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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM CENTRO CIRURGICO E CENTRAL DE MATERIAL PROFESSORA: IVONIZETE PIRES RIBEIRO ALUNO(A): DAIANNY PAES L MACEDO TERESINA- PI AGOSTO DE 2020 INTRODUÇÃO - O centro cirúrgico (CC), também conhecido como unidade cirúrgica (UC) ou bloco cirúrgico (BC), refere-se a um espaço dentro da unidade hospitalar destinado a cirurgias de baixa, média e alta complexidade. - O CC é um ambiente complexo, que requer profissionais qualificados e treinados, que devem ser especializados em suas funções. Além disso, o CC deve estar sempre preparado para a cirurgia, e é de suma importância que todos os materiais e equipamentos estejam nos seus devidos lugares, evitando complicações durante os processos que ali serão realizados. - Cabe à enfermagem, gerenciar e coordenar os profissionais que realizam esse trabalho. Sendo o planejamento essencial e de extrema importância, antecedendo todas as funções administrativas. o que irá proporcionar um norte do que fazer, quem o fará; como; quando; e onde será feito. É um processo proativo e deliberativo que reduz riscos e incertezas. - Além disso, a equipe de enfermagem é responsável por atender o cliente em todas as fases da cirurgia, desde o pré operatório, até o pós operatório, e ainda na fase de transoperatório (durante a cirurgia). E para garantir a eficácia em todo esse processo, o enfermeiro deve estar apto a coordenar, gerenciar, realizar programas de treinamento e de educação continuada, verificar o bom funcionamento do CC e estar constantemente em processo de atualização. - Em busca de técnicas modernas e inovadores, o CC está em constante evolução tecnológica, utilizando inúmeros equipamentos para suprir o atendimento em diferentes especialidades médicas. Para isso, a atuação do enfermeiro deve ser baseada em um processo de trabalho planejado, com uma série de ações integradas, para proporcionar uma assistência adequada ao cliente, à equipe cirúrgica e de enfermagem, como serviços gerais e de manutenção, entre outros. REFERÊNCIAS 1. Gomes, L; Dutra, KE; Pereira, ALS. O enfermeiro no gerenciamento do centro cirúrgico. Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery. http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 Curso de Administração - N. 16, JAN/JUN 2014 BLOCO OPERATÓRIO TEMPOS OPERATÓRIOS Diérese- apresenta como objetivo criar vias de acesso através dos tecidos por meio de bisturis e tesouras. Preensão- objetivo: manipulação de algumas estruturas. Hemostasia- visa conter ou prevenir os sangra- Mentos durante o ato operatório, tendo como instrumentais principais as pinças hemostáticas. “É o conjunto de ambientes, devidamente localizados, dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho para a equipe técnica.” LAMB(2000). CHEKLIST DE MATERIAI Os instrumentos cirúrgicos são classificados de acordo com a sua função. 1.instrumentos de diérese 1.1 Bisturi: Função: é utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Características: cabo reto, com uma extremidade estreita chamada colo, no qual é acoplada uma variedade de lâminas descartáveis e removíveis. Tamanhos e formato: as lâminas e os colos dos cabos são adaptados aos diversos tipos de incisões (principais nº 3 e 4). > O cabo nº 3 é destinado para lâminas pequenas, das de números 9 às de 17, em incisões mais delicadas. > O cabo de nº 4 é destinado para lâminas maiores das de numero 18 às de nº 50. 1.2 Tesouras: Função: efetuar a secção ou a divisão de tecidos orgânicos, além de seccionar materiais cirúrgicos, como gaze, fios, borrachas, entre outros. Tamanho: longas, médias ou curtas. Formato: pontiagudas, rombas ou mistas. Curvatura: retas ou curvas. > Tesoura de Metzenbaum: pode ser reta ou curva, utilizada para a diérese de tecidos orgânicos, considerada menos traumática (apresenta extremidade distal mais delicada e estreita). > Tesoura de Mayo: também pode ser reta ou curva, utilizada para secção dos fios e outros materiais cirúrgicos em superfícies ou em cavidades; considerada mais traumática que a de Metzenbaum (pela sua extremidade distal ser mais grosseira.) cabo de bisturi nº 4 cabo de bisturi nº 3 Tesoura Metzenbaum Reta Tesoura de Mayo curva 2.instrumentos de preensão Constituídos pelas pinças de preensão, que são destinadas à manipulação e à apreensão de órgãos, tecidos, ou estruturas. > pinça de Adson: apresenta uma extremidade distal estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato. Utilizada em cirurgias mais delicadas, como as pediátricas. > pinça de dissecção com serrilha: usadas para segurar uma parte do tecido, facilitando a ação de outros instrumentos, como