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1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 2 A SOCIEDADE QUE ENVELHECE ................................................... 4 2.1 Conceitos básicos em geriatria e gerontologia ............................ 4 3 ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO .......................................................................................... 5 3.1 Envelhecimento fisiológico e biológico ........................................ 5 3.2 Envelhecimento psicológico ........................................................ 7 4 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NA POPULAÇÃO QUE ENVELHECE .. 9 4.1 Estatuto do Idoso ........................................................................ 9 4.2 Direitos e Benefícios dos Idosos ............................................... 12 5 VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA OS IDOSOS................... 14 5.1 Violência e Legislação ............................................................... 16 6 MODALIDADES DE ATENÇÃO AO IDOSO .................................... 19 6.1 Avaliação geriátrica abrangente: escalas de avaliação ............. 19 7 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) 21 7.1 O Processo de Institucionalização em uma ILPI ....................... 22 8 PRINCIPAIS SÍNDROMES GERIÁTRICAS E IMPLICAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM ........................................................................ 23 8.1 Síndrome da Fragilidade ........................................................... 23 8.2 Anemias .................................................................................... 26 8.3 Saúde bucal do idoso ................................................................ 27 8.4 Emergência domiciliares ........................................................... 28 8.5 Quedas ...................................................................................... 29 8.6 Prevenção ................................................................................. 31 2 8.7 CUIDADOS PALIATIVOS AO IDOSO ....................................... 33 8.8 O Papel dos cuidados paliativos durante a doença e o luto ...... 34 8.9 A vivência do luto no contexto de cuidados paliativos ............... 36 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 36 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 A SOCIEDADE QUE ENVELHECE O envelhecimento é definido como um processo de progressivas modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida do ser humano. Segundo a Organização Mundial de Saúde, idoso é o indivíduo com idade maior ou igual a 60 anos para os países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil (SANTOS, 2011). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), nos próximos 20 anos, os idosos representarão quase 13% da população total, podendo ultrapassar os 30 milhões de pessoas (FRUGOLI, 2011). E, paralelamente a esse crescimento da expectativa de vida, deve evoluir, também, a assistência aos idosos. Dentro desse contexto, os profissionais da saúde necessitam ter conhecimentos científicos das alterações fisiológicas e fisiopatológicas do envelhecimento (SOARES, 2011), favorecendo que os idosos assumam um papel cada vez mais efetivo na sociedade. 2.1 Conceitos básicos em geriatria e gerontologia A Gerontologia é o estudo multidimensional do envelhecimento. O especialista em Gerontologia é um profissional com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento e com habilidades para o cuidado do idoso, atendendo aos objetivos de promoção da saúde, ambientação, prevenção, tratamento de doenças, reabilitação funcional e cuidados paliativos. A Geriatria é a especialidade médica que se integra na área da Gerontologia (SBGG, 2017). O Gerontologista e o Geriatra possuem habilidades para o trabalho em equipes interprofissionais, nas quais a comunicação, a colaboração e a troca de saber entre os diferentes profissionais conduzem a melhor qualidade do cuidado. A avaliação por uma equipe interprofissional contempla as múltiplas dimensões das necessidades da população idosa, cujo envelhecimento frequentemente vem acompanhado de doenças crônicas com suas várias complicações (SILVA, 2017). 5 3 ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PSICOLÓGICOS DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO 3.1 Envelhecimento fisiológico e biológico De acordo com FREITAS (2015) o envelhecimento é um processo natural, no qual o organismo sofre alterações fisiológicas. A literatura o descreve em dois tipos: o fisiológico ou senescência e o patológico ou senilidade. No envelhecimento fisiológico ocorre mudanças biológicas, características da senescência, já no envelhecimento patológico, soma-se às alterações biológicas naturais, com a ocorrência de doenças que são originadas devido ao acúmulo de danos provocados pela interação entre os fatores genéticos e os hábitos não saudáveis como por exemplo dieta balanceada, tabagismo, etilismo e sedentarismo. Segundo VAZ (2016) um estilo de vida não adequado contribui substancialmente para o desencadeamento de doenças relacionadas ao processo do envelhecimento, que afetam a funcionalidade dos indivíduos onde dificultam ou impedem o desempenho de suas atividades rotineiras comprometendo de maneira significativa sua qualidade de vida, como é o exemplo da sarcopenia. No decorrer do processo de senescência, BERNARDO (2016) reforça que são observadas alterações no estado nutricional, que acontecem pelos aportes de baixas calorias e nutrientes, deficiência de vitaminas e sais minerais, uso excessivo de substâncias prejudiciais como o álcool, alteração no funcionamento digestivo, diminuição do metabolismo basal, afetam o bem-estar do indivíduo e causa desnutrição proteico-calórica e até mesmo uma obesidade. O envelhecimento biológico é implacável, ativo e irreversível, causa uma vulnerabilidade maior do organismo às agressões externas e internas. Há evidências de que o processo de envelhecimento é de natureza multifatorial e depende da programação genética e das alterações que ocorrem em nível celular-molecular. Podendo haver, diminuição da capacidade funcional das áreas afetadas e sobrecarga dos mecanismos de controle homeostático, que passam a servir como substrato fisiológico para influência da idade na 6 apresentação da doença, da resposta ao tratamento proposto e das complicações que se seguem (DA COSTA, 2017). Os sinais de deficiências funcionais aparecem aos poucos, discretamente no decorrer da vida, não comprometendo as relações e o poder de decisões. Esse processo não é considerado doença. Em condições básicas, o idoso não apresenta alterações no funcionamento, se comparado ao jovem. A diferença é vistaem situações nas quais se torna necessária a utilização das reservas homeostáticas, que, no