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LIVRO FILOSOFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado aluno(a) 
Este livro apresenta, de forma mais completa, os temas e pensamentos 
filosóficos que vamos trabalhar na apostila e nas aulas. Trata-se de um material 
complementar que irá nos auxiliar na resolução dos exercícios do portal e na 
compreensão dos temas debatidos em aula. 
Bem-vindo à Filosofia! 
 
Prof. Vicente dos Santos Schneider 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA O QUE É E COMO SURGIU? 
Você já ouviu falar nessa palavra? Vamos ver o seu significado? 
A palavra Filosofia é composta de duas outras palavras de origem grega: Filos, que 
significa amor, amizade, e Sofia, que traduzimos como sabedoria ou conhecimento. O 
significado da palavra quer dizer “amor à sabedoria”. 
... mas quando a filosofia surgiu? E porque ela surgiu? 
Antes da filosofia, as pessoas esplicavam os fenomenos naturais a partir da mitologia, 
ou seja, criavam deuses, personagens e estórias para justificar os acontecimentos. 
Vejamos alguns exemplos: 
Para explicar o movimento das ondas do mar quando ocorriam fortes tempestades os 
gregos criaram um mito para justificar e explicar este fenômeno. Esse mito ficou 
conhecido como Poseidon, o divo dos mares. Ele tinha o poder de movimentar o mar 
conforme sua vontade. 
 
Vejamos outro exemplo... 
Para explicar e justificar a existências dos raios e relâmpagos, a sociedade grega criou 
e passou a venerar Zeus. Os gregos acreditavam que esse mito exercia a autoridade 
sobre todos os deuses por ser o guardião dos raios. 
 
TA, MAS ONDE ENTRA A FILOSOFIA NESSA HISTÓRIA? 
A filosofia entra em cena quando a explicação mitológica se tornou insuficiente e 
ineficiente para responder as novas realidades que surgiam na Grécia antiga. Quando 
os homens começaram a buscar novas explicações para os fenômenos, já não fazia 
mais sentido acreditar em mitos e fantasias. Nessa busca por novas explicações 
surgiu a filosofia. 
É IMPORTANTE LEMBRARMOS: Estamos falando da Grécia de 600 e 500 antes de 
cristo. 
E quais foram as condições que contribuíram para essa transição da mitologia para a 
filosofia? 
 
Calendário: A criação de um calendário teve como base o estudo dos movimentos 
naturais dos astros, podendo calcular as estações do ano, os dias, as horas e suas 
subdivisões deram aos gregos um grande ganho de capacidade de abstração 
desmistificando o tempo. O homem não precisava aguardar a vontade dos deuses 
pois, o evento temporal chegaria segundo o previsto no calendário. 
 
 
 Viagens: Foi estabelecido um sistema de comércio do excedente dos produtos 
gregos com produtos de outros povos e civilizações. Com isso, através de viagens 
comerciais descobriu-se novas culturas, novos mitos e tradições. Isso gerou alguns 
questionamentos: a certeza de que existiam outras formas e se organizar em 
sociedade e outras formas de explicar os fenômenos, desmistificando assim, a 
verdade absoluta das explicações. 
 
Vida Urbana: A sociedade grega era dividida em 3 classes sociais: os escravos 
(prisioneiros de guerra), os metecos (pequenos comerciantes) e os cidadãos (a elite 
econômica). Quem trabalhava eram os escravos e os metecos, já os cidadãos eram os 
responsáveis pela elaboração das leis e por estabelecer a ordem política da 
sociedade. Esta elite formada por cidadãos passou a destinar parte do seu tempo para 
aprimorar seus discursos, desenvolver a capacidade artística e buscar o 
conhecimento. 
 
Neste módulo, aprendemos quais os fatores que influenciaram para o surgimento da 
filosofia. No próximo vamos estudar alguns dos principais filósofos da Grécia Antiga. 
 
