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ROTEIRO MÓDULO 10 Atividade 2

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MÓDULO X – ALTERAÇÃO DO CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
Atividade 2 
Juliana Miranda Benício 
1. Caracterizar histopatologicamente a hiperplasia e correlacionar com a lâmina de fibroadenoma de mama, observando: 
• Alterações dos ductos mamários (proliferação epitelial) e fibrose da lâmina própria. 
 
 
 
 
O fibroadenoma é o tumor benigno mais comum da mama feminina e ocorre durante a idade fértil. É composto por estroma fibroso 
e glândulas. Alguns fibroadenomas correspondem a hiperplasias, mas muitos são neoplasias benignas verdadeiras, originadas no 
estroma intralobular da mama. Nestes casos, as células da parte conjuntiva do tumor são monoclonais, as da parte epitelial 
são policlonais. Isto indica que estas últimas não são propriamente neoplásicas, mas proliferam em resposta a estímulos químicos 
secretados pelas células do estroma. (Durante muito tempo se pensou que o fibroadenoma era um tumor misto com duas linhagens 
de células neoplásicas; hoje isto não é mais aceito). 
 O tumor forma um nódulo bem delimitado do tecido mamário adjacente, notando-se uma delicada cápsula fibrosa. Na 
microscopia, o componente epitelial forma túbulos ramificados e dilatados, em meio ao estroma. Comparar com o tecido mamário 
vizinho, onde as glândulas se organizam em lóbulos, o que não ocorre no fibroadenoma. No fibroadenoma, o estroma é frouxo, 
composto por células estreladas separadas por material intersticial levemente basófilo. O aspecto lembra o do estroma 
intralobular do lóbulo mamário normal, onde o tumor se origina. No componente epitelial do fibroadenoma pode-se observar 
a dupla população celular (células epiteliais e mioepiteliais) como no tecido mamário normal. As células epiteliais secretam o leite 
(nos lóbulos) ou o conduzem (nos ductos). As células mioepiteliais são contráteis, ajudando a extrusão do produto. A dupla 
população é um importante elemento a favor da benignidade do tumor, pois mostra que as células se diferenciam em dois tipos 
topograficamente relacionados entre si. Num tumor maligno as células tendem a ser indiferenciadas, isto é anárquicas, sem relações 
topográficas ou funcionais definidas umas com as outras. 
 
2. Com o auxílio do livro de histologia caracterizar o tecido mamário e prostático. 
 
TECIDO MAMÁRIO 
Na mama normal observa-se o sistema secretor, composto por lóbulos e ductos e situado no estroma interlobular. Na mulher jovem, 
o estroma interlobular é composto predominantemente por tecido fibroso denso, com alguns adipócitos, daí a consistência da mama 
ser firme. Após a menopausa predomina o tecido adiposo. 
OS LÓBULOS MAMÁRIOS são a unidade secretora da mama. São estruturas de contorno mais ou menos circular, circundados 
por estroma interlobular (tecido fibroso denso). Cada lóbulo é constituído por ácinos situados no estroma intralobular. Neste, o 
tecido conjuntivo é mais frouxo e contém uma população fisiológica de células inflamatórias crônicas, principalmente linfócitos. 
Este estroma responde às variações hormonais do ciclo menstrual normal, sendo mais edemaciado e com mais linfócitos na segunda 
metade do ciclo (influência combinada de estrógenos e progesterona). Fora da gravidez, como neste caso, os ácinos estão 
quiescentes. 
 
 
DUPLA POPULAÇÃO CELULAR DOS ÁCINOS MAMÁRIOS. Cada ácino é 
composto por dois tipos de células: uma camada interna de células epiteliais e 
uma camada externa de células mioepiteliais, que se destacam pelo citoplasma ser 
mais claro. A função das células mioepiteliais é contrair-se, promovendo a extrusão 
do leite secretado. Em lesões proliferativas da mama, a perda da dupla população é 
um importante elemento a favor de neoplasia. 
 
 
 
OS DUCTOS MAMÁRIOS drenam 
os lóbulos. Têm contorno irregular 
ou estrelado e também são 
constituídos por dupla população, de 
células epiteliais de revestimento 
(internas) e mioepiteliais (externas). 
Estas não formam uma camada 
contínua e se destacam pelo 
citoplasma claro, frequentemente 
vacuolado. 
 
