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Toxoplasma gondii

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T�xoplasm� gondi�
★ Parasito intracelular obrigatório, que poderia fazer passagem
via inoculação intracranial,subcutânea e intraperitoneal,
alimentação de tecidos contaminados com Toxoplasma.
★ Alta prevalência sorológica (chega a 80% da população em
dados países), uma das mais difundidas no mundo. Os casos
c/ manifestação clínica são menos fq.
★ Forma + grave é encontrada em RN (lesões necróticas e
in�lamatórias → podem levar a encefalite, coriorretinite,
retinocoroidite e hidrocefalia, com altas taxas de
morbi-mortalidade).
★ Evolução grave em imunocomprometidos ( em tratamento
quimioterápico e HIV +), causando mesmos problemas do RN
chegando a doença sistêmica.
★ Essa zoonose possui uma única espécie de parasito com
habilidade de infectar todos animais de sangue quente:
mamíferos (carneiro, cabra e porco) e aves.
★ Foi desenvolvido o teste do corante ou reação de Sabin e
Feldman (Sabin e Feldman Dye Test): método sorológico foi
desenvolvido para identificar infecção através da titulação do
nível de anticorpos.
Morfologia e Hábitat
Apresenta morfologia múltipla, dependendo do
- hábitat (presente em vários tecidos: células, ext.
hemácias e líquidos orgânicos).
- estágio evolutivo.
Formas infectantes:
Taquizoíto/trofozoíto (2 x 6 um):
★ Encontrado durante a fase aguda da infecção (forma
proliferativa).
★ Tbm chamada de forma livre (por se mover por
deslizamento).
★ Apresenta forma de arco = toxon (deu o nome toxoplasma ao
gênero) Uma das extremidades é + afilada e a outra
arredondada, com o núcleo em posição +/- central. Com
Giemsa apresenta o citoplasma azulado e o núcleo vermelho.
★ Multiplicação rápida (tachos=rápido) por endodiogenia.
★ Encontrados especialmente em células do Sistema
Mononuclear Fagocitário (ex. macrófago) hepáticas,
pulmonares, nervosas, submucosas e musculares, em liq.
orgânicos e excreções.
★ Destruídos no suco gástrico.
Bradizoíto/ cistozoítos:
★ Forma encontrada em células que não são substituídas (Cels do
tecido nervoso musculares esqueléticos e ❤), geralmente
durante a fase crônica da infecção.
★ membrana do vp forma a cápsula do cisto tecidual que é
resistente e elástica e isola bradizoíto do sistema imune do
hospedeiro.
★ (brady = lento) multiplicam lentamente por endodiogenia ou
endopoligenia*
*Endodiogenia: 2 células-filha no interior da célula-mãe, a
qual é então consumida pelas descendentes antes de se
separarem dela. Endopoligenia é a divisão em vários
organismos em simultâneo através de brotamento dentro da
célula-mãe.
★ tamanho do cisto depende da:
○ cél. parasitada
○ núm. de bradizoítos no seu interior,
★ + resistentes à tripsina e à pepsina do que os taquizoítos
★ viáveis nos tecidos por vários anos.
★ algumas cepas encontram-se na infecção aguda pelo T.
gondii.
Oocistos (12,5 x 11,0 pm):
★ forma de resistência que possui uma parede dupla
bastante resistente.
★ produzidos nos enterócitos de felídeos não imunes e
eliminados imaturos junto com as fezes.
★ Esféricos, após a esporulação no meio ambiente contêm 2
esporocistos, com 4 esporozoítos cada.
Legenda :1(A) endodiogenia e (B) endopoligenia (C) cisto com bradizoítos e (D)
oocisto com dois esporocistos e quatro esporozoítos em cada esporocisto.
Legenda 2: Forma infectante (taquizoíto): anel polar (AP), conoide (C),
micronemas (M), roptrias (R), grânulos densos (GD), apicoplasto (A),
microporo (Mp), membrana plasmática (MP), complexo da membrana interna
(CMI), retículo endotelial (RE), complexo de Golgi (CG), núcleo mitocôndria
(Mi).