 
 
OS SOFISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mitologia e Filosofia 
Mitologia e filosofia são caminhos que buscam contar a origem do mundo e das 
coisas. Em certos momentos da história, a ideia de superar a mitologia era vista como 
uma evolução e que seguir a razão era o caminho certo. As diferenças de abordagem 
e metodologia são inúmeras, para começar a diferenciá-las é preciso saber o conceito 
de cada uma. 
 
Mitologia, ou conjunto de mitos, é a narrativa que explica a origem do mundo e da 
humanidade. O mito explica a origem das coisas no passado através de alianças e 
rivalidade entre divindades. Contém três funções: a função explicativa, umas causas 
no passado em quais os efeitos permanecem; a função organizativa que legitima um 
sistema de permissões e proibições; e a função compensatória que busca mostrar que 
os erros do passado foram corrigidos. 
 
A filosofia estuda os problemas relacionados ao conhecimento, existência e verdade. 
Somente após certas mudanças na sociedade como o invento da moeda e da 
democracia que o mítico passou a ser questionado e a maneira de pensar mudou os 
critérios, começando a dar ênfase para os argumentos mais racionais. A filosofia tem a 
conotação de conhecimento seguro, de verdade. 
 
As principais diferenças são: a mitologia narra coisas passadas, não se importa com 
contradições e o incompreensível, e narra à origem através das rivalidades e alianças 
das divindades; enquanto a filosofia busca passar a ideia de como e por que do 
passado, presente e futuro, como as coisas são no todo, explica a origem das coisas 
por elementos e causas naturais, e não aceita explicações incompreensíveis, exige 
coerência e lógica. 
Fonte: portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/mitologia-e-filosofia-as-diferentes-
explicacoes-na-origem-das-coisas/49686 
Para que serve a filosofia? 
Para entendermos para que serve a filosofia precisamos primeiramente entender o 
que de fato é a filosofia. 
 
“A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Diferentemente da ciência, não se 
baseia em experimentos ou na observação, mas apenas no pensamento. E 
diferentemente da matemática, não possui métodos formais de prova. A filosofia é feita 
simplesmente por meio do questionamento, da apresentação de ideias e da busca de 
argumentos possíveis contra elas, e da pergunta sobre como os nossos conceitos 
realmente funcionam”. (Thomas Nagel) 
 
Thomas Nagel desassociou a filosofia da exatidão da ciência e da matemática, uma 
vez que ela tem total relação com a subjetividade dos pensamentos. A filosofia não é e 
nunca será exata, pois trata essencialmente do profundo de tudo que se passa em 
nossa mente: conceitos, pensamentos, ideias, ideais, etc. 
 
Certo, mas para que ela serve? 
 
Com a filosofia conseguimos identificar o motivo pelo qual as coisas mudam, porque 
não é o suficiente ter um conhecimento técnico e/ou especializado, mas é essencial ter 
o que chamamos de conhecimento global para que assim possamos compreender 
melhor o mundo no qual estamos inseridos. 
 
Podemos dizer também que a filosofia é uma espécie de educação que tem 
ultrapassado as fronteiras cognitivas e todos os outros conhecimentos adquiridos 
convencionalmente, pois ela nos leva a refletir sobre tudo, a questionar, a debater e 
até a oferecer soluções. 
 
A filosofia nos faz sair da escuridão do comodismo e ir encontrar a luz da sabedoria 
das soluções. Ela nos faz entender o que é tido como inútil e perceber com clareza o 
que é útil. A filosofia serve para entendermos com clareza os conceitos usados no dia 
a dia, na ciência, nas artes, na religião, etc. 
 
