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Coagulograma e Sistema Hemostático

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1 Gabrielle Nunes | P3 
COAGULOGRAMA 
SISTEMA HEMÓSTÁTICO 
A HEMOSTASE é o equilíbrio entre as proteínas pró-
coagulantes e anticoagulantes, que mantém a fluidez do 
sangue pelos vasos, incluindo o controle da hemorragia e 
dissolução de coágulos. Alterações neste equilíbrio 
caracterizam algumas patologias, entre elas a hemofilia e 
a trombofilia. 
→ Endotélio vascular > Substâncias anti-trombóticas 
→ Plaquetas > Substâncias trombóticas 
→ Fatores de coagulação > Substâncias trombóticas 
ENDOTÉLIO VASCULAR 
Antiplaquetárias: óxido nítrico e prostaciclinas 
(vasodilatadores, evita o contato entre plaqueta e 
endotélio, sem iniciar a cascata de coagulação) 
Anticoagulantes: anti-trombina e trambomodulina (irão 
inibir a cascata de coagulação) 
Substâncias fibrinolíticas: t-Pa (ativador de plasminogênio 
tecidual); atua no processo de dissolução do trombo; 
SUBSTÂNCIAS TROMBÓTICAS 
PLAQUETAS (Grânulos plaquetários) 
Fator tecidual: ativador dos fatores de coagulação 
Tromboplastina: ativa a protrombina 
Fator plaquetário: Inativa as substâncias anti-trombóticas 
Fator de Von Willenbrand: Conecta a plaqueta a matriz 
tecidual; 
Fibrinogênio: Conecta as plaquetas na outra; 
FATORES DE COAGULAÇÃO 
Proteínas, a maioria produzida no fígado, com função de 
ajudar a estancar as hemorragias quando ocorre o 
rompimento de vasos sanguíneos. 
Existem 13 tipos diferentes de fatores de coagulação (I-
XIII). São ativados quando ocorre o rompimento do vaso 
sanguíneo, onde a ativação do primeiro leva à ativação 
do seguinte até que ocorra a formação do coagulo pela 
ação dos 13 fatores. 
 Inativos: XII, XI, IX, X, VIII, VII, V 
 Ativos: VIII 
Ativador inicial: fator tecidual 
HEMOSTASIA 
PRIMÁRIA 
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA 
Atua regredindo os 
sangramentos por 
meio da formação 
de um trombo ou 
tampão 
plaquetário. 
Subdividida em via intrínseca 
(fatores VIII, IX e XI), extrínseca 
(fator VII) e comum (X, V, 
protrombina e fibrinogênio), atua 
evitando o ressangramento, na 
formação de uma rede adesiva 
de fibrina que consolida o trombo. 
 
 
 
 
Ao haver uma lesão tecidual, no primeiro momento há 
uma vasoconstricção temporária na tentativa de 
aproximar um vaso do outro. (2) Aderência das plaquetas 
à matriz tecidual a partir do fator de Von Willenbrand; (3) 
Agregam-se umas as outras a partir do fibrinogênio 
produzido na cascata de coagulação > trombo > 
fibrinólise. 
 
 
 
Os eventos comuns da coagulação (via final comum), 
quer sejam iniciados pela via extrínseca ou intrínseca, são 
a ativação do fator X(Xa), a conversão de trombina a 
partir da protrombina pela ação do fator Xa, formação de 
XII > Ativação por contato > XII a 
VII + VITAMINA K > FATOR TECIDUAL > VIA 
 
2 Gabrielle Nunes | P3 
fibrina estimulada pela trombina e estabilização da fibrina 
pelo fator XIIIa. 
CASCATA DE COAGULAÇÃO 
 