Essa formas infectantes apresentam
organelas características do filo
Apicomplexa (visíveis em microscopia
eletrônica de transmissão) que
formam o complexo apical:
★ conóide,
★ anel polar (em número de dois),
★ microtúbulos subpeliculares,
★ micronemas,
★ roptrias
★ grânulos densos
★ apicoplasto (próxima ao núcleo, com
4 membranas. Sua origem parece ter
ocorrido através da endossimbiose
secundária de algas verdes. Essencial
à sobrevivência intracelular do
parasito, cuja função seria de
biossíntese de aminoácidos e de
ácidos graxos).
A invasão é um processo ativo que requer:
★ motilidade
★ liberação de proteínas e lipídeos do complexo apical.
Invasão (penetração):
1. Adesão da parte apical do parasito na membrana da célula
hospedeira (participação de proteínas liberadas por
micronemas).
2. Secreta proteína de roptrias, conforme entra na célula
hospedeira.
3. Durante o processo, há uma visível constrição em volta do
parasito (movimento de junção entre a célula hospedeira e
membrana do parasito).
4. Dentro da célula, a membrana do hospedeiro invaginada é
selada formando o vacúolo parasitóforo (vp)* que contém
componentes do parasito, impedindo a fusão com lisossomos
e sua destruição. A membrana VP é permeável a moléculas
pqnas, (composição iônica intravacuolar = ao do citoplasma
da célula hospedeira).
5. Ele secreta proteínas de grânulos densos dentro do espaço
vacuolar, tomando-o metabolicamente ativo para o
crescimento do parasito.
Legenda: (A) taquizoíto (T) extracelular (ex., líquidoperitoneal) ((B) taquizoítos
(T) dentro do vacúolo parasitóforo (VP) fase aguda); (C) cisto com bradizoítos
(Bra) em tecido muscular (fase crônica).
Ciclo Biológico
O ciclo biológico do T. gondii desenvolve-se em 2 fases
distintas:
- Sexuada (coccidiana) no intestino de 🐱 ñ-imunes
(taquizoítos).
- Assexuada em outros tecidos de mamífero/ave (bradizoíto).
Há ainda uma subdivisão conhecida como:
- Fase de resistência sai c/ fezes ( fim da fase intestinal) oocisto.
Desta forma, o ciclo é heteroxeno possuindo:
○ hospedeiros definitivos/completos (ciclo sexuado +
assexuado)🐱* e outros felídeos.
○ hospedeiros intermédios/incompleto (apenas ciclo
assexuado): categoria do ser humano e aves.
• Fase Assexuada
1. hospedeiro suscetível (homem), ingere o microorganismo na
forma de oocistos (com esporozoítos) em alimentos ou H2o
contaminada, cistos contendo bradizoítos em carne crua
ou, + raramente, taquizoítos eliminados no leite (maior
parte, destruídos pelo suco gástrico, os que penetrarem são
pela mucosa oral).
2. Após a ingestão, liberados no estômago penetram nas
células do epitélio intestinal.
3. Cada esporozoíto ou bradizoíto diferenciam-se em
taquizoítos.
4. Sofrerão intensa multiplicação intracelular.
5. Após rápida passagem pelo epitélio intestinal e invadirá
vários tipos de células formando um vp onde sofrerão
divisões sucessivas por endodiogenia, formando +
taquizoítos (fase proliferativa/aguda).
6. Romperão a célula parasitada (ou evadirão), liberando
novos taquizoítos que invadirão novas células ao
disseminar a partir do local da infecção para linfonodos
mesentéricos ou outros órgãos pela linfa ou no sangue
circulante.
7. Com aparecimento da imunidade, os taquizoítos são
eliminados do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais,
ocorrendo uma ⬇ de parasitismo. Alguns diferenciam em
bradizoítos para a formação de cistos (⬇ a diminuição da
sintomatologia) caracterizando a fase crônica.
8. Em indivíduos imunodeficientes, poderá haver uma
reativação desta infecção, por mecanismos não esclarecidos
(sintomatologia semelhante à primoinfecção).
• Fase Sexuada
1. Após a ingestão, liberados no estômago penetram nas células
do epitélio intestinal do 🐱.
2. fase reprodutiva prévia por merogonia (esquizogonia)
dando origem a vários merozoítos que junto ao vp é
chamado de meronte ou esquizonte maduro.