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/para-que-serve-a-
filosofia/48590 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OS SOFISTAS 
Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império romano, 
que deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou 
"virtude", aplicado a áreas como música, política, matemática e atleticismo. Entre os 
principais sofistas conhecidos estão Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, 
Antifonte e Crátilo. 
O termo "sofista" tem sua origem no idioma grego, a partir da palavra "sophistēs",significando "sabedoria" e "sábio" respectivamente. Com o tempo a palavra passou a 
designar a sabedoria nos assuntos tipicamente humanos, em oposição aos assuntos 
da natureza, até chegar a designar um tipo especifico de profissional, o sofista. 
Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se 
dá na medida em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de que a sabedoria 
seria recebida dos deuses, baseando-se na hipótese de que, assim como nas 
atividades físicas, a prática da virtude, por meio da retórica e da oratória, poderia 
melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e virtuosos. O foco de seus 
ensinamentos era prático, direcionado a estratégias de argumentação e oratória, para 
que os estudantes atingissem o ápice da excelência em suas atividades, independente 
de quais fossem estas atividades. 
 
 
MÉTODO SOFISTA 
A doutrina sofística tinha como objetivo o desenvolvimento do poder 
de argumentação, da habilidade retórica, do conhecimento de doutrinas 
divergentes. Os Sofistas eram professores viajantes que, por determinado 
preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia, levando em consideração 
os interesses dos alunos, davam aulas de eloqüência e sagacidade mental, 
ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e 
privados. Transmitindo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que 
seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses 
(argumentos) dos adversários. A parir dessas concepções, não haveria 
uma verdade única, absoluta. Tudo seria relativo ao homem, ao momento, a 
um conjunto de fatores e circunstâncias. E foi devido a essas características 
que a palavra sofismo ganhou o sentido de impostor, o fabricante de 
uma realidade fictícia, perdendo o sentido Etimologicamente, do termo 
sofista que significa sábio. 
Etimologicamente, o termo sofista significa sábio. Entretanto, com o decorrer 
do tempo, ganhou o sentido de impostor, devido, sobretudo, às criticas de 
Platão.Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, 
vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Sempre levando em consideração 
os interesses dos alunos pagantes, davam aulas de eloqüência e de habilidade 
mental, ensinando conhecimento útil para o sucesso dos negócios públicos e 
privados. As lições dos sofistas não tinham como objetivo o estabelecimento de 
uma verdade única, mas, sim, o desenvolvimento do poder de argumentação, 
da habilidade oratória, do conhecimento das doutrinas divergentes; enfim, todo 
um jogo de raciocínios que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, 
driblando as teses dos adversários. 
É preciso lembrar que o momento histórico vivido pela civilização grega 
favoreceu o desenvolvimento dos sofistas. Era uma época de lutas políticas e 
intenso conflito de opiniões nas assembléias democráticas, que, por isso, os 
cidadãos mais ambiciosos sentiam necessidade de aprender a arte de 
argumentar em publico para, manipulando as assembléias, fazerem prevalecer 
seus interesses individuais e de classe. 
Para eles, o essencial, todo esforço intelectual tinha por fim algo lucro imediato; 
vencer um adversário, ganhar uma causa judicial, convencer um auditório. Para 
isto, tudo era válido. A única norma lógica e intelectual era o êxito. 
Fonte: https://estudandomais.wordpress.com/2010/12/10/os‐sofistas/ 
 
 
 
 
Os Clássicos: Sócrates, Platão e Aristóteles 
SÓCRATES (469 a.C. -399 a.C.) 
 
Foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Ele defendia que deve-
se sempre dar mais ênfase à procura do que não se sabe, do que transmitir o que se 
julga saber, privilegiando a investigação permanente. Sócrates tinha o hábito de 
debater e dialogar com as pessoas de sua cidade. Ao contrário de seus 
predecessores, ele não fundou uma escola, preferindo também realizar seu trabalho 
em locais públicos (principalmente nas praças públicas e ginásios), agindo de forma 
descontraída e descompromissada, dialogando com todas as pessoas, o que 
fascinava jovens. 
Esquematizando o método de Sócrates: 
• Sabedoria para ele é a busca da verdade 
• Buscar a verdade é a certeza de que nunca vamos encontrá-la 
 “EU SÓ SEI QUE NADA SEI” – Quando Sócrates exclama essa frase ele quer 
dizer que o primeiro passo para buscarmos o conhecimento é assumir que não 
temos a verdade absoluta. Para Sócrates nós nunca vamos atingir a verdade, 
mas vamos estar sempre buscando. 
Método Socrático: INDAGAÇÃO e IRONIA dariam conhecimento à MAIEUTICA que 
significa NOVO CONHECIMENTO. 
 
