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Hipopituitarismo: definição, manifestações clínicas e causas genéticas

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APG – 4º P ALMV 
➼ O hipopituitarismo é definido como deficiência 
isolada ou múltipla de hormônios da adeno-hipófise, 
resultante de distúrbios hipofisários ou 
hipotalâmicos adquiridos ou genéticos. 
 
➼ As manifestações clínicas são evidentes apenas 
quando ocorre o comprometimento de pelo menos 
75% do seu parênquima. 
Se manifestam da seguinte ordem: 
1. Gonadotrofinas: hormônio luteinizante (LH) 
e hormônio foliculoestimulante (FSH); 
2. Somatotrofina: hormônio do crescimento 
(GH); 
3. Tireotrofos: hormônio tireoestimulante 
(TSH); 
4. Corticotrofos: hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH); 
5. Lactotrofos: prolactina (PRL). 
➼ O termo pan-hipopituitarismo é empregado 
quando há deficiência do dois ou mais hormônios 
hipofisários. 
 
➼ Sintomatologia é bem inespecífica e pode se 
manifestar com um quadro de fraqueza, mal-estar, 
letargia, frio, perda de peso, perda de apetite, dor 
abdominal, entre outras queixas. 
➼ O gene POU1F1 localizado no cromossomo 3 regula 
a expressão dos genes: 
o GH, PRL e do TSH-beta; 
o Receptor de hormônio liberador de GH 
(GHRH); 
o Também tem a função de se autorregular. 
Sua mutação pode causar: 
o Deficiência de GH: os pacientes apresentam 
baixa estatura e fáceis caracterizada por 
proeminência da testa, hipoplasia do terço 
médio da face, ponte nasal achatada, olhos 
profundos e nariz curto. 
- Na RM a região hipofisária pode evidenciar adeno-
hipófise normal ou hipoplásica, já a neuro-hipófise e 
a haste estão normais. 
➼ O gene PROP1 localizado no cromossomo 5, é 
necessário para ativação do Pit-1 
o Defeitos nesse gene são a causa genética 
mais frequente; 
APG – 4º P ALMV 
o A doença tem herança autossômica 
recessiva; 
o A deficiência é no GH associada ao déficit de 
PRL, TSH, LH, FSH e em alguns casos, ACTH. 
Sua mutação pode causar: 
o O quadro se inicia pela deficiência de GH e 
TSH, pelo hipogonadismo e insuficiência 
adrenal; 
o A maioria das crianças afetadas têm peso e 
comprimento normais ao nascer; 
o Alguns RN apresentam hipoglicemia; 
o O déficit de crescimento costuma ter início 
entre 9 meses e 8 anos de idade; 
o O desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários pode ser retardado, ausente ou 
incompleto; 
o Alguns indivíduos entram espontaneamente 
na puberdade e, depois começam a 
desenvolver hipogonadismo central; 
o Em algumas meninas, a menarca ocorre antes 
mesmo da necessidade de reposição 
hormonal; 
o Os meninos podem apresentar micropênis e 
testículos de tamanhos pré-púberes. 
- Na RM a hipófise pode aparecer hiperplásica, com 
alterações císticas em alguns casos e, assim, simular 
craniofaringioma ou cisto da bolsa de Rathke. 
 
Outras manifestações que podem ocorrer: 
o Extensibilidade limitada do cotovelo; 
o Esclerótica azul; 
o Fáceis com aspecto de “imaturidade”, 
associada a ponte nasal deprimida e 
diminuição relativa das suas dimensões 
verticais. 
➼ O gene HESX1, localizado no cromossomo 3 pode 
causar pan-hipopituitarismo associado a displasia 
septo-óptica e neuro-hipófise ectópica (neuro-
hipófise situada fora da sua localização habitual). 
➼ O gene LHX3, localizado no cromossomo 9 
o Pode causar hipopituitarismo associado à 
rigidez de coluna cervical; 
o A doença tem herança autossômica 
recessiva; 
o Apresenta deficiência de GH, gonadotrofinas, 
TSH e PRL, preservam apenas a função dos 
corticotrofos. 
Sua mutação pode causar: 
o Os pacientes podem apresentar ombros 
elevados e antevertidos, associados a grande 
limitação na rotação cervical, devido à coluna 
rígida, que impede a dissociação dos 
movimentos de cabeça e tronco; 
- Na RM pode evidenciar glândula normal, hipoplásica 
ou aumentada. 
 