idoso, são mais fracas. Além disso, todos os órgãos ou sistemas envelhecem de forma diferenciada, tornando a variabilidade cada vez maior. Apenas há pouco tempo, o sistema nervoso central adquiriu propriedades anatômicas e moleculares altamente especializadas. Os neurônios possuem estabilidade de estrutura, o que faz possível a cognição, tornando o sistema nervoso central apto ao acúmulo de informações do presente, à lembrança do passado e à formulação de novos conceitos. O envelhecimento cerebral normal evidencia, a partir da segunda década de vida, um declínio ponderal discreto, lento e progressivo, que culmina com a diminuição do seu volume. O declínio de memória não necessariamente se associa à lesão estrutural, podendo ocorrer devido à disfunção fisiológica e não à perda neuronal. O Sistema Nervoso Central, apesar de não ser capaz de recuperar seus neurônios, tem propriedades que podem diminuir o impacto das alterações do envelhecimento, como: redundância (existem muito mais neurônios no cérebro que o necessário); mecanismos compensadores (surgem em situações de lesão cerebral e são mais hábeis conforme o centro atingido); plasticidade (habilidade de neurônios maduros, com sua rede de dendritos, desenvolverem e formarem novas sinapses, levando à formação de novos circuitos sinápticos) (LIMOEIRO, 2012). 7 3.2 Envelhecimento psicológico O envelhecimento psíquico não é naturalmente progressivo e nem ocorre inexoravelmente, como efeito da passagem de tempo, certamente também depende dele, mas, sobretudo, do esforço pessoal contínuo na busca do autoconhecimento e do sentido da vida. O autoconhecimento, o estudo da estrutura e dinâmica do psiquismo e a superação dos conflitos do cotidiano são imprescindíveis para que se possa atingir a independência psíquica, condição indispensável para a sabedoria. O amadurecimento é uma aquisição individual e se traduz pela mutação dos valores de vida. Fonte: psicologiasdobrasil.com.br Acontece com o envelhecimento psíquico uma redução da vulnerabilidade, fazendo com que o idoso adquira uma sabedoria suficiente para aceitar a realidade, tolerar a dor e a perda da independência biológica, compreendendo o sentido da vida, os valores que regem a sua vida, sendo mais racionais. De acordo com o Centro de Psicoterapia Analítico-Fenomenológico- Existencial (2012): “O idoso entrega-se à existência com a pureza das crianças, mas sem a sua ingenuidade, com o vigor do adolescente, mas sem a sua pugnacidade, com a sensatez do homem maduro, mas sem o seu orgulho. Torna-se cidadão do Universo com a astúcia da raposa e a malícia da serpente, o que faz dele um sábio” Desde o nascimento até os doze anos de idade o ser humano se encontra na fase chamada de infância psíquica, que é quando ele começa a se criar e se 8 tornar cada vez mais independente do adulto, com capacidade de agir de forma prática ou ponderada. Solidificando a base sobre a qual vai assentar a construção do ser humano, com o objetivo de assimilar o mundo exterior, conquistar as coisas e a si próprio. Tem início, então, a adolescência, que acontece entre 12 a 18 anos, quando o indivíduo está no cume da preparação para a existência, tendo sua vida transformada através da puberdade e do raciocínio abstrato. Aos poucos vão acontecendo transformações interiores modificações interiores, que deflagra uma série de atitudes novas, inusitadas, trazendo perplexidade para o indivíduo e para aqueles que o rodeiam. A criança latente, aparentemente equilibrada e madura, torna-se um ser fisicamente desproporcional e com atitudes psíquicas desproporcionais aos eventos (MENEZES, 2009). A pré-adolescência (12 aos 15 anos) vive, mais uma vez, a angústia do desconhecido, sente fobia do seu novo corpo, raiva da liberdade e histeria do chamamento de papéis que não sabe ainda representar. Capaz de abstração, começa a questionar filosoficamente as diretrizes de vida que lhe vinham sendo impostas desde sempre. Ele retoma a dúvida do obsessivo, já agora pondo em questão não apenas os hábitos culturais, mas também, e principalmente, posições políticas, religiosas e filosóficas, em geral. Revolta-se contra a dependência infantil primitiva (MENEZES, 2009). Em seguida, na adolescência propriamente dita (15 a 18 anos), vive um período de acomodação e relativa acalmia. Procura considerar, sob um novo ângulo, sua sensação de angústia diante do desconhecido. Percebe que nem sempre os argumentos aguerridos levam ao resultado desejado. Percebe a sua independência psíquica, mas reconhece a sua dependência afetiva. Buscando a solução dos conflitos em um clima de reflexão sobre a noção da existência de uma mecânica da vida, passa a suspeitar da possibilidade de que essa mecânica tenha mais amplitude do que imaginava e obedeça a um direcionamento preestabelecido. 9 4 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA NA POPULAÇÃO QUE ENVELHECE Fonte: lounge.obviousmag.org A cidadania do idoso pode ser considerada um dos maiores avanços obtidos pela sociedade. Atualmente são muitos os mecanismos e meios de proteção da pessoa idosa, especialmente depois da aprovação do Estatuto do Idoso, que buscou criar um sistema amplo de proteção às pessoas, inclusive com medidas preventivas. 4.1 Estatuto do Idoso Criado com o objetivo de garantir dignidade ao idoso, foi aprovado pelo Senado Federal e sancionado pelo Presidente da República em 1° de outubro de 2003, o Estatuto do Idoso, após seis longos anos de espera. Ele é o resultado da junção dos Projetos de Lei n° 3.561, de 1997; n° 183, de 1999; n° 942, de 1999; n° 2.420, de 2000; n° 2.241; n° 2.426, de 2000; n° 2.427, de 2000; e o de n° 2.638, de 2000. Não resta dúvida que ele veio em boa hora, com objetivo de dar continuidade ao movimento de universalização da cidadania, levando até o idoso a esperança de que seus anseios e necessidades estão de fato garantidos. O estatuto visa, portanto, defender os princípios fundamentais e os direitos à vida humana. Dentre eles, o objetivo é garantir a dignidade humana, princípio consubstanciado na Constituição Federal em seu art. 1º, inciso III. E, 10 portanto, para garantir uma existência digna acerca da qual dispõe o art. 170, CF (JUNIOR, 2019). BRAGA (2005) destaca a importância do Estatuto do Idoso, assim se expressa: Esta lei é um marco importante no estudo dos direitos dos idosos brasileiros. Tanto assim que merece estudo próprio e individualizado, no entanto, é impossível deixar de citar, ao menos, alguns de seus pontos importantes. E uma vez definida a pretensão, podemos afirmar que sua maior contribuição é, sem dúvida alguma, a publicidade dada à temática do envelhecimento. A sociedade começa a perceber-se como envelhecida e os índices já divulgados pelos institutos de pesquisa passam a ser notados. O Estatuto do Idoso é um instrumento que proporciona autoestima e fortalecimento a uma classe de brasileiros