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CUIDADOS-PALIATIVOS-EM-GERIATRIA-2

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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 
2 A SOCIEDADE QUE ENVELHECE ................................................... 4 
2.1 Conceitos básicos em geriatria e gerontologia ............................ 4 
3 ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS DO PROCESSO DE 
ENVELHECIMENTO .......................................................................................... 5 
3.1 Envelhecimento fisiológico e biológico ........................................ 5 
3.2 Envelhecimento psicológico ........................................................ 7 
4 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NA POPULAÇÃO QUE ENVELHECE .. 9 
4.1 Estatuto do Idoso ........................................................................ 9 
4.2 Direitos e Benefícios dos Idosos ............................................... 12 
5 VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA OS IDOSOS................... 14 
5.1 Violência e Legislação ............................................................... 16 
6 MODALIDADES DE ATENÇÃO AO IDOSO .................................... 19 
6.1 Avaliação geriátrica abrangente: escalas de avaliação ............. 19 
7 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)
 21 
7.1 O Processo de Institucionalização em uma ILPI ....................... 22 
8 PRINCIPAIS SÍNDROMES GERIÁTRICAS E IMPLICAÇÃO NO 
CUIDADO DE ENFERMAGEM ........................................................................ 23 
8.1 Síndrome da Fragilidade ........................................................... 23 
8.2 Anemias .................................................................................... 26 
8.3 Saúde bucal do idoso ................................................................ 27 
8.4 Emergência domiciliares ........................................................... 28 
8.5 Quedas ...................................................................................... 29 
8.6 Prevenção ................................................................................. 31 
 
2 
 
8.7 CUIDADOS PALIATIVOS AO IDOSO ....................................... 33 
8.8 O Papel dos cuidados paliativos durante a doença e o luto ...... 34 
8.9 A vivência do luto no contexto de cuidados paliativos ............... 36 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 A SOCIEDADE QUE ENVELHECE 
O envelhecimento é definido como um processo de progressivas 
modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida do ser humano. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde, idoso é o indivíduo com idade maior 
ou igual a 60 anos para os países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil 
(SANTOS, 2011). 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), nos 
próximos 20 anos, os idosos representarão quase 13% da população total, 
podendo ultrapassar os 30 milhões de pessoas (FRUGOLI, 2011). 
E, paralelamente a esse crescimento da expectativa de vida, deve evoluir, 
também, a assistência aos idosos. Dentro desse contexto, os profissionais da 
saúde necessitam ter conhecimentos científicos das alterações fisiológicas e 
fisiopatológicas do envelhecimento (SOARES, 2011), favorecendo que os idosos 
assumam um papel cada vez mais efetivo na sociedade. 
2.1 Conceitos básicos em geriatria e gerontologia 
A Gerontologia é o estudo multidimensional do envelhecimento. O 
especialista em Gerontologia é um profissional com formação de nível superior 
nas diversas áreas do conhecimento e com habilidades para o cuidado do idoso, 
atendendo aos objetivos de promoção da saúde, ambientação, prevenção, 
tratamento de doenças, reabilitação funcional e cuidados paliativos. A Geriatria 
é a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia (SBGG, 2017). 
O Gerontologista e o Geriatra possuem habilidades para o trabalho em 
equipes interprofissionais, nas quais a comunicação, a colaboração e a troca de 
saber entre os diferentes profissionais conduzem a melhor qualidade do cuidado. 
A avaliação por uma equipe interprofissional contempla as múltiplas dimensões 
das necessidades da população idosa, cujo envelhecimento frequentemente 
vem acompanhado de doenças crônicas com suas várias complicações (SILVA, 
2017). 
 
 
5 
 
3 ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS DO PROCESSO DE 
ENVELHECIMENTO 
3.1 Envelhecimento fisiológico e biológico 
De acordo com FREITAS (2015) o envelhecimento é um processo natural, 
no qual o organismo sofre alterações fisiológicas. A literatura o descreve em dois 
tipos: o fisiológico ou senescência e o patológico ou senilidade. No 
envelhecimento fisiológico ocorre mudanças biológicas, características da 
senescência, já no envelhecimento patológico, soma-se às alterações biológicas 
naturais, com a ocorrência de doenças que são originadas devido ao acúmulo 
de danos provocados pela interação entre os fatores genéticos e os hábitos não 
saudáveis como por exemplo dieta balanceada, tabagismo, etilismo e 
sedentarismo. 
Segundo VAZ (2016) um estilo de vida não adequado contribui 
substancialmente para o desencadeamento de doenças relacionadas ao 
processo do envelhecimento, que afetam a funcionalidade dos indivíduos onde 
dificultam ou impedem o desempenho de suas atividades rotineiras 
comprometendo de maneira significativa sua qualidade de vida, como é o 
exemplo da sarcopenia. 
No decorrer do processo de senescência, BERNARDO (2016) reforça que 
são observadas alterações no estado nutricional, que acontecem pelos aportes 
de baixas calorias e nutrientes, deficiência de vitaminas e sais minerais, uso 
excessivo de substâncias prejudiciais como o álcool, alteração no funcionamento 
digestivo, diminuição do metabolismo basal, afetam o bem-estar do indivíduo e 
causa desnutrição proteico-calórica e até mesmo uma obesidade. 
O envelhecimento biológico é implacável, ativo e irreversível, causa uma 
vulnerabilidade maior do organismo às agressões externas e internas. Há 
evidências de que o processo de envelhecimento é de natureza multifatorial e 
depende da programação genética e das alterações que ocorrem em nível 
celular-molecular. Podendo haver, diminuição da capacidade funcional das 
áreas afetadas e sobrecarga dos mecanismos de controle homeostático, que 
passam a servir como substrato fisiológico para influência da idade na 
 
6 
 
apresentação da doença, da resposta ao tratamento proposto e das 
complicações que se seguem (DA COSTA, 2017). 
Os sinais de deficiências funcionais aparecem aos poucos, discretamente 
no decorrer da vida, não comprometendo as relações e o poder de decisões. 
Esse processo não é considerado doença. Em condições básicas, o idoso não 
apresenta alterações no funcionamento, se comparado ao jovem. A diferença é 
vistaem situações nas quais se torna necessária a utilização das reservas 
homeostáticas, que, no idoso, são mais fracas. Além disso, todos os órgãos ou 
sistemas envelhecem de forma diferenciada, tornando a variabilidade cada vez 
maior. 
Apenas há pouco tempo, o sistema nervoso central adquiriu propriedades 
anatômicas e moleculares altamente especializadas. Os neurônios possuem 
estabilidade de estrutura, o que faz possível a cognição, tornando o sistema 
nervoso central apto ao acúmulo de informações do presente, à lembrança do 
passado e à formulação de novos conceitos. O envelhecimento cerebral normal 
evidencia, a partir da segunda década de vida, um declínio ponderal discreto, 
lento e progressivo, que culmina com a diminuição do seu volume. 
O declínio de memória não necessariamente se associa à lesão estrutural, 
podendo ocorrer devido à disfunção fisiológica e não à perda neuronal. O 
Sistema Nervoso Central, apesar de não ser capaz de recuperar seus neurônios, 
tem propriedades que podem diminuir o impacto das alterações do 
envelhecimento, como: redundância (existem muito mais neurônios no cérebro 
que o necessário); mecanismos compensadores (surgem em situações de lesão 
cerebral e são mais hábeis conforme o centro atingido); plasticidade (habilidade 
de neurônios maduros, com sua rede de dendritos, desenvolverem e formarem 
novas sinapses, levando à formação de novos circuitos sinápticos) (LIMOEIRO, 
2012). 
 