 
Sócrates X Sofistas 
 
Sócrates desenvolveu um método de pesquisa, chamado maiêutica, que procedia por 
indagação e ironia. Enquanto os sofistas ensinavam a arte da oratória. Vamos 
observar algumas diferenças entre Sócrates e os sofistas: 
 
 O sofista cobra pra ensinar, Sócrates não; 
 O sofista “sabe tudo”. Sócrates diz nada saber; 
 O sofista faz retórica, Sócrates faz dialética; 
 O sofista refuta para ganhar a disputa verbal, Sócrates refuta para purificar a alma 
de sua ignorância. 
 
 
PLATÃO (428 a.C. – 348 a.C.) 
 
• Discípulo de Sócrates 
• Crítica à democracia grega ateniense, pois os filósofos não tinham 
participação política (principais obras: A República, Mito da caverna) 
• Método dialético (tese, antítese, síntese) 
• Teoria das Ideias: Para Platão, existiam dois mundos. O primeiro era o mundo 
das ideias, onde tudo era perfeito. O segundo era o mundo real material onde 
tudo era uma cópia imperfeita das ideias. 
O que precisamos entender é que Platão valoriza o debate teórico no mundo 
das ideias deixando em segundo plano a observação do mundo material. Para 
ele não interessava estudar os objetos, animais e plantas, ou seja, mais 
importante era estudar o pensamento das pessoas. 
 
 
 
 
 
ARISTÓTELES 
 
• Discípulo de Platão 
Percebemos que diferente de Platão, Aristóteles desenvolveu um método que 
para a buscar o conhecimento é necessário observar as coisas materiais. 
Ex: ao tocar em uma chaleira quente se descobre que sua mão pode queimar e 
a partir disso você desenvolverá uma técnica para que isso não aconteça (usar 
luva). 
• Para Aristóteles toda substância era formada por uma essência e um acidente. 
Exemplo: O homem tem na sua essência a razão (capacidade de raciocínio) e 
por acidente é magro/alto/baixo. 
• Diferente de Platão, o Aristóteles valoriza a realidade material e a essência das 
coisas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUNDO DOS VALORES: MORAL E ÉTICA 
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está 
associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o 
comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, 
tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. 
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do 
Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem 
origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”. 
 
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento 
humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, 
científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. 
 
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada 
cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus 
julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. 
 
Vamos observar o quadro abaixo: 
 
 
 
