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O IDOSO E SEUS ESPAÇOS

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CENTRO UNIVERSITARIO-UNINOVAFAPI
 CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM
 DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM SAÚDE DO IDOSOS
 6° SÉRIE
 PROFESSOR: FRANCISCA CECÍLIA
 
		 
O idoso e seus espaços
Ana de Oliveira Santos
Adriane Araújo Gomes
Brenda Luciana Marques Campos
Daianny Paes Landim 
Dayla Damires Nogueira 
Jaynnara Silvestre Pereira
Rafael de Sousa Pereira
TERESINA- PI
23 de novembro de 2020
INTRODUÇÃO
O envelhecimento humano é um processo caracterizado por inúmeras mudanças e transformações físicas, emocionais e sociais. O cuidado do idoso deve basear-se, fundamentalmente, na família com o apoio das Unidades Básicas de Saúde sob a Estratégia de Saúde da Família, cujo propósito basilar reside na promoção do envelhecimento saudável, na manutenção e melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, na prevenção de doenças, na recuperação da saúde dos que adoecem e na reabilitação daqueles que venham a ter a sua capacidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade. Com isso, existe uma perspectiva e experiência única experimentada por cada idoso em suas vivencias nos espaços ocupados por ele.
O IDOSO HOSPITALIZADO
Apesar da velhice não significar doença e sim uma etapa da vida com características e valores próprios, em que ocorrem modificações no indivíduo, é sabido que os idosos possuem uma maior susceptibilidade para o adoecimento e, assim, acabam por constituir representativa parcela das hospitalizações. Com o processo de hospitalização, o idoso fica mais vulnerável e sua autonomia ainda mais restrita, em decorrência do cenário hospitalar, com suas normas e rotinas. A hospitalização é seguida, geralmente, por uma diminuição da capacidade funcional e mudanças na qualidade de vida, muitas vezes, irreversíveis. O ambiente hostil destes serviços contribui para potencializar a fragilidade física e a vulnerabilidade emocional dos mesmos. Além disso, o repouso prolongado no leito, durante a hospitalização, também predispõe o idoso a maiores complicações, o que contribui para o possível aumento da dependência. Nesse contexto, é preciso considerar a multidimensionalidade do cuidado, valorizando o ser humano na sua integralidade e resgatando os valores humanísticos no cuidado à saúde. 
Quando hospitalizado, o grau de limitação e a dependência do idoso tendem a aumentar, dificultando o cuidado e exigindo maior dedicação profissional e maior disponibilidade de tempo. Nesse contexto, é fundamental a capacitação da equipe de enfermagem para o cuidado aos idosos, por configurarem um grupo especial, em virtude de suas peculiaridades e dependência. Porém, o cotidiano das relações de cuidado nas instituições hospitalares, quase sempre mecanizado e indiferente não propicia a percepção do outro como ser humano, comprometendo, muitas vezes, a dignidade do paciente e o próprio cuidado. As dificuldades no cuidado dos idosos também estão relacionadas a seus comportamentos e hábitos. Portanto, conhecer o idoso em sua integralidade é de fundamental importância para o cuidado individualizado.
É importante que a equipe de enfermagem se faça presente como meio de contribuir para minimizar o sofrimento do idoso durante a hospitalização. Cuidar do idoso em sua integralidade e de forma
humanizada, com respeito, valorização e afetividade deve, portanto, ser passo primordial do cuidado.
IDOSO NO DOMICILIO
O ambiente domiciliar é o local onde o idoso constitui suas relações familiares, é onde ele finca suas raízes, e deve ser também aonde recebe maior apoio, autonomia e reproduz um envelhecer saudável. O ambiente domiciliar deve ser um local de segurança, de felicidade e de proteção. Deve ser um local livre de acidentes ou violência. Com o surgimento das doenças próprias do envelhecimento, geralmente, os idosos passam a possuir diferentes graus de dependência, que podem influenciar na realização das Atividades da Vida Diária (AVD’s), àquelas relacionadas ao corpo, como higiene pessoal e alimentação, e ainda das Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD’s), atribuídas as atividades de cuidado com os familiares dependentes, a casa, e a administração do ambiente. Com isso, o idoso apresenta a necessidade de ser auxiliado na realização dessas atividades. 