o bisturi e a tesoura. > pinça dente de rato: apresenta dentes em sua extremi- dade, é utilizada na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose. 3.instrumentais de hemostasia: A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo prevenir ou corrigir as hemorragias, evitando o comprometimento do estado hemodinâmico do paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período pós operatório. Esses instrumentos são identificados pelo nome de seus ideali- zadores, como as pinças de Kelly, Crile, Halstead, Mixter e Kocher. pinça de dissecção com serrilha pinça de Adson pinça dente de rato > pinça de Kelly e Crile: apresentam ranhuras Transversais na face interna de suas pontas e podem ser retas ou curvas. As retas, também chamadas de pinças de reparo são utilizadas para o pinçamento de material cirur- gico como fios e drenos de borracha, enquanto que as curvas são destinadas ao pinçamento de vasos e tecidos poucos grosseiros. > pinça de Halstead Mosquito: destinada ao pinçamento de vasos de pequeno calibre, devido a seu tamanho redu- zido, que pode ser observado ao compará-la a outras pinças hemostáticas. > pinça dissector Mixter: apresenta ponta em ângulo aproximadamente reto em relação ao seu corpo, sendo largamente utilizada na passagem de fio ao redor dos vasos para ligaduras, assim como na dissecção de vasos e outras estruturas. pinça de kelly reta pinça de Kelly curva pinça de Crile curva pinça Halstead Mosquito reta pinça Halstead Mosquito curva pinça dissector Mixter 4.instrumentais de exposição: São representados pelos afastadores, que elementos mecânicos destinados a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas da ferida operatória e outras estruturas, de forma a permitir a exposição de planos anatômicos ou órgão subjacentes, facilitando o ato operatório. > afastador de Faraebeuf: tem formato de “C” característico, sendo utilizado no , tecido celular subcutâneo e os músculos superficiais. Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua. > afastador de Doyen: por se apresentar em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, é utilizado primordialmenteem cirurgias abdominais. > afastador de Deaver: apresenta sua extremidade distal em formato de semi-lua análoga ao desenho de contorno dos pulmões, é amplamente utilizado em cirurgias torácicas, pode também ser utilizado em cirurgias abdominais. afastador de Faraebeuf Afastadores de Doyen em vários tamanhos afastadores de Deaver 5.instrumentais especiais: São aqueles utilizados para finalidades especificas. São muitos e variam de acordo com a especialidade cirúrgica. >pinça de Allis: possui endentações em sua extremidade distal, o que a torna consideravelmente traumática, sendo utilizada, portanto, somente em tecidos grosseiros ou naqueles que irão sofrer a exérese, ou seja, naqueles que irão ser retirados do organismo. >pinça de Duval: possui extremidade distal semelhante ao formato de uma letra “D”, com ranhuras longitudinais ao longo da face interna de sua ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada diversas estruturas, a exemplo das alças intestinais. >clamp intestinal Doyen: possui ranhuras longitu- dinais (sendo este modelo pouco traumático) ou transversais ao longo da face interna de sua ponta. Utilizado na interrupção do trânsito intestinal, o que o classifica como instrumental de corpros- tase. pinça de Allis pinça de Duval clamp doyen intestinal >pinça de Backaus: denominada de pinça de campo, devido sua função de fixar os campos operatórios entre si. 6.instrumentais de síntese: A síntese geralmente é o tempo final da cirurgia e consiste na aproxima- ção dos tecidos seccionados ou ressecados no decorrer da cirurgia, com o intuito de favorecer a cicatrização dos tecidos. Os instrumentos utilizados para esse fim são as porta agulhas. >porta agulhas de Mayo-Hegar: mais utilizado para síntese em cavidades. Arrumação da mesa de Instrumentação cirúrgica Padronizada de acordo com a ordem de utilização dos ins- trumentais no ato operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos. Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividi- da em 6 tempos operatórios: 1.diérese: bisturis e tesouras 2.preensão: pinças de preensão 3.Hemostasia: pinças, gazes, compressas. 4.Exposição: afastadores. 5.Especial: instrumentais 6.Síntese: porta agulhas; pinça de Backaus porta agulhas Mayo-Hegar REFERÊNCIAS: 1.MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Curitiba: Manual Real, 9º ed,2007. 2. Google imagens.com cuba rim de inox cuba redonda de inox para assepsia cabo de bisturi elétrico monopolar PONTA DE ASPIRAÇÃO YANKAUER
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