Diferenças entre moral e ética 
 
Se for pesquisar no dicionário Aurélio o significado da palavra moral, iremos encontrar 
a seguinte definição: 
adj. De acordo com os bons costumes. / Que é próprio para favorecer os bons 
costumes. / Relativo ao espírito; intelectual (por oposição ao físico, ao material). / S.m. 
Estado de espírito, disposição de ânimo. / S.f. A parte da filosofia que trata dos 
costumes, deveres e modo de proceder dos homensnas relações com seus 
semelhantes; ética. / Corpo de preceitos e regras para dirigir as ações do homem, 
segundo a justiça e a equidade natural. / As leis da honestidade e do pudor; 
moralidade. 
Se for analisar, a moral não é algo individual, ela vem da cultura de uma sociedade. 
Um exemplo no Brasil, a poligamia é algo imoral, pois temos uma herança cultural e 
moral católica, do qual condena a poligamia. A moral estabelece limites, ela determina 
o que é correto ou não para aquela sociedade e cada ao indivíduo decide seguir ou 
não. 
A palavra moral vem do latim mores, que significa costume. Podemos descrever então 
que moral são as normas de conduta de uma sociedade, para permitir um equilíbrio 
entre os anseios individuais e os interesses da sociedade. Por isso do termo conduta 
moral, que é a orientação para os atos segundo os valores descritos pela sociedade. 
A ética tem um significado muito próximo ao da moral. Ética vem do grego ethos, que 
também significa conduta, modo de agir, mas o que diferencia moral da ética é o 
sentido etimológico, no qual a moral tem como propósito estabelecer um convívio 
social de acordo com o que é bem quisto pela sociedade, já a ética é identificada 
como uma filosofia moral, onde se busca entender os sentidos dos valores morais. 
A ética busca avaliar os princípios em seu individual, onde cada grupo possuem seus 
próprios valores, culturas e crenças. Ela constitui um sistema de argumentos dos quais 
os grupos ou as pessoas justificam suas ações. 
A configuração principal da ética é solucionar conflitos de interesses, baseando em 
argumentos universais. A ética tem seu impasse, pois o que é considerado ético para 
um grupo, não é para outro. 
Podemos ver nas redes sociais muita discursão sobre a homossexualidade, se é ético 
e está dentro da moralidade o relacionamento homo afetivo e o quanto a sociedade 
permite a exposição do mesmo. A verdade que impasse se dar devido o brasileiro vir 
de uma cultura cristã que sempre impôs que o relacionamento tem como o objetivo 
principal a procriação e como isso não acontece nos relacionamentos homo afetivos, 
esses são consideramos por muito imorais e antiéticos. 
A modernidade vem mudando muitos desses valores éticos, e hoje os indivíduos são 
considerados pessoas livres, o que leva a um relativismo, do qual a ética pode 
contornar a situação e conduzir a uma moralidade do qual os fins justificam os meios. 
O sentido hoje da ética é estabelecer uma universalidade dos valores, sem considerar 
a influência de uma ordem universal. Todos estão corretos e todos estão errados, vai 
de acordo com o que é ético para o indivíduo. 
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-diferenca-entre-
moral-e/43087 
 
FILOSOFIA MEDIEVAL: Thomas de Aquino e Agostinho de Hipona 
 
O que foi isso? Foi o pensamento filosófico que predominou na Europa durante 
a idade média nos séculos V e XV. Esta filosofia passou a ser ensinada nas 
escolas e por isso também ficou conhecida como “Escolástica”. 
 
Este período é marcado pelo domínio da Igreja Católica nas diversas áreas do 
conhecimento e na filosofia não foi diferente. O grande tema discutido nesse 
período foi a relação entre Deus e a alma, ou seja, os pensadores estavam 
tentando comprovar a existência do espirito humano e um criador. 
Algumas questões levantadas pelos filósofos do período: as relações entre 
espírito e corpo, Deus e homem. Podemos dizer que a principal marca deste 
período foi a conciliação entre fé e razão, antes separadas pelos 
questionamentos do método socrático. 
Esta filosofia impulsionada pela Escolástica também ficou conhecida como 
filosofia-cristã que mais tarde passou a ser chamada de teologia, veja: 
TEO LOGIA 
Provém do conceito grego “Theos” 
que significa divindade ou fé como 
caminho para a verdade. 
Provém do conceito grego “Logos” 
que significa estudo sistemático. 
 
Definição: Teologia é o estudo da existência de Deus. 
 
 
Vamos conhecer os dois principais filósofos deste período? 
 
Thomás de Aquino (1225 – 1274): É considerado o maior pensador cristão da 
história da humanidade. Foi o grande criador da Escolástica e argumentou 
seus estudos com base na concordância entre a fé e a razão. Foi venerado 
pela Igreja Católica e acabou canonizado santo pelo Papa João XXII. Passou 
a ser conhecido como São Thomás de Aquino. 
 
 
Agostinho de Hipona (354 – 430): Foi um pensador cristão que utilizou a 
teologia como método para responder suas perguntas. Seus estudos eram 
voltados para as questões morais e valores. Argumentou que para o ser 
humano conhecer a sua alma e interioridade era necessário conhecer e aceitar 
Deus. Neste método, Agostinho elaborou a tese de que o mal não existe, mas 
sim a ausência do bem/Deus. 
 