 
 
 
7 
 
3.2 Envelhecimento psicológico 
 
 
O envelhecimento psíquico não é naturalmente progressivo e nem ocorre 
inexoravelmente, como efeito da passagem de tempo, certamente também 
depende dele, mas, sobretudo, do esforço pessoal contínuo na busca do 
autoconhecimento e do sentido da vida. O autoconhecimento, o estudo da 
estrutura e dinâmica do psiquismo e a superação dos conflitos do cotidiano são 
imprescindíveis para que se possa atingir a independência psíquica, condição 
indispensável para a sabedoria. O amadurecimento é uma aquisição individual 
e se traduz pela mutação dos valores de vida. 
 
Fonte: psicologiasdobrasil.com.br 
Acontece com o envelhecimento psíquico uma redução da 
vulnerabilidade, fazendo com que o idoso adquira uma sabedoria suficiente para 
aceitar a realidade, tolerar a dor e a perda da independência biológica, 
compreendendo o sentido da vida, os valores que regem a sua vida, sendo mais 
racionais. De acordo com o Centro de Psicoterapia Analítico-Fenomenológico-
Existencial (2012): 
“O idoso entrega-se à existência com a pureza das crianças, mas sem 
a sua ingenuidade, com o vigor do adolescente, mas sem a sua 
pugnacidade, com a sensatez do homem maduro, mas sem o seu 
orgulho. Torna-se cidadão do Universo com a astúcia da raposa e a 
malícia da serpente, o que faz dele um sábio” 
Desde o nascimento até os doze anos de idade o ser humano se encontra 
na fase chamada de infância psíquica, que é quando ele começa a se criar e se 
 
8 
 
tornar cada vez mais independente do adulto, com capacidade de agir de forma 
prática ou ponderada. Solidificando a base sobre a qual vai assentar a 
construção do ser humano, com o objetivo de assimilar o mundo exterior, 
conquistar as coisas e a si próprio. 
Tem início, então, a adolescência, que acontece entre 12 a 18 anos, 
quando o indivíduo está no cume da preparação para a existência, tendo sua 
vida transformada através da puberdade e do raciocínio abstrato. Aos poucos 
vão acontecendo transformações interiores modificações interiores, que deflagra 
uma série de atitudes novas, inusitadas, trazendo perplexidade para o indivíduo 
e para aqueles que o rodeiam. A criança latente, aparentemente equilibrada e 
madura, torna-se um ser fisicamente desproporcional e com atitudes psíquicas 
desproporcionais aos eventos (MENEZES, 2009). 
A pré-adolescência (12 aos 15 anos) vive, mais uma vez, a angústia do 
desconhecido, sente fobia do seu novo corpo, raiva da liberdade e histeria do 
chamamento de papéis que não sabe ainda representar. Capaz de abstração, 
começa a questionar filosoficamente as diretrizes de vida que lhe vinham sendo 
impostas desde sempre. Ele retoma a dúvida do obsessivo, já agora pondo em 
questão não apenas os hábitos culturais, mas também, e principalmente, 
posições políticas, religiosas e filosóficas, em geral. Revolta-se contra a 
dependência infantil primitiva (MENEZES, 2009). 
Em seguida, na adolescência propriamente dita (15 a 18 anos), vive um 
período de acomodação e relativa acalmia. Procura considerar, sob um novo 
ângulo, sua sensação de angústia diante do desconhecido. Percebe que nem 
sempre os argumentos aguerridos levam ao resultado desejado. Percebe a sua 
independência psíquica, mas reconhece a sua dependência afetiva. Buscando a 
solução dos conflitos em um clima de reflexão sobre a noção da existência de 
uma mecânica da vida, passa a suspeitar da possibilidade de que essa mecânica 
tenha mais amplitude do que imaginava e obedeça a um direcionamento 
preestabelecido. 
 
 
9 
 
4 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NA POPULAÇÃO QUE ENVELHECE 
 
Fonte: lounge.obviousmag.org 
A cidadania do idoso pode ser considerada um dos maiores avanços 
obtidos pela sociedade. Atualmente são muitos os mecanismos e meios de 
proteção da pessoa idosa, especialmente depois da aprovação do Estatuto do 
Idoso, que buscou criar um sistema amplo de proteção às pessoas, inclusive 
com medidas preventivas. 
4.1 Estatuto do Idoso 
Criado com o objetivo de garantir dignidade ao idoso, foi aprovado pelo 
Senado Federal e sancionado pelo Presidente da República em 1° de outubro 
de 2003, o Estatuto do Idoso, após seis longos anos de espera. Ele é o resultado 
da junção dos Projetos de Lei n° 3.561, de 1997; n° 183, de 1999; n° 942, de 
1999; n° 2.420, de 2000; n° 2.241; n° 2.426, de 2000; n° 2.427, de 2000; e o de 
n° 2.638, de 2000. Não resta dúvida que ele veio em boa hora, com objetivo de 
dar continuidade ao movimento de universalização da cidadania, levando até o 
idoso a esperança de que seus anseios e necessidades estão de fato garantidos. 
O estatuto visa, portanto, defender os princípios fundamentais e os 
direitos à vida humana. Dentre eles, o objetivo é garantir a dignidade humana, 
princípio consubstanciado na Constituição Federal em seu art. 1º, inciso III. E, 
 
10 
 
portanto, para garantir uma existência digna acerca da qual dispõe o art. 170, 
CF (JUNIOR, 2019). 
BRAGA (2005) destaca a importância do Estatuto do Idoso, assim se 
expressa: 
Esta lei é um marco importante no estudo dos direitos dos idosos 
brasileiros. Tanto assim que merece estudo próprio e individualizado, 
no entanto, é impossível deixar de citar, ao menos, alguns de seus 
pontos importantes. E uma vez definida a pretensão, podemos afirmar 
que sua maior contribuição é, sem dúvida alguma, a publicidade dada 
à temática do envelhecimento. A sociedade começa a perceber-se 
como envelhecida e os índices já divulgados pelos institutos de 
pesquisa passam a ser notados. 
O Estatuto do Idoso é um instrumento que proporciona autoestima e 
fortalecimento a uma classe de brasileiros que precisa assumir uma 
identidade social. Ou seja, o idoso brasileiro precisa aparecer! Precisa 
se inserir na sociedade e, assim, passar a ser respeitado como 
indivíduo, cidadão e participe da estrutura politicamente ativa. 
(BRAGA, 2005. apud. CIELLO, 2010) 
 