A alternativa mais viável para o cuidado ao idoso dependente é o cuidado domiciliar, porém, deve-se avaliar a necessidade de infra-estrutura do domicílio e preparo da família para sua realização. Um enfermeiro pode ser necessário para trocar curativos ou administrar injeções de medicamentos. Um fisioterapeuta pode ser necessário para ajudar a pessoa a recobrar força e equilíbrio ou se recuperar de um acidente vascular cerebral. Um cuidador domiciliar pode ser necessário para ajudar a fazer compras, preparar a comida, sair em cadeira de rodas, dar um passeio ou tomar banho.
Em relação à alimentação: geralmente na 3ª idade há perda de cálcio e pode-se apresentar algumas restrições alimentares. O recomendado é seguir uma dieta passada por um nutricionista, que saberá quais as vitaminas necessárias e em quais alimentos encontra-las. É preciso que eles tenham uma alimentação saudável, que inclua verduras, legumes e frutas. Evitar frituras e refeições ricas em lipídio.
Em relação à higiene: o mais indicado é que o banheiro seja adaptado às necessidades do idoso. É importante ter barras de apoio nas laterais do vaso sanitário para que ele possa se movimentar com mais facilidade, vale colocar um banco no box para ajudar na hora do enxágue, diminuindo o risco de queda durante o banho. Após o banho é importante aplicar hidratantes para evitar o ressecamento típico que ocorre na pele de idosos, secar bem o corpo especialmente a região perianal para evitar assaduras e em caso de uso de fraldas, fazer a troca regularmente.
Em relação à segurança: a casa precisa ser bem iluminada para que ele possa se locomover com mais visibilidade; retirar obstáculos e tapetes soltos que possam facilitar a ocorrência de quedas; deixar o piso sempre seco. Em relação à vida social: é fundamental estimular o idoso a sair de casa para ter convívio social, pois isso fará bem a ele e pode incentiva-lo a atividades físicas e relaxantes, como por exemplo, a caminhada, além de promover a autonomia o máximo possível, para impactos positivos em sua saúde física, mental e emocional.
IDOSOS NA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
As instituições de longa permanência (ILPI), são inseridas na sociedade com características residenciais e estruturas físicas adequadas para receber idosos de 60 anos ou mais, de ambos os sexos, com diferentes necessidades e grau de dependência, com cuidados não dispostos no leito familiar. As ILPI também recebem idosos em situações de negligencia familiar ou institucionais, vínculos familiares fragilizados e rompidos, situações de abandono e maus tratos e violência ou perda de capacidade de autocuidado.
A ILP deve: Garantir a população idosa os direitos assegurados na legislação; Prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam expostos os idosos residentes; Preservar a identidade e a privacidade do idoso, assegurando um ambiente de respeito e dignidade; Promover a convivência entre os residentes; Incentivar e promover a participação da família e da comunidade na atenção ao idoso residente; Desenvolver atividades que estimulem sua autonomia; Promover condições de lazer como atividades físicas e recreativas. 
O grau de dependência do idoso vai nortear os cuidados recebidos. Os idosos demandadores de mais cuidados são normalmente acompanhados 24 horas por dia, o que já não acontece com os independentes. Estes normalmente são vistos pela equipe de enfermagem nos momentos de medicação. Normalmente os independentes se envolvem com as atividades oferecidas pelo terapeuta ocupacional, que são atividades que visam à socialização dos moradores, à manutenção da cognição e funções motoras, estas últimas também auxiliadas pelo fisioterapeuta ou educador físico quandotais profissionais fazem parte da equipe institucional. Cabe à Instituição de Longa Permanência para Idosos oferecer uma assistência gerontogeriátrica voltada para as necessidades dos seus residentes. Para tanto, faz-se necessário que as instituições tenham acesso aos serviços de uma equipe multiprofissional qualificada para o trabalho na área gerontológica. Essa equipe realizará a avaliação multidimensional do idoso, com o intuito de investigar e determinar o estado funcional, a saúde mental e social do idoso (Oliveira, & Tavares, 2014). Por meio dessa avaliação será traçado um plano de cuidados com ações de prevenção de doenças, ações curativas, paliativas e de reabilitação.