3. Eles crescem tanto até levar ao rompimento da célula
parasitada.
4. Libera os merozoítos que penetrarão em novas células
epiteliais e se transformarão nas formas sexuadas
masculinas ou femininas (gametogonia) do parasito.
5. Os que após um processo de maturação os que apresentam 2
�lagelos são os microgametas ♂. Os imóveis são
macrogametas♀, que ficarão dentro de sua célula esperando
o microgameta, que sai de sua própria célula em direção a
célula com gameta feminino para fecundá-la e formar o
zigoto.
6. Zigoto evoluirá dentro do epitélio, formando uma parede
externa dupla, dando origem ao oocisto. A célula epitelial
sofrerá rompimento em alguns dias,liberando o oocisto
ainda imaturo.
7. Esta forma alcançará o meio ambiente juntamente com as
fezes.
8. Maturação por esporogonia, após cerca de 1 a 5 dias
(dependendo da temperatura e da aeração), gerará 2
esporocistos, cada um contendo 4 esporozoítos.
★ Após a infecção,🐱 não imunes podem eliminar oocistos
durante 2 semanas. Tornando-se imunes, não liberando
oócitos se reinfectados. A não ser que tornem-se
imunodeprimidos, por altas doses de corticosteroides o
que pode induzir novas eliminações de oocistos.
★ Em condições de umidade, temperatura e local
sombreado, é oócito mantém-se infectante cerca de 12 a 18
meses.
★ O tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento de
oocistos nas fezes dos felídeos (período pré-latente) será
de 3 dias, para cistos, 19 dias ou +, por taquizoítos e 20 ou
+ dias, por oocistos.
Legenda: 🐱 processo final gera oocistos. que contaminam o meio (B) e
após a esporulação pode infecta ,hospedeiro iniciando pela fase aguda
seguida da fase crônica com formação de cistos teciduais, localizados
principalmente no cérebro e na musculatura.
Transmissão
Variação (∆) da prevalência parece ser devida:
★ a fatores geográficos,
★ hábitos alimentares,
★ tipo de trabalho
Indica várias formas de transmissão:
★ oocistos ➡ fezes de 🐱 não imune ➡ H2o, verduras mal
lavadas, solo, disseminados mecanicamente por moscas,
minhicas,baratas (tô lascada!). Viáveis a 4°C por até 54 meses, a
-10°C por 106 dias, mas morrem após 1 a 2 minutos a 55-60°C.
★ cistos ➡ carnes mal cozida (especialmente 🐷 e🐏). Essa
forma é persistente no❄, mas não infecta se temperatura < 0
°C > 67 °C. Sobrevivem a 4°C por + de 3 meses, sobrevivem no
congelador (-1 a -8°C) + de 1 semana, mas não sobrevivem a
-12°C após 2 dias ou a temperatura acima de 56°C após 10 min.
★ taquizoítos ➡ sangue de gestantes, ➡ placenta. Chance de
transmissão cresce de 14% no 1° trimestre após a infecção
primária, até 59% no 3°. Grávidas com imunidade adquirida
ao T. gondii podem infectar👶 em casos de imunodeficiência
(+ grave devido a má formação👶, a forma adquirida após o
nascimento pode apresentar uma evolução variável).
★ taquizoítos➡ leite cru de cabra com toxoplasmose aguda.
★ taquizoítos➡ acidente de laboratório,
★ taquizoítos ➡ transplante de órgãos/ transfusão sanguínea
de indivíduos em fase proliferativa.
Imunidade
A aquisição da imunidade na toxoplasmose depende da
indução de uma resposta celular específica, onde IFN-y e
IL-12 são citocinas-chave.
Como matar os fagocitados?
1. T. gondii é capaz de estimular células presentadoras de
antígenos: macrófagos, neutrófilos e células dendríticas, a
secretarem IL-12 e TNFa.
Muitas dessas células já estão nos epitélios acometidos pela
infecção, caracterizando a resposta imune inata, presente na
fase aguda da infecção, que in�luenciará a resposta adaptativa
ao recrutar e incentivar diferenciação de linfócitos.
