do séc. XIII com o objetivo de investigar e julgar sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, acusados de crimes contra a fé católica e todos que questionavam os dogmas da igreja. De acordo com os filósofos iluministas, o iluminismo tinha o propósito de jogar luzes nas trevas em que se encontrava grande parte da humanidade. Fizeram também uma forte crítica ao absolutismo (poder concentrado na mão do rei) ao defenderem a liberdade econômica, política e social. VAMOS CONHECER ALGUNS ILUMINISTAS? - Voltaire (1694-1778): Defendiaa liberdade de pensamento e não poupava crítica à intolerância religiosa; - Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; - Montesquieu (1689-1755): Contra o poder absoluto na mão do rei ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; - Adam Smith (1723-1790): Economista e filósofo inglês. Grande defensor do liberalismo econômico e da livre concorrência entre comerciantes. Crítico da interferência do Estado absolutista nos negócios, afirmou que só o trabalho livre gera riqueza. CONSEQUÊNCIAS DO MOVIMENTO ILUMINISTA: A disseminação do ideário iluminista foi responsável pela orientação ideológica dos movimentos que derrubaram o pacto colonial e o Antigo Regime (absolutista). A deflagração de processos como o da Revolução Inglesa e Francesa; e as independências no continente americano são os maiores exemplos da influência do iluminismo na História. Este movimento intelectual também influenciou na construção das bases organizacionais das sociedades contemporâneas. GUY DEBORD (1931 – 1994) Guy Debord foi um filósofo, cineasta e crítico cultural francês. Dentro de toda sua participação política, principalmente nos eventos de Maio de 68, esteve envolvido com a fundação e manutenção da Internacional Situacionista – grupo dedicado à crítica daquilo que ele chamou de sociedade do espetáculo. Sociedade do espetáculo? O livro "A Sociedade Do Espetáculo" pode ser descrito como uma crítica feroz à sociedade contemporânea, isto é, à sociedade do consumo, à cultura da imagem e à invasão da economia em todas as esferas da vida. É sua obra principal e fundadora de uma corrente de crítica renovada que não estava satisfeita com o capitalismo ocidental e nem com o socialismo bolchevique russo. Neste livro, ele apresenta seu conceito de espetáculo como uma “relação de pessoas mediada por imagens”. Imagens seriam representações imediatas que adquirem autonomia e fazem das pessoas meros espectadores contemplativos. “A produção de imagens, a valorização da dimensão visual da comunicação, como instrumento de exercício do poder, de dominação social, existe, conforme argumenta Debord, em todas as sociedades onde há classes sociais.” Publicado em Revista Cult Michel Foucault (1926 – 1984) Foi um filósofo e teórico social. Buscou, através de seus estudos, compreender os mecanismos de controle social que são exercidos pelas instituições sociais. A partir desta compreensão, Foucault desenvolveu o conceito de micropoderes. Micropoderes: Para Foucault, instituições sociais como escola, igreja, fábrica, etc - há um micropoder que é exercido sobre os indivíduos, interferindo na sua liberdade e tornando um ser passivo. Há uma série de normas e discursos presente nas instituições que acabam por controlar e domesticar os indivíduos. Foucault também identificou focos de resistência a estes micropoderes. ONDE? Nos movimentos ativistas caracterizados pela defesa dos direitos humanos e sociais. Segundo ele, quando as minorias de negros, gays, feministas, ecologistas e trabalhadores se organizam formam-se pólos de contra-poder. Foucault e o poder Primeiramente é importante compreender que Foucault não buscou apresentar uma Teoria do PODER, mas apontou caminhos para identificar de que forma os sujeitos atuam sobre os outros sujeitos. Ele preferia chamar de “cuidados metodológicos” ou perspectiva analítica, mas não uma teoria com “T” maiúsculo. Diferentemente da tradição da Ciência Política, para Foucault o poder não está localizado ou centrado em uma instituição, e nem tampouco como algo que se transmite por meio de contratos jurídicos ou políticos. Enquanto na teoria política tradicional se atribui ao Estado o monopólio do poder, em Foucault nota-se a existência de uma espécie de rede de microfísica do poder articulado ao Estado e que atravessa toda a estrutura social. Desta forma, para ele, é importante ver como o poder