que precisa assumir uma identidade social. Ou seja, o idoso brasileiro precisa aparecer! Precisa se inserir na sociedade e, assim, passar a ser respeitado como indivíduo, cidadão e participe da estrutura politicamente ativa. (BRAGA, 2005. apud. CIELLO, 2010) O Regulamento da pessoa idosa certamente se baseia em tais ideias que, além de proteger ativamente os idosos, também proporciona educação e conscientização da sociedade. Seguindo a sua posição, o regulamento da pessoa Idosa não só inova ao reunir as normas relativas à proteção das pessoas idosas, mas também cobra das pessoas, a participação na aplicação efetiva destas orientações que lhe foram prescritas pelo legislador. Entretanto ao garantir atendimento preferencial, imediato e personalizado ao públicojunto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviçosda população, possibilitando ao idoso a participação de outras formas, profissionalmente e interação com as demais gerações, formar e reciclar recursos humanos nas áreas de geriatria e geriatria e prestar serviços aos idosos, estabelecer mecanismos para promover a divulgação de informações educacionais sobre os aspectos psicossociais do envelhecimento e garantir o acesso às redes locais de saúde e assistência social locais, entre outras formas de preferência pelos idosos, reconheceu a nova legislação brasileira, como é o caso dos países europeus, a concepção de envelhecimento como um direito social que deve ser valida e especificamente protegido (CIELO, 2010). A nova legislação será mais um valioso instrumento para a continuidade do trabalho 11 prioritário que o poder público deve realizar para zelar pela efetividade dos direitos das pessoas idosas. CIELO, (2010) menciona que ao entrar em vigor, a lei que instituiu o regulamento do Idoso não previa nenhum mecanismo susceptível de alterar o tratamento que a sociedade concede aos idosos. O Regulamento da Pessoa Idosa cria não só direitos, mas também todo o sistema de protecção das pessoas idosas. Uma vez que uma lei é aprovada e posta em prática, leva tempo para atingir seus objetivos, realizar as mudanças esperadas, portanto, requer dedicação na divulgação das medidas e compromisso com o monitoramento do cumprimento. Com o envelhecimento da população e a ascensão dos direitos humanos, os idosos são reavaliados e reconhecidos por seus direitos na sociedade atual, mas, ainda que legislações de âmbito federal, estadual e municipal estabeleçam atendimentos prioritários, ocorrem diuturnamente descumprimentos impunes. Portanto, imprescindível localizar o idoso no seio da família, personalizá-lo como cidadão, portanto, é imprescindível garantir que todos os seus direitos, consagrados no ordenamento jurídico, existam na pessoa e na sociedade (SOUZA, 2009. apud. CIELLO, 2010). É importante ressaltar que a Constituição Federal, a Política Nacional de Envelhecimento e a Regulamentação do Envelhecimento colocam a família como elemento essencial na proteção do idoso. Sendo a família uma instituição natural e o seu papel essencial está atribuído à proteção, ao carinho, à alimentação, ao acolhimento, ao respeito e ao companheirismo como princípios de sobrevivência dos seus membros, bem como a uma particular relevância para o desenvolvimento da sociedade (CIELO, 2010). CIELO, (2010) traz uma observação feita RULLI NETO, (2003) sobre a necessidade de se criar uma política de proteção à família e, portanto, de moldar e apoiar o indivíduo em relação ao crescimento econômico, social e humano, que reflete em toda a sociedade é de suma importância no sentido de valorização e proteção desta que é a origem de toda sociedade. 12 4.2 Direitos e Benefícios dos Idosos Fonte: portalplena.com Para SOUSA (2004) citado por CIELO (2010), as pessoas são a sociedade e sua história é a história de sua família. A manutenção desse enraizamento constitui em si a estrutura da nossa sociedade brasileira, na medida em que o comportamento das pessoas é reflexo do da família. Constituem Direitos dos Idosos, após a aprovação da Lei n° 10.741: Amparo à Saúde A manutenção da saúde dos indivíduos, dentro dos padrões comumente utilizados é dever do Estado, cabendo à União, Estados, Municípios e Distrito Federal, zelar independentemente ou em conjunto, pelo trabalho de prevenção e tratamento Educação O Estatuto do Idoso coloca como obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à educação. Ou seja, o Poder Público, em última instância, deverá criar mecanismos para assegurar a educação do idoso O direito a cultura assegurado pelo Estatuto também é amplo, pois compreende diversões, espetáculos, meia-entrada etc. A 13 Cultura intenção do legislador foi realmente ampla ao permitir ao idoso, especialmente com a meia-entrada, maneira mais efetiva de acesso à cultura Esporte O acesso ao esporte é um direito do idoso, sendo que sua prática deve respeitar as peculiaridades e condições de idade. Assim, as unidades esportivas devem também estar preparadas ao atendimento esportivo e de recreação da população. Lazer É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito ao lazer. O idoso tem direito ao lazer, diversões, espetáculos, em condições que respeitem sua peculiar condição de idade. Trabalho Trabalho o Estatuto do Idoso assegura o direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. É proibida a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego. Previdência social o Estatuto do Idoso determina que os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição. Assistência Social é garantida a todos e implementada de acordo com normas específicas para cada situação, lembrando-se que a assistência social não se baseia em caridade, mas na promoção da dignidade da pessoa humana visando à sua integração. O Estatuto do Idoso traz disposições específicas acerca da assistência social que será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes. 14 Acessibilidade o Estatuto do Idoso garante o direito à vida digna, com eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidades em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos. Transporte o Estatuto do Idoso segue a Constituição e asseguram aos maiores de 65 anos, gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos. A gratuidade não vale para os serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares. O Estatuto determina também que nos veículos de transporte coletivo, devem ser reservados 10% dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos. Analisando todos os direitos e garantias decorrentes da aprovação do Estatuto do Idoso, apesar de algumas falhas, o mesmo é uma conquista. Mesmo sendo a maior já observada na área do envelhecimento no Brasil, há ainda a necessidade de sua efetiva implantação. E para que isso aconteça, será necessário que todos possam vivê-lo no dia a dia, tratando melhor e com dignidade os cidadãos idosos e não apenas esperar que o governo ou alguma instituição cuide deles, pois somente com ações conjuntas, estando a população envolvida, poder-se-á dar início a este movimento (CIELO, 2010). 