2. ⬆ níveis de IL-12 secretados estimula natural killer (NK) a
secretarem IFN-y junto TNF-a, potencializando a atividade
toxoplásmica de macrófagos (⬆ produção de óxido nítrico
(NO)).
. ⬆ níveis de IL-12 tbm desencadeiam a diferenciação de linfo.
CD4+ com perfil �l, que produzem níveis ainda maiores de
IFN-y. Age modulando as fases aguda e crônica, pois IFN-y
leva a conversão de taquizoítos para bradizoítos durante a fase
aguda. IFN-y suprime a conversão durante a fase crônica da
infecção, impedindo assim a reativação da toxoplasmose.
4. Atuando em sinergismo com tCD4+, T CD8+ são
responsáveis por garantir a memória imune de longa
duração
5. IL-10 desempenha um papel de modulação da síntese de
IL-12 e IFN-y, evitando extensiva in�lamação e dano aos
tecidos dos hospedeiros.
Como matar os da MEC?
1. T. gondii estimula linfo B a produzir IgG, M, A e E.
2. Se ligam a subs. secretadas ou da membrana deste
parasito.
3. Junto ao sistema complemento, lisa taquizoítos
extracelulares.
E os intracelulares?
Ig são inacessíveis a parasitos intracelulares e bradizoítos.
Dessa maneira, se, por um lado, a detecção dos níveis e das
classes de Ig é importante para a caracterização da fase da
infecção, por outro lado a síntese destas moléculas não é
consegue estabelecer o fim da infecção. Sua importância
biológica, portanto, consiste em controlar a disseminação do
parasito durante a fase crônica da infecção e a consequente
destruição das células parasitadas.
Patogenia
T. gondii geralmente parasita seus hospedeiros (definitivo e
intermediário), sem produzir sinais clínicos. Durante a
disseminação, porém, poderá ocorrer um quadro
polissintomático, cuja gravidade dependerá da:
★ quantidade de formas infectantes adquiridas,
★ cepa do parasito (virulenta ou avirulenta)
★ suscetibilidade do hospedeiro.
★ idade do indivíduo
★ modo pelo qual ele se infecta
Neste ponto, a evolução da doença poderá levar a morte, se as
áreas de necrose (mecanismo que o sistema imune usa para
matar protozoários) ocorrer em órgãos vitais do hospedeiro,
em especial se esse hospedeiro for fetos ou
imunocomprometidos. Todavia, na maioria dos casos, com o
aparecimento de resposta imune específica os taquizoítos
começam a morrer, este fato os forçam a diferenciar-se em
bradizoítos dentro das células, formando um cisto onde se
multiplicam lentamente evadindo assim da resposta imune, e
instaurando dessa forma a fase crônica da doença.
Pq cistos são tão importantes para patogenia da doença?
★ cisto sobrevive à ingestão e à passagem pelo estômago,
★ refratário à resposta imune e aos medicamentos,
★ Estado dormente dos bradizoítos dentro deles, causa menos
danos e por isso permite que o parasito persista de forma
benigna, possibilitando novas infecções se o hospedeiro for
predado.
Outros fatores que⬆patogenicidade:
★ roptrias secretam proteínas quinase ROP 18 e ROP 16 e a
pseudoquinase ROP5 são moléculas-chave na patogênese da
doença, provavelmente por subverter as vias de sinalização
entre o parasito e a célula hospedeira.
O inverso (conversão de bradizoítos⟶ taquizoítos) é o evento
central na reativação da toxoplasmose em pacientes
imunodeficientes, que ocorre in�luenciado pelos níveis de:
★ pH,
★ temperatura
★ fatores imunológicos
Com o uso de quimioterapia para transplantes de órgãos e da
medula óssea, (AIDS), ⬆ incidência de infecção oportunista
por T. gondii levando a danos graves em especial no SNC.
Toxoplasmose Transplacentária /Pré-natal
Para que se instale uma toxoplasmose transplacentária:
★ gestante em fase aguda da doença
★ reativação da infecção por imunossupressão acentuada.
Pode causar placentite e alguns taquizoítos ao atravessar a
placenta dissemina p/ tecidos fetais. As consequências
dependem:
★ grau de exposição do feto ao parasito,
★ da virulência da cepa,
★ capacidade dos anticorpos maternos protegerem o feto
★ período da gestação.