➼ O gene LHX4, pode causar hipopituitarismo 
associado a neuro-hipófise ectópica e malformações 
de Chiari. 
o Juntamente com o LHX3 exerce papel 
fundamental na proliferação da linhagem 
percursora das células hipofisárias; 
o Faz uma provável regulação na expressão do 
POUIFI; 
o Mutação nesse gene há deficiência de GH, 
TSH, LH, FSH e ACTH. 
Síndrome de Prader-Willi: 
É um distúrbio genético caracterizado por: 
o Retardo mental discreto; 
o Baixa estatura; 
o Hipotonia muscular; 
o Hiperfagia intensa; 
o Obesidade. 
 
APG – 4º P ALMV 
➼ Essa alteração genética leva à disfunção de vários 
centros hipotalâmico, como a DGH e o 
hipogonadismo. 
➼ Os níveis de grelina (hormônio da fome) estão 
elevados, o que pode contribuir para obesidade e 
DGH. 
Síndrome de Sheehan: 
➼ É a causa clássica de hipopituitarismo, tem-se 
principalmente um evento hemorrágico intenso 
durante o período periparto, com alterações 
hemodinâmicas significantes e, muitas vezes, 
histórico de transfusão sanguínea. 
Tem-se deficiências dos hormônios: 
o GH/IGF-1; 
o TSH/T4; 
o ACTH/cortisol. 
Após dias a semanas pós-parto, tem-se: 
o Ausência de lactação; 
o Amenorreia secundária; 
o Adinamia (fraqueza muscular); 
o Astenia; 
o Letargia; 
o Anorexia. 
Hipogonadismo hipoganodotrófico congênito: 
➼ Resulta da deficiência isolada do hormônio 
liberador de gonadotrofina (GNRH). 
➼ Nesse grupo incluem-se: síndrome de Kallmann 
(SK) e o hipogonadismo hipoganodotrófico 
idiopático (HHI). 
o A SK se caracteriza por HHC combinado com 
alterações de olfato. Essa associação é 
resultado da migração inadequada de 
neurônios produtores de GNRH e neurônios 
olfatórios, determinando agenesia ou 
hipoplasia dos bulbos e tratos olfatórios. 
o Genes que interferem na fisiologia 
neuroendócrina da secreção normal do 
GNRH ou de sua ação na hipófise causam o 
HHI. 
 
Tumores hipofisários: 
➼ Adenomas hipofisários representam as neoplasias 
intracranias mais comuns e são responsáveis por 
10,7% dos tumores primários do SNC. 
O hipopituitarismo pode resultar de: 
o Compressão ou destruição do parênquima 
hipofisário; 
o Compressão da haste hipofisária pelo tumor; 
o Consequência do tratamento por meio de 
cirurgia ou radioterapia. 
Linfomas hipofisários: 
➼ Em alguns casos raros, comprometimento da 
adeno-hipófise ou do hipotálamo por distúrbios 
linfoproliferativos é a causa do hipopituitarismo. 
Os linfomas mais comuns do SNC: 
o Linfomas de não Hodgkin; 
o Linfoma de células B ou T. 
➼ Na RM há aumento difuso da hipofise, invasão de 
seios cavernosos e padrão de crescimento rápido. 
Apoplexia pituitária: 
➼ Consiste em uma hemorragia da hipófise e ocorre 
geralmente em um adenoma hipofisário. 
o Ela causa início súbito de uma dor de cabeça 
muito forte, diplopia devido à pressão sobre 
os nervos oculomotores e hipopituitarismo. 
o Todas as deficiências hormonais hipofisárias 
podem ocorrer, mas o início súbito de ACTH, 
consequentemente, a deficiência de cortisol 
é a mais séria e pode causar hipotensão com 
risco de vida. 
 