O Regulamento da pessoa idosa certamente se baseia em tais ideias que, 
além de proteger ativamente os idosos, também proporciona educação e 
conscientização da sociedade. Seguindo a sua posição, o regulamento da 
pessoa Idosa não só inova ao reunir as normas relativas à proteção das pessoas 
idosas, mas também cobra das pessoas, a participação na aplicação efetiva 
destas orientações que lhe foram prescritas pelo legislador. 
Entretanto ao garantir atendimento preferencial, imediato e personalizado 
ao públicojunto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviçosda 
população, possibilitando ao idoso a participação de outras formas, 
profissionalmente e interação com as demais gerações, formar e reciclar 
recursos humanos nas áreas de geriatria e geriatria e prestar serviços aos 
idosos, estabelecer mecanismos para promover a divulgação de informações 
educacionais sobre os aspectos psicossociais do envelhecimento e garantir o 
acesso às redes locais de saúde e assistência social locais, entre outras formas 
de preferência pelos idosos, reconheceu a nova legislação brasileira, como é o 
caso dos países europeus, a concepção de envelhecimento como um direito 
social que deve ser valida e especificamente protegido (CIELO, 2010). A nova 
legislação será mais um valioso instrumento para a continuidade do trabalho 
 
11 
 
prioritário que o poder público deve realizar para zelar pela efetividade dos 
direitos das pessoas idosas. 
CIELO, (2010) menciona que ao entrar em vigor, a lei que instituiu o 
regulamento do Idoso não previa nenhum mecanismo susceptível de alterar o 
tratamento que a sociedade concede aos idosos. O Regulamento da Pessoa 
Idosa cria não só direitos, mas também todo o sistema de protecção das 
pessoas idosas. Uma vez que uma lei é aprovada e posta em prática, leva 
tempo para atingir seus objetivos, realizar as mudanças esperadas, portanto, 
requer dedicação na divulgação das medidas e compromisso com o 
monitoramento do cumprimento. 
Com o envelhecimento da população e a ascensão dos direitos humanos, 
os idosos são reavaliados e reconhecidos por seus direitos na sociedade atual, 
mas, ainda que legislações de âmbito federal, estadual e municipal estabeleçam 
atendimentos prioritários, ocorrem diuturnamente descumprimentos impunes. 
Portanto, imprescindível localizar o idoso no seio da família, personalizá-lo como 
cidadão, portanto, é imprescindível garantir que todos os seus direitos, 
consagrados no ordenamento jurídico, existam na pessoa e na sociedade 
(SOUZA, 2009. apud. CIELLO, 2010). 
 
É importante ressaltar que a Constituição Federal, a Política Nacional de 
Envelhecimento e a Regulamentação do Envelhecimento colocam a família 
como elemento essencial na proteção do idoso. Sendo a família uma instituição 
natural e o seu papel essencial está atribuído à proteção, ao carinho, à 
alimentação, ao acolhimento, ao respeito e ao companheirismo como princípios 
de sobrevivência dos seus membros, bem como a uma particular relevância para 
o desenvolvimento da sociedade (CIELO, 2010). 
CIELO, (2010) traz uma observação feita RULLI NETO, (2003) sobre a 
necessidade de se criar uma política de proteção à família e, portanto, de moldar 
e apoiar o indivíduo em relação ao crescimento econômico, social e humano, 
que reflete em toda a sociedade é de suma importância no sentido de valorização 
e proteção desta que é a origem de toda sociedade. 
 
12 
 
4.2 Direitos e Benefícios dos Idosos 
 
Fonte: portalplena.com 
Para SOUSA (2004) citado por CIELO (2010), as pessoas são a 
sociedade e sua história é a história de sua família. A manutenção desse 
enraizamento constitui em si a estrutura da nossa sociedade brasileira, na 
medida em que o comportamento das pessoas é reflexo do da família. 
Constituem Direitos dos Idosos, após a aprovação da Lei n° 10.741: 
 
 
 
Amparo à Saúde 
A manutenção da saúde dos indivíduos, dentro dos padrões 
comumente utilizados é dever do Estado, cabendo à União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal, zelar 
independentemente ou em conjunto, pelo trabalho de 
prevenção e tratamento 
 
Educação 
O Estatuto do Idoso coloca como obrigação da família, da 
comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao 
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à 
educação. Ou seja, o Poder Público, em última instância, 
deverá criar mecanismos para assegurar a educação do idoso 
 
 
O direito a cultura assegurado pelo Estatuto também é amplo, 
pois compreende diversões, espetáculos, meia-entrada etc. A 
 
13 
 
Cultura intenção do legislador foi realmente ampla ao permitir ao 
idoso, especialmente com a meia-entrada, maneira mais 
efetiva de acesso à cultura 
 
Esporte 
O acesso ao esporte é um direito do idoso, sendo que sua 
prática deve respeitar as peculiaridades e condições de idade. 
Assim, as unidades esportivas devem também estar 
preparadas ao atendimento esportivo e de recreação da 
população. 
 
Lazer 
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do 
Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a 
efetivação do direito ao lazer. O idoso tem direito ao lazer, 
diversões, espetáculos, em condições que respeitem sua 
peculiar condição de idade. Trabalho 
 
Trabalho 
o Estatuto do Idoso assegura o direito ao exercício de 
atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, 
intelectuais e psíquicas. É proibida a discriminação e a fixação 
de limite máximo de idade, na admissão do idoso em qualquer 
trabalho ou emprego. 
 
Previdência social 
o Estatuto do Idoso determina que os benefícios de 
aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência 
Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que 
preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram 
contribuição. 
 
 
 
Assistência Social 
é garantida a todos e implementada de acordo com normas 
específicas para cada situação, lembrando-se que a 
assistência social não se baseia em caridade, mas na 
promoção da dignidade da pessoa humana visando à sua 
integração. O Estatuto do Idoso traz disposições específicas 
acerca da assistência social que será prestada, de forma 
articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei 
Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, 
no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. 
 
14 
 
 
Acessibilidade 
o Estatuto do Idoso garante o direito à vida digna, com 
eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para 
garantia de acessibilidades em programas habitacionais 
públicos ou subsidiados com recursos públicos. 
 
 
Transporte 
o Estatuto do Idoso segue a Constituição e asseguram aos 
maiores de 65 anos, gratuidade dos transportes coletivos 
públicos urbanos e semiurbanos. A gratuidade não vale para 
os serviços seletivos e especiais, quando prestados 
paralelamente aos serviços regulares. O Estatuto determina 
também que nos veículos de transporte coletivo, devem ser 
reservados 10% dos assentos para os idosos, devidamente 
identificados com a placa de reservado preferencialmente para 
idosos. 
 