Cerca de 30% dos casos de infecção pré-natal resultam em
aborto. Outros 10 a 23% de👶 infectados durante a gestação
podem mostrar sinais clínicos de toxoplasmose ao nascimento
ou no futuro. Principais consequências...
• Primeiro trimestre da gestação: aborto ( maior em HIV +).
• Segundo trimestre da gestação: aborto /nascimento
prematuro,👶normal ou com anomalias graves
Terceiro trimestre da gestação: pode nascer normal e
apresentar evidências da doença alguns dias, semanas ou
meses após o nascimento. Pode ser multiforme, mas em geral
ocorrem lesões oculares, as quais são patognomônicas (sinal
próprio e característico de uma doença) comprometimento
ganglionar generalizado, hepatoesplenomegalia, edema,
miocardite, anemia, trombocitopenia.
Na idade adulta, poderá haver reativação das formas latentes,
levando a uma toxoplasmose ocular (de origem intrauterina).
Portanto, a toxoplasmose congênita comumente enquadrados
dentro da “síndrome de Sabin”, assim caracterizada:
★ coriorretinite (90% dos casos),
★ calcificações cerebrais (69%),
★ perturbações neurológicos, retardamento psicomotor (60%)
★ alterações do volume craniano - micro ou macrocefalia
(50%).
★ Outras (epilepsia, anemia, rash cutâneo, icterícia, encefalite
★ pneumonite).
toxoplasmose Adquiridaou Pós-natal
• Ganglionar ou Febre aguda
+frequente manifestação. É encontrada tanto em kids como
em adultos. Há um comprometimento ganglionar,
generalizado ou não, + febre alta. Pode ainda ocorrer mialgia,
dor abdominal, hepatoesplenomegalia, mal-estar e
exantema. Geralmente é de curso crônico e benigno, podendo
às vezes levar a complicações de outros órgãos, inclusive a
ocular (uveíte, coriorretinite).
• Ocular in�lamação e degeneração em graus variáveis da
retina, podendo ser em foco coagulativo e necrótico bem
definido caracterizada como “foco em roseta”/“em roda de
carroça”, pode levar a micro�talmia (olho pqno), cegueira,
nistagmo, estrabismo, catarata e irite em RN.
A coriorretinite (ou retinocoroidite) é a lesão ocular +fq
associada à toxoplasmose, parece que T. gondii alcança a
retina através da corrente sanguínea na forma de taquizoítos
livres ou taquizoítos residindo dentro de macrófagos
circulantes, temporariamente sequestrados para dentro dos
capilares da retina, onde rompem a célula e infectam a o olho.
Em pacientes com AIDS, pode estar presente uma necrose
difusa da retina associada a leve in�lamação e grande número
de parasitos. As lesões podem evoluir P/ uma cegueira parcial
ou total ou podem se curar por cicatrização, cujas bordas são
hiperpigmentadas como resultado da ruptura do pigmento
retinal do epitélio podendo. Podem ocorrer recidivas de
toxoplasmose.
• Encefalite
Manifestação rara em indivíduos imunocompetentes. O risco
de reativação, para indivíduos imunodeficientes com
sorologia positiva para toxoplasmose, é estimado em cerca de
15 a 25%. Os parasitos invadem as células nervosas e provocam
lesões necróticas focais múltiplas, principalmente na área
frontoparietal ou nos núcleos da base e cerebelo. Como
consequência, pode ocorrer cefaleia, febre, anomalias focais
manifestando hemiparesia, confusão mental, convulsões,
letargia, que pode progredir para estupor, coma, até a morte
do paciente. Em alguns doentes, foram encontradas
manifestações de delírio e alucinação visual. Uso de terapia
antirretroviral (HAART) diminuiu a incidência dos casos.
Toxoplasmose e Doenças Psiquiátricas
Há uma provável associação entre a presença de anticorpos
para T. gondii e desordens neuropsiquiátricas
particularmente a esquizofrenia.
Diagnóstico
★ clínico (difícil, casos agudos podem apresentar apenas febre,
cansaço e linfadenopatia, evoluindo para a forma crônica
oligossintomática, se apresenta sintomas eles são semelhantes
aos da mononucleose )
★ laboratorial (necessário para confirmar suspeita)
Demonstração do Parasito
Utilizada em raras situações, quando realizada é durante a
fase aguda ou reativação, em líquido amniótico ou líquido
cefalorraquidiano (pacientes imunodeficientes).