OBS: Doenças relacionadas à hemostasia primária serão 
diagnosticadas principalmente nas alterações referentes 
ao tempo de sangramento e a contagem de plaquetas. 
São exemplos: a púrpura trombocitopênica idiopática 
(PTI), a púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e 
doença de Von Willebrand. 
→ Púrpuras, petéquias, equimoses, gengivorragias, 
epistaxe, sangramentos do TGI; 
Doenças relacionadas à hemostasia secundária, como as 
hemofilias e a deficiência de vitamina K, podem ser 
diagnosticadas a partir da análise do TTPa (para via 
intrínseca) e TP (via extrínseca). 
→ Coagulopatias: Hematomas e hermatrose; 
Quando o tecido está em processo de cicatrização, o 
endotelio tecidual ativa uma cascata: (1) t-PA > 
Plasminogênio > plasmina (dissolve o coágulo) > Lise do 
coágulo localizado; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL da 
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA: 
 Via intrínseca: TTPa 
 Via extrínseca: TP 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL da 
HEMOSTASIA PRIMÁRIA: 
Análise do processo até apenas a fase 
de agregação plaquetária. Alterações 
do TS, PL e contagem de plaquetas. 
EXAMES que podem ser SOLICITADOS: 
TS: Tempo de sangramento (1 a 3 minutos) 
TC: Tempo de coagulação (5 a 10 min) 
PL: Prova do laço (negativa) 
TAP: Tempo e atividade de protrombina (10 a 14seg) 
Contagem de plaquetas 
TTPA: Tempo de tromboplastina parcial ativada < 35s) 
 
3 Gabrielle Nunes | P3 
Na avaliação devem-se buscar informações sobre 
sangramentos anormais, tais como: epistaxe, hematomas 
espontâneos, sangramento gengival freqüente, extração 
dentária com hemorragia incoercível, hematúria e 
sangramentos anormais durante a menstruação. 
Informações sobre o uso de drogas anticoagulantes ou 
antiagregantes plaquetárias devem ser registradas. 
TRIAGEM DE DEFEITOS DA HEMOSTASIA 
PRIMÁRIA 
CONTAGEM DE PLAQUETAS 
A plaquetometria normalmente varia entre 150.000 – 
450.000/mm3. 
TROMBOCITOSE TROMBOCITOPENIA 
Reativo Deficiência de produção 
Infecção Doenças da medula óssea 
Pós-cirurgia Deficiência nutricional 
Pós-esplenectomia Aumento da destruição 
Malignidade Medicações, álcool 
Hemorragia Doença autoimune 
Doença mieloproliferativa CIVID 
 Hiperesplenismo 
ÍNDICES PLAQUETÁRIOS 
Os índices plaquetários principais são o VPM (Volume 
Plaquetário Médio) e o PDW (índice de anisocitose 
plaquetário). O aumento de VPM (normal: 3-12 fL) sugere 
destruição periférica de plaquetas, como na PTI (Púrpura 
Trombocitopênica Imune) e na PTT (Púrpura 
Trombocitopênica Trombótica). 
TEMPO DE SANGRAMENTO (TS) 
Consiste numa perfuração padronizada no lóbulo da 
orelha, para verificar o tempo que este sangramento vai 
demorar a parar. 
→ Avalia número e função plaquetária. 
→ Está em desuso, pois só se apresenta alargado 
com plaquetas inferiores a 50.000. 
O TS depende da hemostasia primária (plaquetas, fator de 
von Willebrand), mas também da integridade vascular 
cutânea. O valor normal é de 3-7min. 
O procedimento correto é: Realizar com lancetas 
padronizadas que cortam até 3 mm, ferimento pequeno 
na superfície do antebraço, sob pressão de até 40 mm de 
mercúrio. 
T.S aumentado: Trombocitopenia idiopáticas, defeitos vasculares, 
uremia, uso de medicamentos anticoagulantes. 
 
PL: PROVA DO LAÇO 
Deixar o garrote ou tensiômetro por cinco minutos no 
braço do paciente, e após este tempo verificar a 
formação de petéquias. 
→ Avaliar resistência capilar e plaquetopenias 
→ O braço que foi realizado para o PL não deve ser 
utilizado para punção. 
TRIAGEM DE DEFEITOS DA HEMOSTASIA 
SECUNDÁRIA 
TEMPO DE PROTROMBINA (TP OU TAP) 
O TP mede a via extrínseca da coagulação, estando 
aumentado nas deficiências dos fatores II, V, VII e X. É o 
tempo em segundos para a formação do coágulo de 
fibrina. 
Como os quatro fatores são sintetizados no fígado três dos 
quais são vit K dependentes (II, VII, X) 
→ Valor Normal: 10-14 segundos 
O TP é utilizado para auxiliar no estudo das coagulopatias 
secundárias as doenças hepatobiliares, tratamento com 
dicumarínicos (anticoagulantes) e quando há suspeita de 
carência de vit k. 
Muito utilizado para monitorar pacientes em uso de 
anticoagulantes orais, como a Varfarina (Marevan®), 
através do cálculo do INR/RNI (Razão Normalizada 
Internacional). 
→ Em pacientes hígidos e sem uso de 
anticoagulantes, o INR deve variar entre 1,0 a 1,3. 
→ Em pacientes que utilizam anticoagulantes, como 
Varfarina, o INR deve variar entre 2,0 e 3,0. 
 