 
 
TECIDO PROSTÁTICO 
A próstata é composta de inúmeras pequenas glândulas tubuloalveolares, cujos ductos excretores (ductos prostáticos) se abrem ao 
longo da uretra prostática. É constituída por 30 a 50 glândulas tubuloalveolares dispostas em três camadas concêntricas: uma camada 
mucosa interna, uma camada submucosa intermediária e uma camada periférica contendo as glândulas prostáticas principais. As 
glândulas da camada mucosa secretam diretamente na uretra; as outras duas camadas contêm ductos que se abrem nos seios prostáticos 
localizados em cada lado da crista uretral, na parede posterior da uretra. 
O parênquima prostático adulto é dividido em quatro zonas anatômica e clinicamente distintas: 
• A zona central circunda os ductos ejaculatórios que atravessam a próstata. Contém em torno de 25% do tecido glandular e é resistente 
tanto ao carcinoma quanto à inflamação. Em comparação com as outras zonas, as células da zona central exibem características 
morfológicas distintas (um citoplasma mais proeminente e ligeiramente 
basófilo e núcleos maiores, deslocados em diferentes níveis nas células 
adjacentes); 
• A zona periférica compreende 70% do tecido glandular da próstata. Circunda 
a zona central e ocupa as porções posterior e lateral da glândula. A maioria dos 
carcinomas de próstata origina-se da zona periférica da próstata. Tal zona é 
palpável durante o exame de toque retal e também é mais suscetível à 
inflamação; 
• A zona de transição circunda a parte prostática da uretra; compreende cerca 
de 5% do tecido glandular prostático e contém as glândulas mucosas. Nos 
indivíduos idosos, as células parenquimatosas dessa zona frequentemente 
sofrem divisão extensa (hiperplasia) e formam massas nodulares de células 
epiteliais. Como a zona de transição é próxima da parte prostática da uretra, 
esses nódulos podem comprimir essa porção da próstata, causando dificuldade 
na micção. Essa condição é conhecida como hiperplasia prostática benigna 
(HPB). 
• A zona periuretral contém glândulas mucosas e submucosas. Nos estágios mais avançados da HPB, essa zona pode sofrer 
crescimento anormal, principalmente dos componentes do estroma. Juntamente com os nódulos glandulares da zona de transição, esse 
crescimento provoca compressão uretral e maior retenção de urina na bexiga. 
 
O epitélio glandular é pseudoestratificado, composto de células basais e células colunares secretoras, ou simples cúbico. Cada 
pequena glândula é envolvida por tecido conjuntivo e tecido muscular. Na espécie humana, observam-se no interior dos alvéolos 
pequenos depósitos de material orgânico denominados concreções prostáticas ou corpora amylacea. Esses depósitos têm às vezes 
um aspecto laminado e podem ser calcificados. Os chamados cálculos prostáticos são compostos predominantemente por 
hidroxiapatita. A análise proteômica sugere, para os autores, uma associação com processos inflamatórios. Acredita-se que sejam 
consequência de inflamações locais. 
 