5 VIOLÊNCIA E MAUS TRATOS CONTRA OS IDOSOS 15 Fonte: idosofeliz.com.br Apesar de a violência sempre ter estado presente, o mundo não tem de aceitá-la como parte inevitável da condição humana. Desde que a violência existe, também existem sistemas; religiosos, filosóficos, legais e comunais; que se desenvolveram para evitá-la ou restringi-la. Nenhum deles foi totalmente bem- sucedido, mas todos deram sua contribuição para esse marco definidor da civilização (DAHLBERG, 2006, p.1163). Embora a violência contra os idosos tenha existido desde o início, as primeiras publicações sobre o tema 'abuso de idosos' foram descritas pela primeira vez em 1975, em revistas científicas britânicas, sob o nome de 'espancamento dos pais avós'. (REIS, 2014. apud. LOPES et al,2018). No Brasil, esse tema só começou a ser discutido nas últimas duas décadas, devido ao aumento do número de idosos na população e ao aumento das notificações de violência (SOUZA, 2010. apud. LOPES et al, 2018). A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza a definição de violência contra idosos como sendo qualquer ato ou falta de ato, único ou repetido, proposital ou impensado causando danos e sofrimento desnecessário e uma redução de qualidade de vida da pessoa idosa. A mesma pode ser praticada dentro ou fora do ambiente doméstico, por algum membro da família ou ainda por pessoas que exerçam uma relação de poder sobre a pessoa idosa, como, por exemplo, cuidadores (FALEIROS, 2014. apud. LOPES et al, 2018). O abuso contra pessoas idosas é uma violação aos direitos humanos, sendo uma das principais causas de lesões físicas ou mentais que resultam em: hospitalizações, morbidades, incapacidades, depressão, perda de produtividade, isolamento e desesperança nessa população (LOPES, 2018). 16 Falar de violência contra os idosos é tratar sobre uma questão de saúde pública grave. No entanto, observa-se que a produção científica do Brasil sobre o assunto permanece inesperada. Isso mostra a necessidade de aprofundar as investigações e, assim, trazer reflexões para apoiar a sociedade na proteção ao idoso e no combate à violência. (LOPES, 2018). 5.1 Violência e Legislação Fonte: institutomongeralaegon.org Para PASCAROLO (2015) a violência contra o idoso transcende os limites da vida social, onde quer que esteja, são vítimas de assalto, conflitos que ultrapassam a esfera familiar, sendo frequente desde acidentes a exploração por parte da comunidade. Segundo SOUSA (2004), citado por PASCAROLO (2015), é dever da família e do Estado colaborar para uma velhice digna. A família deve estar ciente de seu papel na proteção em relação à tutela jurídica e amparo, já que o Estado não poderá sozinho oferecer tal subsídio. Na literatura os maus-tratos aos idosos são identificados de diversas formas, tais como: 17 18 No Brasil, a atenção à saúde dos idosos, avançou a partir da criação da Lei nº 8.842, de 4 de janeiro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº 1.948, de 3 de julho de 1996, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso - PNI. Esta Lei, em seu artigo 10, inciso II – na área de saúde, alínea a, garante ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento. No capítulo IV define que é dever de todo cidadão denunciar maus-tratos ou negligência a essas pessoas. No artigo 10, inciso IV, esclarece que é papel da justiça promover e defender os direitos da pessoa idosa, zelar pela aplicação de normas sobre o idoso, determinar ações para evitar abusos e lesões a seus direitos (BRASIL, 1994. apud. PASCAROLO, 2015). PNI busca enfatizar a qualidade de vida e longevidade e fortalecer os princípios assegurar a cidadania e a integração social plena, livre de qualquer tipo de discriminação e maus tratos. Depois de seis anos tramitando no Congresso Nacional, foi sancionada em primeiro de outubro de 2003 a Lei Federal nº 10.741 que instituiu o Estatuto do Idoso. Assegurando assim, as medidas protetivas às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos. Estabelecendo os direitos dos idosos a tratamento preferencial, atendimento imediato e personalizado com prestadores de serviços públicos e privados; as prioridades vinculadas à formulação e implementação de políticas públicas sociais específicas; na alocação privilegiada de recursos públicos em áreas relacionadas à proteção de idosos; facilitando formas alternativas de participação, ocupações e interações entre os idosos e outras gerações; dar prioridade ao cuidado dos idosos pela própria família, em detrimento do cuidado dos refugiados, excluindo aqueles que não têm ou não dispõem de meios para atender às suas necessidades; formação e reciclagem de recursos humanos nas áreas da geriatria e geriatria e na prestação de serviços a idosos; estabelecer 19 mecanismos de apoio à divulgação de informações educacionais sobre os aspectos psicossociais do envelhecimento, e também; garantir o acesso à rede local de serviços de saúde e assistência social (BRASIL, 1994. apud. PASCAROLO, 2015). A adoção desta lei especifica que os casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos a idosos devem ser denunciados por profissionais de saúde a um dos seguintes órgãos: autoridades policiais locais, Ministério de Relações Públicas, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Estadual do Idoso e o Conselho Nacional do Idoso (PASCAROLO, 2015). 6 MODALIDADES DE ATENÇÃO AO IDOSO Fonte: cuidandobemdoidoso.com.br 6.1 Avaliação geriátrica abrangente: escalas de avaliação A avaliação geriátrica ampla (AGA) teve início por volta da década de 1930 e, como resultado, por meio de novos estudos e pesquisadores, se espalhou, aumentando o conhecimento de seu conceito. A médica britânica Marjory Warren se interessou pela importância da AGA, após assumir um hospital com pacientes incapacitados, deu início a reabilitação para todos, conseguindo alta para maioria, depois de planejamento e diagnóstico preciso teve indicação para internação em clinicas de longa duração. 