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1 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 Exames em Hemostasia Coagulograma completo: • TS: tempo de sangramento • TP: tempo de protrombina (AP – INR) • TTPA: tempo de tromboplastina parcial ativada (TC) • TT: tempo de trombina • Fibrinogênio Indicações: • Avaliação de defeitos da hemostasia: o Distúrbio vascular o Trombocitopenia ou distúrbio de função plaquetária: via primária da coagulação o Defeito da coagulação do sangue: via secundária da coagulação. o Defeitos da fibrinólise: via terciária da coagulação Testes de Função Hemostática: • Hemograma: o Plaquetopenia o Esfregaço periférico: alterações morfológicas Testes de triagem da coagulação do sangue o Avaliação dos sistemas intrínsecos e extrínsecos da coagulação • Tempo de sangramento: o Avaliação inicial da função de plaquetas, incluindo o diagnóstico da deficiência de fVW o Prolongamento na trombocitopenia o Normal: 3 a 8 min o Tem sido amplamente substituído por testes de agregação plaquetária o Teste em desuso: método de Duke não se usa mais – lobo auricular • Tempo de sangramento pela Técnica de Ivy: o Incisão controlada nas partes moles, geralmente um sítio do antebraço, e depois medição do tempo de cessação do sangramento. o Utiliza-se um manguito insuflado a 40mmHg o Variação dependente do realizador do teste o Pouco reprodutível o Invasivo o Não consegue predizer o risco de hemorragia com segurança o Não está correlacionado com o risco de sangramento cirúrgico na maioria dos pacientes. Teste de função plaquetária: • Agregação plaquetária: o Mede a queda na absorção da luz no plasma rico em plaquetas à medida que as plaquetas se agregam o Agentes agregantes mais utilizados: ADP, colágeno, ristocetina, ácido aracdônico e adrenalina. • Citometria de fluxo: o Identificação de defeitos das glicoproteínas plaquetária.s Avaliação da coagulação: Testes atuais não são capazes de avaliar as vias da coagulação de uma só vez Alterações observadas nos testes para avaliação da coagulação não traduzem o risco real de sangramento A indicação para avaliação da coagulação deve levar em consideração um histórico clínico pertinente Os resultados dos testes para avaliação da coagulação devem ser interpretados de acordo com o histórico clínico de cada paciente e levando-se em consideração as variáveis pré-analíticas e analíticas relacionadas aos exames Resultados considerados alterados não são suficientes para se estabelecer um diagnóstico, servem como triagem para uma investigação futura • Teste de Protrombina – TP: o Avalia os fatores VII, X, V, II e fibrinogênio o Normal: 10 a 14 segundos o Pode ser expresso como International Nomalized Ratio (INR): desenvolvido para padronizar a expressão de valores de PT em pacientes que recebem varfarina como anticoagulante, fórmula para INR é: PT paciente/ PT normal = até 1,5. o Técnica: realiza-se o TP se adicionando tromboplastina ao plasma que foi anticoagulado com citrato, a partir de então é cronometrado o tempo até a formação de um coágulo de fibrina, resultado expresso em segundos ou pelo INR. • Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada – TTPA: o Avalia os fatores VIII, IX, XI e XII, além dos X, V, protrombina e fibrinogênio. o Normal: 30 a 40 segundos o Sofre muita influência de variáveis pré-analíticas 2 Beatriz Almeida – Medicina UFCG Turma 78 o Técnica: a esse plasma teste é adicionado um reagente contendo uma substância ativadora, ex: sílica e cefalina. Após 3min é adicionado o cálcio e feita a cronometragem do tempo em segundos que vai ser necessário para observação do coágulo. No final, teremos um resultado que pode ser expresso em segundos e pela relação entre o tempo do paciente e a média dos controles, que seria o R. Influências pré-analíticas – TP e TTPA: o Hematócrito do paciente o Concentração do anticoagulante citrato o Estado de jejum do paciente e qualidade da amostra: aparelhos automatizados dependem de sistemas ópticos para a análise final, amostras de pacientes que não fizeram jejum, com hiperbilirrubinemia, hemolisada – resultados falsos. o Tempo entre coleta e processamento da amostra: tempo máximo da amostra em ar ambiente: 24h TP e 4h TTPA o História clínica adequada: uso de inibidores da vitamina K prolongam TP e TTPA, uso de heparina prolonga principalmente o TTPA. • Teste da mistura – TP ou TTPA alargados: o Corrigido pela adição de plasma (50:50) – deficiência de fator o Sem correção ou correção incompleta com plasma – suspeita da presença de inibidor da coagulação • Tempo de trombina – TT: o O TT avalia o tempo de coagulação do plasma citratado na presença de trombina, permitindo testar a conversão de fibrinogênio a fibrina. o Técnica: a 200μl do plasma teste incubado a 37ºC por 60seg, é preciso adicionar 100μl da trombina, depois cronometramos o tempo de coagulação. o Normal: 10 a 16 segundos o Está prolongado na presença de heparina, em altas concentrações de imunoglobulinas (ex: macroglobulinemia de Waldenstrom), nas disfibrinogenemias, na hipofibrinogenemia, estando incoagulável na afibrinogenemia. • Fibrinólise: o Resposta hemostática normal a lesão vascular o Plasminogênio → plasmina o Via mais importante: liberação de ativador tecidual do plasminogênio – TPA o Liberação de TPA ocorre depois de estímulos como traumatismo, exercício e estresse emocional o TPA é inativado pelo inibidor do ativador de plasminogênio (PAI) • Proteína C ativada: estimula a fibrinólise por destruir inibidores plasmáticos de TPA • Trombina: inibe fibrinólise por ativar o inibidor de fibrinólise ativado por trombina (IFAT ou TAFI). • Plasmina: capaz de digerir fibrinogênio, fibrina, fatores V e VIII, clivagem de fibrina e fibrinogênio → produtos de degradação de fibrina. • Testes de Fibrinólise – Presença de produtos de degradação da fibrina (ex: D-dimero): o Ensaio imunológico que detecta produtos de degradação da fibrina (ação da trombina e do fator XIII) o Níveis elevados: formação de fibrina – TVP, êmbolos pulmonares, pneumonia, estados pós-operatórios; ou CIVD o Mais importante o valor preditivo negativo nos casos de baixa probabilidade para trombose o Tem sido usado para predizer risco de recorrência de trombose após descontinuar tratamento de uma trombose profunda não provocada. Contudo, outros fatores como sexo e idade devem ser levados em consideração.
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