APG – 4º P ALMV 
Síndrome da sela vazia: 
➼ Caracterizado pela presença de herniação 
aracnóidea para dentro do espaço selar, o que resulta 
em compressão da hipófise contra o assoalho da sela. 
➼ Pode resultar de uma incompetência congênita do 
diafragma selar, o que caracteriza a chamada sela 
vazia primária 
o É comum em mulheres obesas e multíparas. 
A sela vazia secundária aplica-se aos casos em que a 
condição surge: 
o Após infarto de adenoma hipofisário; 
o Síndrome de Sheehan; 
o Dano do assoalho selar induzido por cirurgia 
ou radioterapia; 
o Hipofisites; 
o Doenças infiltrativas; 
o Após terapia com agonistas dopaminérgicos. 
➼ O hipopituitarismo tende a acontecer se mais de 
90% do tecido hipofisário estiver comprimido ou 
atrofiado. 
Lesões císticas: 
➼ Podem causar hipopituitarismo as seguintes 
lesões císticas: 
o Cisto da bolsa de Rathke; 
 
o Cisto dermoide; 
o Cisto epidermoide; 
o Cisto aracnoide. 
➼ Esses cistos fazem a compressão da haste 
hipofisária. 
Algumas manifestações: 
o Cefaleia; 
o Distúrbios visuais; 
o Diabetes insípidos; 
o Puberdade precoce. 
Craniofaringiomas: 
➼ São neoplasias epiteliais originadasdo 
remanescente do ducto faríngeo que crescem 
lentamente e responsáveis por 3% a 5% das neoplasias 
intracranianas. 
➼ É o tumor mais comum da região hipotálamo-
hipofisária em crianças, e frequentemente altera a 
função hipofisária em decorrência de seus efeitos 
compressivos. 
 
➼ As manifestações clínicas dependem de qual 
hormônio foi afetado: 
 
 
 
APG – 4º P ALMV 
 
➼ Um rastreamento inicial da função hipofisária 
pode ser realizado a partir das dosagens basais dos 
hormônios hipofisários e/ou das glândulas alvo. 
➼ Para o diagnóstico da deficiência de GH e ACTH, 
faz-se o teste de tolerância à insulina (ITT). 
DEFICIÊNCIA DE TSH 
o Níveis baixos de TSH e T4 livre confirmam o 
diagnóstico de hipotireoidismo central. 
DEFICIÊNCIA DE LH e FSH 
o O diagnóstico de hipogonadismo central fica 
sugerido por níveis baixos de testosterona 
em homens e estradiol em mulheres, como 
também valores de LH e FSH baixos ou 
normais. 
DEFICIÊNCIA DE ACTH 
Confirma insuficiência adrenal secundária: 
o Cortisol sérico basal matinal < 3 μg/dL; 
o ACTH < 10 a 20 pg/mL. 
Exclui IA: 
o Valor > 15 a 18 μg/dL. 
Padrão ouro – ITT: 
o O cortisol e a glicemia são dosados 30 e 60 
minutos após administração IV de insulina 
regular; 
o Um pico de cortisol < 18 μg/dL confirma IA 
secundária. 
 
 
 
DEFICIÊNCIA DE GH 
o Coletar amostras para dosagem do GH e 
glicemia basal e 30, 60, 90 e 120 minutos após 
administração IV de insulina regular. 
o Pico do GH > 3 μg/mL. 
o Teste de macimorelina: pico do GH > 2,8 
μg/mL. 
Primeiro tratamento é a cirurgia no caso de tumores 
hipofisários 
o A remoção do tumor reduz os sintomas 
relacionados à pressão e problemas de visão; 
o Tumores menores podem ser extraídos pelo 
nariz. 
o Irradiação da hipófise por supertensão ou 
por feixe de prótons pode ser usada para 
destruir tumores. 
o Tumores que produzem prolactina pode ser 
tratado com: dopamina, bromocriptina ou a 
cabergolina. 
Reposição hormonal de hormônios 
o Substituição de seus hormônios-alvo 
deficientes; 
o Deficiência de TSH -> administrado hormônio 
tireoidiano (T4); 
o Deficiência de ACTH -> recebem hormônios 
adrenocorticais, como o cortisol; 
o Deficiência de LH e FSH -> mulheres recebem 
estradiol e homens recebem testosterona. 
EXCEÇÃO: deve-se repor GH e não IGF-1, ele é o único 
que há a reposição do próprio hormônio hipofisário 
o Quando administrado em crianças que têm 
deficiência de hormônio do crescimento 
antes de as placas de crescimento de seus 
ossos se fecharem, a reposição do hormônio 
do crescimento evita que elas tenham 
estatura excepcionalmente baixa; 
o Em adultos com deficiência de hormônio do 
crescimento melhora a composição corporal, 
aumenta a densidade óssea e melhora a 
qualidade de vida.

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