20 AGA é um componente de um exame clínico eficaz, avaliação neuropsicológica e avaliação de significância social de cada pessoa ou população idosa. Basicamente interdisciplinar, objetiva o planejamento e acompanhamento do cuidado de longa duração ao idoso, com base em escalas e testes quantitativos, proporcionando assim uma visão do idoso em geral. Por se tratar de um método que contém ferramentas para quantificar a capacidade funcional e avaliar as limitações psicológicas e sociais, a intervenção se faz necessária, seja por internação, reabilitação ou simplesmente aconselhamento. A AGA tem sido utilizada para beneficiar o idoso com diagnóstico preciso, identificação da extensão e gravidade das deficiências motoras, intelectuais e mentais, identificação de riscos funcionais, estado nutricional, indicação de novas especialidades para restauração e preservação da saúde, estabelecimento de medidas preventivas. Além disso, na avaliação pessoal há orientações ou observações sobre as mudanças e adaptações do meio em que vive, reduzindo suas desvantagens e mantendo sua independência. Finalmente, estabelece os critérios para a designação de um hospital ou estabelecimento de longa permanência. A AGA também inclui serviços ao nível da população, avaliando a capacidade funcional e a qualidade de vida, identificando assim as populações em risco para medidas preventivas, servindo como plano de ação, ações e políticas de saúde. A Organização Mundial de Saúde conceitua e classifica três diferentes domínios em que um determinado dano ou lesão pode causar disfunção para o paciente (BRASIL, 1995): Deficiência (Impairment) Anomalia ou perda da estrutura corporal, aparência ou função de um órgão ou sistema; Incapacidade (Disability Restrição ou perda de habilidades Desvantagem (Handicap Restrições ou perdas sociais e/ou ocupacionais experimentadas pelo indivíduo. 21 7 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) As ILPI são unidades de atendimento integral, tendo como público-alvo pessoas com 60 anos ou mais, dependentes ou independentes, sem condições de ficar com a família ou em casa. Essas instituições, conhecidas por denominações diversas abrigo, asilo, lar, casa de repouso e clínica geriátrica que devem proporcionar serviços na área social como médicos, psicólogos, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, odontológica e outras, dependendo das necessidades dessa faixa etária (SBGG SP, 2003. apud. Born, 2006). Ou ainda, como organização governamental ou não governamental, que tem caráter residencial e tem como alvo domicílios coletivos para pessoas com60 anos ou mais de idade, com ou sem apoio familiar, promovendo a promoção de condições de liberdade, dignidade e cidadania (ANVISA, 2005. apud. FAGUNDES, 2017). Fonte: mundosdevida.pt Para GOFFMAN, (2001) citado por FAGUNDES, (2017) o autor classifica como uma Instituição Total, caracterizada como “ ... um local de residência e trabalho onde indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável período de tempo, levam uma vida fechada e formalmente administrada”. ILPI é um ambiente de rotina, um local compartilhado sob condições controladas e restritas. Em grande parte das instituições predomina o caráter 22 filantrópico. Eles podem ser caracterizados por barreiras ao contato social com o mundo exterior e pela mudança das normas sociais com as institucionais. (FALEIROS, 2009. apud. DUARTE, 2014). 7.1 O Processo de Institucionalização em uma ILPI Vários fatores determinam a institucionalização do idoso, entre eles viuvez, viver sozinho ou sem companheiro, sem empregada doméstica, aposentadoria com baixos rendimentos, suporte social precário, aumento dos gastos com saúde, doença avançada, elevado grau de dependência, necessidade de recuperação (ARAÚJO, 2008. apud. FAGUNDES, 2017). Os idosos se apresentam como sujeitos a influências e modificações por sua cultura, experiência e história de vida. O próprio envelhecimento acontece de forma específica para cada pessoa, o que cria uma forma única de compreender e viver a velhice. No entanto, a institucionalização tende a restringir seus presos a um estilo de vida de valores coletivos em face do individualismo, baseado no estabelecimento de regras, na redução da rede social, do trabalho e da independência financeira, que levam a pessoa idosa não só a adaptar-se às mudanças de espaço físico, mas sim desviar o planejamento de sua vida de forma repentina e severa (JUNIOR, 2006). Portanto, tal processo pode promover, na pessoa idosa, grandes alterações do ponto de vista pessoal e do seu papel social. Essa transformação, por vezes radical, é marcada pela perda da liberdade, filhos abandonados, ansiedade quanto à conduta da equipe médica no tratamento, além da abordagem da morte, entre outros sentimentos e situações específicas (BORN, 2006. apud. FAGUNDES, 2017). Segundo GOFFMAN (2001) citado por FAGUNDES, (2017) o autor indica que tal transformação desencadeia, inicialmente, uma “mortificação do eu”, que suprime tanto a concepção de si mesmo quanto da cultura que traz consigo, originárias de sua vida familiar e civil na sociedade. Deste modo, a pessoa idosa que antes de ser institucionalizada construía seu mundo vida em meio à sociedade, à família, a um ambiente produtivo e independente, com dinâmicas próprias, necessitará reinventá-lo a partir do momento em que passa a residir em uma ILPI, desconstruindo-o e construindo-o conforme a nova vivência, com 23 o afastamento familiar e social, com a limitação da produtividade, na ausência de perspectivas e segundo a dependência e obediência dos profissionais da instituição. É, portanto, imprescindível ativar mecanismos de reorganização individual para reestruturar os idosos de acordo com regras organizacionais, rotinas diárias e proibições que, uma vez seguidas, promovam uma convivência clara e harmoniosa. Diante dessas mudanças, podem empregar táticas adaptativas que parecem ser respostas a novas normas ambientais. Dentre as estratégias pessoais de enfrentamento mais comumente utilizadas, destaca-se o afastamento da desatenção aos eventos; não cooperar com a organização; colonização (institucionalização como algo melhor do que experiências negativas do mundo exterior; transição para a aceitação total do papel institucionalizado; subversão), uma combinação de muitas táticas destinadas a reduzir o sofrimento e, em última análise, a vacinação estratégica, na qual o mundo institucional, ou seja, o novo mundo de a vida é adotada pelos idosos como normal e sem novidades (FAGUNDES, 2017). De acordo com FAGUNDES, (2017) no contexto de envelhecimento da população brasileira, não há dúvidas de que a ILPI ocupa um lugar necessário e relevante no cuidado aos idosos, principalmente aqueles com limitado suporte familiar. Porém, sua estrutura e organização apresentam deficiências, refletindo a insatisfação dos idosos e até mesmo da sociedade. 8 PRINCIPAIS SÍNDROMES GERIÁTRICAS E IMPLICAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM 8.1 Síndrome da Fragilidade A fragilidade está associada às características clínicas do envelhecimento, como diminuição da massa e força muscular, exaustão, alteração da marcha e do equilíbrio, perda de apetite e perda contínua de peso. Todos esses fatores aumentam o risco de eventos adversos, como quedas, incontinência urinária, hospitalização e morte. (FRIED, 2001. apud. CERTO, 2016). 