De acordo com Ross, em cada zona da próstata, o epitélio glandular geralmente é simples colunar, mas podem ser observadas placas 
constituídas por epitélio simples cuboide, pavimentoso ou, em certas ocasiões, pseudoestratificado. O epitélio glandular é 
influenciado pelos hormônios sexuais, como testosterona e andrógenos suprarrenais. Esses hormônios entram nas células secretoras 
do epitélio glandular e são convertidos em di-hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5α-redutase. O crescimento do epitélio glandular 
prostático é regulado pelo hormônio di-hidrotestosterona. 
Na próstata, as células epiteliais produzem diversas enzimas, particularmente o antígeno prostático específico (PSA), a fosfatase 
ácida (PAP; do inglês, prostatic acid phosphatase), a fibrinolisina e o ácido cítrico. 
• O antígeno prostático específico (PSA), constitui um dos marcadores tumorais de maior importância clínica. Em condições 
normais, o PSAé secretado nos alvéolos da próstata e, por fim, é incorporado ao líquido seminal. A secreção alveolar da próstata é 
bombeada para a parte prostática da uretra durante a ejaculação por meio da contração do tecido fibromuscular da próstata. Como o 
PSA é predominantemente liberado na secreção prostática, apenas uma quantidade muito pequena de PSA (geralmente inferior a 4 
ng/mℓ) circula no sangue de um indivíduo saudável. No entanto, no câncer de próstata, a concentração sérica de PSA aumenta; são 
produzidas grandes quantidades de PSA, que são inadequadamente direcionadas para a circulação pelo epitélio prostático 
transformado. Por conseguinte, os níveis elevados de PSA estão diretamente relacionados com o aumento de atividade das células 
do câncer de próstata. Um nível de PSA situado entre 4 e 10 ng/mℓ sugere um risco de câncer de cerca de 25%; níveis superiores a 
10 ng/mℓ sugerem um risco acima de 67%. Recentemente, ficou amplamente aceito que muitos tecidos não prostáticos também 
podem apresentar pequenas quantidades de PSA, incluindo a mama, os ovários, as glândulas salivares e o tecido hepático, bem 
como vários tumores. É também importante assinalar que os níveis circulantes elevados de PSA podem estar associados a condições 
benignas (não cancerosas), como prostatite (infecção da próstata), fluxo sanguíneo interrompido para próstata ou HPB. 
• A fosfatase ácida prostática (PAP) é uma enzima que regula o crescimento e o metabolismo celulares do epitélio glandular da 
próstata. Como são encontrados níveis séricos elevados de PAP em pacientes com câncer de próstata metastático, essa enzima é 
rotineiramente usada como marcador alternativo do PSA para tumores de próstata. As determinações da PAP e do PSA são úteis na 
avaliação do prognóstico do câncer de próstata 
• A fibrinolisina, que é secretada pela próstata, 
liquefaz o sêmen. 
 
 
1. Cápsula; 
2. Cálculos prostáticos; 
3. Músculos lisos; 
4. Cálculos; 
5. Epitélio prostático; 
6. Vaso sanguíneo. 
Envolvendo a próstata, existe 
uma cápsula fibroelástica rica em músculo 
liso, que envia septos que entram na glândula, 
formando o estroma prostático. O estroma é 
caracterizado por inúmeros feixes pequenos de 
músculo liso, podendo ser descrito como 
estroma fibromuscular. Na ejaculação ocorre a 
contração dos músculos, forçando a secreção 
em direção à uretra. A glândula é envolvida por 
uma cápsula fibroelástica que também contém 
feixes pequenos de músculo liso. 
 
 
 
 
 
 
3. Caracterizar histopatologicamente o adenocarcinoma de mama e adenocarcinoma de próstata 
O QUE É ADENOCARCINOMA? 
O adenocarcinoma é um tumor maligno, derivado de células glandulares epiteliais secretoras, que pode afetar quase todos os órgãos 
do corpo (pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, colo do útero, etc.). Estas células podem também originar um tumor benigno, o 
adenoma, o qual guarda a potencialidade de transformar-se em adenocarcinoma. Embora a prefixo “adeno” queira dizer “junto a uma 
glândula”, não é necessário que as células desse tumor pertençam a uma glândula, desde que sejam secretoras. Em adenocarcinomas, 
as glândulas apresentam inversão da polarização das células e tendem a formar glândulas pequenas com luz reduzida ou mesmo apenas 
cordões celulares sem luz evidente. Em geral, os adenocarcinomas são um tipo de câncer bastante agressivo e de difícil remoção 
cirúrgica e têm, por isso, um prognóstico desfavorável. 
 