se relacionam com a estrutura mais geral do poder, no caso, o Estado. Trata-se, assim, de uma leitura ascendente das relações de poder. Em suas palavras, “Trata-se (…) de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (…) captar o poder nas suas formas e instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de direito que o organizam e delimitam (…) Em outras palavras, captar o poder na extremidade cada vez menos jurídica de seu exercício.” (FOUCAULT, 1979, p.182). É importante estarmos atentos ao fato de que Foucault não nega a importância do Estado, mas demonstra que as relações de poder ultrapassam o nível estatal e está presente por toda a sociedade, estando “dissolvida” por todo o tecido social. Para Foucault o poder é uma prática social constituída historicamente. São formas díspares, heterogêneas, em constante transformação. Constata Foucault que o poder está por toda parte e provoca ações e uma relação flutuante, não estando em uma instituição nem em ninguém. Não está no rei, no presidente, em uma pessoa, mas nas relações sociais existentes, sendo ações sobre ações. Fonte: https://cafecomsociologia.com/2015/06/o‐poder‐em‐michael‐foucau.html TIRINHAS PARA REFLEXÃO: SIMONE DE BEAUVOIR (1908 – 1986) Foi filósofa, escritora e ativista social. Em 1949 publicou o ensaio “O Segundo Sexo” que ficou conhecido como um importante trabalho de reflexão filosófica acerca da história de opressão sobre as mulheres. A obra ajudou a construir o pensamento feminista “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” A famosa frase de Beauvoir, busca refletir acerca do papel imposto as mulheres. Assim, ela compreendeu que as características e definições associadas as mulheres derivam menos de condições biológicas e mais de uma construção cultural tradicionalmente patriarcal. Vamos observar... As mulheres, durante anos, ficaram presas ao papel de esposa, sexo frágil e dependente do homem. Beauvoir evidenciou a necessidade de enfrentamento desta cultura a partir da construção de um discurso próprio das mulheres. Também refletiu acerca das dificuldades de romper os laços que prendiam as mulheres a estas condições. O que é feminismo? Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres Feminismo não é o contrário de machismo? Não. Enquanto o feminismo busca construir condições de igualdade entre os gêneros, o machismo é o comportamento que coloca o homem em posição de superioridade com relação à mulher. E por que está todo mundo falando de feminismo agora? Por vários motivos. Primeiro, porque já há algum tempo, as redes sociais tornaram possível que grupos de mulheres se encontrassem e falassem sobre como se sentem no mundo em que vivemos, dividindo questões como os assédios nas ruas, relatando estupros, situações de desvalorização no mercado de trabalho, etc. Fonte: Revista Carta Capital – O que é feminismo? Publicado em 09/11/2015 PATRIARCALISMO: Uma sociedade patriarcal é aquela onde existe a supremacia do homem nas relações sociais, ou seja, a figura masculina é o centro e responsável pelas decisões finais. TIRINHAS PARA REFLEXÃO Fontes: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/origem-filosofia.htm http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/mito-filosofia.htm http://brasilescola.uol.com.br/biografia/socrates-biografia.htm http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/platao.htm http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-grega.htm http://www.infoescola.com/filosofia/filosofia-medieval/ http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=42 http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/49/artigo326843-1.asphttp://www.infoescola.com/historia/iluminismo/ http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-existencialismo-sartre.htm http://resumos-ensinomedio.blogspot.com.br/2014/04/filosofia-existencialista-jean- paul.html https://agoradapuc.wordpress.com/2012/06/19/os-micropoderes-de-foucault/ http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-pos-moderna---michel-foucault- a-genealogia-dos-micropoderes.htm http://cafecomsociologia.com/2013/01/salve-beauvoir.html http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-que-e-feminismo-2198.html http://obviousmag.org/archives/2013/05/guy_debord_e_a_sociedade_do_espetaculo.ht ml https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/
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