+ visível é o taquizoíto. Faz-se um esfregaço do material
centrifugado e cora-se pelo método de Giemsa. Pode-se,
também, fazer inoculação da amostra obtida em
camundongos ou pesquisa de DNA pela reação em cadeia da
polimerase (PCR)- DNA no licor, liq. brônquio-alveolar,
realizada em líquido amniótico (diagnóstico pré-natal) e em
placenta ou sangue de cordão ao nascimento (diagnóstico
pós-natal). O principal alvo utilizado na PCR é o gene B l, que
se encontra repetido em 35 cópias no genoma de T. gondii,
sequência REP-529, com 200 a 300 cópias. Também pode ser
empregado o método de imuno-histoquímica, que permite a
identificação de T. gondii em tecidos obtidos por biópsia.
Testes Sorológicos ou Imunológicos
Diagnóstico laboratorial + frequentemente usado pois
demonstração do parasito é difícil de ser feita. Eles indicam a
presença e a concentração de anticorpos específicos
circulantes, expressa por títulos ou por unidades (UI), que são
calculados a partir da diluição do soro sanguíneo. Toma
possível também caracterizar a fase da doença pela detecção
de diferentes classes de anticorpos.
• Teste do corante ou reação de Sabin Feldman (RSF):
Excelente para diagnóstico individual na fase aguda ou
crônica da doença. É muito sensível, não cruza com outras
doenças. Método está em desuso em vista da necessidade de se
manter o T. gondii vivo em laboratório para a preparação do
antígeno, do tempo elevado para a obtenção do resultado.
• Reação de imuno�luorescência indireta (R1FI): Teste de
referência, sensível e seguro usado tanto na fase aguda
(pesquisa de anticorpos da classe IgM), quanto na fase crônica
(pesquisa de IgG). Taquizoítos fixados em lâminas de vidro
são os antígenos. 8 a 10 dias após o início da infecção,
anticorpos podem ser detectados. Títulos baixos e persistentes
de IgG indicam infecção crônica.
Hemaglutinação indireta (FIAI): Excelente método de
diagnóstico, devido a sua alta sensibilidade e simplicidade de
execução. Inadequado para o diagnóstico precoce e
frequentemente não detecta toxoplasmose congênita em
recém-nascidos. Usado para triagens e levantamentos
epidemiológicos.
Imunoensaio enzimático ou teste ELISA: Um dos testes +
utilizados por permitir desde uma simples triagem inicial de a
determinação da fase da infecção. A utilização deste
imunoensaio tem a vantagem sobre RIFI pela objetividade,
automação e quantificação, porém pode apresentar resultados
also-positivos. É capaz de detectar anticorpos das classes IgM,
IgG e IgA, além de permitir a análise da avidez de IgG. Em
gestante com suspeita de toxoplasmose aguda (IgM positiva), o
uso do teste de avidez de IgG por ELISA tem se mostrado útil
como exame confirmatório para caracterizar a fase aguda da
infecção. Outros testes com capacidade para diferenciar IgM,
IgG e IgA são ISAGA (immunosorbent-agglutination assay) e
ELFA (enzyme-linked�luorescence assay).
Imunoblot (ou Western blot): uso de anticorpos específicos
para identificar proteínas de T. gondii previamente separadas
por eletroforese, e sustentadas por uma membrana de
nitrocelulose ou PVDF. Para visualizar a reação usa-se
anticorpos secundários.Potencial para o diagnóstico de
infecções agudas, inclusive em RN quando realizado em
paralelo ao soro da mãe.
+ utilizados atualmente são (ELISAs). Recomenda-se não se
associar somente o título da reação com o quadro clínico, pois
também envolve os fatores do hospedeiro. Maior relevancia é a
associação entre o quadro clínico e as características dos
anticorpos detectados, como classe (IgG, IgM ou IgA) e avidez
de IgG (baixa ou alta avidez). Indicações básicas para a
interpretação dos resultados:
● Toxoplasmose no Recém-nascido
O método de escolha para comprovar infecção do RN é a
pesquisa de IgM no soro do RN. Esse anticorpo diferente do
IgG é incapaz de atravessar a placenta, logo próprio feto o
produziu, sinalizando infecção. Usa as reações de RSF, RIFI ou
ELISA,. Para comprovar:
• Título de anticorpos IgG no RN > mãe pelo menos, 2
diluições.