Analisando todos os direitos e garantias decorrentes da aprovação do 
Estatuto do Idoso, apesar de algumas falhas, o mesmo é uma conquista. Mesmo 
sendo a maior já observada na área do envelhecimento no Brasil, há ainda a 
necessidade de sua efetiva implantação. E para que isso aconteça, será 
necessário que todos possam vivê-lo no dia a dia, tratando melhor e com 
dignidade os cidadãos idosos e não apenas esperar que o governo ou alguma 
instituição cuide deles, pois somente com ações conjuntas, estando a população 
envolvida, poder-se-á dar início a este movimento (CIELO, 2010). 
5 VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA OS IDOSOS 
 
 
15 
 
 
Fonte: idosofeliz.com.br 
Apesar de a violência sempre ter estado presente, o mundo não tem de 
aceitá-la como parte inevitável da condição humana. Desde que a violência 
existe, também existem sistemas; religiosos, filosóficos, legais e comunais; que 
se desenvolveram para evitá-la ou restringi-la. Nenhum deles foi totalmente bem-
sucedido, mas todos deram sua contribuição para esse marco definidor da 
civilização (DAHLBERG, 2006, p.1163). 
Embora a violência contra os idosos tenha existido desde o início, as 
primeiras publicações sobre o tema 'abuso de idosos' foram descritas pela 
primeira vez em 1975, em revistas científicas britânicas, sob o nome de 
'espancamento dos pais avós'. (REIS, 2014. apud. LOPES et al,2018). 
 No Brasil, esse tema só começou a ser discutido nas últimas duas 
décadas, devido ao aumento do número de idosos na população e ao aumento 
das notificações de violência (SOUZA, 2010. apud. LOPES et al, 2018). 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza a definição de violência 
contra idosos como sendo qualquer ato ou falta de ato, único ou 
repetido, proposital ou impensado causando danos e sofrimento 
desnecessário e uma redução de qualidade de vida da pessoa idosa. 
A mesma pode ser praticada dentro ou fora do ambiente doméstico, 
por algum membro da família ou ainda por pessoas que exerçam uma 
relação de poder sobre a pessoa idosa, como, por exemplo, cuidadores 
(FALEIROS, 2014. apud. LOPES et al, 2018). 
O abuso contra pessoas idosas é uma violação aos direitos humanos, 
sendo uma das principais causas de lesões físicas ou mentais que resultam em: 
hospitalizações, morbidades, incapacidades, depressão, perda de 
produtividade, isolamento e desesperança nessa população (LOPES, 2018). 
 
16 
 
Falar de violência contra os idosos é tratar sobre uma questão de saúde 
pública grave. No entanto, observa-se que a produção científica do Brasil sobre 
o assunto permanece inesperada. Isso mostra a necessidade de aprofundar as 
investigações e, assim, trazer reflexões para apoiar a sociedade na proteção ao 
idoso e no combate à violência. (LOPES, 2018). 
5.1 Violência e Legislação 
 
Fonte: institutomongeralaegon.org 
Para PASCAROLO (2015) a violência contra o idoso transcende os limites 
da vida social, onde quer que esteja, são vítimas de assalto, conflitos que 
ultrapassam a esfera familiar, sendo frequente desde acidentes a exploração por 
parte da comunidade. 
Segundo SOUSA (2004), citado por PASCAROLO (2015), é dever da 
família e do Estado colaborar para uma velhice digna. A família deve estar ciente 
de seu papel na proteção em relação à tutela jurídica e amparo, já que o Estado 
não poderá sozinho oferecer tal subsídio. Na literatura os maus-tratos aos idosos 
são identificados de diversas formas, tais como: 
 
17 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
No Brasil, a atenção à saúde dos idosos, avançou a partir da criação 
da Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, regulamentada pelo Decreto 
nº 1.948, de 3 de julho de 1996, que dispõe sobre a Política Nacional 
do Idoso - PNI. Esta Lei, em seu artigo 10, inciso II – na área de saúde, 
alínea a, garante ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis 
de atendimento. No capítulo IV define que é dever de todo cidadão 
denunciar maus-tratos ou negligência a essas pessoas. No artigo 10, 
inciso IV, esclarece que é papel da justiça promover e defender os 
direitos da pessoa idosa, zelar pela aplicação de normas sobre o idoso, 
determinar ações para evitar abusos e lesões a seus direitos (BRASIL, 
1994. apud. PASCAROLO, 2015). 
PNI busca enfatizar a qualidade de vida e longevidade e fortalecer os 
princípios assegurar a cidadania e a integração social plena, livre de qualquer 
tipo de discriminação e maus tratos. Depois de seis anos tramitando no 
Congresso Nacional, foi sancionada em primeiro de outubro de 2003 a Lei 
Federal nº 10.741 que instituiu o Estatuto do Idoso. Assegurando assim, as 
medidas protetivas às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos. 
Estabelecendo os direitos dos idosos a tratamento preferencial, atendimento 
imediato e personalizado com prestadores de serviços públicos e privados; as 
prioridades vinculadas à formulação e implementação de políticas públicas 
sociais específicas; na alocação privilegiada de recursos públicos em áreas 
relacionadas à proteção de idosos; facilitando formas alternativas de 
participação, ocupações e interações entre os idosos e outras gerações; dar 
prioridade ao cuidado dos idosos pela própria família, em detrimento do cuidado 
dos refugiados, excluindo aqueles que não têm ou não dispõem de meios para 
atender às suas necessidades; formação e reciclagem de recursos humanos nas 
áreas da geriatria e geriatria e na prestação de serviços a idosos; estabelecer 
 
19 
 
mecanismos de apoio à divulgação de informações educacionais sobre os 
aspectos psicossociais do envelhecimento, e também; garantir o acesso à rede 
local de serviços de saúde e assistência social (BRASIL, 1994. apud. 
PASCAROLO, 2015). 
A adoção desta lei especifica que os casos suspeitos ou confirmados de 
maus-tratos a idosos devem ser denunciados por profissionais de saúde a um 
dos seguintes órgãos: autoridades policiais locais, Ministério de Relações 
Públicas, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Estadual do Idoso e o 
Conselho Nacional do Idoso (PASCAROLO, 2015). 
6 MODALIDADES DE ATENÇÃO AO IDOSO 
 
Fonte: cuidandobemdoidoso.com.br 
6.1 Avaliação geriátrica abrangente: escalas de avaliação 
A avaliação geriátrica ampla (AGA) teve início por volta da década de 
1930 e, como resultado, por meio de novos estudos e pesquisadores, se 
espalhou, aumentando o conhecimento de seu conceito. A médica britânica 
Marjory Warren se interessou pela importância da AGA, após assumir um 
hospital com pacientes incapacitados, deu início a reabilitação para todos, 
conseguindo alta para maioria, depois de planejamento e diagnóstico preciso 
teve indicação para internação em clinicas de longa duração. 
 