 
FILOSOFIA POLÍTICA: MAQUIAVEL (1469 —1527) 
 
Quando queremos dizer que alguém é ardiloso, astuto ou pérfido, costumamos dizer 
que é maquiavélico. O responsável por este termo é um dos filósofos mais importantes 
da história da filosofia política. Estamos falando de Nicolau Maquiavel. 
Qual a principal obra de Maquiavel? 
A obra "O Príncipe" resume o pensamento político de Maquiavel. A obra foi escrita 
durante algumas semanas, em 1513, durante o exílio de Maquiavel, que tinha sido 
banido de Florença. O que temos em "O Príncipe" é uma análise lúcida e cortante do 
poder político, visto por dentro e de perto. 
A primeira leitura que se fez dos escritos de Maquiavel tomou o livro como um manual 
de conselhos práticos aos governantes. A premissa de que "os fins justificam os 
meios" (frase que não é de Maquiavel, no entanto) passou a nortear a compreensão 
da obra. Daí a reputação de maquiavélico dada ao governante sem escrúpulos. 
Dizemos que Maquiavel é o fundador do pensamento político contemporâneo, pois foi 
o primeiro a pintar os fatos "como realmente são" e não mais "como deveriam ser”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILOSOFIA ILUMINISTA 
 
O Iluminismo foi um movimento de intelectuais, pensadores e filósofos que surgiu na 
França do século XVII e propunha o domínio do pensamento racional sobre o 
teocentrismo (Deus no centro de todas as explicações) que predominava na Europa 
desde a época Medieval. 
 
 
Os fins justificam os meios? 
 
A essência da obra O Príncipe é reunir um conjunto de recomendações com as quais 
um governante possa chegar e se manter no poder. Em síntese, a ideia é que mais 
se abstrai da obra de Maquiavel nos comentários que se fazem a respeito dela é de 
que nas teses do autor “os fins justificam os meios”, e de que o exercício do poder 
(como retratado por Maquiavel) se faz com um dirigente que é mais temido do que 
amado pelos seus comandados. 
 
Resumo sobre Maquiavel: 
 
Embora seu pensamento não fosse compreendido corretamente, seu objetivo era 
escrever um livro com recomendações ao príncipe para que este pudesse 
permanecer mais tempo no poder. Neste sentido, o fim que era a permanência no 
poder, deveria estar acima daquilo que ele ia fazer para conquistar as pessoas. O 
príncipe, portanto, deveria ser virtuoso, isto é, saber governar com prudência e 
capacidade. 
Antes dos iluministas: 
 
Produção cultural e intelectual: concentrada nas mãos da Igreja católica. 
Poder político: Concentrado nas mãos do rei absolutista. O próprio criava leis, julgava 
e executava. 
Inquisição: tribunal eclesiástico instituído pela Igreja católica no começo do séc. XIII 
com o objetivo de investigar e julgar sumariamente pretensos hereges e feiticeiros, 
acusados de crimes contra a fé católica e todos que questionavam os dogmas da 
igreja. 
 
 
 
De acordo com os filósofos iluministas, o iluminismo tinha o propósito de jogar luzes 
nas trevas em que se encontrava grande parte da humanidade. Fizeram também uma 
forte crítica ao absolutismo (poder concentrado na mão do rei) ao defenderem a 
liberdade econômica, política e social. 
 
 
VAMOS CONHECER ALGUNS ILUMINISTAS? 
 