• ↑ significativo dos títulos de IgG no RN em amostras
sucessivas, a cada 15 dias.
• Persistência da reação positiva após 6 meses do nascimento.
(se há transferência passiva IgG maternos, eles diminuirão
significativamente mês a mês).
● Toxoplasmose no Adulto
Devem ser realizados em suspeitos de toxoplasmose aguda, a
intervalos de 2 a 3 semanas, será confirmado se ocorrer
viragem sorológica (teste - toma-se +) ou uma ↑ constante de
título.Recomenda-se utilizar pelo menos 2 métodos, ELISA ou
RIFI de preferência. Quando essa [ ] for 4x > que a dosagem
anterior, poderá confirmar toxoplasmose ativa. Anticorpos
IgM e IgA, ou IgG de baixa avidez também podem indicar
afecção aguda. Anticorpos IgG de alta avidez ocorremem
infecções adquiridas a mais de 4 meses.
● Toxoplasmose Ocular
O diagnóstico consiste basicamente pela associação de dados
clínicos, pesquisa de anticorpos (avaliando a produção
intraocular de ig pelo cálculo do coeficiente de
Goldmann-Witmer, compara qtd de ig no humor aquoso e no
soro) e exame de fundo de olho para se observar as lesões na
retina (uveíte). Para ser + a concentração relativa de ig
específicos deverá ser maior no humor aquoso. Estudos
recentes têm mostrado que a detecção de anticorpos do tipo
IgA intraocular tem aumentando de 77 para 91% a
sensibilidade do diagnóstico.● Toxoplasmose imunodeficientes
Caso + frequente de reativação da primoinfecção,
recomenda-se que sejam realizados testes sorológicos
anti-lgG com HIV. É importante a verificação da
soropositividade no paciente. Recomenda-se fortemente a
utilização da tomografia computadorizada para a localização
de lesões cerebrais. A realização de biópsia no cérebro
recomendada somente em quadro clínico atípico, após
descartar outras possíveis doenças neurológicas no
imunodeficiente (linfoma primário do SNC, tuberculose,
Cryptococcus).
Epidemiologia
•Tanto os felídeos domésticos, como os selvagens (ocelotes,
jaguar, jaguatirica etc.) são os únicos realizam o ciclo
sexuado.
• presente em quase todos os países, diversos climas e
condições sociais, baixas prevalências no sudeste da Ásia,
América do Norte e norte da Europa (10% a 30%). Prevalências
entre 30% e 50% na região Central e Sul da Europa e altas
prevalências são observadas na América Latina e países da
África tropical. A soropositividade⬆ com a idade. No Brasil,
18% dos indivíduos infectados apresentam toxoplasmose
ocular, enquanto apenas 2% dos norte-americanos. Estudos
mostram que há mais casos em populações +pobres.
• 3 linhagens clonais (genótipos) de T. gondii com as seguintes
características:
- Tipo I: altamente virulentas taxa de crescimento é alta.
- Tipo II: linhagens + comumente isoladas na Europa e na
América do Norte; ligado a infecções crônicas com
persistência de cistos. São encontradas na maioria dos casos
de toxoplasmose congênita.
- Tipo III: encontradas + frequentemente parasitando
animais.
• linhagens (ou cepas) atípicas (distintas dos 3 tipos clonais
anteriormente descritos) são predominantes na América do
Sul, África e Ásia, e geralmente são + virulentas. Talvez isso
explica a doença ocular é cinco 5X + comum em crianças com
toxoplasmose congênita no Brasil do que na Europa.
• Estudos mostram que em um determinado período de
tempo, apenas 1% de 🐱são encontrados eliminando oocistos.
• O estudo demonstrou que os principais sinais clínicos foram:
cefaleia, febre, cansaço, mialgia, adenomegalia (cervical,
axilar, inguinal), perda de apetite. Foram observadas
alterações o�talmológicas em 8% dos RN com mãe
contaminada. Outros surtos decorrentes de contaminação da
água por oocisto têm sido relatados em diversos países.