20 
 
AGA é um componente de um exame clínico eficaz, avaliação 
neuropsicológica e avaliação de significância social de cada pessoa ou 
população idosa. Basicamente interdisciplinar, objetiva o planejamento e 
acompanhamento do cuidado de longa duração ao idoso, com base em escalas 
e testes quantitativos, proporcionando assim uma visão do idoso em geral. Por 
se tratar de um método que contém ferramentas para quantificar a capacidade 
funcional e avaliar as limitações psicológicas e sociais, a intervenção se faz 
necessária, seja por internação, reabilitação ou simplesmente aconselhamento. 
A AGA tem sido utilizada para beneficiar o idoso com diagnóstico preciso, 
identificação da extensão e gravidade das deficiências motoras, intelectuais e 
mentais, identificação de riscos funcionais, estado nutricional, indicação de 
novas especialidades para restauração e preservação da saúde, 
estabelecimento de medidas preventivas. Além disso, na avaliação pessoal há 
orientações ou observações sobre as mudanças e adaptações do meio em que 
vive, reduzindo suas desvantagens e mantendo sua independência. Finalmente, 
estabelece os critérios para a designação de um hospital ou estabelecimento de 
longa permanência. A AGA também inclui serviços ao nível da população, 
avaliando a capacidade funcional e a qualidade de vida, identificando assim as 
populações em risco para medidas preventivas, servindo como plano de ação, 
ações e políticas de saúde. 
A Organização Mundial de Saúde conceitua e classifica três diferentes 
domínios em que um determinado dano ou lesão pode causar disfunção para o 
paciente (BRASIL, 1995): 
Deficiência 
(Impairment) 
Anomalia ou perda da estrutura corporal, aparência ou função de 
um órgão ou sistema; 
Incapacidade 
(Disability 
Restrição ou perda de habilidades 
Desvantagem 
(Handicap 
Restrições ou perdas sociais e/ou ocupacionais experimentadas 
pelo indivíduo. 
 
 
21 
 
7 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) 
As ILPI são unidades de atendimento integral, tendo como público-alvo 
pessoas com 60 anos ou mais, dependentes ou independentes, sem condições 
de ficar com a família ou em casa. Essas instituições, conhecidas por 
denominações diversas abrigo, asilo, lar, casa de repouso e clínica geriátrica que 
devem proporcionar serviços na área social como médicos, psicólogos, 
enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontológica e outras, 
dependendo das necessidades dessa faixa etária (SBGG SP, 2003. apud. Born, 
2006). 
Ou ainda, como organização governamental ou não governamental, que 
tem caráter residencial e tem como alvo domicílios coletivos para pessoas com60 anos ou mais de idade, com ou sem apoio familiar, promovendo a promoção 
de condições de liberdade, dignidade e cidadania (ANVISA, 2005. apud. 
FAGUNDES, 2017). 
 
Fonte: mundosdevida.pt 
Para GOFFMAN, (2001) citado por FAGUNDES, (2017) o autor classifica 
como uma Instituição Total, caracterizada como “ 
... um local de residência e trabalho onde indivíduos com situação 
semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável 
período de tempo, levam uma vida fechada e formalmente 
administrada”. 
ILPI é um ambiente de rotina, um local compartilhado sob condições 
controladas e restritas. Em grande parte das instituições predomina o caráter 
 
22 
 
filantrópico. Eles podem ser caracterizados por barreiras ao contato social com 
o mundo exterior e pela mudança das normas sociais com as institucionais. 
(FALEIROS, 2009. apud. DUARTE, 2014). 
7.1 O Processo de Institucionalização em uma ILPI 
Vários fatores determinam a institucionalização do idoso, entre eles 
viuvez, viver sozinho ou sem companheiro, sem empregada doméstica, 
aposentadoria com baixos rendimentos, suporte social precário, aumento dos 
gastos com saúde, doença avançada, elevado grau de dependência, 
necessidade de recuperação (ARAÚJO, 2008. apud. FAGUNDES, 2017). 
Os idosos se apresentam como sujeitos a influências e modificações por 
sua cultura, experiência e história de vida. O próprio envelhecimento acontece 
de forma específica para cada pessoa, o que cria uma forma única de 
compreender e viver a velhice. No entanto, a institucionalização tende a restringir 
seus presos a um estilo de vida de valores coletivos em face do individualismo, 
baseado no estabelecimento de regras, na redução da rede social, do trabalho 
e da independência financeira, que levam a pessoa idosa não só a adaptar-se 
às mudanças de espaço físico, mas sim desviar o planejamento de sua vida de 
forma repentina e severa (JUNIOR, 2006). Portanto, tal processo pode 
promover, na pessoa idosa, grandes alterações do ponto de vista pessoal e do 
seu papel social. Essa transformação, por vezes radical, é marcada pela perda 
da liberdade, filhos abandonados, ansiedade quanto à conduta da equipe médica 
no tratamento, além da abordagem da morte, entre outros sentimentos e 
situações específicas (BORN, 2006. apud. FAGUNDES, 2017). 
Segundo GOFFMAN (2001) citado por FAGUNDES, (2017) o autor indica 
que tal transformação desencadeia, inicialmente, uma “mortificação do eu”, que 
suprime tanto a concepção de si mesmo quanto da cultura que traz consigo, 
originárias de sua vida familiar e civil na sociedade. Deste modo, a pessoa idosa 
que antes de ser institucionalizada construía seu mundo vida em meio à 
sociedade, à família, a um ambiente produtivo e independente, com dinâmicas 
próprias, necessitará reinventá-lo a partir do momento em que passa a residir 
em uma ILPI, desconstruindo-o e construindo-o conforme a nova vivência, com 
 
23 
 
o afastamento familiar e social, com a limitação da produtividade, na ausência 
de perspectivas e segundo a dependência e obediência dos profissionais da 
instituição. 
É, portanto, imprescindível ativar mecanismos de reorganização individual 
para reestruturar os idosos de acordo com regras organizacionais, rotinas diárias 
e proibições que, uma vez seguidas, promovam uma convivência clara e 
harmoniosa. Diante dessas mudanças, podem empregar táticas adaptativas que 
parecem ser respostas a novas normas ambientais. Dentre as estratégias 
pessoais de enfrentamento mais comumente utilizadas, destaca-se o 
afastamento da desatenção aos eventos; não cooperar com a organização; 
colonização (institucionalização como algo melhor do que experiências 
negativas do mundo exterior; transição para a aceitação total do papel 
institucionalizado; subversão), uma combinação de muitas táticas destinadas a 
reduzir o sofrimento e, em última análise, a vacinação estratégica, na qual o 
mundo institucional, ou seja, o novo mundo de a vida é adotada pelos idosos 
como normal e sem novidades (FAGUNDES, 2017). 
De acordo com FAGUNDES, (2017) no contexto de envelhecimento da 
população brasileira, não há dúvidas de que a ILPI ocupa um lugar necessário e 
relevante no cuidado aos idosos, principalmente aqueles com limitado suporte 
familiar. Porém, sua estrutura e organização apresentam deficiências, refletindo 
a insatisfação dos idosos e até mesmo da sociedade. 
8 PRINCIPAIS SÍNDROMES GERIÁTRICAS E IMPLICAÇÃO NO 
CUIDADO DE ENFERMAGEM 
8.1 Síndrome da Fragilidade 
A fragilidade está associada às características clínicas do 
envelhecimento, como diminuição da massa e força muscular, exaustão, 
alteração da marcha e do equilíbrio, perda de apetite e perda contínua de peso. 
Todos esses fatores aumentam o risco de eventos adversos, como quedas, 
incontinência urinária, hospitalização e morte. (FRIED, 2001. apud. CERTO, 
2016). 
 