- Voltaire (1694-1778): Defendiaa liberdade de pensamento e não poupava crítica à 
intolerância religiosa; 
 
 
- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): ele defendia a ideia de um estado 
democrático que garanta igualdade para todos; 
 
 
- Montesquieu (1689-1755): Contra o poder absoluto na mão do rei ele defendeu a 
divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; 
 
 
- Adam Smith (1723-1790): Economista e filósofo inglês. Grande defensor do 
liberalismo econômico e da livre concorrência entre comerciantes. Crítico da 
interferência do Estado absolutista nos negócios, afirmou que só o trabalho livre gera 
riqueza. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DO MOVIMENTO ILUMINISTA: A disseminação do ideário 
iluminista foi responsável pela orientação ideológica dos movimentos que derrubaram 
o pacto colonial e o Antigo Regime (absolutista). A deflagração de processos como o 
da Revolução Inglesa e Francesa; e as independências no continente americano são 
os maiores exemplos da influência do iluminismo na História. Este movimento 
intelectual também influenciou na construção das bases organizacionais das 
sociedades contemporâneas. 
 
 
 
 
 
GUY DEBORD (1931 – 1994) 
Guy Debord foi um filósofo, cineasta e crítico cultural francês. Dentro de toda sua 
participação política, principalmente nos eventos de Maio de 68, esteve envolvido com 
a fundação e manutenção da Internacional Situacionista – grupo dedicado à crítica 
daquilo que ele chamou de sociedade do espetáculo. 
Sociedade do espetáculo? O livro "A Sociedade Do Espetáculo" pode ser descrito 
como uma crítica feroz à sociedade contemporânea, isto é, à sociedade do consumo, 
à cultura da imagem e à invasão da economia em todas as esferas da vida. É sua obra 
principal e fundadora de uma corrente de crítica renovada que não estava satisfeita 
com o capitalismo ocidental e nem com o socialismo bolchevique russo. 
 
Neste livro, ele apresenta seu conceito de espetáculo como uma “relação de pessoas 
mediada por imagens”. Imagens seriam representações imediatas que adquirem 
autonomia e fazem das pessoas meros espectadores contemplativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A produção de imagens, a valorização da dimensão visual da comunicação, como instrumento de 
exercício do poder, de dominação social, existe, conforme argumenta Debord, em todas as sociedades 
onde há classes sociais.” 
Publicado em Revista Cult 
Michel Foucault (1926 – 1984) 
 
Foi um filósofo e teórico social. Buscou, através de seus estudos, compreender os 
mecanismos de controle social que são exercidos pelas instituições sociais. A partir 
desta compreensão, Foucault desenvolveu o conceito de micropoderes. 
Micropoderes: Para Foucault, instituições sociais como escola, igreja, fábrica, etc - há 
um micropoder que é exercido sobre os indivíduos, interferindo na sua liberdade e 
tornando um ser passivo. Há uma série de normas e discursos presente nas 
instituições que acabam por controlar e domesticar os indivíduos. 
Foucault também identificou focos de resistência a estes micropoderes. ONDE? 
Nos movimentos ativistas caracterizados pela defesa dos direitos humanos e sociais. 
Segundo ele, quando as minorias de negros, gays, feministas, ecologistas e 
trabalhadores se organizam formam-se pólos de contra-poder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foucault e o poder 
Primeiramente é importante compreender que Foucault não buscou apresentar uma Teoria do PODER, mas 
apontou caminhos para identificar de que forma os sujeitos atuam sobre os outros sujeitos. Ele preferia 
chamar de “cuidados metodológicos” ou perspectiva analítica, mas não uma teoria com “T” maiúsculo. 
Diferentemente da tradição da Ciência Política, para Foucault o poder não está localizado ou centrado em 
uma instituição, e nem tampouco como algo que se transmite por meio de contratos jurídicos ou políticos. 
Enquanto na teoria política tradicional se atribui ao Estado o monopólio do poder, em Foucault nota-se a 
existência de uma espécie de rede de microfísica do poder articulado ao Estado e que atravessa toda a 
estrutura social. Desta forma, para ele, é importante ver como o poder se relacionam com a estrutura mais 
geral do poder, no caso, o Estado. Trata-se, assim, de uma leitura ascendente das relações de poder. Em 
suas palavras, 
“Trata-se (…) de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (…) captar o poder nas 
suas formas e instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de 
direito que o organizam e delimitam (…) Em outras palavras, captar o poder na extremidade cada vez menos 
jurídica de seu exercício.” (FOUCAULT, 1979, p.182). 
É importante estarmos atentos ao fato de que Foucault não nega a importância do Estado, mas demonstra 
que as relações de poder ultrapassam o nível estatal e está presente por toda a sociedade, estando 
“dissolvida” por todo o tecido social. 
Para Foucault o poder é uma prática social constituída historicamente. São formas díspares, heterogêneas, 
em constante transformação. Constata Foucault que o poder está por toda parte e provoca ações e uma 
relação flutuante, não estando em uma instituição nem em ninguém. Não está no rei, no presidente, em uma 
pessoa, mas nas relações sociais existentes, sendo ações sobre ações. 
Fonte: https://cafecomsociologia.com/2015/06/o‐poder‐em‐michael‐foucau.html 
 