No Brasil tem sido assinalado os seguintes índices de
prevalência sorológica da toxoplasmose: 0 a 90,4% em🐷, 1 a
71% em🐮, 7 a 59% em🐑 (ovino), 1,4 a 70% em🐴, 5,9 a 92,4%
em 🐏(caprino) e 10 a 100% em 🐓 caipira .
Tratamento
Toxoplasmose é considerada incurável devido à persistência
dos cistos nos tecidos do hospedeiro (cura radical = sem
bradizoítos). Os medicamentos utilizados atuam apenas
contra taquizoítos. Como a maioria das pessoas com sorologia
positiva não apresenta sinais clínicos, e pelo fato de as drogas
empregadas serem tóxicas em uso prolongado, recomenda-se
o tratamento apenas de casos agudos sintomáticos, de
gestantes em fase aguda, de toxoplasmose ocular ativa e de
indivíduos imunodeficiente. Os medicamentos usados são:
• Toxoplasmose aguda sintomática: pirimetamina +
sulfadiazina/ sulfadoxina. Bom add ácido fólico p/ prevenir a
depressão medular causada pelas drogas antifolato.
• Toxoplasmose aguda em gestantes: feito mesmo que a gestante
seja assintomática. No 1º trimestre deve ser usada
espiramicina (pouco ativa no feto por apresentar baixa
capacidade em atravessar a placenta), mantida até o final da
gestação, se o feto não estiver infectado. No caso de
confirmação de infecção fetal (ultrassom fetal alterado ou
PCR positiva em líquido amniótico), intercalar espiramicina e
sulfadiazina (s atravessa a placenta) até o final da gestação. Se
adquirida 3º trimestre deve ser tratada com o esquema
sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico. Pirimetamina
não deve ser usada no início da gravidez, pois é teratogênica.
• Toxoplasmose ocular ativa: adm vo de anti-in�lamatório
(prednisona) e antiparasitários. As associações + usadas são: a)
Pirimetamina, sulfadiazina e prednisona (alcança 85% de
cura) b) Cloridrato de clindamicina, sulfadiazina e
prednisona (alcança 93% de cura, porém a clindamicina altera
profundamente a �lora intestinal causando colites). A injeção
intravítrea alternativa para se evitar efeitos adversos, c)
Espiramicina, sulfadiazina e meticorten (alcança 65% de
cura), indicada quando não se podem usar as associações
anteriores; d) azitromicina alternativa para aqueles que não
toleram terapêutica convencional. A reativação pode ocorrer
pela presença de taquizoítos circulantes no sangue de
pacientes imunocompetentes, recomendado tratamento
profilático de longa duração com a associação sulfametoxazol
e trimetropim em pacientes com história de recidivas de
retinocoroidite.
• Encefalite em imunodeficientes: associação de pirimetamina e
sulfadiazina /clindamicina.
Profilaxia
“Vivendo o homem num mar de toxoplasma” é difícil a
aplicação de medidas profiláticas, o que se pode fazer:
• Beber apenas h2o filtrada e/ou fervida.
• Controlar a qtd. de🐱, manter dentro de🏠 e alimentá-los
c/ carne cozida ou seca, ração de boa qualidade.
• Descartar diariamente a areia da caixa de excretas e
incinerar todas as fezes dos 🐱.
• Proteger as caixas de areia em escolas infantis.
• Não se alimentar de carne crua ou mal cozida ou leite cru.
• Fazer o exame sorológico pré-natal trimestral p/
toxoplasmose em todas as gestantes (análise de IgG, IgM e
IgA). Recomenda-se determinar a avidez de IgG em todos os
casos IgM positivos para se diferenciar os quadros de infecção
recente ou tardia com IgM residual. Tratamento das grávidas
em fase aguda.
• Desenvolvimento de vacinas: as com subunidades do
parasito, têm sido desenvolvidas. Vacina existente no
mercado para ovinos (Toxovax™) tem como proposta tomar a
came + segura para consumo humano. Esta vacina ainda não é
liberada para uso no Brasil.

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