ADENOCARCINOMA DE PRÓSTATA 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico do câncer da próstata é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata, que deve ser 
considerada sempre que houver anormalidades no toque retal ou na dosagem do PSA. O relatório anátomo-patológico deve fornecer 
a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua 
tendência à disseminação, além de ajudar na determinação do melhor tratamento para o paciente. Na graduação histológica, as 
células do câncer são comparadas às células prostáticas normais. Quanto mais diferentes das células normais forem as células do 
câncer, mais agressivo será o tumor e mais rápida será sua disseminação. A escala de graduação do câncer da próstata varia de 1 a 5, 
com o grau 1 sendo a forma menos agressiva: 
• Grau 1 – As células são, geralmente, uniformes e pequenas e formam glândulas regulares, com pouca variação de tamanho e forma, 
com bordos bem definidos, densamente agrupadas, distribuídas homogeneamente e com muito pouco estroma entre si. 
• Grau 2 – As células variam mais em tamanho e forma e as glândulas, ainda uniformes, mostram-se frouxamente agrupadas e com 
bordos irregulares. 
O tumor é constituído por células pequenas 
e claras com discreto pleomorfismo 
nuclear. Podem estar em arranjo sólido 
(sem formar glândulas) ou formar 
microácinos glandulares dispostos muito 
proximamente entre si (chama-se a 
isto caráter medular). O carcinoma infiltra a 
próstata, da qual ainda se observam 
algumas glândulas remanescentes e feixes 
de músculo liso. 
 
 
• Grau 3 – As células variam ainda mais em tamanho e forma, constituindo glândulas muito pequenas, uniformes, anguladas ou 
alongadas, individualizadas e anarquicamente espalhadas pelo estroma. Podem formar também massas fusiformes ou papilíferas, 
com bordas lisas. 
• Grau 4 - Muitas das células estão fusionadas em grandes massas amorfas ou formando glândulas irregulares, que são distribuídas 
anarquicamente, exibindo infiltração irregular e invadindo os tecidos adjacentes. As glândulas podem apresentar, ainda, células 
pálidas e grandes, com padrão hipernefróide. 
• Grau 5 – Tumor anaplásico. A maioria das células estão agrupadas em grandes massas que invadem os órgãos e tecidos vizinhos. As 
massas de células podem exibir necrose central, com padrão de comedocarcinoma. Muitas vezes, a diferenciação glandular pode não 
existir: padrão de crescimento infiltrativo tipo cordonal ou de células soltas. 
 
 
Para se obter o escore total da classificação de Gleason, que varia de 2 a 10, o patologista gradua de 1 a 5 as duas áreas mais 
frequentes do tumor e soma os resultados. 
• Gleason de 2 a 4 – existe cerca de 25% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros 
órgãos, afetando a sobrevida. 
• Gleason de 5 a 7 - existe cerca de 50% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros 
órgãos, afetando a sobrevida. 
• Gleason de 8 a 10 - existe cerca de 75% de chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros 
órgãos, afetando a sobrevida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADENOCARCINOMA DE MAMA 
 
 
 
 
O carcinoma da mama é o tumor maligno mais frequente no sexo feminino (30% de todos os cânceres) e afeta uma em cada nove 
mulheres ao longo da vida. A grande maioria corresponde ao tipo carcinoma ductal invasivo, que é usado aqui como exemplo. O 
tumor é pouco diferenciado. As células formam cordões sólidos que infiltram difusamente o tecido mamário. É característico que 
haja extensa reação desmoplásicado tecido infiltrado, ou seja, proliferação fibroblástica e produção de colágeno, o que dá ao tumor 
consistência dura na macroscopia. Na periferia, o tumor é mal delimitado e sem cápsula, infiltrando o tecido adiposo e o tecido 
mamário pré-existente. 
 Não Invasivo versus Invasivo 
O carcinoma ductal in situ é um câncer de mama não invasivo (estágio 0). 
Se o câncer de mama é diagnosticado, é importante saber se a doença se disseminou para fora dos ductos ou dos lobos da mama. 
Os cânceres não invasivos permanecem dentro dos dutos ou lobos na mama. Eles não invadem os tecidos normais dentro ou fora da 
mama. Os cânceres não invasivos são frequentemente denominados de in situ. Eles não têm a capacidade de se disseminar pelo 
corpo, e não são letais. Por outro lado, a presença delesindica um risco aumentado de se desenvolver um câncer invasivo. Se o 
tumor atravessa a chamada membrana basal (e, portanto, passa a invadir tecidos normais e a se disseminar), é denominado 
invasivo. Em alguns casos, um câncer de mama pode ter dois componentes: uma área de tumor invasivo outra com lesão não 
invasiva. 
 