IDOSOS NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA
Os centros de convivência são equipamentos da área social destinados aos idosos independentes, com o objetivo de manter a autonomia e fortalecer os laços familiares e comunitários do idoso, com vista a fomentar a participação social e assegurar a sua qualidade de vida (Ferrigno, Leite, & Abigail, 2006). É um espaço privilegiado de encontros e interações mediadas por intenções pedagógicas voltadas para a pessoa idosa, considerada em toda a sua multidimensionalidade. Deve basear-se numa concepção de cuidado que privilegie a reintegração sociopolítica e cultural do idoso, em conformidade com a Política Nacional do Idoso (Silva, 2003).
O trabalho deve ser desenvolvido por equipe multidisciplinar, de forma integrada e participativa, na qual cada profissional intervém com sua especificidade dentro de uma abordagem integral de saúde. A esse respeito, considera-se que os centros de convivência atuem ao encontro da proposta da promoção do envelhecimento ativo, com a finalidade de preservar as capacidades e o potencial de desenvolvimento da pessoa idosa. 
Centros de Convivência são uma ferramenta importante para o idoso independente, visto que irá tirá-lo do acomodamento e consequente isolamento, auxiliando-o a criar uma rede social com as mesmas características e vivências, além de contribuir para mantê-lo o maior tempo possível autônomo e independente, favorecendo assim a melhora da qualidade de vida.
CONCLUSÃO
A satisfação com a vida é uma das medidas do bem-estar psicológico, que reflete a avaliação pessoal do indivíduo sobre determinados domínios. As redes de relações são importantes fontes de suporte social e estão relacionadas ao senso de bem-estar. Do mesmo modo, o nível de satisfação dos idosos na convivência com outras pessoas pode aumentar de intensidade no decorrer da vida, melhorando a qualidade de vida. Nos grupos, surge a oportunidade de estabelecer novas amizades, ampliar os conhecimentos e afastar a solidão. As formas de envelhecimento também são influenciadas pela educação. O nível de instrução das pessoas idosas influi diretamente nas condições de vida, de convivência, na idade da aposentadoria, nas condições econômicas e, evidentemente, nos estados de ânimo para enfrentar os desafios da vida diária. É necessário que a sociedade considere e aceite o idoso como pessoa, porém sem desconhecer suas necessidades distintas, que devem ser atendidas.  A equipe de enfermagem deve zelar para que o idoso consiga aumentar os hábitos saudáveis, diminuir e compensar as limitações inerentes da idade, confortar-se com a angústia e debilidade da velhice, incluindo o processo de morte.
Cabe ainda ao enfermeiro atuar estimulando o autocuidado, atuando na prevenção e não-complicação das doenças inevitáveis, individualizando o cuidado a partir do princípio de que cada idoso vai apresentar um grau diferente de dependência, diferindo assim a maneira de assistência.
REFERÊNCIAS
1. CUIDADOS DE IDOSOS NO DOMICÍLIO. Manual MSD, 2018. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/quest%C3%B5es-sobre-a-sa%C3%BAde-de-pessoas-idosas/presta%C3%A7%C3%A3o-de-cuidados-a-idosos/cuidados-de-idosos-no-domic%C3%ADlio. Acesso em: 18 de novembro de 2020. 
2. MANEGUIN, Silmara; BANJA, Paula Fernanda Tieko; FERREIRA, Maria de Lourdes da Silva. Cuidado ao paciente idoso hospitalizado: implicações para a equipe de enfermagem, 2017. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/16107. Acesso em: 18 de novembro de 2020. 
3. QUADROS, MRSS; PATROCINIO, Wanda Pereira. O cuidado de idosos em Instituições de Longa Permanência e em Centros-Dia, 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/26601/19028. Acesso em: 18 de novembro de 2020. 
4. RESOLUÇÃO - RDC Nº 283, DE 26 DE SETEMBRO DE 2005. DE QUADROS, Maria Rosane Souza Sério; PATROCINIO, Wanda Pereira. O cuidado de idosos em Instituições de Longa Permanência e em Centros-Dia, 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/26601/19028. Acesso em: 18 de novembro de 2020. 
5. Silva AO, Silva MD, Meira JBS, Ferreira GM. Envelhecimento em grupos de convivência: uma experiência no SESC - Unidade Açude Velho/ Campina Grande, Paraíba. In: XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e III Encontro Latino Americano de iniciação Científica. São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba; [data desconhecida].

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