24 
 
A fraqueza está relacionada à idade, embora não seja apenas decorrente 
do envelhecimento, pois a maioria dos idosos não necessariamente se torna 
frágil. Está relacionada à presença de comorbidades, pois doenças crônicas que 
ocorrem em fases posteriores da vida tendem a ser menos fatal do que se 
acumulam no processo do envelhecimento. Cada uma dessas manifestações 
clínicas é preditora de uma série de eventos adversos, como quedas, 
internações hospitalares, institucionalização, comprometimento funcional e 
morte. (MACEDO, et al., 2008. apud. 2016). 
A síndrome da fragilidade é o resultado da interação de fatores biológicos, 
psicológicos, cognitivos e sociais, ao longo da vida, com potencial para prevenir, 
identificar e tratar os sintomas. Atualmente, o conceito de fragilidade é de grande 
importância na pessoa idosa, como uma síndrome do fenótipo clínico, 
permitindo-nos investigar suas características com maior precisão. (CERTO, 
2016). 
A presença / diagnóstico de fragilidade é presumida quando três a cinco 
características fenotípicas são encontradas em idosos, tais como: baixa energia, 
locomoção lenta, diminuição da atividade física, diminuição da força dos 
membros e perda involuntária de peso. A pré fragilidade é assumida quando uma 
ou duas dessas características fenotípicas estão presentes. (XUE, 2010. apud. 
CERTO, 2017). 
Segundo CERTO, (2016) a fragilidade afeta sistema fisiológico: alterações 
neuromusculares, perturbação do sistema neuroendócrino e disfunção do 
sistema imunológico. As alterações neuromusculares estão associadas ao 
aparecimento de sarcopenia (atrofia das fibras musculares rápidas) e diminuição 
da força muscular, diminuição da tolerância ao exercício e diminuição da 
velocidade de caminhada Incapacidade cognitiva e demências. 
O termo cognição refere-se ao conjunto das capacidades mentais 
superiores e seus principais domínios e estão detalhados na tabela abaixo. 
Sempre que houver um comprometimento nessas funções, capaz de prejudicar 
ou, mesmo, impedir que a pessoa administre sua própria vida ou assumir 
responsabilidades, há incapacidade cognitiva. Termos como "confusão" e 
"lucidez" são muito amplos e imprecisos e de pouca utilidade clínica. 
 
 
25 
 
 
TABELA 1. Conceitos dos principais domínios cognitivos 
Domínio cognitivo Conceito 
Memória Aquisição, formação, conservação e evocação de informações 
Linguagem Capacidade de adquirir e utilizar sistemas complexos de comunicação 
Funções executivas Planejamento, formulação de estratégias para se alcançar determinado 
objetivo, iniciação de atividades, auto monitoramento e flexibilidade para 
modificar o que foi previamente planejado 
Atenção Focalização da atividade mental sobre determinado objeto 
Praxias Programação voluntária de movimentos 
Habilidades viso 
espaciais 
Percepção viso espacial, associada à capacidade de orientação e 
realização de atividades em um determinado espaço 
 
As principais causas do declínio cognitivo são perda de memória, 
depressão, delírio edoenças mentais, como esquizofrenia, oligofrenia e 
parafrenia. A demência é uma síndrome que causa alterações em várias áreas 
da cognição, em geral, com a manutenção da consciência. Os critérios mais 
amplamente usados para o diagnóstico de demência podem ser encontrados no 
Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSMIV), conforme 
definido pela (DSM-IV), definido pela Associação Americana de Psiquiatria. 
Na maioria dos casos, a demência tem uma progressão lenta (de alguns 
meses a vários anos), cuja principal manifestação é o comprometimento da 
memória, diminuição da atenção e perda gradual da habilidade de linguagem. 
Mudanças nos ciclos e no comportamento sono-vigília também são comuns. As 
causas mais comuns de demência são: doença de Alzheimer, demência fronto 
temporal; Demência vascular; Etiologia mista. (RUSSELL, 2010) 
 
 
26 
 
 
Fonte: primecursos.com.br 
8.2 Anemias 
A anemia é definida como uma diminuição dos níveis circulantes de 
hemoglobina no sangue, possivelmente desencadeada por uma série de 
mecanismos fisiopatológicos. Valores abaixo de 12,0 g / dl para mulheres e 13,0 
g / dl para homens (WHO, 2001. apud. BRAZ, 2019). 
Em idosos, a anemia pode ser uma condição subdiagnosticada, pois 
ainda é muito comum entre os profissionais de saúde considerá-la uma condição 
inerente ao idoso. No entanto, está associada à diminuição do desempenho nas 
atividades de vida diária, o que pode aumentar a morbimortalidade (CORONA, 
2014. apud. BRAZ, 2019). 
A anemia pode ter muitas causas em idosos, como o reflexo de uma 
doença crônica de base, má alimentação, dieta inadequada, perda de sangue ou 
outras causas possíveis. Estima-se que a anemia devido a deficiências 
nutricionais seja responsável por um terço de todas as causas (BRAZ, 2019). 
Como a expectativa de vida aumentou nos últimos anos, a avaliação das 
capacidades funcionais dos idosos costuma ser feita por meio da manutenção 
das atividades de vida diária, geralmente divididas em dois grupos: as atividades 
básicas da vida diária (ABVD) e as atividades instrumentais da vida diária (AIVD). 
As ABVD envolvem as atividades diárias de cuidados pessoais do indivíduo, 
como higiene pessoal, alimentação, banho e vestir-se. Por outro lado, as AIVD 
são os trabalhos mais complexos que muitas vezes envolvem a participação 
social do indivíduo, tais como: atender o telefone, fazer compras, usar transporte, 
entre outros (PEREIRA, 2014). 
 
27 
 
De acordo com AYRES, (2016) conforme o indivíduo envelhece, os seus 
hábitos de mastigação mudam. Sabemos que os problemas odontológicos 
quando combinados com os problemas de fala e linguagem, em conjunto com o 
envelhecimento, são um agravo para a saúde. Esses fatores podem, portanto, 
atrapalhar os hábitos de uma pessoa, pois embora os idosos sejam capazes de 
funções normais, a mastigação e a deglutição afetam os padrões alimentares e 
as escolhas alimentares, podendo estar associados à anemia nesses indivíduos 
(BRAZ, et al. 2019). 
8.3 Saúde bucal do idoso 
 
 Fonte: portalamigodoidoso.com.br 
No mundo atual, junto com as mudanças observadas na pirâmide 
populacional, caracterizada pelo envelhecimento da população, doenças 
próprias desse segmento ganham maior expressão, geralmente com aumento 
das doenças crônicas e degenerativas em detrimento das infectocontagiosas 
(AGOSTINHO, 2015). 
Nesse cenário, especialmente no Brasil, a saúde bucal insere-se de 
forma peculiar, apresentando um quadro de alta prevalência de cárie e 
doença periodontal, com exclusão dos adultos e idosos dos programas 
públicos de atenção, determinando a deterioração da saúde bucal com 
o passar do tempo. Como resultado, observam-se atualmente 
sequelas de doenças que requerem tratamentos cada vez mais 
complexos para a recuperação e a reabilitação da saúde bucal, devido 
ao grande número de perdas dentárias. (BRASIL, 2014) 
Os cuidados paliativos em odontologia podem ser definidos como o 
manejo de pacientes com doença avançada ou progressiva, devido a doenças 
 