 
 
Grau do Tumor 
 
Para os cânceres de mama invasivos, o patologista observa a forma das células cancerosas e atribui uma classificação histológica, 
usando um sistema de números ou palavras. 
O grau do tumor descreve a estrutura das células e é diferente do estágio tumoral. Em geral, quanto mais as células cancerosas se 
parecem com as células normais da mama, menor a nota do grau e melhor o prognóstico. 
O sistema de classificação mais comum na prática clínica atual é o sistema de Nottingham: 
• Grau 1 (bem diferenciado). As células cancerosas de grau 1 se parecem mais com o tecido normal e são de crescimento lento. 
• Grau 2 (moderadamente diferenciado). As células tumorais cancerosas de grau 2 se situam em algum lugar entre o grau 1 e o grau 2. 
• Grau 3 (pouco diferenciado). As células cancerosas de grau 3 se parecem muito diferentes das células normais e são de crescimento 
rápido. 
 
Adenocarcinoma (carcinoma ductal infiltrante). 
Note os ductos proliferados, irregulares, 
infiltrando o estroma conjuntivo; neste campo 
mais frouxo. Observe o infiltrado linfocitário e o 
tecido conjuntivo adiposo (à esquerda). 
Adenocarcinoma (carcinoma ductal infiltrante). 
Observe, do centro para a esquerda, ductos 
neoplásicos proliferados, irregulares e fusionados 
entre si, que infiltram o estroma conjuntivo. Este 
mostra maior ou menor deposição de colágeno 
(fibras róseas). Note, à direita, alguns dúctulos e 
ductos mamários não neoplásicos, com infiltrado 
inflamatório linfocitário ao redor. 
Adenocarcinoma (carcinoma ductal infiltrante). 
Note os ductos hiperplasiados, irregulares, 
infiltrando o estroma conjuntivo fibroso, com 
deposição de colágeno (fibras róseas) (reação 
desmoplásica). Observe, no centro, ducto com 
epitélio proliferado e fusionado em padrão 
cribriforme (em crivo, peneira). 
4. Com o auxílio do livro de patologia caracterizar do ponto de vista radiológico e histopatológico os diversos tipos de distúrbios da 
proliferação celular e seus mecanismos: 
 
a. Quanto ao volume 
• Hipertrofia: A hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. O órgão hipertrofiado 
não possui novas células, apenas células maiores. O tamanho aumentado das células é devido à síntese de mais componentes estruturais 
das células. Células capazes de divisão podem responder ao estresse submetendo-se a ambas, hiperplasia (descrita a seguir) e 
hipertrofia, enquanto em células que não se dividem (p. ex., fibras miocárdicas) o aumento da massa tecidual é devido à hipertrofia. 
Em muitos órgãos, hipertrofia e hiperplasia coexistem, contribuindo para o aumento do tamanho. 
 
 
 
 
• Atrofia: Atrofia é a redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células. A 
atrofia pode ser fisiológica ou patológica. A atrofia fisiológica é comum durante o desenvolvimento normal. Algumas estruturas 
embrionárias, como a notocorda e o ducto tireoglosso, sofrem atrofia durante o desenvolvimento fetal. O útero diminui de tamanho 
logo após o parto, e esta é uma forma de atrofia fisiológica. A atrofia patológica depende da causa básica e pode ser local ou 
generalizada. 
 
 
 
Hipertrofia fisiológica do útero, durante a gravidez. A, Aparência macroscópica do útero 
normal (à direita) e do útero grávido (removido por hemorragia pós-parto) (à esquerda). B, 
Células musculares lisas uterinas, pequenas e fusiformes, de um útero normal, comparadas 
com C, Células de útero grávido, roliças e grandes, no mesmo aumento. 
Atrofia. A, Cérebro normal de adulto jovem. B, Atrofia do cérebro em um homem de 82 anos 
com doença cerebrovascular aterosclerótica, resultante da redução do suprimento sanguíneo. 
Note que a perda de substância do cérebro adelgaça o giro e alarga os sulcos. As meninges 
foram retiradas da metade direita de cada espécime para mostrar a superfície do cérebro. 
• Hipotrofia: Consiste em redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando em diminuição do 
volume das células e dos órgãos atingidos; muitas vezes, há também diminuição do número de células. Redução de volume dá-se por 
diminuição do anabolismo e das estruturas celulares (mitocôndrias, retículo endoplasmático etc.); redução do número ocorre por 
apoptose. 
 