4 Gabrielle Nunes | P3 
 
 
ÍNDICE DE NORMALIZAÇÃO INTERNACIONAL 
(INR) 
Os pacientes em terapia com anticoagulantes orais 
necessitam de monitorização rigorosa, envolvendo tanto 
fatores inerentes a ele quanto a fatores relacionados à 
determinação do teste, tais como a coleta, a separação, 
o acondicionamento da amostra, o reagente e a 
realização do ensaio. 
Na tentativa de fazer um melhor controle, a OMS 
desenvolveu a RNI (Relação Normatizada Internacional), 
que expressa a uniformização dos resultados, pois leva em 
consideração a sensibilidade do reagente utilizado. Os 
fabricantes dos reagentes foram orientados a compararas tromboplastinas produzidas com a tromboplastina de 
referência mundial da OMS, através da construção de 
uma curva de calibração, onde será verificada a 
atividade enzimática a partir da diluição seriada de um 
plasma calibrador, e calcular o Índice de Sensibilidade 
Internacional (ISI), diminuindo assim, as discrepâncias entre 
os resultados do tempo de protrombina, dando mais 
confiabilidade ao teste. 
→ IRN > o paciente corre o risco de hemorragias 
→ IRN < o paciente corre o risco de formar trombos 
TEMPO DE COAGULAÇÃO 
Mede o tempo que o sangue demora para coagular após 
colhido de punção venosa em banho – maria a 37°C 
→ O normal vai de 5 a 10 min. 
Tempo de coagulação reduzido: trombocitose e 
Coagulação intravascular disseminada. 
Tempo de coagulação aumentada: Deficiências dos 
fatores de coagulação, problemas hepáticos, carência 
nutricional. 
TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA 
(TTPA) 
O TTPA é um procedimento laboratorial que avalia a via 
intrínseca (fatores VIII, IX, XI e XII) e comum (fibrinogênio, 
protrombina, fatores V e X) da cascata da coagulação. 
→ Valor de referência: < 35 segundos, pode variar 
entre 25-39s 
→ Afeta o tempo de coagulação 
→ É útil na monitorização do uso de anticoagulantes 
É utilizado na triagem do pré-operatório de pacientes do 
sexo masculino, quando se suspeita de hemofilia. 
Está prolongado em 98% dos casos de hemofilia e na 
maioria das demais coagulopatias, com exceção das 
deficiências dos fatores VII e XIII. 
Distúrbios da via intrínseca da cascata da coagulação são 
caracterizados pelo TTPA prolongado e o tempo de 
protrombina (TP) normal. Exemplo dos fatores VIII ou IX 
(hemofilias A e B respectivamente); 
OBS: Para o diagnóstico diferencial das coagulopatias, 
tanto o TTPA como o TP são úteis. Quando ambos estão 
prolongados, há defeito na via comum da coagulação – 
fatores X, V, e II – ou estão presentes inibidores, como a 
heparina ou a antitrombina. 
Quando só o TTPA está prolongado, há deficiência(s) 
nas etapas iniciais da via intrínseca – fatores XII, XI, IX OU 
VIII. 
Quando apenas o TP está prolongado, a deficiência é 
de fator II ou VII, sendo rara a deficiência dos fatores V 
e X. 
 
LINK da AULA: https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-
aula/5dab04f2132ed4001119f205/5dab03e1132ed4001119
f202/video/5dab03ba5008ea002696db8f 
LINK do material: 
https://drive.google.com/viewerng/viewer?url=https://san
ar-courses-platform-files.s3.sa-east-
1.amazonaws.com/COAGULOGRAMA-200227-171230-
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