28 
 
ou tratamentos relacionados direta ou indiretamente à cavidade oral, e o objetivo 
do cuidado é melhorar a qualidade de vida (SOUZA, 2019). 
A participação do campo da odontologia na equipe de cuidados 
paliativos parte da necessidade de uma abordagem ao paciente com 
doença avançada ou progressiva, devido ao envolvimento da cavidade 
oral pela doença ou por seu tratamento, direta ou indiretamente, e o 
foco do atendimento é a melhora da qualidade de vida. O odontólogo 
deve ser um profissional presente na equipe de cuidados paliativos, 
haja vista ser a boca uma parte do corpo que pode ser afetada 
diretamente pela doença, como é muito comum nas diferentes formas 
de cânceres na região maxilofacial, bem como pode sofrer efeitos 
colaterais do tratamento de várias outras doenças sem origem bucal, 
como, por exemplo, a mucosite, desenvolvida após o tratamento com 
quimioterápicos. (SOUZA, 2019). 
Por muito tempo os cuidados paliativos foram entendidos como uma 
abordagem feita ao paciente em estado terminal. O entendimento atual é que os 
cuidados paliativos podem ser uma opção terapêutica definida mesmo no 
momento do diagnóstico de uma doença que ameaça a vida, sendo, portanto, o 
paciente, sua família ou entes queridos e a equipe de saúde envolvida tomarão 
uma decisão conjunta. 
Para que os cuidados paliativos sejam eficazes, o foco da atenção não 
está na doença a ser curada / controlada, mas no indivíduo, entendido como um 
direito ativo, biográfico, à informação e livre arbítrio nas decisões terapêuticas. 
(MACIEL, 2008. apud. 2010). 
Os cuidados paliativos não se destinam acelerar a morte (eutanásia) ou 
atrasá-la o máximo possível (distanásia). Muitas pessoas ainda entendem dessa 
forma. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do indivíduo para influenciar 
positivamente no curso da doença. (MATSUMOTO, 2013). 
8.4 Emergência domiciliares 
Os idosos, devido ao elevado número de doenças, muitas vezes crônicas, 
podem desenvolver a qualquer momento quadros que necessitam de uma 
intervenção imediata (SILVA, 2010). 
Os cuidadores devem ser treinados e preparados para intervir de forma 
confiável e segura, caso contrário, os idosos podem se deteriorar e morrer 
 
29 
 
repentinamente. Este primeiro socorro deve ser feito rapidamente se não houver 
ajuda disponível. 
 
Fonte: acvida.com.br 
8.5 Quedas 
As quedas em geral têm causas multifatoriais e seus fatores causadores 
são considerados como: intrínsecos, ou seja, os decorrentes de alterações 
fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, a doenças e efeitos causados pelo 
uso de fármacos; e extrínsecos, que são fatores que dependem de 
circunstâncias sociais e ambientais que criam desafios para os idosos. Esses 
fatores interagem como determinantes e levam ao risco de queda, tanto para 
quedas acidentais quanto para quedas recorrentes (MAIA, 2011). 
Maia, (2011) cita que dentre os acidentes que ocorrem com as pessoas 
idosas, as quedas estão entre os mais frequentes, ocasionando fraturas 
principalmente no fêmur, costela, coluna, bacia e braço (BRASIL, 2008). 
As quedas ocorrem devido à perda de equilíbrio postural e tanto podem 
ser decorrentes de problemas primários do sistema osteoarticular e/ou 
 
30 
 
neurológico quanto de uma patologia que afete os mecanismos do equilíbrio e 
estabilidade. Por isso, a queda pode ser um sinalizador do início do declínio da 
capacidade funcional, ou sintoma de uma nova doença (BUKSMAN et al, 2008). 
A queda em idosos pode causar prejuízos à qualidade de vida desse 
grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos 
familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico, sendo que nos casos 
mais graves, pode levar até a morte (BRASIL, 2010). 
Nos Estados Unidos 14% das mortes decorrentes de quedas ocorrem na 
população acimados 65 anos de idade e a mortalidade aumenta após os 70 
anos (PHTLS, 2004. apud. PINHEIRO et al, 2011). No Brasil, elas têm relação 
causal com 12% de todos os óbitos na população geriátrica e são responsáveis 
por 70% das mortes acidentais em pessoas idosas (PEREIRA et al, 2001). 
MINAYO (2005) afirma que a maioria das internações por causas externas 
são devidas a lesões e traumas provocados por quedas e atropelamentos e 
BUKSMAN et al (2008) complementa que as quedas e suas consequentes 
lesões constituem um problema de saúde pública e de grande impacto social 
enfrentado hoje por todos os países em que ocorre expressivo envelhecimento 
populacional. 
Segundo o Ministério da Saúde a cada ano, o Sistema Único de Saúde 
(SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. 
Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 
milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose e a quantidade de 
internações aumenta a cada ano sendo as mulheres mais atingidas 
com 20.778 mil internações, devido principalmente a osteoporose e os 
homens 10.020 mil (BRASIL, 2010). 
Após uma queda se o idoso conseguir se levantar deve-se encaminhá-lo 
a um serviço de urgência mais próximo e se está inconsciente, chamar o 
socorro imediato é a conduta adequada. As fraturas expostas, e as fechadas 
nunca devem ser “colocadas no lugar”, se possível colocar ataduras, ou talas 
para imobilizar o local da fratura até o atendimento adequado (BRASIL, 2003) 
Além disso, é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e 
identifique a causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o 
acidente e indicando a família à adoção de medidas de prevenção para tornar o 
 
31 
 
ambiente mais seguro (BRASIL, 2008). No cuidado ao idoso, os obstáculos 
no ambiente domiciliar que aumentam o risco de quedas precisam ser 
retirados, portanto algumas adaptações muitas vezes são necessárias (SILVA, 
2017) 
 
 
Fonte: dicasdesaude.blog.br 
8.6 Prevenção 
Os idosos precisam mover com segurança e independência em seu lar. 
Dessa forma, os ambientes devem ser adaptados de acordo com as 
necessidades de cada pessoa, para prevenir os acidentes, para prevenir 
acidentes e tornar as operações diárias mais seguras. (SILVA, 2010). 
 
O Manual de Cuidadores do Idoso (SANTOS, 2011) indica o que o 
cuidador deve saber para prevenir queda no idoso: 
 
32 
 
Dentro de Casa 
 
• Deixar os caminhos livres, retirando móveis e entulhos; 
• Retirar tapetes soltos, cordões e fios (telefone, extensão) do assoalho; 
• Não deixar animais soltos; 
• Prender tacos soltos e bordas soltas de carpetes; 
• Não encerar pisos; 
• Colocar iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho 
do banheiro; 
• As escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa colorida e 
antiderrapante na borda dos degraus; 
• Substituir ou consertar móveis instáveis; 
• Evitar cadeiras muito baixas e camas muito altas (deve ter a altura do 
joelho do idoso); 
• Evitar o uso de chinelos, salto alto e sapato de sola lisa; 
• Não deixar o idoso andar de meias; 
• Guardar itens pessoais e objetos maus usados ao nível do olhar ou um 
pouco mais embaixo. 
 