b. Quanto à divisão celular 
• Hiperplasia: consiste no aumento do número de células de um órgão 
ou de parte dele, por aumento da proliferação e/ou por retardo na 
apoptose (como ocorre no tecido linfoide). Hiperplasia só acontece 
em órgãos que contêm células com capacidade replicativa. Como na 
hipertrofia, o órgão afetado fica aumentado de volume e de peso (por 
causa do maior número de células). Em órgãos com hiperplasia, 
ocorrem aumento na síntese de fatores de crescimento e de seus 
receptores, além de ativação de rotas intracelulares de estímulo a 
divisão celular. 
• Hipoplasia: é a diminuição da população celular de um tecido, de um 
órgão ou de parte do corpo. Com isso, a região afetada é menor e 
menos pesada que o normal, mas conserva o padrão arquitetural 
básico. Várias são as causas de hipoplasia. Durante a embriogênese, 
pode ocorrer defeito na formação de um órgão ou de parte dele 
(hipoplasia pulmonar, hipoplasia renal etc.). Após o nascimento, 
hipoplasia aparece como resultado de diminuição do ritmo de 
renovação celular, aumento da taxa de destruição das células ou 
ambos os fenômenos. 
 
c. Quanto à proliferação celular 
• Metaplasia: significa mudança de um tipo de tecido adulto (epitelial 
ou mesenquimal) em outro da mesma linhagem. Na metaplasia, um 
tipo de epitélio transforma-se em outro tipo epitelial; um epitélio, 
porém, não se modifica em tecido mesenquimal. Em termos 
genômicos, metaplasia resulta da inativação de alguns genes (cuja expressão define a diferenciação do tecido que sofre metaplasia) e 
desrepressão de outros (que condicionam o novo tipo de diferenciação). Em alguns processos de reparo e regeneração, células epiteliais 
podem diferenciar-se em fibroblastos, processo chamado transdiferenciação. 
• Displasia: é uma condição adquirida caracterizada por alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de 
redução ou perda de diferenciação das células afetadas. Os exemplos mais conhecidos são displasias epiteliais, nas quais ocorrem, em 
graus variados, aumento da proliferação celular e redução na maturação das células, que podem apresentar algumas atipias celulares 
e arquiteturais. Não raramente, as displasias estão associadas a tecidos metaplásicos ou se originam neles. As mais importantes na 
prática são displasias de mucosas, como do colo uterino, de brônquios e gástrica, pois muitas vezes precedem os cânceres que se 
formam nesses locais. Todavia, nem sempre uma displasia progride para câncer, já que pode estacionar ou até mesmo regredir. 
• Neoplasia: lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de 
diferenciação, em consequência de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células. Nesse 
contexto, o que diferencia uma neoplasia de urna displasia e hiperplasia é exatamente a autonomia de proliferação. Quando ocorre em 
um órgão sólido, o maior número de células de uma neoplasia forma um tumor. Dos pontos de vista clínico, evolutivo e de 
comportamento, as neoplasias são divididas em duas grandes categorias: benignas e malignas. As benignas geralmente não são letais 
nem causam sérios transtornos para o hospedeiro; por isso mesmo, podem evoluir durante muito tempo e não colocamem risco a vida 
de seu portador. As malignas, ao contrário, em geral têm crescimento rápido, e muitas provocam perturbações homeostáticas graves 
que acabam levando o indivíduo à morte. Na grande maioria dos casos, as características macro e microscópicas das neoplasias 
permitem que sejam separadas em benignas e malignas. As neoplasias benignas e malignas têm dois componentes: (1) células 
neoplásicas (parênquima); (2) estroma conjuntivovascular. As propriedades biológicas das neoplasias dependem das características 
desses componentes e das interações entre eles. 
 