 
TIRINHAS PARA REFLEXÃO: 
 
 
 
 
SIMONE DE BEAUVOIR (1908 – 1986) 
 
Foi filósofa, escritora e ativista social. Em 1949 publicou o ensaio “O Segundo Sexo” 
que ficou conhecido como um importante trabalho de reflexão filosófica acerca da 
história de opressão sobre as mulheres. A obra ajudou a construir o pensamento 
feminista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ninguém nasce mulher, torna-se mulher” 
A famosa frase de Beauvoir, busca refletir acerca do papel imposto as mulheres. 
Assim, ela compreendeu que as características e definições associadas as mulheres 
derivam menos de condições biológicas e mais de uma construção cultural 
tradicionalmente patriarcal. 
 
 
 
 
Vamos observar... 
As mulheres, durante anos, ficaram presas ao papel de esposa, sexo frágil e 
dependente do homem. Beauvoir evidenciou a necessidade de enfrentamento desta 
cultura a partir da construção de um discurso próprio das mulheres. Também refletiu 
acerca das dificuldades de romper os laços que prendiam as mulheres a estas 
condições. 
O que é feminismo? 
Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo 
conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres 
Feminismo não é o contrário de machismo? 
Não. Enquanto o feminismo busca construir condições de igualdade entre 
os gêneros, o machismo é o comportamento que coloca o homem em 
posição de superioridade com relação à mulher. 
E por que está todo mundo falando de feminismo agora? 
Por vários motivos. Primeiro, porque já há algum tempo, as redes sociais 
tornaram possível que grupos de mulheres se encontrassem e falassem 
sobre como se sentem no mundo em que vivemos, dividindo questões 
como os assédios nas ruas, relatando estupros, situações de 
desvalorização no mercado de trabalho, etc. 
Fonte: Revista Carta Capital – O que é feminismo? Publicado em 09/11/2015 
PATRIARCALISMO: Uma sociedade patriarcal é aquela onde existe a supremacia do 
homem nas relações sociais, ou seja, a figura masculina é o centro e responsável pelas 
decisões finais. 
 
TIRINHAS PARA REFLEXÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes: 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/origem-filosofia.htm 
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/mito-filosofia.htm 
 
http://brasilescola.uol.com.br/biografia/socrates-biografia.htm 
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/platao.htm 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-grega.htm 
http://www.infoescola.com/filosofia/filosofia-medieval/ 
http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=42 
 
http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/49/artigo326843-1.asphttp://www.infoescola.com/historia/iluminismo/ 
 
http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-existencialismo-sartre.htm 
http://resumos-ensinomedio.blogspot.com.br/2014/04/filosofia-existencialista-jean-
paul.html 
https://agoradapuc.wordpress.com/2012/06/19/os-micropoderes-de-foucault/ 
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-pos-moderna---michel-foucault-
a-genealogia-dos-micropoderes.htm 
http://cafecomsociologia.com/2013/01/salve-beauvoir.html 
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-que-e-feminismo-2198.html 
 
http://obviousmag.org/archives/2013/05/guy_debord_e_a_sociedade_do_espetaculo.ht
ml 
https://revistacult.uol.com.br/home/midia-e-poder-na-sociedade-do-espetaculo/

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