 
 No banheiro: 
• Instalar barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário; 
• Instalar um vaso sanitário mais alto; 
• Usar capachos e tapetes antiderrapantes 
• Não usar chaves na porta dos banheiros. 
 
 Fora de casa: 
• Consertar calçadas e degraus quebrados; 
• Remover soleiras altas das portas; 
• Limpar caminhos e remover entulhos; 
• Instalar corrimão em escadas e rampas; 
• Instalar iluminação adequada em calçadas, portas e escadas. 
 
33 
 
 
 Com relação ao Idoso: 
• Evitar que ele se levante rapidamente após acordar: esperar alguns 
minutes antes de sentar e de caminhar; 
• Atravessar a rua sempre nas faixas de segurança; 
• Dar medicamentos somente sob orientação médica (cuidado especial para 
os diuréticos, remédios para pressão e calmantes); 
• Estimular o idoso à prática de atividades de coordenação e concentração 
como dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos. 
 
 
 
8.7 CUIDADOS PALIATIVOS AO IDOSO 
 
Fonte: advancecare.pt 
Os cuidados paliativos visam reduzir o sofrimento, melhorar a qualidade 
de vida e o processo de morte, ajudando o paciente e sua família a lidar com 
problemas físicos, psicológicos, sociais, espirituais e de ordem prática, a lidar 
com seus medos, suas expectativas, necessidades e esperanças, preparar-se 
para a autodeterminação no manejo do processo de morrer e do final da vida, 
 
34 
 
lidar com as perdas durante a doença e o período de luto, alcançar o seu 
potencial, mesmo diante da adversidade (FARINASSO, 2012). 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito 
definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos 
consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, 
que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus 
familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da 
prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, 
avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, 
sociais, psicológicos e espirituais” (INCA, 2021. apud. WHO, 2002). 
Os cuidados são recomendados para todos os pacientes (e familiares) 
com doença ameaçadora da continuidade da vida por qualquer diagnóstico, com 
qualquer prognóstico, seja qual for a idade, e a qualquer momento da doença 
em que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas. Estes 
cuidados podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da 
doença ou podem tornar-se o foco total do cuidado. 
São prestados efetivamente por uma equipe interdisciplinar, por exemplo: 
médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, 
fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, e voluntários que sejam 
competentes e habilidosos em todos os aspectos do processo de cuidar 
relacionados à sua área de atuação. 
8.8 O Papel dos cuidados paliativos durante a doença e o luto 
 
Originalmente, a atenção dos Cuidados Paliativos centrava-se em 
pacientes na fase final da vida. Hoje, se considera que eles vão além dessa 
prática: devem estar disponíveis para pacientes e seus familiares durante todo o 
processo de doença ameaçadora à continuidade da vida e também no transcurso 
do luto (FARINASSO, 2012). 
Durante a doença e o luto, os pacientes e seus familiares têm 
necessidades diferentes de cuidados paliativos, dependendo da intensidade dos 
problemas em questão. Com o tempo, o foco e os objetivos do cuidado mudam 
de uma ênfase em terapias modificadoras da doença para terapias 
exclusivamente paliativas. 
 
35 
 
O despreparo dos profissionais de saúde e as dificuldades pessoais 
diante da morte e do processo de morrer retiram o direito do paciente e da família 
de expressar nesse momento pensamentos, sentimentos, preferências, 
pendências que, por sua vez, estão diretamente relacionados com o processo 
de luto, seja ele antecipatório ou pós-óbito do paciente. Sabe-se que a educação 
para morte direcionada aos profissionais de saúde e, no caso, aos membros de 
equipes multidisciplinares de cuidados paliativos, ocorre raramente. Dessa 
forma, é relevante e importante ter um olhar crítico em relação à formação 
desses profissionais, através de treinamentos e educação continuada, a fim de 
que possam estar mais bem preparados para vivenciar e lidar com as demandas 
naturais e inerentes do contexto de adoecimento, morte e luto (LIBERATO, 
2015). 
Isso pode contribuir para uma melhor assistência ao paciente e à sua 
família no processo de morrer, corroborando para a prevenção de lutos 
complicados. O luto éa resposta à ruptura de um vínculo significativo, no qual 
havia um investimento afetivo entre o enlutado e o ente que se foi, elucidando 
que a dimensão do luto seja proporcional ao grau de apego, considerando-se 
fatores relacionados à perda e seus significados. Diante desse cenário, o 
enlutado vivencia uma série de mudanças relacionadas ao meio social, familiar, 
econômico, entre outras, de maneira particular e singular, as quais vão estar 
associadas a como o enlutado experienciou o processo (de doença, separação 
conjugal, mudanças geográficas entre outros) (PERTILE, 2018). 
Por conseguinte, tal processo constitui-se como uma experiência 
subjetiva, ou seja, dotada de significado, inserida em uma cultura e 
multideterminada (FRANCO, 2014). 
Falar em múltiplos fatores que constituem o desenvolvimento desse 
processo e contribuem para que ele ocorra é identificar o significado e ou função 
de determinada pessoa, animal ou coisa; o tipo de relação e vínculo 
estabelecido; em caso de morte, a idade e o tipo de morte (naturais ou 
esperadas, acidentais ou inesperadas e suicídios), se existe o corpo e se foi 
possível realizar os rituais funerários significativos para a família; crises vitais do 
enlutado; como foi a vivência durante o processo de rompimento, em caso de 
morte, separações conjugais ou conflitos familiares, por exemplo; se recebeu 
 
36 
 
apoio efetivo e afetivo e se existe algum recurso espiritual. Enfim, são variáveis 
que podem influenciar na forma como esse luto será vivido e administrado e, por 
consequência, contribuir tanto para o desenvolvimento do luto normal ou 
complicado (BARBOSA, 2010). 
8.9 A vivência do luto no contexto de cuidados paliativos 
A discussão a respeito da vivência do luto no contexto dos cuidados 
paliativos, mais especificamente, traz consigo particularidades importantes: o 
luto antecipatório da unidade de cuidado. O luto antecipatório permite que a 
pessoa viva e experimente a perda sem ela ter ocorrido efetivamente. Logo, 
permite as despedidas, a resolução de pendências, o início da construção de 
novos significados, identidades e relações (FRANCO, 2014). 
A forma como cada indivíduo vai vivenciar esse cenário está relacionada 
ao significado que este credita à relação com o familiar doente e à situação de 
perda, além da maneira como percebe o mundo e como se percebe no mesmo– 
modelo operativo interno. 
FRANCO (2014), diante deste contexto, destaca o quão importante os 
cuidados paliativos são para a prevenção de luto complicado, uma vez que o luto 
antecipatório pode ser trabalhado, respeitando e considerando o papel 
fundamental da família no processo de adoecimento e do luto. 
Conforme salientam HUDSON et al. (2015), há uma exigência atual de 
diretrizes relacionadas ao luto e suporte psicossocial nessa área em relação a 
orientação e educação sobre o luto para a unidade de cuidado. Ainda de acordo 
com este autor, garantir que as necessidades dos familiares sejam devidamente 
avaliadas está entre os dez marcadores de qualidade de fim de vida. 
 
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