QUESTÕES NORTEADORAS 
 
1. A biópsia traqueal de um paciente fumante trouxe como resultado “Metaplasia Escamosa”, o que isto significa e porquê é 
comum em fumantes? 
Em princípio, metaplasia resulta de irritações persistentes que levam ao surgimento de um tecido mais resistente. No entanto, o tecido 
metaplásico pode resultar em menor proteção ao indivíduo: na metaplasia escamosa da árvore brônquica no tabagismo, por exemplo, 
há prejuízo na síntese de muco e desaparecimento dos cílios, ambos importantes como defesa do organismo. 
A inalação oral assim como a inalação nasal da fumaça de cigarro promove uma profunda diminuição no transporte mucociliar. A 
fumaça de cigarro também está associada a profundas alterações nos mecanismos de produção de muco. A exposição crônica a essa 
fumaça provoca alterações metaplásicas da mucosa respiratória com aumento no número e tamanho de células caliciformes e 
consequente aumento de secreção nas vias aéreas. Além de alterações funcionais, a fumaça de cigarro promove alterações estruturais 
importantes sobre o epitélio respiratório. Diferentes estudos têm demonstrado que a fumaça de cigarro provoca redução da viabilidade 
celular e indução de apoptose em células ciliadas respiratórias, efeitos opostos mitogênicos ou pró-apoptóticos dependendo da 
concentração da fumaça de cigarro ou ainda prejuízo na regeneração epitelial frente a injúrias. 
 
2. A hipertensão arterial sistêmica crônica pode resultar no espessamento do ventrículo esquerdo, qual o tipo de crescimento 
celular está envolvido nesta situação? 
A HVE constitui um conjunto de alterações estruturais decorrentes do aumento das dimensões dos cardiomiócitos, da proliferação do 
tecido conjuntivo intersticial e da rarefação da microcirculação coronariana. 
Quando o cardiomiócito recebe um estímulo hipertrófico, esse é traduzido no interior da célula, como alterações bioquímicas que 
levam à ativação de segundos (citosólicos) e terceiros (nucleares) mensageiros que irão agir no núcleo da célula, regulando a 
transcrição, e finalmente determinarão a expressão gênica que induz a HVE. 
O crescimento dos cardiomiócitos na hipertrofia ventricular esquerda pode ocorrer pela adição de sarcômeros em série (sobrecarga de 
volume) ou em paralelo (sobrecarga de pressão), permitindo que a célula aumente em comprimento ou em diâmetro, levando à 
hipertrofia excêntrica ou concêntrica, respectivamente. A hipertrofia causada por sobrecargas hemodinâmicas pode conduzir à 
hipertrofia adaptada (fisiológica) ou mal-adaptada (patológica). Hipertrofia fisiológica é aquela desenvolvida em decorrência da 
sobrecarga hemodinâmica transitória, como as observadas no crescimento cardíaco durante a adolescência e a gestação, e em resposta 
a exercícios regulares, enquanto a hipertrofia patológica é aquela decorrente de sobrecarga hemodinâmica persistente. 
 
 
3. Um paciente que tenha sofrido lesão medular a nível de T4 não conseguirá sentir nem mover suas pernas. Esta falta de 
inervação causará incapacidade de movimentar seus membros inferiores. O que acontecerá com os músculos afetados do ponto de 
vista clínico e histopatológico? 
Ocorrerá uma hipotrofia, neste caso devido ao desuso e a falta de inervação, e uma atrofia muscular. A fibra muscular desnervada 
sofre atrofia simples, com redução de volume por diminuição do número de miofibrilas e organelas. O contorno externo da fibra, que 
é normalmente poligonal com ângulos arredondados, geralmente torna-se angulado, devido à compressão pelas fibras vizinhas não 
atróficas. 
 
 
Há variação do diâmetro das fibras, sendo as menores atróficas (desnervadas) e as maiores provavelmente 
hipertróficas. Trata-se de hipertrofia vicariante, pois as fibras inervadas passam a trabalhar mais. Na fig à D 
nota-se no centro do campo um fascículo com fibras atróficas muito alongadas. São fibras atróficas 
anguladas, que sofreram compressão pelas fibras próximas que estão normais ou hipertróficas. Como as 
fibras atróficas ficam próximas, fala-se em atrofia em pequenos grupos, outra importante característica da 
desenervação crônica.

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