Coagulograma: Avaliação da Hemostasia

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COAGULOGRAMA
No coagulograma são avaliados os seguintes parâmetros:
· Tempo de sangramento – TS
· Tempo de coagulação – TC
· Prova do laço – PL
· Contagem de plaquetas – CP
· Dímero D
· Tempo de protombina –TAP 
· Tempo de tromboplastina parcial ativada – TTPA
HEMOSTASIA
É definida como o sistema de coagulação do corpo humano. 
Corresponde ao equilíbrio entre:
1. Agentes pró-coagulantes podem ser de dois tipos Primária (formação de tampão plaquetário) ou Secundária (rede adesiva de fibrina coagulo). 
2. Agentes anticoagulantes
3. Agentes fibrinolíticos
HEMOSTASIA PRIMÁRIA
 É o primeiro processo que acontece mediante lesão de vaso. 
· Constrição
· Adesão: ocorre quando as plaquetas se ligam ao vaso lesado. Essa adesão é permitida porque há exposição de colágeno (matriz subendotelial), o qual irá se ligar a proteínas liberadas pela plaqueta, finalizando assim o processo de adesão. Essas proteínas são GP Ia/IIa, GP VI (essas duas estabelecem ligação fraca!) e Fator de Von Willebrand (adesão efetiva). 
· Ativação plaquetária: estimulada pelos agonistas plaquetários, sendo eles: colágeno, epinefrina, serotonina, trombina, glicoproteína IV. Essa ativação permite que a plaqueta adquira uma forma mais robusta, aumento sua superfície de contato. Há também liberação de Tromboxane A2 (induz agregação plaquetária e vasoconstrição) pela COX-1. 
· Agregação Plaquetária: união das plaquetas por meio de seus receptores de membrana (GP IIb/IIIa), por meio do fibrinogênio formação do trombo branco. 
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA 
Objetivo geral:
· Formação de rede de fibrina confere estabilidade ao trombo branco
· Evita deslocamento do trombo e ressangramentos
· Formação do coágulo (trombo vermelho) 
A produção de fibrina se dá mediante a um conjunto de proteínas plasmáticas, os FATORES DE COAGULAÇÃO.
A maioria dos fatores de coagulação são produzidos no fígado, exceto o fator VIII.
Fatores de coagulação dependentes de vitamina K (precisam da vitamina K p/ se ativarem):
II, VII, IX, e X (2,7,9,10). 
A via de formação da rede de fibrina é realizada da seguinte forma:
RESUMINDO.....
TEMPO DE SANGRAMENTO – TS
Consegue avaliar a hemostasia primária vasoconstrição, numero e atividade plaquetária. 
Valor referência: 1 a 4 minutos. 
Tempo de sangramento aumentado: 
· Trombocitopenia
· Uremia
· Defeitos vasculares
· Uso de AAS 
TEMPO DE COAGULAÇÃO – TC
Avalia o tempo gasto para que aconteça a hemostasia completa. 
Avalia todos os fatores de coagulação.
Valor referência: 4-10 minutos. 
Tempo de coagulação diminuído (coagulou muito rápido): 
· Agregação plaquetária
· Viscosidade aumentada
· Lesões de endotélio
· Dislipidemia
Tempo de coagulação aumentado (demorou muito p/ coagular):
· Hemofilias
· Uso de heparina
· Hipofibrinogenemia (acidente ofídico ou doença hepática).
PROVA DO LAÇO – PL 
Método grosseiro para avaliar fragilidade vascular e função plaquetária. 
Consiste em determinar a resistência capilar sob condições de anóxia e pressão aumentada, concebidas de maneira artificial por meio de um manguito e esfigmomanômetro. 
Avalia hemostasia primária 
Útil em casos de purpuras, aplasias, servindo também para diagnóstico diferencial p/ dengue hemorrágica. 
CONTAGEM DE PLAQUETAS – CP
Plaquetose – aumento de plaquetas:
· Processos infecciosos agudos
· Sangramentos a longo prazo
· Policitemia vera
· Leucemia
Plaquetopenia – diminuição de plaquetas:
· Produção deficiente
· Carencial: avitaminoses, anemia perniciosa e aplásica
· Toxicas: cloranfenicol, fenilbutazona, salicilatos
· Radiações: RX
· Destruição aumentada: esplenopatia
DÍMERO D
É um dos produtos da degradação de fibrina. Dessa forma, quando existem alterações no processo de coagulação, é possível que exista uma maior quantidade de dímero D circulante.
Ele é um marcador de hipercoagulabilidade. 
Normalmente indicado com o objetivo de descartar a possibilidade de TVP e TEP. 
TEMPO DE ATIVAÇÃO DA PROTROMBINA – TAP 
Esse exame determina a tendência de coagulação sanguínea. 
VR é de cerca de 11 a 14,6 segundos.
Quanto maior o TAP, menor é a concentração de protrombina no sangue. 
O TAP mede os fatores: II, VII, X (esses três são vitamina K dependentes) e fibrinogênio. 
É um exame muito utilizado para monitoramento do uso de anticoagulantes orais (cumarínicos). 
INDICE INTERNACIONAL NORMALIZADO – INR
INR é o TAP corrigido aos padrões mundiais. 
O uso de anticoagulantes orais (cumarínicos) é avaliado SOMENTE pelo INR essa normatização adicionou grande segurança ao tratamento com anticoagulantes orais. 
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA – TTPA 
Pode ser utilizado para monitorização de pacientes em terapia com anticoagulantes. 
Avalia a via intrínseca e comum da coagulação. 
Valores de referência: 30-45, relação P/C: 1,0.