24 A fraqueza está relacionada à idade, embora não seja apenas decorrente do envelhecimento, pois a maioria dos idosos não necessariamente se torna frágil. Está relacionada à presença de comorbidades, pois doenças crônicas que ocorrem em fases posteriores da vida tendem a ser menos fatal do que se acumulam no processo do envelhecimento. Cada uma dessas manifestações clínicas é preditora de uma série de eventos adversos, como quedas, internações hospitalares, institucionalização, comprometimento funcional e morte. (MACEDO, et al., 2008. apud. 2016). A síndrome da fragilidade é o resultado da interação de fatores biológicos, psicológicos, cognitivos e sociais, ao longo da vida, com potencial para prevenir, identificar e tratar os sintomas. Atualmente, o conceito de fragilidade é de grande importância na pessoa idosa, como uma síndrome do fenótipo clínico, permitindo-nos investigar suas características com maior precisão. (CERTO, 2016). A presença / diagnóstico de fragilidade é presumida quando três a cinco características fenotípicas são encontradas em idosos, tais como: baixa energia, locomoção lenta, diminuição da atividade física, diminuição da força dos membros e perda involuntária de peso. A pré fragilidade é assumida quando uma ou duas dessas características fenotípicas estão presentes. (XUE, 2010. apud. CERTO, 2017). Segundo CERTO, (2016) a fragilidade afeta sistema fisiológico: alterações neuromusculares, perturbação do sistema neuroendócrino e disfunção do sistema imunológico. As alterações neuromusculares estão associadas ao aparecimento de sarcopenia (atrofia das fibras musculares rápidas) e diminuição da força muscular, diminuição da tolerância ao exercício e diminuição da velocidade de caminhada Incapacidade cognitiva e demências. O termo cognição refere-se ao conjunto das capacidades mentais superiores e seus principais domínios e estão detalhados na tabela abaixo. Sempre que houver um comprometimento nessas funções, capaz de prejudicar ou, mesmo, impedir que a pessoa administre sua própria vida ou assumir responsabilidades, há incapacidade cognitiva. Termos como "confusão" e "lucidez" são muito amplos e imprecisos e de pouca utilidade clínica. 25 TABELA 1. Conceitos dos principais domínios cognitivos Domínio cognitivo Conceito Memória Aquisição, formação, conservação e evocação de informações Linguagem Capacidade de adquirir e utilizar sistemas complexos de comunicação Funções executivas Planejamento, formulação de estratégias para se alcançar determinado objetivo, iniciação de atividades, auto monitoramento e flexibilidade para modificar o que foi previamente planejado Atenção Focalização da atividade mental sobre determinado objeto Praxias Programação voluntária de movimentos Habilidades viso espaciais Percepção viso espacial, associada à capacidade de orientação e realização de atividades em um determinado espaço As principais causas do declínio cognitivo são perda de memória, depressão, delírio edoenças mentais, como esquizofrenia, oligofrenia e parafrenia. A demência é uma síndrome que causa alterações em várias áreas da cognição, em geral, com a manutenção da consciência. Os critérios mais amplamente usados para o diagnóstico de demência podem ser encontrados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSMIV), conforme definido pela (DSM-IV), definido pela Associação Americana de Psiquiatria. Na maioria dos casos, a demência tem uma progressão lenta (de alguns meses a vários anos), cuja principal manifestação é o comprometimento da memória, diminuição da atenção e perda gradual da habilidade de linguagem. Mudanças nos ciclos e no comportamento sono-vigília também são comuns. As causas mais comuns de demência são: doença de Alzheimer, demência fronto temporal; Demência vascular; Etiologia mista. (RUSSELL, 2010) 26 Fonte: primecursos.com.br 8.2 Anemias A anemia é definida como uma diminuição dos níveis circulantes de hemoglobina no sangue, possivelmente desencadeada por uma série de mecanismos fisiopatológicos. Valores abaixo de 12,0 g / dl para mulheres e 13,0 g / dl para homens (WHO, 2001. apud. BRAZ, 2019). Em idosos, a anemia pode ser uma condição subdiagnosticada, pois ainda é muito comum entre os profissionais de saúde considerá-la uma condição inerente ao idoso. No entanto, está associada à diminuição do desempenho nas atividades de vida diária, o que pode aumentar a morbimortalidade (CORONA, 2014. apud. BRAZ, 2019). A anemia pode ter muitas causas em idosos, como o reflexo de uma doença crônica de base, má alimentação, dieta inadequada, perda de sangue ou outras causas possíveis. Estima-se que a anemia devido a deficiências nutricionais seja responsável por um terço de todas as causas (BRAZ, 2019). Como a expectativa de vida aumentou nos últimos anos, a avaliação das capacidades funcionais dos idosos costuma ser feita por meio da manutenção das atividades de vida diária, geralmente divididas em dois grupos: as atividades básicas da vida diária (ABVD) e as atividades instrumentais da vida diária (AIVD). As ABVD envolvem as atividades diárias de cuidados pessoais do indivíduo, como higiene pessoal, alimentação, banho e vestir-se. Por outro lado, as AIVD são os trabalhos mais complexos que muitas vezes envolvem a participação social do indivíduo, tais como: atender o telefone, fazer compras, usar transporte, entre outros (PEREIRA, 2014). 27 De acordo com AYRES, (2016) conforme o indivíduo envelhece, os seus hábitos de mastigação mudam. Sabemos que os problemas odontológicos quando combinados com os problemas de fala e linguagem, em conjunto com o envelhecimento, são um agravo para a saúde. Esses fatores podem, portanto, atrapalhar os hábitos de uma pessoa, pois embora os idosos sejam capazes de funções normais, a mastigação e a deglutição afetam os padrões alimentares e as escolhas alimentares, podendo estar associados à anemia nesses indivíduos (BRAZ, et al. 2019). 8.3 Saúde bucal do idoso Fonte: portalamigodoidoso.com.br No mundo atual, junto com as mudanças observadas na pirâmide populacional, caracterizada pelo envelhecimento da população, doenças próprias desse segmento ganham maior expressão, geralmente com aumento das doenças crônicas e degenerativas em detrimento das infectocontagiosas (AGOSTINHO, 2015). Nesse cenário, especialmente no Brasil, a saúde bucal insere-se de forma peculiar, apresentando um quadro de alta prevalência de cárie e doença periodontal, com exclusão dos adultos e idosos dos programas públicos de atenção, determinando a deterioração da saúde bucal com o passar do tempo. Como resultado, observam-se atualmente sequelas de doenças que requerem tratamentos cada vez mais complexos para a recuperação e a reabilitação da saúde bucal, devido ao grande número de perdas dentárias. (BRASIL, 2014) Os cuidados paliativos em odontologia podem ser definidos como o manejo de pacientes com doença avançada ou progressiva, devido a doenças 28 ou tratamentos relacionados direta ou indiretamente à cavidade oral, e o objetivo do cuidado é melhorar a qualidade de vida (SOUZA, 2019). A participação do campo da odontologia na equipe de cuidados paliativos parte da necessidade de uma abordagem ao paciente com doença avançada ou progressiva, devido ao envolvimento da cavidade oral pela doença ou por seu tratamento, direta ou indiretamente, e o foco do atendimento é a melhora da qualidade de vida. O odontólogo deve ser um profissional presente na equipe de cuidados paliativos, haja vista ser a boca uma parte do corpo que pode ser afetada diretamente pela doença, como é muito comum nas diferentes formas de cânceres na região maxilofacial, bem como pode sofrer efeitos colaterais do tratamento de várias outras doenças sem origem bucal, como, por exemplo, a mucosite, desenvolvida após o tratamento com quimioterápicos. (SOUZA, 2019). Por muito tempo os cuidados paliativos foram entendidos como uma abordagem feita ao paciente em estado terminal. O entendimento atual é que os cuidados paliativos podem ser uma opção terapêutica definida mesmo no momento do diagnóstico de uma doença que ameaça a vida, sendo, portanto, o paciente, sua família ou entes queridos e a equipe de saúde envolvida tomarão uma decisão conjunta. Para que os cuidados paliativos sejam eficazes, o foco da atenção não está na doença a ser curada / controlada, mas no indivíduo, entendido como um direito ativo, biográfico, à informação e livre arbítrio nas decisões terapêuticas. (MACIEL, 2008. apud. 2010). Os cuidados paliativos não se destinam acelerar a morte (eutanásia) ou atrasá-la o máximo possível (distanásia). Muitas pessoas ainda entendem dessa forma. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do indivíduo para influenciar positivamente no curso da doença. (MATSUMOTO, 2013). 8.4 Emergência domiciliares Os idosos, devido ao elevado número de doenças, muitas vezes crônicas, podem desenvolver a qualquer momento quadros que necessitam de uma intervenção imediata (SILVA, 2010). Os cuidadores devem ser treinados e preparados para intervir de forma confiável e segura, caso contrário, os idosos podem se deteriorar e morrer 29 repentinamente. Este primeiro socorro deve ser feito rapidamente se não houver ajuda disponível. Fonte: acvida.com.br 8.5 Quedas As quedas em geral têm causas multifatoriais e seus fatores causadores são considerados como: intrínsecos, ou seja, os decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, a doenças e efeitos causados pelo uso de fármacos; e extrínsecos, que são fatores que dependem de circunstâncias sociais e ambientais que criam desafios para os idosos. Esses fatores interagem como determinantes e levam ao risco de queda, tanto para quedas acidentais quanto para quedas recorrentes (MAIA, 2011). Maia, (2011) cita que dentre os acidentes que ocorrem com as pessoas idosas, as quedas estão entre os mais frequentes, ocasionando fraturas principalmente no fêmur, costela, coluna, bacia e braço (BRASIL, 2008). As quedas ocorrem devido à perda de equilíbrio postural e tanto podem ser decorrentes de problemas primários do sistema osteoarticular e/ou 30 neurológico quanto de uma patologia que afete os mecanismos do equilíbrio e estabilidade. Por isso, a queda pode ser um sinalizador do início do declínio da capacidade funcional, ou sintoma de uma nova doença (BUKSMAN et al, 2008). A queda em idosos pode causar prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico, sendo que nos casos mais graves, pode levar até a morte (BRASIL, 2010). Nos Estados Unidos 14% das mortes decorrentes de quedas ocorrem na população acimados 65 anos de idade e a mortalidade aumenta após os 70 anos (PHTLS, 2004. apud. PINHEIRO et al, 2011). No Brasil, elas têm relação causal com 12% de todos os óbitos na população geriátrica e são responsáveis por 70% das mortes acidentais em pessoas idosas (PEREIRA et al, 2001). MINAYO (2005) afirma que a maioria das internações por causas externas são devidas a lesões e traumas provocados por quedas e atropelamentos e BUKSMAN et al (2008) complementa que as quedas e suas consequentes lesões constituem um problema de saúde pública e de grande impacto social enfrentado hoje por todos os países em que ocorre expressivo envelhecimento populacional. Segundo o Ministério da Saúde a cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Em 2009, foram R$ 57,61 milhões com internações (até outubro) e R$ 24,77 milhões com medicamentos para tratamento da osteoporose e a quantidade de internações aumenta a cada ano sendo as mulheres mais atingidas com 20.778 mil internações, devido principalmente a osteoporose e os homens 10.020 mil (BRASIL, 2010). Após uma queda se o idoso conseguir se levantar deve-se encaminhá-lo a um serviço de urgência mais próximo e se está inconsciente, chamar o socorro imediato é a conduta adequada. As fraturas expostas, e as fechadas nunca devem ser “colocadas no lugar”, se possível colocar ataduras, ou talas para imobilizar o local da fratura até o atendimento adequado (BRASIL, 2003) Além disso, é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e identifique a causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o acidente e indicando a família à adoção de medidas de prevenção para tornar o 31 ambiente mais seguro (BRASIL, 2008). No cuidado ao idoso, os obstáculos no ambiente domiciliar que aumentam o risco de quedas precisam ser retirados, portanto algumas adaptações muitas vezes são necessárias (SILVA, 2017) Fonte: dicasdesaude.blog.br 8.6 Prevenção Os idosos precisam mover com segurança e independência em seu lar. Dessa forma, os ambientes devem ser adaptados de acordo com as necessidades de cada pessoa, para prevenir os acidentes, para prevenir acidentes e tornar as operações diárias mais seguras. (SILVA, 2010). O Manual de Cuidadores do Idoso (SANTOS, 2011) indica o que o cuidador deve saber para prevenir queda no idoso: 32 Dentro de Casa • Deixar os caminhos livres, retirando móveis e entulhos; • Retirar tapetes soltos, cordões e fios (telefone, extensão) do assoalho; • Não deixar animais soltos; • Prender tacos soltos e bordas soltas de carpetes; • Não encerar pisos; • Colocar iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho do banheiro; • As escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa colorida e antiderrapante na borda dos degraus; • Substituir ou consertar móveis instáveis; • Evitar cadeiras muito baixas e camas muito altas (deve ter a altura do joelho do idoso); • Evitar o uso de chinelos, salto alto e sapato de sola lisa; • Não deixar o idoso andar de meias; • Guardar itens pessoais e objetos maus usados ao nível do olhar ou um pouco mais embaixo. No banheiro: • Instalar barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário; • Instalar um vaso sanitário mais alto; • Usar capachos e tapetes antiderrapantes • Não usar chaves na porta dos banheiros. Fora de casa: • Consertar calçadas e degraus quebrados; • Remover soleiras altas das portas; • Limpar caminhos e remover entulhos; • Instalar corrimão em escadas e rampas; • Instalar iluminação adequada em calçadas, portas e escadas. 33 Com relação ao Idoso: • Evitar que ele se levante rapidamente após acordar: esperar alguns minutes antes de sentar e de caminhar; • Atravessar a rua sempre nas faixas de segurança; • Dar medicamentos somente sob orientação médica (cuidado especial para os diuréticos, remédios para pressão e calmantes); • Estimular o idoso à prática de atividades de coordenação e concentração como dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos. 8.7 CUIDADOS PALIATIVOS AO IDOSO Fonte: advancecare.pt Os cuidados paliativos visam reduzir o sofrimento, melhorar a qualidade de vida e o processo de morte, ajudando o paciente e sua família a lidar com problemas físicos, psicológicos, sociais, espirituais e de ordem prática, a lidar com seus medos, suas expectativas, necessidades e esperanças, preparar-se para a autodeterminação no manejo do processo de morrer e do final da vida, 34 lidar com as perdas durante a doença e o período de luto, alcançar o seu potencial, mesmo diante da adversidade (FARINASSO, 2012). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” (INCA, 2021. apud. WHO, 2002). Os cuidados são recomendados para todos os pacientes (e familiares) com doença ameaçadora da continuidade da vida por qualquer diagnóstico, com qualquer prognóstico, seja qual for a idade, e a qualquer momento da doença em que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas. Estes cuidados podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco total do cuidado. São prestados efetivamente por uma equipe interdisciplinar, por exemplo: médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, e voluntários que sejam competentes e habilidosos em todos os aspectos do processo de cuidar relacionados à sua área de atuação. 8.8 O Papel dos cuidados paliativos durante a doença e o luto Originalmente, a atenção dos Cuidados Paliativos centrava-se em pacientes na fase final da vida. Hoje, se considera que eles vão além dessa prática: devem estar disponíveis para pacientes e seus familiares durante todo o processo de doença ameaçadora à continuidade da vida e também no transcurso do luto (FARINASSO, 2012). Durante a doença e o luto, os pacientes e seus familiares têm necessidades diferentes de cuidados paliativos, dependendo da intensidade dos problemas em questão. Com o tempo, o foco e os objetivos do cuidado mudam de uma ênfase em terapias modificadoras da doença para terapias exclusivamente paliativas. 35 O despreparo dos profissionais de saúde e as dificuldades pessoais diante da morte e do processo de morrer retiram o direito do paciente e da família de expressar nesse momento pensamentos, sentimentos, preferências, pendências que, por sua vez, estão diretamente relacionados com o processo de luto, seja ele antecipatório ou pós-óbito do paciente. Sabe-se que a educação para morte direcionada aos profissionais de saúde e, no caso, aos membros de equipes multidisciplinares de cuidados paliativos, ocorre raramente. Dessa forma, é relevante e importante ter um olhar crítico em relação à formação desses profissionais, através de treinamentos e educação continuada, a fim de que possam estar mais bem preparados para vivenciar e lidar com as demandas naturais e inerentes do contexto de adoecimento, morte e luto (LIBERATO, 2015). Isso pode contribuir para uma melhor assistência ao paciente e à sua família no processo de morrer, corroborando para a prevenção de lutos complicados. O luto éa resposta à ruptura de um vínculo significativo, no qual havia um investimento afetivo entre o enlutado e o ente que se foi, elucidando que a dimensão do luto seja proporcional ao grau de apego, considerando-se fatores relacionados à perda e seus significados. Diante desse cenário, o enlutado vivencia uma série de mudanças relacionadas ao meio social, familiar, econômico, entre outras, de maneira particular e singular, as quais vão estar associadas a como o enlutado experienciou o processo (de doença, separação conjugal, mudanças geográficas entre outros) (PERTILE, 2018). Por conseguinte, tal processo constitui-se como uma experiência subjetiva, ou seja, dotada de significado, inserida em uma cultura e multideterminada (FRANCO, 2014). Falar em múltiplos fatores que constituem o desenvolvimento desse processo e contribuem para que ele ocorra é identificar o significado e ou função de determinada pessoa, animal ou coisa; o tipo de relação e vínculo estabelecido; em caso de morte, a idade e o tipo de morte (naturais ou esperadas, acidentais ou inesperadas e suicídios), se existe o corpo e se foi possível realizar os rituais funerários significativos para a família; crises vitais do enlutado; como foi a vivência durante o processo de rompimento, em caso de morte, separações conjugais ou conflitos familiares, por exemplo; se recebeu 36 apoio efetivo e afetivo e se existe algum recurso espiritual. Enfim, são variáveis que podem influenciar na forma como esse luto será vivido e administrado e, por consequência, contribuir tanto para o desenvolvimento do luto normal ou complicado (BARBOSA, 2010). 8.9 A vivência do luto no contexto de cuidados paliativos A discussão a respeito da vivência do luto no contexto dos cuidados paliativos, mais especificamente, traz consigo particularidades importantes: o luto antecipatório da unidade de cuidado. O luto antecipatório permite que a pessoa viva e experimente a perda sem ela ter ocorrido efetivamente. Logo, permite as despedidas, a resolução de pendências, o início da construção de novos significados, identidades e relações (FRANCO, 2014). A forma como cada indivíduo vai vivenciar esse cenário está relacionada ao significado que este credita à relação com o familiar doente e à situação de perda, além da maneira como percebe o mundo e como se percebe no mesmo– modelo operativo interno. FRANCO (2014), diante deste contexto, destaca o quão importante os cuidados paliativos são para a prevenção de luto complicado, uma vez que o luto antecipatório pode ser trabalhado, respeitando e considerando o papel fundamental da família no processo de adoecimento e do luto. Conforme salientam HUDSON et al. (2015), há uma exigência atual de diretrizes relacionadas ao luto e suporte psicossocial nessa área em relação a orientação e educação sobre o luto para a unidade de cuidado. Ainda de acordo com este autor, garantir que as necessidades dos familiares sejam devidamente avaliadas está entre os dez marcadores de qualidade de fim de vida. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, L.F., LOBO FILHO, J.G., Análise psicossocial da violência contra idosos. Psicologia Reflexão Crítica. 2009. 37 AGOSTINHO, Ana Cláudia Maciel Gava. et al. Edentulismo, uso de prótese e autopercepção de saúde bucal entre idosos, 2015. 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